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Vitoriosos da eleição do PT, Manequinho propõe ouvidoria rural, Deputados do União Progressista confirmam candidatura ao Piratini - tudo isso e mais, você lê aqui!

  • Sidi e Edinho Silva vencem disputas a nível local e nacional

No domingo (6), o vereador Sidi Cardoso confirmou o favoritismo e foi eleito presidente do diretório municipal do PT em Santa Maria, durante o Processo de Eleição Direta (PED) 2025, realizado nacionalmente. Com o apoio decisivo dos deputados Paulo Pimenta e Valdeci Oliveira, as duas principais lideranças petistas da cidade, Sidi obteve 1.072 votos, ficando à frente da vereadora Marina Callegaro (136 votos) e do estudante Luiz Boneti (97 votos). A vitória, além de consagradora, garante à chapa de Sidi o comando de 15 das 18 vagas do diretório local, reforçando a hegemonia do grupo político que já dirige a sigla na cidade. No plano estadual, a disputa segue acirrada e será definida em segundo turno no próximo dia 27. Estão no páreo o deputado estadual Valdeci Oliveira, que liderou a votação com 12.569 votos (47,38%), e a deputada Sofia Cavedon, que ficou com 5.300 votos (19,98%). 

O ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, foi eleito presidente nacional do PT com ampla vantagem (73,48% dos votos). Ligado à corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), a majoritária da sigla, Edinho assume o comando em substituição ao senador Humberto Costa (PE), que ocupava interinamente o posto desde a saída de Gleisi Hoffmann para o governo Lula. A vitória expressiva veio mesmo diante de pendências judiciais, como no caso do diretório de Minas Gerais, cuja eleição foi liberada apenas na segunda-feira (7), após decisão do TJDFT. Com apoio velado do presidente Lula, Edinho superou nomes históricos do partido, como Rui Falcão, Valter Pomar e Romênio Pereira, e deve dar continuidade à linha de fortalecimento institucional e à presença digital da legenda, especialmente mirando os embates eleitorais e narrativos que se avizinham.

  • Vereador propõe canal de escuta rural inspirado no caso Valdemar

A morte do produtor rural Valdemar Both, 54 anos, durante uma abordagem da Patrulha Ambiental da Brigada Militar no distrito de Palma, segue repercutindo — e agora, já inspira medidas no campo legislativo. O vereador Guilherme Badke (Republicanos), o Manequinho, protocolou na sexta-feira (5) o projeto sugestão Valdemar: Ouvidoria do Campo, que propõe a criação de um canal institucional voltado às demandas da população rural, além de estabelecer diretrizes para fiscalizações em propriedades do interior. Entre os pontos sugeridos, está a obrigatoriedade de gravações em vídeo nas ações realizadas por órgãos públicos.

A proposta surge em meio a uma tensão crescente entre comunidades rurais e forças de segurança, reacendida por episódios recentes como o que vitimou Both, morto a tiros após, segundo a Brigada, agredir policiais com um machado. O vereador, que tem origem rural, argumenta que o interior não pode ser tratado como um território à margem das garantias cidadãs. Embora o projeto seja apenas uma sugestão ao Executivo, por envolver competências exclusivas do prefeito, o gesto sinaliza uma tentativa de institucionalizar mecanismos de escuta e transparência, justamente num momento em que a confiança entre o poder público e moradores do campo parece abalada.

  • PP e União Brasil selam unidade e miram governo do RS

A recém-formada federação entre Progressistas (PP) e União Brasil deu nesta segunda-feira (7) seu primeiro gesto político público: os dez deputados estaduais das duas bancadas reuniram-se em almoço e, por unanimidade, defenderam candidatura própria da União Progressista ao governo do Estado em 2026. O encontro serviu como termômetro da coesão interna após os primeiros movimentos de bastidor, como o lançamento da pré-candidatura de Covatti Filho e a reação imediata da ala que prefere Ernani Polo. Apesar das tensões latentes, a narrativa unificada é de harmonia e projeto coletivo, sustentada por declarações que enfatizam maturidade e convergência programática.

