Por Estagiária Samara Debiasi
Revisado por Clara Tesch
A subida dos preços de itens básicos como carne e ovos, estão pesando no orçamento das famílias gaúchas. Nos últimos meses, o preço desses alimentos aumentou consideravelmente, levando os consumidores a buscar alternativas mais acessíveis. O custo da carne no Rio Grande do Sul registrou uma alta superior à média nacional. Em janeiro de 2025, os preços subiram 4,3% no estado, enquanto a média nacional foi de apenas 0,4%. Em um período de 12 meses, o aumento já atinge 15%. Especialistas apontam que fatores como o calor intenso têm prejudicado as pastagens, além de mudanças no ciclo de produção da pecuária, impactando diretamente o preço final ao consumidor.
A comercialização de ovos também obteve um impacto significativo. O preço da dúzia subiu de R$5 para R$7,33 entre 21 de janeiro e 11 de fevereiro, uma variação de quase 50% em um curto período. A economista Wendy Carraro explica que o aumento está ligado à subida dos preços da carne. “Quando a carne fica cara, muitas pessoas recorrem ao ovo como alternativa. Porém, essa maior demanda, aliada aos problemas climáticos, faz com que a oferta diminua, e o preço suba”, afirma. O calor e o aumento do preço do milho também contribuem para a elevação dos custos na produção de ovos. A alimentação das galinhas, que é baseada em milho e soja, viu o preço da saca de 60 kg subir de R$60 para R$79, um aumento de 32%. Esse custo adicional para os produtores acaba sendo repassado para o consumidor final, o que eleva ainda mais o preço dos ovos.
O aumento na importação de ovos brasileiros para os Estados Unidos também pode vir a trazer impactos. Chegando a 220 toneladas em janeiro de 2025, 22% a mais do que no mesmo período do ano passado, o aumento é resultado de um surto de gripe aviária nos EUA, que levou os americanos a pagar até R$60 pela dúzia de ovos. No entanto, apesar do crescimento nas exportações, esse movimento ainda não afetou os preços internos no Brasil, já que a maior parte da produção brasileira é destinada ao mercado interno, e as exportações representam menos de 1% desse total. No entanto, caso esse cenário mude, com um aumento nas exportações, os preços no Brasil podem ser impactados.








