Neste domingo (15), completa um mês desde a identificação do primeiro caso de gripe aviária no Brasil, registrado em Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), hoje, o único foco ativo no Rio Grande do Sul é o Zoológico de Sapucaia do Sul. No local, já foram registradas mortes de 166 animais de 11 espécies diferentes no local, segundo a Secretaria Estadual de Agricultura.
A análise genética do vírus identificou que a cepa presente tanto em Montenegro quanto no zoológico é a mesma detectada em aves na Estação Ecológica do Taim, em 2023. Isso indica que a contaminação teve origem ambiental, e não ocorreu dentro da cadeia produtiva comercial.
Apesar da gravidade da situação, o MAPA reforça que não há risco à saúde humana relacionado ao consumo de carne de frango ou ovos. Assim, o Brasil mantém o status de livre da influenza aviária em plantéis comerciais, condição essencial para a continuidade das exportações do setor avícola.
A fiscalização para identificação de possíveis novos casos continua a ocorrer. Inicialmente, em resposta ao surto, o governo do RS instalou, no dia 17 de maio, sete barreiras sanitárias em pontos estratégicos de Montenegro. O objetivo era conter o avanço do vírus por meio da fiscalização de veículos de risco, como caminhões de carga viva, transporte de ração e coleta de leite. Com a ausência de novos casos em granjas, as barreiras foram gradualmente reduzidas: de sete para quatro em 23 de maio, e totalmente desativadas em 30 de maio. Desde então, a fiscalização passou a ser feita por equipes móveis, que realizam vistorias programadas em um raio de 10 quilômetros do foco inicial.
O Brasil poderá se declarar como livre da gripe aviária em sua avicultura comercial se não houver novos casos confirmados até o dia 18 de junho. Esse prazo corresponde ao chamado vazio sanitário, período de 28 dias iniciado em 22 de maio, um dia após a desinfecção completa da granja afetada em Montenegro.
As próximas etapas de fiscalização em propriedades rurais e áreas de risco estão previstas para ocorrer nesta segunda (16) e terça-feira (17), como parte das ações de vigilância ativa e prevenção adotadas pelo Estado.