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Crise na Educação: Que sociedade estamos construindo?

Há algumas semanas escrevi sobre a iminente Reforma da Previdência e seus consequentes
cortes nos direitos dos servidores e especialmente do Magistério. Mas nem de longe essas são
as únicas mazelas enfrentadas pelos nossos educadores.


Mais recentemente foi veiculado na mídia o levantamento do Sindicato dos Professores
Municipais (Sinprosm) sobre a falta de professores e estagiários nas escolas municipais,
apontando números estarrecedores de uma defasagem que claramente impacta tanto na
qualidade do serviço entregue, quanto na saúde mental dos profissionais que se desdobram
pra atender como podem. Chama atenção também a assimetria do discurso da representação
do Executivo Municipal que alega ter conhecimento dos números, mas minimiza seu impacto.
Paralelamente a tudo isso também tem o encerramento dos contratos com os vigias
terceirizados das escolas, expondo-as cada vez mais ao risco de furtos.


Com essa angustiante sensação de ver a nossa Educação sob ataque de todos os lados,
pergunto novamente: Que sociedade estamos construindo assim?


Façamos um breve exercício de imaginação.


Primeiro, pensando no lado dos profissionais: Em algum momento os professores de hoje se
aposentarão. Com o desmonte da educação, teremos cada vez menos estudantes de hoje
interessados em serem os professores de amanhã. E não podemos nem culpá-los por isso.
Quem carregará a tocha?


Pensando nos alunos: Sem professores com tempo e liberdade para formar cidadãos, os
alunos serão no máximo treinados — não educados. A falta de senso crítico alimenta o
crescimento da desigualdade. As pessoas deixam de questionar por que os ricos ficam mais
ricos e os pobres, cada vez mais invisíveis. Perdem a capacidade de se indignar (como estamos
nesse momento).


Pergunto novamente: É essa a sociedade que queremos?


Dizem que o conhecimento liberta. Mas pra ele libertar, tem que ser passado adiante com
paixão e propósito. E isso… só um bom professor, com boas condições de trabalho, pode fazer.


Não deixemos isso morrer. Ou pagaremos um alto preço.

Coluna por: Luiz Fernando

Redação enFoco

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