Em muitos relacionamentos, há uma dança silenciosa acontecendo.
Às vezes, os passos se encontram. Outras vezes, tropeçam um no outro.
E a gente se pergunta: por que, mesmo com tanto amor, o vínculo parece travar?
No olhar sistêmico, não há culpados — há movimentos interrompidos, lealdades invisíveis e lugares desorganizados.
Quando um dos dois tenta ocupar o lugar do outro — salvando, controlando, anulando ou exigindo — o amor perde o ritmo.
Mas quando cada um ocupa seu lugar como adulto, com responsabilidade por si, a dança começa a fluir com leveza e verdade.
A polaridade não é papel fixo. É energia em fluxo.
A terapia sistêmica nos ensina que o masculino e o feminino são forças complementares.
O masculino traz direção, foco, estrutura.
O feminino oferece sensibilidade, acolhimento, movimento.
Essas forças existem em todos nós — e o desafio dos vínculos amorosos é saber reconhecê-las, equilibrá-las e dançá-las em parceria, sem exigir que o outro preencha o que falta em nós.
E Michi quando o sistema está desorganizado?
•A mulher tenta controlar tudo, por lealdade a uma mãe que não pôde confiar.
•O homem se ausenta emocionalmente, por fidelidade a uma linhagem que não teve espaço para o sentir.
•Um exige que o outro mude, sem olhar para o que está repetindo em si.
E o amor… mesmo presente, não consegue sustentar o vínculo.
Quando cada um retorna ao seu lugar:
•O feminino pode descansar, sem precisar carregar.
•O masculino pode se firmar, sem precisar dominar.
•A relação ganha um novo ritmo — mais verdadeiro, mais adulto, mais presente.
O vínculo floresce quando há ordem. E a ordem começa quando eu me vejo, vejo o outro, e aceito que cada um tem um lugar.
Te convido a fazer um EXERCÍCIO SISTÊMICO – “Eu volto para o meu lugar”
Encontre um momento de silêncio.
Respire.
Feche os olhos e traga à mente a imagem do seu parceiro (ou parceira), atual ou passado.
Com respeito, diga internamente:
“Eu vejo você como você é.”
“Eu deixo com você o que é seu.”
“Eu volto para o meu lugar como adulta.”
Depois, diga a si mesma:
“Eu me autorizo a me relacionar sem carregar o sistema do outro.”
“Eu me autorizo a dançar no ritmo do amor — com leveza e consciência.”
Observe o que sente. A mudança começa aí: dentro.
Você pode amar… sem se perder. Quando você ocupa o seu lugar com presença, o amor também encontra o dele.
Que neste mês de Agosto você recupere o gosto e a alegria de morar em Si, PARE de se esconder ou tentar se encaixar nas necessidades do outro. Se permita ser vista ocupando apenas o teu lugar , poque fora do teu lugar nada flui, mas esta é uma conversa para uma próxima coluna bjs da Michi.
Michi Milanni
@michi.milanni @empreendedorismoeelas
Enfermeira, Terapeuta Sistêmica Empresarial e CEO do movimento Empreendedorismo e Elas.