Se tem um assunto que dominou as conversas nesta semana foi a COP(Conferência da Partes) com a Conferência Mundial do clima, que está movimentando governos, especialistas e até quem normalmente não acompanha muito esse tema. E enquanto os líderes discutem como salvar o planeta, aqui em Santa Maria a gente sente na pele, literalmente, o que essas mudanças significam.
Nos últimos dias enfrentamos calorão, ar seco, chuva forte… um verdadeiro “combo climático” que já virou rotina por aqui. E não precisa ser especialista pra perceber que algo mudou. Basta conversar com quem tem criança pequena, com quem sofre de rinite, com quem trabalha no sol o dia inteiro. Muita gente está passando mal com essas variações, e a saúde sente primeiro.
A verdade é simples, o que se discute na COP não é assunto distante. Tem tudo a ver com o que a gente vive no bairro, na parada de ônibus, no trânsito, dentro de casa à noite quando o calor custa a baixar.
E mais, Santa Maria, por estar no coração do Estado, acaba recebendo esses extremos climáticos sem muito “aviso prévio”. Chuva que alaga alguns pontos, calor extremo no meio da tarde, e um ar cada vez mais pesado em áreas movimentadas.
Por isso, enquanto o mundo fala em metas globais, aqui precisamos falar em ações locais, aquelas que realmente fazem diferença no nosso dia a dia. Coisas como ampliar a arborização, melhorar o transporte (menos carros, menos poluição), reforçar a drenagem nos bairros que sempre sofrem, e criar sistemas de alerta e orientação para a população, simples e úteis.
Não dá pra esperar que a COP resolva o que é responsabilidade nossa. A conferência aponta os caminhos, mas quem precisa concretizar isso, de verdade, somos nós aqui, com planejamento e ação.
E é aqui que eu destaco a importância de trazer o debate climático para dentro da Câmara, para dentro das políticas públicas da cidade. Porque não adianta falar de futuro sustentável se a gente não cuidar da nossa realidade mais próxima de hoje e do que podemos influenciar diretamente.
Se o clima está mudando, a cidade também tem que mudar. E eu vou seguir cobrando, propondo e defendendo que Santa Maria entre de vez nessa discussão. Não porque é moda da COP, mas porque é necessidade da nossa gente.
Fort abraço e até a próxima semana!
