Foto: Diego Herculano/Reuters
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente pela Polícia Federal na manhã deste sábado (22) em Brasília, após o ministro Alexandre de Moraes revogar sua prisão domiciliar. A decisão foi tomada depois de o sistema de monitoramento registrar uma violação da tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro e de a PF apontar risco iminente de fuga, agravado pela convocação de uma vigília feita pelo senador Flávio Bolsonaro nas imediações da casa do pai.
De acordo com Moraes, o chamado público de Flávio — que pedia que apoiadores “lutassem” e fossem até a região — poderia criar tumulto e atrapalhar o cumprimento de decisões judiciais justamente em um momento considerado crítico do processo, quando a condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe se aproxima do trânsito em julgado. Para o ministro, a combinação entre a movimentação convocada e o alerta emitido pelo monitoramento reforçou a hipótese de que o ex-presidente tentava escapar, possivelmente buscando abrigo em uma embaixada, como já havia ocorrido anteriormente com a Hungria.
Após a prisão, Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, onde permanecerá em uma sala especial. A decisão deverá ser analisada pela Primeira Turma do STF em sessão virtual na segunda-feira.
A defesa tentou manter o ex-presidente em casa, alegando condições de saúde delicadas, mas o pedido foi rejeitado. Moraes determinou que a PF garanta atendimento médico durante a custódia.








