Por Reinaldo Guidolin
Na última quinta-feira (13), aconteceu uma assembleia extraordinária na Escola Municipal de Aprendizagem Industrial (EMAI). Convocada pelo Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria, a reunião reuniu cerca de 200 docentes, que lotaram o auditório, expressando sua indignação frente à crise da previdência municipal.
Protesto marcado para o dia da mentira
No próximo dia 1º de abril, os professores realizarão uma paralisação geral, acompanhada de atividades de rua e intervenções nas comunidades escolares. A data, simbólica por ser o Dia da Mentira, será utilizada para expor as promessas eleitorais não cumpridas e a crise previdenciária enfrentada pela categoria.
Entre as ações aprovadas estão o boicote a atividades não obrigatórias, campanhas de conscientização e manifestações na Câmara de Vereadores, incluindo o uso da tribuna livre.
Conselho consultivo sem poder deliberativo
Um dos pontos mais debatidos na assembleia foi a formação do Conselho Consultivo da Reforma da Previdência, ocorrido na quarta-feira (12) no gabinete do prefeito. Composto por representantes do Sindicato dos Municipários, do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos (Ipassp-SM) e da Câmara de Vereadores, o conselho não possui poder de decisão.
“Ele dá um verniz de diálogo e democracia, mas na verdade não tem poder de decisão nenhum. Participaremos ativamente, levando nossa posição. Mas três pessoas representando a categoria na mesa não dizem tanto quanto mil professores manifestando em frente à Prefeitura”, destacou Juliana Moreira, coordenadora de Organização e Patrimônio.
Caminho de resistência
Desde o início do ano, a coordenação sindical tem realizado reuniões com o prefeito, com a presidência do Ipassp-SM e com a Secretaria Municipal de Educação para tratar de questões do ano letivo. A assembleia reforçou o compromisso dos professores em lutar por seus direitos e evitar que a crise previdenciária recaia sobre a categoria.








