Localizado na Estrada do Passo da Ferreira, em Santa Maria, o São Braz é mais que um local para quem deseja conhecer de perto animais antes tão distantes. É um espaço de resgate, cuidado, preservação e educação ambiental. Logo na chegada, os visitantes são recebidos pelos elegantes pavões, que circulam livremente pelo ambiente, dando as boas-vindas a uma experiência única de conexão com a natureza. Depois, o passeio segue com a beleza das aves, a agitação dos macacos e a grandeza do urso. Entre sons, cores e descobertas, o brilho nos olhos de crianças e adultos que buscam o turismo em meio à natureza compõem o cenário cotidiano do Zoológico, que, em 2025, celebra 30 anos de história, cuidado e compromisso com a vida animal.

A história começou de forma simples, a partir do amor pelos animais e da vontade de compartilhar esse sentimento com outras pessoas. Com o passar dos anos, o espaço foi crescendo e se consolidando como uma referência em preservação e educação ambiental no estado.
. A trajetória começou em 1985, quando o fundador Santos Braz, apaixonado por aves, , conseguiu licença para se tornar um criador conservacionista. Na época, o espaço funcionava na Rua Venâncio Aires. Com o tempo, foi necessário expandir. Ao chegarem no espaço maior, onde hoje o Zoológico se encontra, haviam 14 recintos disponíveis para criação de animais. Hoje já ultrapassa os 80, refletindo o crescimento e a dedicação contínua ao cuidado com a fauna.
Atualmente, o zoológico abriga cerca de 500 animais, de aproximadamente 100 espécies diferentes, entre aves, répteis e mamíferos. Muitos deles chegaram ao local resgatados por órgãos ambientais após situações de tráfico, abandono ou maus-tratos. O criador afirma que o maior objetivo é que os animais possam voltar a viver em liberdade, mas que o espaço ajuda a mostrar a realidade dos maus-tratos.

“A vida em cativeiro é uma vida que o animal se torna refém da mão do homem, que serve apenas para que as pessoas se conscientizem de que o animal na natureza tem vida, que ele deveria estar ali e nunca ter saído”.
Porém, o processo de reabilitação para que um bicho possa voltar ao seu habitat natural não é fácil e envolve várias etapas. O zoológico possui um local específico para a internação dos animais, com espaço para quarentena, onde trabalham médicos veterinários. Também há uma atenção especial para a nutrição de cada espécie, que em situações de maus-tratos é deixada de lado. Segundo Braz, o urso, uma das maiores atrações do local, chegava a comer alimentos como creme de leite e chantilly antes do resgate.
Todo este cuidado exige tempo, dinheiro e estudos. Conforme o criador, cada animal tem o seu jeito e a sua história, e é preciso entender isso para saber os próximos passos de um resgate. Além disso, cada espécie precisa de cuidados específicos em relação ao recinto e à alimentação. Por isso, o São Braz conta com a campanha “Adote um amigo”, em que pessoas e empresas podem auxiliar financeiramente no cuidado de algum bichinho.
Com três décadas de projeto, o sentimento é de gratidão e dever cumprido, e o objetivo é seguir fazendo a diferença na conservação da fauna. Braz afirma que os planos envolvem melhorar a qualidade de vida dos animais e a infraestrutura do recinto, com ampliação da altura e enriquecimento ambiental. Também, junto com o município, pretendem melhorar a infraestrutura do local, melhorando a estrada e colocando sinalização nas rodovias. “O próprio local valoriza isso, isso traz gente, isso traz cultura e ganho financeiro para a cidade”, reflete, se referindo aos visitantes de outras cidades e estados.

