Por Sérgio Cechin
Santa Maria tem, ao longo de sua história, se consolidado como um polo cultural do Rio Grande do Sul. Nossa cidade pulsa arte, dança, música e tradição, atraindo visitantes de todas as regiões e gerando oportunidades para os artistas locais, para o setor do turismo e para toda a economia. Cada evento realizado aqui carrega consigo não apenas a celebração da cultura, mas também a responsabilidade de movimentar a rede hoteleira, bares, restaurantes e o comércio em geral, impactando diretamente a vida de milhares de pessoas.
Neste último final de semana, tivemos dois exemplos dessa força: o 29º Santa Maria em Dança, festival que se tornou referência nacional e é um dos maiores do Brasil, e o FestMirim, que valoriza nossa identidade tradicionalista e forma as novas gerações dentro da cultura gaúcha. São eventos que orgulham Santa Maria e que, por si só, já demandam uma grande estrutura e atenção especial do poder público.
Contudo, precisamos refletir sobre um ponto crucial: a cidade não suporta a realização de dois grandes eventos simultaneamente. Quando sobrepomos datas de festivais dessa dimensão, corremos o risco de dividir público, enfraquecer o impacto econômico e cultural e prejudicar, inclusive, a experiência dos visitantes que nos prestigiam.
É preciso que a Secretaria de Cultura e a Secretaria de Turismo trabalhem em conjunto, estabelecendo um calendário oficial de grandes eventos para o município. Essa organização permitirá dar prioridade às iniciativas mais antigas e tradicionais, como é o caso do Santa Maria em Dança, garantindo-lhes a preservação de suas datas históricas. Já os eventos mais recentes ou com maior flexibilidade devem ser readequados, de forma estratégica, para que cada um possa alcançar seu máximo potencial.
Com planejamento e diálogo, todos ganham: a cidade, que se fortalece como destino cultural; a economia local, que se beneficia com maior fluxo turístico em diferentes épocas do ano; e, principalmente, os nossos artistas e produtores, que encontram condições mais justas e estruturadas para mostrar seu trabalho.
Santa Maria tem vocação cultural e turística, mas essa vocação precisa ser potencializada com gestão responsável, calendário organizado e valorização da tradição. Só assim poderemos transformar cada evento em uma verdadeira vitrine daquilo que temos de melhor, sem sobreposição, mas sim com complementaridade.
Esse é o caminho para que continuemos sendo reconhecidos como uma das capitais culturais do nosso Estado e do Brasil.
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