O Brasil enfrenta hoje uma realidade que poucos querem admitir, mas que todos sentem no cotidiano: estamos vivendo uma crise de autoridade. Uma crise que não nasce de um fato isolado, mas de uma sequência de rupturas silenciosas que vêm corroendo, pouco a pouco, a estrutura de comando do país.
E quando um país perde seus referenciais de autoridade, tudo ao redor começa a desmoronar.
Autoridade não é grito.
Autoridade não é imposição.
Autoridade é equilíbrio, dever, responsabilidade e limite.
É a capacidade de exercer o poder dentro das regras, nunca acima delas.
E é justamente esse equilíbrio que o Brasil está perdendo.
Hoje, vemos instituições que deveriam trabalhar juntas atuando como rivais numa disputa de força. Cada uma tenta ocupar espaços que não lhe pertencem, ultrapassando fronteiras que deveriam ser respeitadas para garantir a estabilidade do Estado.
Enquanto isso, o brasileiro comum observa um ambiente confuso, em que decisões importantes parecem não seguir lógica, regra ou uniformidade.
É como se o país tivesse perdido o comandante.
Como militar, dediquei toda minha vida à defesa da ordem, da disciplina e da Constituição. Sei, por experiência, que nenhum grupo, por mais preparado que seja, funciona sem uma cadeia de comando clara.
Quando todos mandam, ninguém manda.
Quando todos querem decidir, ninguém assume responsabilidade.
E é exatamente essa sensação que o Brasil vive hoje.
A crise de autoridade se revela em vários pontos: Instituições que extrapolam suas funções
Vemos interferências indevidas, decisões que se sobrepõem, avanços sobre áreas que pertencem a outro poder.
Quando cada instituição tenta governar sozinha, o país fica ingovernável.
O Executivo enfraquecido
Um governo que hesita, recua, evita confronto e deixa lacunas que outras forças ocupam.
O Brasil precisa de liderança firme — não de hesitação.
O Legislativo silenciado ou intimidado
A Casa que representa o povo não pode agir com medo de pressão externa.
Se o parlamento é fragilizado, a democracia perde sua voz.
O Judiciário assumindo protagonismo político
Quando decisões jurídicas passam a moldar cenários eleitorais, o equilíbrio entre os poderes é rompido.
Não se trata de julgar decisões, mas de apontar o perigo do excesso.
Uma população desorientada
O cidadão não sabe mais quem realmente manda, quem responde pelo quê, ou quem deve ser cobrado.
Esse vácuo de autoridade alimenta o medo, o caos e a insegurança.
Uma nação só se mantém forte quando cada poder respeita seu limite.
A Constituição criou papéis claros:
– Um poder governa,
– Outro fiscaliza e legisla,
– Outro julga.
Simples, direto e funcional.
Mas quando esses papéis se misturam, o país perde seu ponto de equilíbrio.
A pergunta que o brasileiro está se fazendo ainda que silenciosamente é:
Quem está mandando no Brasil?
E essa dúvida, por si só, já é um sintoma gravíssimo.
Se o povo não consegue identificar a verdadeira autoridade, o crime organizado percebe a fragilidade.
Se o cidadão não vê liderança, grupos radicais tentam ocupar esse espaço.
Se o país não tem quem o conduza, qualquer voz mais alta tenta assumir o comando.
A crise de autoridade não é apenas política.
Ela é moral, institucional e social.
Ela afeta desde a tomada de decisões nacionais até a sensação de segurança do trabalhador que volta para casa à noite.
O Brasil precisa restaurar a ordem, o equilíbrio e o respeito entre os poderes.
O país precisa de comando legítimo, constitucional e firme.
Sem isso, vivemos num terreno instável, em que cada decisão gera mais tensão do que solução.
E reafirmo:
A autoridade existe para servir à nação, não para disputar poder.
A autoridade precisa ser firme, nunca autoritária.
Precisa ser técnica, nunca ideológica.
E precisa ser exercida dentro da lei sempre.
Eu sigo do lado da Constituição.
Do lado da ordem.
Do lado da soberania popular.
Porque onde não há autoridade legítima, não há segurança.
E onde não há segurança, não existe liberdade.
Cel. Vargas
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