Embora o lançamento precoce de nomes como Covattinho e Polo evidencie disputas por protagonismo, os articuladores do grupo procuram transformar a pluralidade de lideranças em ativo político. A própria fala do deputado Guilherme Pasin, ao minimizar divisões e valorizar o “almoço coletivo de terça-feira”, ilustra o esforço de mostrar normalidade e unidade. Para além da disputa interna, a federação busca se afirmar como uma alternativa viável à polarização, com discurso de responsabilidade fiscal, experiência administrativa e diálogo federativo. O desafio agora será manter esse discurso coeso conforme as definições de candidatura se aproximarem.

  • Empresas poderão destinar ICMS para hospitais

Com aval do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), o Pró-Hospitais (PPH) deu um passo decisivo para começar a operar no Rio Grande do Sul. Aprovado em 2023, o projeto permite que empresas direcionem até 5% do ICMS devido para hospitais públicos e filantrópicos. O modelo segue a lógica de programas como o Piseg e o PIAA, que já possibilitam a destinação de parte do tributo para a segurança pública e a infraestrutura viária.

A proposta tem articulação multipartidária: foi construída pelos deputados estaduais Airton Artus (PDT), Claudio Tatsch (PL) e Thiago Duarte (União Brasil), com apoio do secretário de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel (MDB). Agora, os esforços se voltam à regulamentação por parte do governo estadual, o que definirá regras de adesão para empresas e critérios para os hospitais beneficiados. A expectativa é de que os primeiros repasses ocorram já em 2025.

O potencial do PPH é significativo, sobretudo diante da crise crônica de financiamento enfrentada por hospitais do interior. A medida busca aliviar o caixa das instituições, permitindo investimento em obras, compra de equipamentos e despesas de custeio. Se bem estruturado, o programa pode inaugurar um novo capítulo na relação entre setor privado e rede hospitalar, e transformar o ICMS em ferramenta de impacto direto na saúde pública.

  • MDB sela unidade em torno de Gabriel Souza

Depois de divisões que marcaram a eleição de 2022, o MDB gaúcho mostrou neste fim de semana que voltou a falar a mesma língua. Em ato realizado em Rio Pardo, com cerca de 500 filiados de 58 municípios, o partido confirmou apoio à pré-candidatura do vice-governador Gabriel Souza ao Palácio Piratini. Nomes de peso como Germano Rigotto, José Ivo Sartori e José Fogaça participaram do evento, que teve clima de reencontro entre a velha guarda e uma nova geração de líderes.

No discurso, Gabriel reforçou bandeiras como justiça social e atenção à primeira infância, além de defender uma agenda ambiental voltada à resiliência do Estado frente a enchentes e estiagens. Ao propor irrigação e manejo do solo como políticas estruturantes, o vice-governador tenta posicionar o MDB num campo mais contemporâneo, sem romper com a identidade pragmática e municipalista da sigla. O presidente estadual, Vilmar Zanchin, destacou que o partido foi o primeiro a oficializar um nome para a disputa de 2026 e convocou as bases para contribuir com as nominatas proporcionais.

A consolidação de Gabriel como candidato natural do MDB também reforça sua aliança com o governador Eduardo Leite (PSD), sugerindo a repetição de uma dobradinha entre os dois partidos no próximo pleito. Com apoio das principais lideranças e capilaridade em regiões estratégicas, Gabriel larga bem posicionado. O desafio agora será manter a coesão interna até o período eleitoral — e traduzir unidade partidária em competitividade nas urnas.

  • Vereador apresenta diagnóstico da saúde na Capital

Depois de circular por nove unidades de saúde e conversar com mais de cem profissionais da linha de frente, o vereador e pediatra Alexandre Bublitz (PT) vai apresentar, na quarta-feira (9), um diagnóstico da situação das emergências de Porto Alegre. A constatação principal é de que o gargalo da rede não está nos hospitais, mas na base: entre 60% e 80% dos atendimentos nas emergências poderiam ser resolvidos na atenção básica.

