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A música e a arte não são apenas expressões culturais para estas mulheres, são verdadeiros laços que transformam, curam e libertam. Em suas trajetórias, a arte surge como companheira, desafiadora e fonte de força. Conheça um pouco da história de cada uma, e veja como a arte, em suas diversas formas, toca profundamente suas vidas.
Leila Gomes: A música como caminho de renovação e resistência
Leila Gomes de Moura, aos 64 anos, é muito mais do que uma assistente social aposentada ou uma influenciadora digital, ela é a alma vibrante e o coração pulsante da banda Boca Roxa, um projeto que nasceu da paixão, da amizade e do poder transformador da música. Com cerca de 60 anos de conexão com o universo musical, Leila traz na voz e no baixo toda a força de uma mulher que se permitiu viver intensamente cada fase da vida.
“Se tem uma lição que eu aprendi é que tu não precisa ter dom, tu tem que ter dedicação para estudar e aprender. E não tem idade para começar.”
Hoje, Leila vive cercada de família e amor. Foi casada por 25 anos, viveu um período sozinha e agora compartilha a vida com um companheiro há 11 anos. É mãe de dois filhos e avó de um netinho de três anos, que ainda está começando a conhecer o mundo da música da vovó, ele ainda não a viu tocar ao vivo, mas já acompanha pelas redes sociais. “Minha filha acompanha, ela é minha fã número um”, conta com um sorriso largo.
Leila é a prova viva de que a música não é apenas um som, mas uma força que transforma vidas, une pessoas e dá sentido a cada novo capítulo. Sua história é um convite para que todos nós acreditemos no poder da persistência, da amizade e do amor, e que nunca é tarde para fazer o que faz o coração bater mais forte.
Rosângela Veiga: O Violão que Abraça e Organiza a Alma
Rosângela, psicopedagoga, professora de redação, língua portuguesa e literatura, aos 52 anos, encontra na música um espaço para desenvolver ainda mais a mente e a sensibilidade. Ela conta que nunca se imaginou tocando em um palco, mas a paixão cresceu paulatinamente. Para ela, tocar violão não é apenas um aprendizado técnico, mas uma terapia fascinante capaz de arrebatar, trazer foco e calma, principalmente para quem convive com o Transtorno de Déficit de Atenção. “A música organiza, demanda concentração. Quando toco com a banda, paro o mundo lá fora. É um momento nosso, de muita energia boa.”, compartilha Rosangela.
Mais do que o ato de tocar, ela destaca a força do convívio com outras mulheres na banda, um espaço de empoderamento e conexão. “É lindo ver outras mulheres na plateia se identificando conosco, expressando ‘eu também quero fazer isso’.”
A arte para Rosângela é também uma forma de estar presente nos momentos importantes, como quando sua mãe (da qual se despediu este ano), aos 88, pôde sentir a música e se emocionar com a apresentação da banda. “Não teria lugar melhor para ela naquele momento do que nos ver tocar. A arte conecta com o que realmente importa: a vida.”
Jaqueline Beltrame: O Ritmo da Vida e o Despertar para a Música
Jaqueline, empresária aposentada e baterista da banda, relata um caminho inesperado para a música. O convite para tocar veio durante um voo, de forma espontânea, e logo ela se apaixonou pela bateria, redescobrindo um lado seu que andava adormecido.
“Aprender bateria é um desafio constante. Cada ritmo é uma nova conquista. Para mim, a música é uma forma de manter a mente ativa e o coração alegre, ainda mais quando se chega numa certa idade. Ela me trouxe um novo fôlego para a vida.”
Em casa, Jaqueline é uma avó dedicada que incentiva as netas na música e nas artes, perpetuando essa chama criativa na família. Ela ressalta a importância do apoio do esposo para que pudesse se dedicar às aulas e aos ensaios da banda, um elemento fundamental para o sucesso e a felicidade pessoal.
“O incentivo de quem está perto faz toda a diferença, principalmente quando a gente decide investir em algo tão desafiador quanto a música na terceira idade.”
Cláudia Nunes: Voz que Une Gerações e Inspira Liberdade
Cláudia, professora de informática e vocalista, traz em sua história a influência profunda da família e da música na sua formação. Cresceu em um lar onde a arte estava presente em cada canto, e seu pai, músico, foi seu primeiro contato com esse universo.
“Minha casa sempre teve música, e isso nos uniu como família. Meu filho cresceu envolvido com arte, o que o tornou uma pessoa mais tranquila e sensível, capaz de ver o mundo com outros olhos.”
Para ela, cantar na banda foi uma redescoberta, um convite para sair da rotina e viver intensamente o presente. “A banda é um desafio, sim, mas também é um espaço onde a gente se reinventa, se conecta e inspira outras mulheres a encontrarem sua voz.”
Cláudia acredita que a arte tem o poder de transformar a perspectiva sobre a vida e reforça que, para essas mulheres, a música não é apenas um hobby, mas uma prioridade que traz alegria e sentido.
Susani: A Arte como Ferramenta de Luta e Libertação
Susani, artista visual, curadora de arte e guitarrista, compartilha um percurso intenso de autodescoberta. Ex-contadora, ela se encontrou na arte apenas aos 40 anos, quando decidiu seguir sua verdadeira paixão.
Para Susani, a arte é uma poderosa ferramenta de luta, um meio de expressar inquietações e dar voz ao que precisa ser falado. Sua trajetória inclui a presidência da Associação dos Artistas Plásticos de Santa Maria, onde criou oportunidades para outros artistas e fomentou a cena cultural local.
“A arte para mim é política, social, é a minha forma de enfrentar o mundo. É também um espaço de empatia, onde me coloco no lugar do outro e crio coletivamente.”
Ela destaca o valor de se dedicar a uma paixão mesmo na vida adulta, reafirmando que nunca é tarde para se reinventar e transformar sua história.
A Força da Banda: Mais que Música, Uma Comunidade de Mulheres
Essas histórias individuais se entrelaçam na força coletiva da banda, um espaço onde mulheres acima dos 50 anos encontram a liberdade para expressar sua arte, superar desafios e criar laços profundos de amizade e apoio.
A banda não é apenas um grupo musical; é um movimento de empoderamento, uma prova viva de que a arte não tem idade e que é possível reinventar-se a qualquer momento da vida.
Para elas, cada acorde, cada letra cantada, é uma celebração da vida, um convite para outras mulheres também se permitirem sonhar, aprender e transformar suas realidades.
A arte que essas mulheres fazem vai muito além da técnica: é cura, é expressão, é resistência e amor. Seja pelo violão, pela bateria, pela voz ou pela guitarra, elas mostram que a música é um espaço de pertencimento e de encontro com o que há de mais humano em cada uma.
Suas histórias nos lembram que nunca é tarde para descobrir novos caminhos, que a arte transforma e que a vida é uma constante dança de reinvenção.
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