Em muitos relacionamentos, há uma dança silenciosa acontecendo. Às vezes, os passos se encontram. Outras vezes, tropeçam um no outro. E a gente se pergunta: por que, mesmo com tanto amor, o vínculo parece travar? No olhar sistêmico, não há culpados — há movimentos interrompidos, lealdades invisíveis e lugares desorganizados. Quando um dos dois tenta ocupar o lugar do outro — salvando, controlando, anulando ou exigindo — o amor perde o ritmo. Mas quando cada um ocupa seu lugar como adulto, com responsabilidade por si, a dança começa a fluir com leveza e verdade. A polaridade não é papel fixo. É energia em fluxo. A terapia sistêmica nos ensina que o masculino e o feminino são forças complementares. O masculino traz direção, foco, estrutura. O feminino oferece sensibilidade, acolhimento, movimento. Essas forças existem em todos nós — e o desafio dos vínculos amorosos é saber reconhecê-las, equilibrá-las e dançá-las em parceria, sem exigir que o outro preencha o que falta em nós. E Michi quando o sistema está desorganizado? •A mulher tenta controlar tudo, por lealdade a uma mãe que não pôde confiar. •O homem se ausenta emocionalmente, por fidelidade a uma linhagem que não teve espaço para o sentir. •Um exige que o outro mude, sem olhar para o que está repetindo em si. E o amor… mesmo presente, não consegue sustentar o vínculo. Quando cada um retorna ao seu lugar: •O feminino pode descansar, sem precisar carregar. •O masculino pode se firmar, sem precisar dominar. •A relação ganha um novo ritmo — mais verdadeiro, mais adulto, mais presente. O vínculo floresce quando há ordem. E a ordem começa quando eu me vejo, vejo o outro, e aceito que cada um tem um lugar. Te convido a fazer um EXERCÍCIO SISTÊMICO – “Eu volto para o meu lugar” Encontre um momento de silêncio. Respire. Feche os olhos e traga à mente a imagem do seu parceiro (ou parceira), atual ou passado. Com respeito, diga internamente: “Eu vejo você como você é.” “Eu deixo com você o que é seu.” “Eu volto para o meu lugar como adulta.” Depois, diga a si mesma: “Eu me autorizo a me relacionar sem carregar o sistema do outro.” “Eu me autorizo a dançar no ritmo do amor — com leveza e consciência.” Observe o que sente. A mudança começa aí: dentro. Você pode amar… sem se perder. Quando você ocupa o seu lugar com presença, o amor também encontra o dele. Que neste mês de Agosto você recupere o gosto e a alegria de morar em Si, PARE de se esconder ou tentar se encaixar nas necessidades do outro. Se permita ser vista ocupando apenas o teu lugar , poque fora do teu lugar nada flui, mas esta é uma conversa para uma próxima coluna bjs da Michi. Michi Milanni @michi.milanni @empreendedorismoeelas Enfermeira, Terapeuta Sistêmica Empresarial e CEO do movimento Empreendedorismo e Elas.
Previdência agrava situação financeira em SM, bicicletas públicas em Passo Fundo, Fundo Municipal de Segurança em Caxias – tudo isso e mais, você lê aqui!
Pressionado pelo rombo previdenciário e de olho em uma certidão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que hoje não tem, o governo Rodrigo Decimo (PSDB) foi além nas medidas de contenção de despesas. Um novo decreto, publicado na última terça-feira (29), revoga o anterior, editado em março e já considerado rigoroso, e impõe um freio ainda mais severo na máquina pública. A tesoura agora atinge não só nomeações e contratos, mas também reajustes ao funcionalismo, horas extras, diárias, aquisição de materiais e realização de concursos. O argumento é conhecido, mas ganhou cifras mais alarmantes, para se ter ideia só entre junho e julho, a prefeitura precisou desembolsar R$ 21 milhões em recursos livres para bancar salários de aposentados. Em 2024, o aporte total chegou a R$ 130 milhões para cobrir o déficit, e as projeções para 2025 apontam um aporte de R$ 180 milhões, segundo cálculo atuarial. “A situação se agravou”, reconheceu o prefeito. E agravou mesmo: sem mexer com firmeza na estrutura de gastos, o município corre o risco de fechar o ano no vermelho, ou pior, de não conseguir autorização para contratar financiamentos de R$ 194 milhões previstos para obras e investimentos. A urgência da tesourada também atende a um critério técnico, mas com óbvia implicação política. Para obter a certidão do TCE que viabiliza operações de crédito, o Executivo precisa reequilibrar a relação entre receita e despesa corrente. Hoje, a conta não fecha. E não fecha, principalmente, por conta do déficit da Previdência. Por isso, além dos cortes administrativos, a prefeitura prepara uma reforma no regime próprio, que será enviada à Câmara até setembro. A ideia é criar margem fiscal já para este ano. Apesar do discurso de que áreas essenciais como saúde, educação e assistência social não serão atingidas, o impacto deve