Bublitz critica o que chama de “modelo hospitalocêntrico” adotado pela Capital nas últimas décadas e defende uma reeducação da população, inclusive com aulas nas escolas, sobre quando e onde buscar atendimento. A proposta de “contrainternação”, em que pacientes do Interior voltem para suas cidades de origem quando estiverem estáveis, também é uma das ideias em debate.

O vereador alerta ainda para a sobrecarga emocional dos trabalhadores da saúde: em algumas emergências, os afastamentos por transtornos mentais já chegam a 20%. O relatório, que será entregue a autoridades das três esferas, vem com um apelo por mais cuidado com quem cuida.

Outro ponto levantado pelo parlamentar é o que ele chama de ilusão dos bons indicadores. Segundo Bublitz, parte dos números usados para avaliar a atenção primária retrata volume de produção, mas não necessariamente resolutividade ou qualidade. “Não adianta atender mais, se o paciente continua voltando ao hospital por falta de solução”, resume.

  • RS avança na atenção à saúde do idoso

O governo do Estado selecionou as dez primeiras instituições que vão integrar o programa Saúde 60+ RS, voltado ao atendimento ambulatorial especializado para pessoas com 60 anos ou mais em condição de fragilidade ou com diagnóstico de demência. A iniciativa busca preencher uma lacuna crítica na atenção secundária, com foco na regionalização do cuidado e na atuação de equipes multiprofissionais. Os serviços selecionados receberão entre R$ 120 mil e R$ 130 mil mensais, de acordo com a composição da equipe, e o investimento anual previsto é de R$ 31,2 milhões, com cobertura das 18 Coordenadorias Regionais de Saúde.

O acesso aos atendimentos será regulado pelo Sistema Gercon, a partir da pontuação no Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional (IVCF-20), aplicado nas unidades básicas de saúde. A proposta é priorizar idosos em situação de maior fragilidade clínica e funcional, garantindo atendimento especializado em neurologia, geriatria, psicologia, fisioterapia e assistência social, entre outras áreas. Após assinatura das portarias de habilitação, os serviços têm até 60 dias para iniciar as atividades.

A seguir, as dez instituições contempladas na primeira etapa do programa:

  • Novo Hamburgo (1ª CRS) – Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo
  • Tenente Portela (2ª CRS) – Associação Hospitalar Beneficente Santo Antônio
  • Pelotas (3ª CRS) – Cuidativa UFPEL
  • Santiago (4ª CRS) – Secretaria Municipal de Saúde (Centro de Especialidade)
  • Caxias do Sul (5ª CRS) – Associação Cultural e Científica Virvi Ramos
  • Marau (6ª CRS) – Associação Hospitalar Beneficente de Marau
  • Santa Rosa (14ª CRS) – Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa
  • Sarandi (15ª CRS) – Associação Hospitalar Vila Nova
  • Lajeado (16ª CRS) – Hospital Bruno Born
  • Panambi (17ª CRS) – Associação Hospital Panambi

  • Emendas federais: R$ 183 milhões empenhados pela bancada gaúcha

Até o início de julho, o governo federal já liberou R$ 35 milhões em emendas individuais para parlamentares do Rio Grande do Sul. Entre os deputados, Márcio Biolchi (MDB) e Afonso Hamm (PP) lideram o volume de recursos pagos, com R$ 3 milhões cada, embora ambos tenham cerca de R$ 7 milhões empenhados para 2025. Já o senador Paulo Paim (PT) tem o maior montante reservado, com R$ 21 milhões em emendas, das quais apenas R$ 2,2 milhões foram pagos até agora. Ao todo, a bancada gaúcha soma R$ 183 milhões empenhados neste ano.

No ranking por partido, o PT lidera com R$ 44 milhões em emendas, puxado pelo senador Paim e pela quantidade de deputados da sigla na bancada. Republicanos e Progressistas vêm logo atrás, com R$ 29 milhões e R$ 21 milhões empenhados, respectivamente, impulsionados pelos senadores Hamilton Mourão e Luis Carlos Heinze. O MDB, apesar de não contar com senadores, aparece forte entre os partidos com maior valor reservado, com R$ 20 milhões. O PL, com cinco deputados, tem R$ 16 milhões empenhados.

