Com o envelhecimento da população brasileira como um todo, a saúde tem espaço cada vez mais significativo no orçamento, em contraponto, educação, recreação e cultura, perdem, projeta estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O conceito, economia pratada, faz alusão aos cabelos grisalhos, característica ligada à população mais idosa. Existem diferentes critérios para se chegar a esse perfil: há quem considere a população de 50 anos ou mais, enquanto outros colocam o piso como 60 ou 65 anos. Agora, um estudo detalhado da empresa de pesquisa, tendência e inovação Data8, especializada no mercado de longevidade, coloca em números a dimensão que esse segmento pode alcançar. Os brasileiros acima de 50 anos devem ampliar sua participação no consumo das famílias de 24% em 2024 para 35% em 2044. Em valores absolutos, esse número passará de R$ 1,8 trilhão para R$ 3,8 trilhões em igual período de comparação, em preços de 2024, mostra o trabalho “Mercado prateado: consumo dos brasileiros 50+ & projeções. Estudiosos destacam a importância de se medir a dimensão da economia prateada. A questão, dizem, foi incluída nos debates político, econômico e empresarial nos últimos anos, mas segue com visões distorcidas e sem a proporção devida. A população de 50 anos ou mais ganha espaço no consumo e nas despesas, mas é também provedora das famílias. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a população brasileira acima dos 50 anos saltou de 9,1% em 1950 para 15,1% em 2000 e já era de 27,9% em 2024. As projeções são de que o grupo represente 43,2% da população em 2050 e ultrapasse os 50% em 2078. Um ponto a ser destacado é que temos cada vez mais idosos na população, mas eles continuam sendo vistos principalmente pelo lado das despesas. Só que temos mais e mais famílias que dependem da renda dos idosos para compor o orçamento familiar, diz a professora da ESPM Gisela Castro, ao citar o conceito de idoso provedor, difundido pela pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Ana Amélia Camarano. “Os idosos consomem não só para eles próprios, mas contribuem muito para o orçamento, uma coisa que o mercado vê pouco”, completa Castro. Hoje o idoso 50+ e 60+ são pilares financeiros para as famílias e fonte única de sustento. Se entre prateados mais jovens (50 a 54 anos) a assistência à saúde representa 11% dos gastos mensais, a parcela avança para 21% entre os 80+. A habitação também é despesa que aumenta com a evolução das faixas: 26% no primeiro grupo (50-54) e 30% (75-79) e 29% (80+). A saúde é o setor com maior potencial de mudanças, avalia o professor de Marketing da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV Eaesp) Benjamin Rosenthal. Na saúde, a chance de expansão de negócios vai além de tratamentos médicos e passa por transformações no estilo de vida: “O impacto passa por diferentes indústrias, desde academias, inclui alimentação, redução de consumo de processados e bebidas alcóolicas, com menos quantidade e mais qualidade”, diz Rosenthal. Os governos sozinhos não conseguem lidar com o desafio da longevidade, mas os empreendedores precisam enfrentar esses desafios e ao mesmo tempo aproveitar as oportunidades.
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