Celebramos hoje, 22 de agosto, o Dia do Educador Especial, profissionais que carregam a missão de transformar realidades e abrir caminhos dentro de um sistema educacional ainda em adaptação.
No Brasil, a educação especial começou no século XIX com caráter assistencialista, separada do ensino regular. O reconhecimento como direito veio apenas com a Constituição de 1988 e a LDB de 1996, sendo reforçado pela Política Nacional de Educação Especial de 2008, que determinou sua integração às escolas comuns.
Apesar dos avanços legais, a prática ainda não acompanha a teoria. Vivemos hoje um aumento exponencial da procura por vagas e monitores para crianças com necessidades especiais, ao ponto de o sistema atual não dar conta de atender todos os casos. Isso acarreta salas lotadas, professores sobrecarregados e educação prejudicada. Precisamos pensar a educação especial como regra e não como exceção, para que nossa rede de ensino realmente eduque.
Mas, como professor, hoje me permito a licença da reflexão para celebrar esses nobres colegas que, com dedicação e sensibilidade, atuam na construção de um sistema educacional capaz de enxergar cada estudante na sua singularidade. Que neste dia possamos não apenas homenagear esses profissionais, mas também reafirmar nosso compromisso em transformar a educação brasileira em um espaço de acolhimento e oportunidades para todos.