- Leite reforça bandeira contra polarização em meio à crise
Diante de um país mergulhado em extremos, o governador Eduardo Leite voltou a bater na tecla do “movimento antipolarização”, bandeira que o gaúcho vem empunhando com mais ênfase à medida que a crise política nacional se agrava. Em vídeo publicado nas redes sociais, Leite criticou tanto os atos da esquerda quanto da direita, lamentando a sucessão de escândalos e prisões envolvendo ex-presidentes. A fala tem alvo claro: o eleitorado moderado, cansado da guerra ideológica.
Ao citar a nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, anunciada por Donald Trump, Leite cobrou maturidade da gestão federal. Para ele, o Brasil está pagando o preço de uma política externa contaminada por disputas eleitorais e “narrativas ideológicas”. A crítica atinge o Planalto, mas também mira o bolsonarismo, sugerindo que os dois polos operam no mesmo campo da radicalização. Não por acaso, Leite diz ser chamado de “isentão”, rótulo que tenta ressignificar como virtude: a capacidade de não se curvar ao confronto permanente.
- Rubio revoga vistos e mira ministros do STF e aliados
O anúncio feito pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na sexta-feira (18), sobre a revogação do visto do ministro Alexandre de Moraes, seus aliados no Supremo Tribunal Federal (STF) e seus familiares, acendeu discussões dentro e fora do Brasil. Rubio citou uma “caça às bruxas política” contra Jair Bolsonaro (PL) e justificou a medida com base na Seção 212 da Lei de Imigração norte-americana, que autoriza o bloqueio de entrada de estrangeiros considerados prejudiciais à política externa dos EUA. A decisão, que teria o aval do ex-presidente Donald Trump, foi interpretada como um gesto direto de apoio ao bolsonarismo e gerou forte repercussão internacional.
Nos bastidores, a leitura é de que apenas três ministros da Corte estariam fora da mira: André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux. Estariam com visto suspenso, além de Moraes, ministros como Barroso, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Fachin, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Também é cogitada a inclusão do procurador-geral da República, Paulo Gonet, nas sanções. Enquanto Moraes raramente viaja aos EUA, outros ministros, como o presidente do STF, participam com frequência de eventos no país, o que pode ampliar o impacto da medida. A decisão foi recebida com ironias, críticas diplomáticas e, principalmente, como mais um capítulo da escalada de tensão entre poderes e da polarização política internacionalizada.
- Joel Corrêa vai a estadual; Costella mira Câmara dos Deputados
O MDB de Farroupilha reuniu cerca de 50 lideranças na noite desta quinta-feira (17), no Ginásio do Saturno, em Caravaggio, para alinhar as primeiras estratégias de olho nas eleições de 2026. A sigla pretende lançar o vereador Joel Corrêa como candidato a deputado estadual, em dobradinha com o atual secretário de Logística e Transportes do Estado, Juvir Costella, que deve concorrer a uma vaga na Câmara Federal.
Presente na reunião, Costella recebeu o agradecimento do reitor do Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio, padre Ricardo Fontana, pelo recapeamento da Rodovia dos Romeiros, via administrada pelo Estado e considerada estratégica para o turismo religioso da região.
- Fenadoce 2025 começa com expectativa de manter público e encanto

A 31ª edição da Fenadoce foi aberta oficialmente na noite desta sexta-feira (18), em Pelotas, com ares de celebração e memória. Realizada no Centro de Eventos, a cerimônia reuniu autoridades locais e estaduais para marcar o início da tradicional feira, que neste ano tem como tema “Doces Aventuras”. O conselheiro gestor da CDL, Daniel Centeno, destacou o esforço coletivo para manter o evento como referência turística e cultural do Sul. Em 2023, foram 311 mil visitantes e 1,4 milhão de doces vendidos, números que a organização espera repetir com qualidade e encantamento.
Presente na abertura, a secretária estadual de Relações Institucionais, Paula Mascarenhas, representou o governador Eduardo Leite e reforçou os investimentos do Estado na região. Já o prefeito Fernando Marroni exaltou a Fenadoce como “símbolo vivo da alma de Pelotas”, lembrando que a tradição doceira da cidade foi reconhecida como patrimônio pelo IPHAN em 2018.
A Fenadoce segue aberta aos visitantes até 3 de agosto, funcionando de segunda a sexta-feira, das 14h às 22h, e aos sábados e domingos das 10h às 22h. Os ingressos custam R$ 18 de segunda a quarta-feira e R$ 20 de quinta-feira a domingo e dão direito a um doce. O estacionamento custa R$ 16 e o doce R$ 7,50 a unidade.
- Congresso em recesso, crise em andamento
Enquanto a crise política envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro ganha novos capítulos, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), optaram por manter o recesso parlamentar, contrariando o PL, partido do ex-mandatário. A legenda havia solicitado o fim da pausa legislativa, com o argumento de que o Congresso precisava reagir institucionalmente à operação da Polícia Federal que atingiu Bolsonaro.
A decisão dos chefes do Legislativo, embora criticada por aliados do ex-presidente, reflete uma leitura pragmática do momento: não há ambiente político, nem clima institucional, para uma mobilização que soe como defesa do ex-presidente em meio às investigações. Com isso, o Parlamento se distancia, ao menos temporariamente, do embate direto com o Judiciário e reforça a narrativa de que o caso Bolsonaro deve seguir seu curso legal, sem atropelos ou interferências. Sessões e comissões só voltam à ativa a partir de 4 de agosto. Até lá, o recesso será político, mas não necessariamente silencioso.
