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5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres: Um Marco Histórico na Luta pelos Direitos das Mulheres

O Brasil e as brasileiras participam, esta semana,  de um momento histórico: a realização da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM), que acontece durante três dias em Brasília. Este é um evento nacional que reúne vozes de todo o país para discutir e fortalecer as políticas públicas voltadas às mulheres.

Esta conferência tem um significado especial. Desde 2016, quando ocorreu o golpe que afastou a presidenta Dilma Rousseff, não realizávamos mais conferências nacionais para discutir as políticas para as mulheres. Foram anos de silenciamento e retrocessos. Agora, em 2025, sob a gestão do presidente Lula e o ministério de Márcia Lopes, retomamos esse espaço fundamental de participação social e democracia.

Um Movimento que Vem das bases

A 5ª CNPM não surgiu de repente. É resultado de um processo em cascata que começou nas bases, nos municípios de todo o Brasil. Passou por etapas municipais, estaduais e também por etapas livres, onde a sociedade civil pôde se organizar. Desse processo, foram escolhidas delegadas de todos os cantos do país, trazendo a pluralidade, a diversidade e as diferentes realidades que formam o Brasil.

Essas mulheres representam suas comunidades, suas lutas e suas conquistas. São trabalhadoras, mães, estudantes, quilombolas, indígenas, mulheres negras, LBT+, mulheres com deficiência, jovens e idosas. Cada uma traz consigo a força de quem vive na pele os desafios e as possibilidades de ser mulher no Brasil.

Três Dias de Construção Coletiva

Durante os três dias de conferência, a participação social marca cada momento. Os painéis temáticos abordam as agendas prioritárias para as mulheres, com a presença de ministras, governadoras e deputadas federais. Um dos destaques foi a discussão sobre como conectar os governos federal, estadual e municipal para criar políticas mais efetivas.

A ministra Márcia Lopes participou de atividades ao lado da governadora Fátima Bezerra, mostrando que é possível trabalhar em conjunto pelos direitos das mulheres. Outras ministras também debateram as políticas públicas e as ações do Governo Federal, reforçando o compromisso com essa agenda.

Durante a conferência, foram apresentados avanços importantes. O Ministério das Mulheres lançou o DataMulheres, uma ferramenta desenvolvida em parceria com o Dataprev que reúne indicadores sobre a situação das mulheres em todo o país. Com dados nacionais, estaduais e municipais, será possível ter um retrato mais claro da realidade e planejar políticas mais assertivas.

Também houve espaço para valorizar a economia solidária e criativa fomentada pelas mulheres, mostrando que as políticas para as mulheres vão além da proteção – envolvem também o desenvolvimento econômico e a autonomia financeira.

A conferência também reforça a importância de defender e fortalecer nossas instituições democráticas. Em momentos de tensão política, eventos como este mostram que a sociedade está organizada, vigilante e disposta a lutar pelos seus direitos.

O Que Vem Pela Frente

A 5ª CNPM debate temas urgentes, como estratégias para enfrentar o feminicídio, que segue tirando vidas em todo o país. As delegadas estão construindo propostas concretas que serão levadas para a implementação de políticas públicas.

Como ativista e vereadora, venho desta conferência ainda mais fortalecida para dar continuidade à luta das mulheres em Santa Maria, reafirmando que nós mulheres mães devemos e podemos ocupar espaços de decisão e protagonismo. Este é um momento de esperança, mas também de responsabilidade. Participar desta conferência é lembrar que os direitos das mulheres não são concessões, são conquistas que precisam ser defendidas todos os dias.

A 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres marca o retorno de um espaço fundamental de participação e luta. É a prova de que, quando nos organizamos, conseguimos fazer a diferença. E é o compromisso de que não vamos parar até que todas as mulheres brasileiras tenham seus direitos garantidos e suas vidas respeitadas.

Mariana

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