A causa animal é uma responsabilidade coletiva

A realidade da causa animal em nossa cidade é dura e urgente. Todos os dias chegam pedidos desesperados: animais abandonados, atropelados, doentes, famintos. São histórias que sensibilizam qualquer pessoa com um mínimo de empatia, mas que, infelizmente, se repetem com frequência assustadora.

Apesar dos esforços, é impossível atender a todos os casos. Protetores e voluntários estão sobrecarregados. Os abrigos, lotados. As dívidas, acumuladas. A quantidade de adotantes não acompanha o número de resgates, e a cada dia mais vidas dependem de um gesto de solidariedade. Essa não é uma luta que possa ser vencida de forma isolada. É um desafio que exige a participação de toda a sociedade — cidadãos, autoridades e instituições. Desde que assumi o mandato de vereador, tenho buscado contribuir com ações concretas para minimizar o sofrimento desses animais e dar mais condições a quem está na linha de frente.

Entre essas ações, destaco a entrega de mais de 800 casinhas comunitárias, garantindo abrigo contra frio e chuva para cães e gatos de rua. Também destinei mais de R$ 400 mil em Emendas Impositivas para ampliar o alcance das castrações através do Castramóvel, medida fundamental para o controle populacional de animais. Além disso, tenho apoiado e divulgado inúmeras campanhas de adoção e rifas beneficentes.

No entanto, é preciso dizer com clareza: sozinhos não mudaremos essa realidade. É fundamental que cada pessoa entenda que abandono é crime, maus-tratos não têm justificativa e que a compaixão é uma urgência. A omissão, neste caso, custa vidas.

Se cada um assumir a sua parte, poderemos construir uma cidade mais justa, humana e digna — para todos os seus habitantes, humanos ou não. O respeito aos animais é também um reflexo do respeito que temos por nós mesmos enquanto sociedade.

Adelar Vargas – Bolinha
Vereador