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Crianças e adolescentes sedentários: um desafio para a saúde pública

Já são bem conhecidos e comprovados cientificamente os benefícios que a prática regular de exercícios físicos proporciona. Pessoas ativas tendem a ter melhor saúde física e mental. Várias doenças crônicas não-transmissíveis, como obesidade, hipertensão, diabetes e até mesmo alguns tipos de cânceres, são prevenidas através do exercício físico. Da mesma forma, sintomas de ansiedade e depressão são reduzidos drasticamente, melhorando significativamente a qualidade de vida.

Infelizmente, nossas crianças e adolescentes, que eram bastante ativos antigamente, estão cada dia mais sedentários. Isso é consequência do uso excessivo das telas, falta de espaços ao ar livre adequados para o lazer ativo e a violência urbana. Muitas vezes não nos damos conta da falta que faz uma atividade física para a saúde destas crianças, afinal é ainda na infância que começam a se estabelecer muitas das doenças crônicas. Crianças e adolescentes que não se movimentam serão adultos doentes, pois vários pesquisadores já demonstraram que o sedentarismo é um hábito tão nocivo quanto o fumo, má alimentação e outros comportamentos nocivos.

Uma população menos saudável gera gastos excessivos aos cofres públicos, gastos estes que podem ser facilmente reduzidos através de políticas públicas que promovam o hábito de exercício físico regular. Prevenir através de hábitos saudáveis é muito mais barato do que tratar com medicações, hospitalizações e cirurgias. Ademais, é muito provável que, mesmo as pessoas que não gostam de praticar exercícios físicos, prefiram realizar 150 minutos por semana desta prática do que ficar hospitalizados por doenças, passar por cirurgias invasivas ou submeter-se a cargas enormes de medicações variadas.

O sedentarismo na infância é um problema mundial e multifatorial, mas acredito muito no trabalho conjunto. Se as famílias, escolas e poder público reconhecerem seus papéis e se unirem, o assunto for discutido nas famílias, abordado insistentemente nas escolas e o poder público elaborar estratégias eficientes, poderíamos mudar este quadro, tornando-o muito mais positivo.

Daniela Lopes dos Santos

Professora Titular do CEFD/UFSM

Redação enFoco

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