Nesta semana, a Câmara de Vereadores de Santa Maria viveu uma sessão que se estendeu até as 5 horas da manhã, em virtude da votação, em regime de urgência, do Projeto de Lei que concedeu um subsídio de R$ 4 milhões à empresa responsável pelo transporte público municipal. Votei contra a proposta, pela forma como o projeto foi encaminhado e conduzido na Casa Legislativa. Um tema tão relevante para a cidade merecia ser tratado com mais planejamento e participação dos vereadores e da população.
Quanto ao transporte coletivo, é evidente que a situação chegou a um ponto crítico. Fato é que a tão esperada licitação do sistema pode representar um avanço, mas dificilmente será a solução de todos os problemas. Ela propõe resolver um problema jurídico, sanando os contratos sem processo de licitação, cobrança que perpassa mais de 30 anos. Porém, esta proposta não resolve o modelo em si, tornando possível a viabilidade financeira e fornecendo um transporte atrativo para o usuário.
Mobilidade urbana não se resume a ônibus. Envolve planejamento de vias, manutenção de calçadas, estrutura adequada nas paradas, acessibilidade e integração com outros modais e tarifas flexíveis. A discussão em torno da licitação deve considerar todos esses aspectos.
Precisamos de uma visão macro do modelo para chegarmos a um resultado final que bem atenda ao usuários. Estou acompanhando de perto esse processo e cobrarei uma proposta que realmente contemple as necessidades da população.