Interessante destacar que alguns parlamentares, como o deputado Marcel Van Hattem (Novo), apesar de possuir um baixo valor já empenhado (menos de R$ 2 milhões pagos), lideram em termos de indicação no orçamento, com quase R$ 24 milhões destinados para futuras liberações. O cenário revela a dinâmica da bancada gaúcha em negociar e distribuir recursos federais, mas também aponta para o desafio da liberação efetiva desses valores junto ao governo federal.

  • Cel. Vargas apresenta projeto que propõe nivelamento de tampões

O vereador João Ricardo Vargas (PL) apresentou o Projeto de Lei Complementar 16/2025, que obriga o nivelamento de tampões, como bueiros e caixas de inspeção, nas obras e intervenções nas vias públicas de Santa Maria. A iniciativa busca eliminar desníveis que causam riscos a pedestres, ciclistas e motoristas, além de preservar a durabilidade do pavimento, evitando desgastes causados pela água acumulada e tráfego irregular.

Além dos benefícios para a segurança, Vargas ressalta que o nivelamento promove maior acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida, idosos e usuários de cadeiras de rodas, contribuindo para uma cidade mais inclusiva. O projeto também pode incentivar o uso de transportes sustentáveis, como bicicletas, e melhorar a fluidez do trânsito. Para entrar em vigor, a proposta precisa ser aprovada pelos vereadores e sancionada pelo prefeito Rodrigo Decimo (PSDB).

  • Vereador de Caxias conhece estrutura de saúde digital em Vitória

O presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Caxias do Sul, vereador Rafael Bueno (PDT), visitou Vitória (ES) para conhecer a estrutura de saúde da capital capixaba, que lidera o ranking nacional de acesso à saúde pelo segundo ano consecutivo. Entre as inovações que chamaram atenção estão os investimentos em tecnologia: cerca de R$ 50 milhões aplicados nos últimos quatro anos, com destaque para o Painel de Medicamentos, que informa em tempo real a disponibilidade de remédios nas unidades básicas.

Outro avanço observado são os totens de autoatendimento nas UBSs, que facilitam o agendamento de consultas e o registro da chegada dos pacientes, eliminando a necessidade de passar pela recepção. Essas soluções digitais tornam o fluxo mais eficiente e aumentam a comodidade para os usuários, aspectos que Rafael Bueno pretende replicar em Caxias do Sul.

Além disso, a visita incluiu o Centro de Referência de Atendimento ao Idoso (CRAI), cuja experiência deve inspirar a criação de uma unidade similar na cidade gaúcha. A iniciativa reforça o compromisso local com a ampliação e qualificação do cuidado à população idosa, alinhando a saúde municipal a práticas reconhecidas nacionalmente.

  • Câmara de Caxias cria cinco cargos para TV Aberta do legislativo

A Câmara de Caxias do Sul aprovou por unanimidade a criação de cinco cargos em comissão para viabilizar a operação do sinal aberto da TV do Legislativo. A votação ocorreu em sessão extraordinária na quinta-feira (3), com apoio de todos os vereadores presentes, exceto pelo vereador Pedro Rodrigues (PL), que não votou, e Rafael Bueno (PDT), ausente por motivos de saúde.

Durante a discussão, a vereadora Marisol Santos (PSDB) e o presidente da Casa, Lucas Caregnato (PT), defenderam a criação dos cargos, mas Marisol ressaltou que as contratações devem ocorrer somente após o sinal aberto estar efetivamente implantado. Caregnato explicou que os cargos em comissão foram escolhidos porque o concurso público vigente e o previsto não contemplam vagas para jornalistas.

O projeto prevê quatro funções de assessor político (CC 6), com salário de R$ 6.695, e um cargo de assessor técnico (CC 8), com remuneração de R$ 12.575, que deverá coordenar as atividades. A medida reforça a estratégia da Câmara para ampliar sua comunicação com a população, mas também levanta o debate sobre a gestão dos recursos públicos e o uso de cargos comissionados.

Reinaldo Guidolin

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