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Aumento da passagem do transporte coletivo, Obras do Novo PAC na UFSM, PP em disputa interna para o Piratini – tudo isso e mais, você lê aqui!

  • Prefeitura anuncia aumento da passagem; valor chega a R$ 6,50

A tarifa de ônibus em Santa Maria passará de R$ 5 para R$ 6,50 no pagamento em dinheiro e R$ 5,90 para quem utiliza o cartão cidadão ou o vale-transporte, a partir deste domingo (6). O anúncio foi feito pelo prefeito Rodrigo Decimo (PSDB) nesta terça-feira (1º), em meio à pressão de motoristas e cobradores, que realizaram paralisações no início da semana. A decisão vem em um momento de fragilidade do sistema, com queda no número de passageiros, alta nos custos operacionais e uma cidade cada vez mais dependente do transporte por aplicativo.

A justificativa apresentada pelo Executivo se ancora na tarifa técnica, calculada em R$ 7,65 pelo Conselho Municipal de Transportes. O aumento foi parcialmente suavizado com subsídio da prefeitura, que já aportou R$ 4 milhões neste ano e promete complementar a diferença. Ainda assim, o novo valor pesa no bolso do usuário comum. A explicação do governo municipal é que gratuidade estudantil, inflação acumulada e estrutura urbana descentralizada, com destaque para a localização da UFSM, encarecem o sistema. O discurso reforça que a licitação do transporte, prometida para julho, não será solução mágica.

O cenário revela o impasse estrutural do transporte coletivo em Santa Maria: custo elevado, demanda em queda, precariedade do serviço e dependência crescente de subsídios. A nova tarifa, embora menor que a técnica, não resolve o problema central, a perda de usuários. E mais: penaliza justamente quem mais precisa do serviço

  • Novo PAC chega à UFSM com pacote de obras em todos os campi

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) foi contemplada com R$ 19,5 milhões do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a execução de nove obras prioritárias em seus quatro campi: Santa Maria, Cachoeira do Sul, Frederico Westphalen e Palmeira das Missões. A destinação dos recursos atende a um levantamento feito pela própria instituição e acolhido pelo Ministério da Educação. 

Embora os valores estejam longe de cobrir todas as necessidades de infraestrutura da UFSM, o repasse federal representa uma retomada de investimentos após anos de contenção orçamentária nas universidades federais. No discurso oficial, o Novo PAC busca reduzir a evasão e ampliar o acesso ao ensino superior e, nesse sentido, as obras priorizadas tocam pontos sensíveis como moradia estudantil, acessibilidade e qualificação dos espaços de aprendizagem.

Com os recursos do Novo PAC, a UFSM executará seis obras no campus sede: reforma da arena multiuso; construção do prédio dos cursos de Comunicação Social; implantação do complexo de raquetes; reforma de apartamentos e construção de um novo bloco da Casa do Estudante; e revitalização do calçadão da Inovatec. Já nos campi do interior, será construído um prédio de laboratórios em Cachoeira do Sul, um pavilhão para atividades de equoterapia em Palmeira das Missões e um prédio de laboratórios para o curso de Sistemas de Informação em Frederico Westphalen. Com recursos próprios, a universidade também irá realizar reformas em telhados do prédio da Odontologia, do ginásio do Colégio Politécnico, do Restaurante Universitário e do anfiteatro Bozzano. Benfeitorias como calçadas acessíveis na Rota 40, fechamento do fosso e cobertura do ginásio do CEFD também estão previstas.

  • Covatti lança pré-candidatura, e PP sinaliza disputa interna

A corrida do Progressistas ao Palácio Piratini começou antes da largada oficial, e com tropeços dentro de casa. Horas após Covatti Filho anunciar publicamente sua pré-candidatura ao governo do Estado em 2026, a ala que defende o nome de Ernani Polo, secretário de Desenvolvimento Econômico, reagiu com força. O presidente interino do PP, Afonso Hamm, tratou de esfriar o tom da exclusividade, segundo ele, há dois pré-candidatos legítimos no jogo, Covatti e Polo, e ainda a possibilidade de um terceiro nome, o ministro do TCU João Augusto Nardes.

