Após algum tempo de reflexões, decidi dar uma nova direção à coluna. A partir de agora, vou compartilhar com vocês não apenas meus pensamentos, mas também as minhas experiências culturais e de entretenimento aqui em Santa Maria. Quero dividir com vocês o que vejo, sinto e vivo na cidade — das pequenas descobertas aos grandes momentos, tudo o que faz nossa cultura e arte se tornarem tão especiais.
Essa mudança é uma maneira de me conectar ainda mais com todos vocês, explorando juntos o que há de bom por aqui. E para começar, nada melhor do que um passeio ao circo, que me fez redescobrir a magia de sorrir e celebrar a vida. Vem comigo nessa jornada!
Quando se fala de circo, a primeira coisa que me vem à mente é o monóculo — aquele antigo, onde se colocavam fotinhos pequeninas. Digo isso porque até hoje guardo um, com uma imagem minha assistindo a um espetáculo circense, ainda bem pequena. Se me perguntar da apresentação, confesso: não lembro de nada. Mas lembro da sensação — surpresa, alegria, um brilho que parece acender dentro da gente.
Ontem, vivi tudo isso de novo.
Junto com meu namorado, fui à estreia do Circo Fantástico, no Shopping Praça Nova, em Santa Maria. Logo de cara, as luzes brilhantes da entrada já me encheram de animação. Estava tudo iluminado, organizado. Famílias se reuniam: crianças de mãos dadas com pais, primos, colegas de escola, avós, tias. E — informação importante para você guardar — muitos adultos não pareciam tão empolgados. Estavam ali mais para acompanhar, carregando nos rostos o peso da rotina.
Eu, por outro lado, queria aproveitar tudo. Não só para contar aqui, mas para viver de verdade a noite de circo.
Logo após entregar os ingressos, nos deparamos com a praça de alimentação montada dentro do próprio circo — toda decorada, coberta, cheirando a festa. Pipoca caramelada, algodão-doce, batatinha frita, cachorro-quente, churros. Nós paramos no meio da praça e, por um instante, fechei os olhos. Deixei que o cheiro da manteiga da pipoca, o doce do açúcar no ar, me guiassem até memórias adormecidas. A infância inteira parecia caber naquele lugar.
O espetáculo começou.
Risadas vieram com facilidade, arrancadas pelo palhaço. Mas também vieram o espanto, o brilho nos olhos diante dos malabares, da força, do equilíbrio preciso que os artistas exibiam no picadeiro. Comentei baixinho com meu namorado: deve ser exaustivo ser artista circense. Horas, dias, anos de ensaio para acertar o salto no trapézio no tempo exato.
Aliás, o trapézio foi uma das apresentações que mais me encantou.
Nunca pensei que ficaria tão feliz em sentir dor no pescoço depois — mas era impossível desviar o olhar. Um, dois, três giros no ar. Gritos de surpresa. Sorrisos.
Decidi contar essa experiência na coluna de hoje não só porque foi um passeio que me encantou. Mas porque, ao me deitar na cama ontem, pensei na transformação que vi acontecer. Adultos que entraram cansados, sérios, distraídos com as tarefas do dia… saíram sorrindo. Relembrando cenas. Elogiando. Se permitindo.
E foi aí que me dei conta: arte, cultura e entretenimento são necessários. São respiros para a alma. Eles salvam a gente — mesmo que por algumas horas — da pressa, da ansiedade, do mundo lá fora.
O circo, ontem, foi como uma máquina de lavar sentimentos: entramos sujos de preocupações, saímos limpos de esperança.
Por isso, hoje, encerro esta coluna te convidando: aplauda. Aplauda de pé nossa arte, nossa cultura, nossos artistas. Eles nos lembram, sempre, do que é belo em viver.
E para citar Paulo Gustavo, que sabia disso melhor que ninguém:
“O humor salva, transforma, alivia, cura, traz esperança pra vida da gente. Rir é um ato de resistência.”
Valorize cada gargalhada. Cada espetáculo. Cada momento em que você lembra que é bom estar aqui.
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