Nesses últimos dias, vivi quatro dias que pareceram uma vida inteira. Pela primeira vez, andei de avião. Pela primeira vez, deixei meu marido e meus filhos em casa por alguns dias. Pela primeira vez, estive em um lugar onde o principal valor era estar em mim, onde cada mulher se olhava nos olhos com verdade, sem disputa, sem comparação, apenas com o desejo genuíno de evoluir e curar.
Alphaville, São Paulo, mais de 350 mulheres reunidas num mesmo propósito: olhar para as próprias feridas, acessar suas dores, e, quando for o tempo, poder auxiliar outra mulher a fazer o mesmo. Um ambiente onde a ambiência é o primeiro valor, onde o pertencimento é o segundo e onde a honra a quem veio antes é o alicerce de tudo.
Ali, entendi o que realmente significa o novo. O novo não é sobre trocar o velho por algo mais bonito. O novo é o futuro que integra corpo, alma e espírito, mente e coração, razão e sensibilidade. O novo é o lugar onde a gente reconhece que não precisa competir para brilhar, nem se apagar para caber. É o tempo em que o “eu” e o “nós” e o “todo” caminham juntos.
Durante esses dias, eu chorei, dancei, pulei, sorri e me emocionei. A cada papel que acessei — mãe, filha, mulher, terapeuta, sonhadora — entendi que não existe um papel melhor do que o outro. Existe apenas o movimento da vida nos convidando a integrar tudo o que somos.
E foi nesse movimento que percebi: eu não quero mais andar com pessoas que pararam no tempo e ainda desperdiçaram ele diminuindo outras pessoas. Quero caminhar com mulheres vivas que desejam crescer, que escolhem olhar para si, que querem fazer parte de um futuro em que a consciência é o maior ativo.
O novo é sempre melhor… porque o novo é o presente vivido com alma. E nele, a gente não precisa deixar nada para trás — apenas incluir tudo o que fomos, para se tornar o que viemos ser.
Com carinho,
Michi Milanni
Terapeuta Sistêmica Empresarial, CEO do movimento Empreendedorismo e Elas e idealizadora da A Casa Sistêmica.