A sinalização vinda da comissão eleitoral do partido, que se reuniu nesta semana, revela que a tentativa de se antecipar ao debate interno não foi bem recebida por parte da sigla. Ao contrário, unificou esforços para reafirmar que a decisão sobre o nome que representará o PP ao Piratini será construída com base nas articulações regionais, nos encontros com a base e no diálogo com setores da sociedade. Polo, que já havia manifestado interesse na disputa, reiterou que segue à disposição como pré-candidato e, nos bastidores, tem apoio expressivo.

A movimentação mostra que, apesar da força simbólica de Covatti Filho como ex-secretário de Estado e presidente licenciado do partido, o PP ainda não digeriu completamente seu protagonismo antecipado. Ao tornar público um gesto que deveria ser costurado internamente, Covatti tencionou o equilíbrio de forças e acabou forçando o partido a reafirmar que não há favoritismo oficial, por ora, há disputa.

  • O risco de judicializar o debate público

Foto: Fernando Antunes (CMPA)

A decisão da Justiça de Porto Alegre que determinou a remoção de três vídeos do vereador Ramiro Rosário (Novo), por críticas à colega Grazi Oliveira (PSOL), reacende o debate sobre os limites da liberdade de expressão no exercício do mandato parlamentar. Os vídeos foram publicados após Grazi ser flagrada fazendo compras em um supermercado da rede Zaffari, mesmo tendo participado de atos contra a empresa em relação a escala 6×1. Ramiro ironizou o gesto e acusou a colega de hipocrisia, com sarcasmo, sim, mas dentro do campo da crítica política, ainda mais entre adversários com visões ideológicas opostas.

A juíza Angela Roberta Paps Dumerque, ao acolher a ação por danos morais e obrigar Ramiro a apagar os vídeos sob pena de multa diária, adotou um entendimento que, na prática, impõe censura prévia e fragiliza o direito de crítica de um parlamentar. É legítimo discutir o tom da manifestação, mas a decisão ignora que figuras públicas, especialmente detentores de mandato, estão sujeitas ao escrutínio e ao contraditório, inclusive com ironia e desconforto. Ao privilegiar a “proteção da imagem” em detrimento da liberdade de expressão no espaço político, a sentença estabelece um precedente perigoso.

Não se trata aqui de validar o deboche ou a exposição desnecessária, mas de defender um princípio fundamental: o debate político não pode ser tutelado judicialmente a cada gesto polêmico. Quando a Justiça se apressa em intervir sobre conteúdos que expressam divergência, ainda que em tom irônico, o risco é sufocar o pluralismo e empobrecer o debate público. É preciso distinguir crítica de ataque e, nesse caso, a toga pesou mais do que deveria sobre a palavra.

  • Desconto para quitar dívidas em Porto Alegre

Foto: Ana Terra Firmino (CMPA)

A Câmara de Porto Alegre aprovou, por 22 votos a 11, a nova edição do Refis municipal. Batizado de RecuperaPOA, o programa oferece descontos de até 90% em juros e multas para quem quitar débitos à vista, além da possibilidade de parcelar em até 60 vezes de créditos relativos aos seguintes tributos: Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU); Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN); Imposto sobre a Transmissão “inter-vivos” de Bens Imóveis e de direitos reais a eles relativos (ITBI); Taxa de Coleta de Lixo (TCL); Taxa de Fiscalização de Localização e Funcionamento (TFLF); créditos de natureza não tributária inscritos em dívida ativa; e Imposto sobre Vendas a Varejo de combustíveis líquidos e gasosos (IVV), exceto óleo diesel. A medida mira uma dívida ativa de R$ 3,8 bilhões e projeta arrecadar R$ 150 milhões.

A proposta gerou críticas e defesas acaloradas em plenário. Parlamentares da oposição apontaram contradição da prefeitura ao abrir mão de receitas enquanto alega dificuldades para investir. Já o governo diz que a medida estimula a regularização e prepara o caixa para a transição tributária nacional.

