Uma sociedade verdadeiramente inclusiva é aquela que enxerga além dos rótulos e reconhece as potencialidades únicas de cada indivíduo. Entre tantos exemplos que merecem ser exaltados, quero destacar a trajetória de Natâmi Nakano, jovem autista que, aos 21 anos, tornou-se a primeira pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a se formar em Medicina pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Paraná.
Natâmi é prova viva de que o autismo não limita sonhos. Sua conquista representa uma vitória coletiva. Das famílias, dos educadores e de todos, que assim como nós, acreditam na inclusão. Com apoio e respeito, as pessoas autistas mostram talentos extraordinários como raciocínio lógico apurado, criatividade, memória diferenciada e um olhar sensível e único sobre o mundo.
Como vereador de Santa Maria, tenho trabalhado para que nosso município avance em políticas públicas que respeitem as particularidades do TEA. Apresentei o Projeto de Lei nº 9.943/2025, que propõe a criação de salas de espera multissensoriais em hospitais e unidades de saúde, espaços pensados para reduzir o estresse sensorial durante os atendimentos.
Também protocolei o Projeto de Lei nº 9.898/2025, que desobriga o uso de uniforme escolar por pessoas com TEA quando o tecido ou o modelo for incompatível com suas sensibilidades. Ainda, o Projeto de Lei nº 9.897/2025 assegura o direito ao porte de alimentos e utensílios pessoais em espaços públicos e privados, respeitando as necessidades alimentares e sensoriais. E o Projeto de Lei nº 9.894/2025, que garante prioridade na matrícula escolar em escolas próximas à residência ou local de trabalho dos responsáveis.
Esses projetos refletem o que acredito, inclusão de verdade exige ação concreta. A história da Natâmi nos mostra que, com oportunidade, as pessoas autistas podem e devem ocupar todos os espaços, inclusive as universidades, os serviços de saúde e o mercado de trabalho.
Que o exemplo dela inspire Santa Maria a seguir firme no caminho da empatia, do acolhimento e da justiça social. O futuro é inclusivo e o autismo faz parte dele.
Fort abraço!
