redacao@revistaenfoco.com.br

Leite anuncia mudanças no secretariado, o estilo Hugo Mota como presidente da Câmara, multiplicação de novos cursos de medicina gera dúvidas sobre qualidade de ensino – tudo isso e mais, você lê aqui!

   As novas peças no tabuleiro de Eduardo Leite

As mudanças no secretariado anunciadas por Eduardo Leite vão além da gestão administrativa — são movimentos políticos estratégicos. A entrada de ex-prefeitos como Jorge Pozzobom e Paula Mascarenhas, ambos do PSDB, reforça a base aliada com nomes de confiança, trajetória consolidada e sintonia com o estilo de governo de Leite: técnico, articulado e politicamente moderado. Paula, aliás, assume um papel-chave nas Relações Institucionais, sinalizando um esforço claro para melhorar a interlocução entre o Executivo e os demais poderes.

A troca na Agricultura, com a entrada de Edivilson Brum (MDB), mostra que até os aliados tradicionais estão sendo avaliados com lupa — desempenho e afinidade política contam. Já a chegada de Mário Augusto Gonçalves à Inovação, com seu perfil municipalista, aponta para uma gestão mais conectada às demandas locais e ao desenvolvimento regional.

Em resumo, Leite está reorganizando seu time com foco em lealdade, capacidade de entrega e visão estratégica. Silenciosamente, prepara o terreno para um segundo tempo de governo mais ousado — e, quem sabe, para o futuro político que já começa a se desenhar.

·       Nos bastidores do poder: o estilo Hugo Motta à frente da Câmara dos Deputados

Nos dois primeiros meses como presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) presidiu apenas 10 das 23 sessões deliberativas, dedicando-se mais a articulações políticas nos bastidores, especialmente sobre o Orçamento e acordos com o STF. Sua ausência e falta de pautas de maior impacto têm levado a anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro a dominar os debates, impulsionada por pressão do PL e de Jair Bolsonaro.

Motta tenta imprimir um estilo de gestão diferente do antecessor, Arthur Lira, com mais diálogo, previsibilidade nas pautas e reativação das comissões especiais. No entanto, críticas surgem sobre a concentração de decisões num grupo restrito de aliados, apelidado de “santíssima trindade”.

Apesar das críticas por ausência e fragilidade frente à oposição, aliados defendem sua habilidade política. Motta também busca proximidade com o governo Lula e tenta equilibrar relações com STF e Senado, sinalizando uma gestão mais conciliadora, mas ainda em formação.

·       Fusão entre PSDB e Podemos será oficializada até maio

A fusão entre PSDB e Podemos deve ser oficializada até 1º de maio, formando um novo partido com 27 deputados federais. Em seguida, o grupo busca criar uma federação com o Solidariedade, que tem 5 parlamentares, podendo chegar a 32 deputados na Câmara. Inicialmente, a legenda se chamará PSDB-Podemos até as eleições de 2026, quando será definido um nome definitivo — entre as opções estão “Independentes” e “Moderados”.

·       Medicina em Alta, Qualidade em Queda?

A expansão das faculdades de medicina no Brasil, especialmente no setor privado, tem gerado preocupações sobre a qualidade do ensino. Desde 1990, o número de cursos quintuplicou, e hoje mais de 80% das vagas são oferecidas por instituições privadas, movimentando cerca de R$ 26,4 bilhões por ano. O programa Mais Médicos, criado em 2013, impulsionou ainda mais esse crescimento.

Grandes grupos educacionais como Afya, Ânima e YDUQS se consolidaram no mercado, com vagas sendo avaliadas em até R$ 3 milhões. No entanto, o excesso de oferta, a judicialização para abrir cursos sem aval do MEC e a falta de critérios transparentes têm sido criticados por especialistas, que alertam para possíveis prejuízos à formação dos profissionais.

Apesar da alta procura pelo curso de medicina, muitos estudantes enfrentam dívidas elevadas e incertezas sobre retorno financeiro. Como solução, há propostas de melhoria na avaliação dos cursos e até a criação de um exame nacional para médicos formados, semelhante à OAB para advogados.

·       Após Cassações, Quatro Municípios Têm Novos Prefeitos Eleitos

Quatro cidades brasileiras elegeram novos prefeitos neste domingo (6/4) em eleições suplementares, após a cassação dos mandatários eleitos em 2024. Os municípios são Eldorado (SP), Neves Paulista (SP), Ruy Barbosa (BA) e Paranhos (MS), totalizando 64,8 mil eleitores.

Em Eldorado (SP), cidade onde Jair Bolsonaro passou parte da infância, Noel Castelo (Solidariedade) venceu com 41,8% dos votos, após a cassação de Elói Fouquet (PSDB) por improbidade administrativa.

Em Neves Paulista (SP), Kiko Rossali (PL) foi eleito com ampla vantagem (79,2%), substituindo Reginaldo da Silva (PL), inelegível por condenação por furto.

Na cidade baiana de Ruy Barbosa, Eridan de Bonifácio (MDB) venceu por margem apertada (51,5%) contra Dr. George (PSD); ela é esposa do prefeito cassado por irregularidades nas contas públicas.

Em Paranhos (MS), Hélio Acosta (PSDB) derrotou Ricardo Laurício (PT) com 64,4% dos votos; o antigo prefeito, Heliomar Klabunde (MDB), foi afastado por irregularidades em programa de erradicação do trabalho infantil.

Reinaldo Guidolin

Todas colunas

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Publicidade:

Últimos posts:

  • All Posts
  • Agro
  • Análises emFoco
  • Assuntos
  • Balanço político
  • Bastidores do poder
  • Cidades
  • Clima
  • Colunas
  • Cultura
  • Economia
  • Educação
  • Empreendedorismo
  • Entidades
  • Entrevistas Exclusivas
  • Eventos
  • Gastronomia por Andrea Loreto
  • Internacional
  • Meio ambiente
  • Mundo
  • Negócios
  • Pinga Fogo
  • Podcasts & Vídeos
  • Política
  • Política Estadual
  • Política Municipal
  • Política Nacional
  • Raio-X
  • Região
  • Saúde
  • Segurança
  • Sustentabilidade
  • Tecnologia
  • Todos

Acesso rápido:

TAGS:

Publicidade:

Publicidade:

Sobre:

Sobre nós

Serviços

Empresas

E+:

Política de privacidade

Anuncie conosco

Suporte ao usuário

Trabalhe conosco

Contato:

© 2024 Criado com 🤍 por Grupo Êxito