- Parlamentares acusam Cármen Lúcia de censura e pedem impeachment no Senado
Três senadores, Eduardo Girão (Novo-CE), Magno Malta (PL-ES) e Carlos Portinho (PL-RJ), protocolaram pedido de impeachment da ministra do STF Cármen Lúcia. Eles acusam a magistrada de agir com falta de dignidade e decoro, especialmente por declarações em que teria classificado os brasileiros como “pequenos tiranos” ao defender restrições a manifestações na internet. O grupo também a acusa de censura, citando seu voto favorável à desmonetização do canal Brasil Paralelo e à proibição do documentário “Quem mandou matar Jair Bolsonaro?”. Os senadores alegam que a fala da ministra atenta contra a imparcialidade e a soberania popular, configurando crime de responsabilidade. O processo de impeachment, que começa no Senado, pode resultar no afastamento da ministra, mas nenhum ministro do STF jamais foi removido por esse tipo de procedimento.
- Lula sinaliza candidatura em 2026 para barrar Bolsonarismo
Durante evento no Ceará nesta sexta-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que, se mantiver sua atual saúde e disposição, será candidato à reeleição em 2026 para impedir o retorno do que chamou de “bando de malucos” ao poder, referência indireta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. Lula declarou: “Eles não voltarão”, mas disse que a decisão final será tomada ainda em 2025.
- José Fortunati é indicado pelo PV para disputar o Senado em 2026
O ex-prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, foi indicado pelo PV como pré-candidato ao Senado em 2026. A decisão partiu da direção estadual da legenda, que busca fortalecer sua presença no Congresso e dar protagonismo a pautas ambientais, especialmente após os desastres climáticos recentes no Rio Grande do Sul. Inicialmente cotado para a Câmara dos Deputados, Fortunati acabou sendo levado ao centro da disputa majoritária.
A movimentação acontece no contexto da federação PT-PCdoB-PV, que deve se manter até abril de 2026. Embora o nome do deputado Paulo Pimenta (PT) seja o favorito para uma das vagas ao Senado, a segunda cadeira deve ser objeto de negociação dentro de uma frente ampla de esquerda. Fortunati afirma que sua indicação é para o debate e que o PV não pretende impor candidaturas, mas somar esforços.
Em reunião recente promovida por Tarso Genro, Fortunati e Manuela D’Ávila (cotada por PSB, PSOL e PT) discutiram com lideranças de esquerda a formação de uma aliança democrática para 2026. O ex-prefeito acredita que a convergência entre partidos da centro-esquerda é essencial para enfrentar a polarização e ampliar a representação progressista no Congresso.
- Trump ameaça países do Brics e celebra ausência de líderes na cúpula no Brasil
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou ter sido responsável pelo esvaziamento da cúpula do Brics realizada no Brasil, ameaçando impor uma tarifa de 10% a países do bloco como forma de defender a hegemonia do dólar. Segundo ele, sua estratégia impediu que os líderes dos países emergentes avançassem na criação de um sistema financeiro alternativo ao dólar, o que ele considera uma ameaça comparável a uma guerra mundial.
Trump destacou que a ausência de líderes como Xi Jinping e Putin na reunião, organizada pelo presidente Lula, foi resultado direto de sua pressão. O republicano disse que não permitirá que o dólar perca seu status de moeda dominante e atacou o atual presidente Joe Biden por, segundo ele, não proteger esse papel dos EUA. Ele também criticou o Brics por tentar “destruir o dólar” e insinuou que o bloco não terá futuro.
Além disso, Trump defendeu Jair Bolsonaro e atacou instituições brasileiras, o que levou Lula a reagir com declarações contra interferências externas. A Casa Branca justificou a retaliação alegando que o Brics visa prejudicar os interesses dos EUA.
- Governo dos EUA reage a operação contra Bolsonaro e revoga vistos de Moraes
O governo dos Estados Unidos, por meio do secretário de Estado Marco Rubio, revogou os vistos do ministro do STF Alexandre de Moraes e de seus familiares, em resposta ao que considera atos de censura e perseguição política no Brasil. A medida tem efeito imediato e foi anunciada após pressão de aliados de Jair Bolsonaro, como o deputado Eduardo Bolsonaro, que havia pedido uma “resposta” dos EUA contra o que chamou de “modelo de censura brasileiro”.
A decisão ocorre no contexto da operação da Polícia Federal autorizada por Moraes, que impôs medidas cautelares a Jair Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e proibição de comunicação com embaixadores e outros investigados, como seu filho Eduardo. Donald Trump apoiou publicamente Bolsonaro e criticou ações do STF brasileiro, relacionando-as a violações à liberdade de expressão.
Rubio afirmou que “muito mais virá”, indicando possível escalada de retaliações a autoridades brasileiras envolvidas nas investigações contra o ex-presidente.
- Michelle Bolsonaro confirma candidatura ao Senado pelo Distrito Federal em 2026
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou nesta quinta-feira (17) que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro será candidata ao Senado pelo Distrito Federal nas eleições de 2026. Seu nome chegou a ser cogitado como alternativa à Presidência, caso Bolsonaro não consiga reverter sua inelegibilidade.
Durante as entrevistas no Senado, Bolsonaro também afirmou que seu filho Flávio Bolsonaro tentará a reeleição pelo Rio de Janeiro, enquanto Carlos Bolsonaro deve disputar uma vaga no Senado por Santa Catarina. Segundo o ex-presidente, o principal objetivo do PL em 2026 é fortalecer a bancada no Congresso para “equilibrar os Poderes”. Ele estima que o partido poderá eleger cerca de 120 deputados federais e ao menos 20 senadores. Atualmente, o PL é a maior bancada da Câmara, com 88 deputados, e ocupa 14 cadeiras no Senado.
Para Bolsonaro, um Congresso ideologicamente alinhado será mais influente do que o próprio Executivo na condução do país.