Nesta semana em que celebramos o Dia dos Professores, o Rio Grande do Sul deu um passo importante para a educação. A Assembleia Legislativa aprovou o Programa de Reconhecimento da Educação Gaúcha, uma iniciativa que moderniza a forma como o Estado valoriza seus profissionais e estimula o aprendizado nas escolas. O projeto prevê um 14º salário aos educadores de escolas que atingirem as metas de aprendizagem, além de prêmios em dinheiro para alunos com pelo menos 80% de participação nas avaliações (Saeb e Saers) e bons resultados. O projeto busca melhorar o índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ideb).
Mais do que um bônus financeiro, a proposta, aprovada pela maioria dos deputados, moderniza a valorização da educação e representa uma mudança de mentalidade: reconhecer o mérito, estimular o compromisso e premiar o esforço daqueles que entregam resultados concretos. O programa não resolve todos os desafios da educação, mas abre possibilidades e representa um incentivo concreto para professores, alunos e escolas. Além disso, fortalece o engajamento de toda a comunidade escolar, incentivando frequência, dedicação, o desempenho acadêmico e valorizando o aprendizado e o comprometimento de todos.
Entretanto, chama atenção que a bancada da esquerda votou contra o projeto. Uma contradição de quem, no discurso, diz defender a educação, mas, na prática, rejeita medidas que valorizam escolas e profissionais da área. Ao se oporem, deputados do PT e do PSOL demonstraram mais preocupação em sustentar narrativas ideológicas ultrapassadas do que incentivar e melhorar de fato a vida de professores e estudantes.
O programa gaúcho não surgiu do nada: foi inspirado em modelos bem-sucedidos de outros estados e países, comprovando que a proposta aumenta a motivação dos professores, melhora a frequência escolar e eleva o rendimento dos alunos. Além disso, garante eficiência e responsabilidade fiscal ao Estado, já que o pagamento é proporcional ao resultado e está previsto no orçamento estadual, evitando desperdícios e premiando o mérito de forma equilibrada.
A escola de hoje recebe jovens com novas demandas, interesses e formas de aprender, mais conectados com o mundo e com maior necessidade de estímulos que despertem sua curiosidade e engajamento. Precisamos apoiar práticas que acompanhem essas mudanças, fortalecendo o desenvolvimento humano e ampliando a capacidade dos alunos de pensar, criar e transformar. Esse é o caminho de uma educação que forma cidadãos autônomos, críticos e capazes, e não de uma educação refém de estruturas engessadas que resistem a qualquer mudança.
Por isso, é hora de superar velhos discursos e enxergar que a valorização se faz com ações concretas, e não apenas com palavras. É justo parabenizar a Assembleia Legislativa e o governo gaúcho pelo projeto e, especialmente, todos os professores que, com dedicação diária, constroem o futuro das próximas gerações.