“As pessoas devem entender que os animais não estão aqui para serem cortejados e aplaudidos, eles estão aqui por uma sequência da maldade da mão humana, e por isso temos a educação ambiental.”
Um dos pilares do espaço é ensinar sobre meio ambiente e conservação. Para isso, o São Braz incentiva a visita guiada com turmas escolares, que precisam ser agendadas previamente. Quem deseja conhecer com família e amigos, ou apenas passar um tempo junto a natureza, o espaço está aberto para visitação todos os dias, das oito horas da manhã ao meio dia e das uma às seis da tarde. A entrada possui o valor simbólico de 30 reais para adultos e 25 para crianças de três a 12 anos.
São Braz: 30 anos de cuidado, preservação e educação ambiental
Considerado o empreendimento de fauna mais antigo em funcionamento no Rio Grande do Sul, o Zoológico São Braz, localizado na Estrada do Passo da Ferreira, no distrito de Boca do Monte, em Santa Maria, é muito mais do que um espaço para ver de perto animais antes tão distantes. É um local de resgate, cuidado, preservação e educação ambiental, onde a conexão com a natureza começa já na chegada. Pavões elegantes circulam livremente, recepcionando os visitantes e anunciando a diversidade que está por vir: aves coloridas, macacos agitados e a imponência do urso, entre sons, cores e histórias de superação.
O projeto nasceu do amor pelos animais e do desejo de compartilhar esse sentimento. A trajetória começou em 1985, quando o fundador, Santos Braz, apaixonado por aves, obteve licença para atuar como criador conservacionista. Na época, o espaço funcionava na Rua Venâncio Aires. Com o crescimento do trabalho, foi preciso ampliar a estrutura. No endereço atual, o zoológico iniciou suas atividades com 14 recintos. Hoje, já são mais de 80, reflexo de anos de dedicação e expansão.
Atualmente, o São Braz abriga mais de 600 animais, de aproximadamente 80 espécies diferentes, que vivem em recintos identificados com nome popular, nomenclatura científica, origem geográfica e grau de risco de extinção. Desde 1996, o espaço recebe animais vítimas de tráfico, maus-tratos, atropelamentos, cativeiros ilegais ou mesmo devolvidos por criadouros e correios internacionais. Muitos desses moradores chegaram em condições críticas e foram resgatados com apoio de órgãos ambientais.
O objetivo principal é sempre devolver os animais à vida livre, quando possível. “A vida em cativeiro é uma vida em que o animal se torna refém da mão do homem. Ele só está aqui para que as pessoas se conscientizem de que deveria estar na natureza e nunca ter saído de lá”, explica Braz.

O processo de reabilitação, no entanto, é complexo e demanda tempo, recursos e conhecimento. O zoológico conta com uma área de internação e quarentena, onde veterinários realizam atendimentos especializados. A alimentação é adaptada para cada espécie, no caso do urso, por exemplo, foi preciso corrigir hábitos inadequados adquiridos antes do resgate, quando ele consumia creme de leite e chantilly.
Para manter e ampliar esses cuidados, o São Braz promove a campanha “Adote um amigo”, permitindo que pessoas e empresas contribuam financeiramente com a manutenção dos animais.
Com três décadas de história, o sentimento é de gratidão e compromisso renovado. Os planos para o futuro incluem melhorias na infraestrutura e na qualidade de vida dos animais, com ampliação dos recintos e enriquecimento ambiental. Em parceria com o município, também se busca melhorar o acesso, incluindo obras na estrada e sinalização nas rodovias. “O próprio local valoriza isso. Traz visitantes, cultura e retorno financeiro para a cidade”, afirma Braz.
Além de ser um refúgio para a fauna, o zoológico é também um espaço de educação ambiental. Visitas guiadas para turmas escolares podem ser agendadas previamente. Já para famílias e grupos de amigos, o local está aberto todos os dias, das 8h às 12h e das 13h às 18h. O ingresso custa R$ 30 para adultos e R$ 25 para crianças de 3 a 12 anos.

“As pessoas devem entender que os animais não estão aqui para serem cortejados e aplaudidos, mas porque sofreram com a maldade humana. É por isso que temos a educação ambiental como pilar do nosso trabalho”, reforça o fundador.
Por: Amanda Teixeira
Imagem: Arlei Antunes