  • STF redistribui ação do PSOL sobre aumento do IOF para ministro Alexandre de Moraes

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, decidiu transferir para o ministro Alexandre de Moraes a relatoria da ação movida pelo PSOL contra a derrubada de decretos presidenciais que aumentavam o IOF. Inicialmente, o caso estava com Gilmar Mendes, que solicitou a redistribuição para evitar decisões contraditórias, já que Moraes já é relator de outra ação sobre o mesmo tema. Barroso acolheu o pedido, destacando a afinidade entre os casos. O PSOL argumenta que a decisão do Congresso de sustar os decretos é inconstitucional, pois interfere na prerrogativa do Executivo. O governo também avalia entrar com ação no STF para tentar manter o aumento do imposto.

  • Futuro do PSB no RS está em disputa entre apoio a Eduardo Leite e aproximação com PT

O diretório gaúcho do PSB enfrenta um conflito interno entre o grupo aliado ao governador Eduardo Leite, que atualmente comanda a sigla, e o grupo do ex-deputado Beto Albuquerque, que tenta retomar o controle do partido para aproximá-lo do PT e atrair Manuela D’Ávila, possível futura presidente estadual do PSB.

A direção nacional do PSB acompanha a disputa e deve decidir sobre o caso na reunião da executiva em julho, após analisar denúncias de supostas irregularidades na eleição do atual presidente estadual, José Stédile. O grupo de Beto alega fraudes no processo, enquanto a atual direção defende a legitimidade da eleição.

Beto busca realinhar o PSB à esquerda, em sintonia com o presidente nacional João Campos, que aposta em alianças com o PT para as eleições de 2026 e 2030. Manuela D’Ávila, sem partido desde 2024, é cortejada para presidir o PSB no Rio Grande do Sul, mas só aceitaria se o partido sair da base de Leite.

A relação entre PSB e PT no Estado está rompida desde 2014, com tentativas frustradas de alianças eleitorais, especialmente em 2022, quando Beto tentou se candidatar a governador com apoio petista, mas acabou desistindo.

A atual direção do PSB gaúcho defende que o partido mantém seu ideário e prepara-se para 2026 com alianças regionais, destacando que as escolhas políticas são circunstanciais e que a legitimidade se dá pelo voto.

  • Lula lança Plano Safra 2025-2026 com R$ 78,2 bilhões para fortalecer agricultura familiar e incentivar produção ecológica

O presidente Lula lançou o Plano Safra 2025-2026 para a agricultura familiar, com oferta de R$ 78,2 bilhões em financiamentos, juros que variam entre 0,5% e 8% ao ano pelo Pronaf, e um montante total de R$ 89 bilhões em crédito rural, compras públicas, seguro agrícola e outras ações. O governo busca incentivar a produção ecológica e reduzir o uso de agrotóxicos, reforçado pelo Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara). Houve aumento de 3% no orçamento em relação ao ciclo anterior, manutenção de taxas de juros de 3% para cultivo convencional e 2% para orgânico, e ampliação dos limites de crédito para máquinas. O plano também inclui linhas para agroecologia, irrigação sustentável, adaptação climática e melhorias no campo.

  • Lula elogia presidente do BC e afirma que juros altos serão corrigidos com o tempo

O presidente Lula elogiou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, classificando-o como “muito sério” e afirmou que a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 15% ao ano — a mais alta em 20 anos — será corrigida com o tempo. Lula destacou que o Banco Central é independente e que, apesar de desejar juros zero, essa decisão não depende totalmente da política econômica do governo. O Copom já elevou a Selic sete vezes seguidas para controlar a inflação, o que torna o crédito mais caro e reduz o crescimento econômico, mas analistas esperam cortes a partir de janeiro de 2026. A declaração foi feita durante o lançamento do Plano Safra 2025-2026, que destinará R$ 78,2 bilhões para financiar a agricultura familiar, com juros entre 0,5% e 8% ao ano, totalizando R$ 89 bilhões em ações de apoio ao setor rural.

Redação enFoco

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