Mais uma enchente no estado do Rio Grande do Sul. Os governantes disseram que nada podiam fazer diante de tanto volume de chuva.
As emergências estão lotadas em todo o estado. Também aqui, dizem que nada se pode fazer para conter os vírus e suas consequências.
Quando não é a chuva, é a seca. Quando não é a doença respiratória, é a dengue.
Fiori Gigliotti tinha razão: o tempo passa, torcida brasileira. Mas… até quando?
Até quando as reconstruções após tragédias climáticas seguirão o modelo de “reconstrução de moinho”? Reconstruir as mesmas coisas nos mesmos lugares. A circulação do dinheiro para as mesmas obras: ontem, hoje, amanhã.
Seguiremos com essa vocação de não nos prepararmos para as tragédias, contentando-nos com migalhas de ajuda do terceiro setor, enquanto a reconstrução real, de responsabilidade do Estado, segue a passos de jabuti?
Um ano após a maior enchente da história, com diversos especialistas alertando que novos eventos ocorreriam… o planejamento foi deixado à sorte. Santa Maria não sofre enchentes, dizem. Não tem rio de grande porte por perto. Mas alaga.
Nas nossas cidades vizinhas, mais uma vez, cidadãos ficaram isolados ou impedidos de ir e vir, necessitando de caminhos mais longos e perigosos.
A capital teve mais sorte que juízo. O Muro da Mauá resiste às ameaças — pelo menos por enquanto. Contém o Lago Guaíba e as investidas do mercado para derrubá-lo. Não culpem o Mercado Público. Mas, sim, o mercado privado: desejoso, ganancioso, sedento por investimentos à beira do lago. A cidade-esponja, sugadora do bem-estar da população.
Mas… não era possível fazer nada. Muita chuva.
O que a saúde tem a ver com isso?
Saúde é a relação do ser humano com o ambiente em que vive. Como posso ter saúde se não tenho segurança para morar em dias de chuva? Como posso ter saúde se assoreamos os rios? Como é possível ter saúde se nosso bem vital — a água —, pública, está sob nova direção?
A falta de preparo dos governantes diante dos eventos climáticos tem impacto direto na saúde física e mental da população. Desabrigados no frio: adultos, crianças, mulheres, idosos, gestantes, doentes…
Mas, novamente, dizem: não era possível fazer nada. Muita chuva.
Tudo é muito. Muita chuva, muita seca, muita doença, muita natureza.
A culpa é das estrelas.
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