Há um momento da vida em que deixamos de buscar aprovação e começamos a buscar sentido. Pra mim, esse movimento começou aos 40 – uma verdadeira virada de chave que ainda se desdobra em descobertas e transformações. Passei a olhar para dentro e a me perguntar: o que realmente me faz feliz? O que tem valor de verdade, além dos padrões, das expectativas e das versões idealizadas de mulher que o mundo insiste em vender?
Durante muito tempo, tentei me encaixar. Quis ser admirada, coerente com um ideal de sucesso que parecia estar sempre mudando e que nunca era suficiente. Mas chega uma hora em que a comparação cansa, as cópias perdem o brilho e a gente entende que o verdadeiro luxo é ser quem se é.
Nos últimos anos, tenho vivido um processo bonito (e desafiador) de me redescobrir. De entender o que, de fato, faz sentido pra mim independentemente do que é tendência, do que está em alta ou do que esperam que eu seja. Foi uma transição que foi muito além da carreira: passei do luxo físico para o digital com propósito e autenticidade. Não se trata mais de vitrines e semijoias, mas de compartilhar ideias, valores e inspirações que possam, de algum modo, fazer diferença na vida das pessoas.
Recentemente, li o livro ‘Seja Singular’, de Jacoby Petri, e ele reforçou tudo o que venho vivendo e pensando. Petri diz que ‘a autenticidade é a nova forma de influência’ e essa frase me tocou profundamente. Ser singular, afinal, não é sobre ser diferente dos outros. É sobre ser profundamente fiel a si mesma. É sobre ter coragem de mostrar o que se tem de mais genuíno, mesmo que isso não se encaixe em nenhum molde.
Modelos prontos e padrões impostos já não me vendem mais. Hoje, quero o que é real. Quero o que é meu.
Descobrir – e assumir – a própria singularidade é um ato de liberdade. É quando a gente para de competir e começa a viver com propósito. Quando entende que a beleza de viver está justamente nessa mistura única de histórias, dons, aprendizados e verdades que só cada uma de nós tem.
E é aí que mora a elegância mais rara: a de ser inteira, autêntica e, acima de tudo, singular.
Com alma, beleza e propósito,
Mariane Verardi








