Edição: Reinaldo Guidolin
Foto: Camila Cunha
O céu cinza até tentou desanimar, mas não teve chance. Logo nas primeiras horas da manhã deste domingo (26), o Parque da Redenção, em Porto Alegre, se encheu de cores, sorrisos e emoção. Centenas de pessoas participaram da 15ª Caminhada Solidária da APAE, um evento que já virou tradição na cidade e que simboliza, mais do que tudo, a força da inclusão.
Com o lema “Transformar por eles, com eles e para eles!”, o grupo partiu do Espelho d’Água em direção ao Monumento ao Expedicionário, embalado pela música da Banda da Brigada Militar. O som dos instrumentos se misturava às risadas e ao entusiasmo dos participantes, que transformaram a manhã em um verdadeiro desfile de alegria e esperança.
Para Marilda Cruz Nonnemacher, presidente da APAE de Porto Alegre, a caminhada é o momento em que o trabalho diário da instituição ganha as ruas — e o coração das pessoas. “É um momento de integração e, principalmente, de inclusão. Queremos mostrar que a pessoa com deficiência deve estar no mundo, na sociedade. Dentro da APAE, a inclusão já acontece todos os dias, mas queremos que ela vá além dos nossos muros”, afirmou.

Ao longo do trajeto, famílias inteiras caminharam lado a lado com pacientes e profissionais da instituição. Crianças se divertiram nos brinquedos infláveis e nas atividades promovidas pelo SESI e pelo SESC, que levaram recreação e leveza ao encontro. “Queremos que todos vejam que o mundo da deficiência não é um vale de lágrimas. É um mundo de alegria, superação e orgulho”, disse Marilda, emocionada.
As camisetas laranja deste ano representaram exatamente isso: energia, entusiasmo e positividade. E foi esse o sentimento que dominou a manhã. Mais do que um evento, a caminhada foi um lembrete de que a inclusão é feita de passos — alguns pequenos, outros largos —, mas sempre dados juntos.
“Queremos que quem recebe um diagnóstico de deficiência veja que existe um caminho possível, com muito trabalho, mas também com muita alegria. O espírito da APAE é de transformar por eles, com eles e para eles”, concluiu Marilda.








