Santa Maria amanheceu mais cara. Desde o início desta semana, o valor da tarifa do transporte coletivo sofreu um novo e brutal aumento, atingindo R\$ 6,50 para quem paga em dinheiro. Para usuários do cartão-cidadão e do vale-transporte, o valor subiu para R\$ 5,90. Estudantes pagarão R\$ 3,25, e a tão falada integração passou a custar R\$ 3,82. É um ataque direto ao bolso dos trabalhadores, das trabalhadoras, dos estudantes, de toda a população que depende do transporte público para viver a cidade.
Esse aumento representa muito mais do que um reajuste. Ele escancara o fracasso da política de mobilidade urbana conduzida pelo governo Rodrigo Décimo (PSDB), que, há oito anos no poder, prometeu soluções e entregou abandono. Durante a campanha eleitoral, não foi dito que não haveria subsídio. Não foi dito que as linhas e horários cortados durante a pandemia não voltariam. Não foi dito que a licitação – que já consumiu mais de meio milhão de reais com a empresa ProCidades e depois com outra contratada – não sairia. Prometeram um transporte digno, mas entregaram um caos.
Pior: além do aumento, foram retirados direitos. Acabaram com a meia passagem para professores, professoras e operária, com a isenção para trabalhadores da segurança pública , e mesmo assim a tarifa subiu. É injusto e inaceitável.
A prefeitura diz que lançará agora, em julho, uma nova licitação. Mas depois de tantas promessas não cumpridas, a população já não tem mais confiança. Seguimos vigilantes. Na próxima quinta-feira, às 9h, na Comissão de Políticas Públicas – da qual sou presidenta – reuniremos o Conselho Municipal de Transporte, os secretários responsáveis e o Ministério Público para exigir respostas.
A manifestação dos trabalhadores e trabalhadoras do transporte, por meio do Sitracover, é legítima e reflete o mesmo sentimento do povo: indignação. A ATU tentou dialogar com a prefeitura e sequer foi recebida. Faltou transparência, faltou respeito.
Por isso, afirmo com clareza: esta conta é tua, Décimo. Não é do povo de Santa Maria. Não é justo que os mais pobres arquem com o preço da omissão e do desgoverno. O transporte público precisa ser tratado como um direito, não como um negócio. E nós estaremos aqui, na luta, para garantir isso.
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