se espalhar por outras pastas. Contratos de aluguel e locação de veículos, por exemplo, estão suspensos por 90 dias. Já setores que dependem de gratificações ou reforço de pessoal devem sentir o baque na prática. Por ora, o pagamento de salários segue garantido. Mas a realidade das finanças municipais impõe uma travessia de contenção. Foto: Eduarda Costa / Agencia RBS Em apenas sete meses de 2025, os usuários das bicicletas compartilhadas de Passo Fundo pedalaram o equivalente a uma volta completa ao redor da Terra — foram 43,5 mil quilômetros rodados entre janeiro e julho. O número representa 8,5 mil passeios, com tempo médio de 25 minutos, e mostra que o sistema gratuito de bikes já faz parte da rotina urbana. Ao todo, são mais de 12,9 mil usuários ativos, segundo a empresa responsável pelo serviço, a Mohbis. Mesmo com o uso expressivo, o número ainda está abaixo dos primeiros seis meses de retomada do serviço, entre julho e dezembro de 2023, quando os ciclistas chegaram a percorrer quase 96 mil quilômetros. O frio explica parte da queda, mas a expectativa é de que a demanda volte a crescer nos próximos meses. A Câmara de Caxias aprovou nesta quinta-feira (31) a criação do Fundo Municipal de Segurança Pública (Funseg), que prevê recursos para a Guarda Municipal, Defesa Civil e ações de proteção social. O fundo também poderá receber investimentos privados, permitindo a compra de equipamentos e a capacitação de profissionais da área. Embora o projeto tenha sido encaminhado pelo Executivo, o vereador Bortola (PP) deixou claro que o trâmite só avançou graças à articulação do chefe da Casa Civil, Roneide Dornelles, e do secretário adjunto de Segurança, coronel Luiz Carlos Neves Soares Junior. Segundo ele, o titular da pasta, Paulo Rosa, teria deixado a proposta parada se não fosse a atuação dos dois colegas. O Castramóvel de Caxias segue parado, mas o vai e vem de articulações continua. Depois da desistência das ONGs que alegaram inviabilidade financeira no modelo proposto, o município agora mira uma nova parceria com o Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG). A reunião desta semana foi puxada pelo secretário do Meio Ambiente, Ronaldo Boniatti, com articulação do vereador Pedro Rodrigues (PL). A FSG, aliás, já havia sinalizado interesse antes mesmo da abertura do chamamento às entidades. O objetivo é ambicioso: mil castrações por mês para enfrentar o abandono de aproximadamente 18 mil animais na cidade. O prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico (PSDB), afirmou que o município não tem interesse em participar do estudo contratado pelo governo do Estado para avaliar a concessão dos serviços de água e esgoto em cidades não atendidas pela Corsan. Segundo ele, a prefeitura não foi comunicada oficialmente sobre a iniciativa e o Samae é uma “empresa eficiente e capitalizada”, capaz de cumprir as metas do marco legal do saneamento até 2033. Essa não é a primeira vez que o prefeito manifesta resistência à ideia de concessão. Em evento recente na represa Maestra, ele já havia sinalizado posição semelhante. Com caixa superior a R$ 400 milhões e índices de atendimento acima da média nacional, o Samae sustenta que tem condições de manter os investimentos com recursos próprios. A Secretaria da Reconstrução Gaúcha, por sua vez, afirma que o estudo busca avaliar se municípios maiores podem contribuir para viabilizar serviços em cidades menores, mas ainda não há definição sobre Caxias. Como será o futuro de Passo Fundo? É essa provocação que move a exposição “IA Passo Fundo”, que estreia na próxima terça-feira (5) no Teatro Múcio de Castro. A mostra propõe uma viagem visual entre o presente e possíveis futuros da cidade, usando inteligência artificial para recriar a paisagem dos principais pontos turísticos em cenários ecofuturistas e pós-apocalípticos. O projeto é assinado pelo fotógrafo Diogo Zanatta e pelo artista visual Omar Freitas Junior. A proposta mistura arte, tecnologia e debate público, convidando a refletir sobre os rumos que a cidade pode tomar, ou evitar. A abertura contará com bate-papo entre especialistas de áreas como arquitetura, biologia, fotografia e IA, com entrada gratuita e acessibilidade garantida. Um olhar para o futuro que, mais do que imaginar, busca despertar consciência coletiva sobre o presente que estamos construindo.Serviço 📍 IA Passo Fundo 📅 De 5 a
Final do Juvenart ocorre neste domingo (3) em Santa Maria
Após três anos sendo realizado fora da cidade, o maior festival de danças tradicionalistas da categoria juvenil no Rio Grande do Sul volta ao centro do estado. A 21ª edição do Concurso Estadual de Danças Tradicionais Juvenis, o Juvenart, iniciou na quarta-feira (30), no Ginásio Polivalente do Centro de Eventos da UFSM, em Santa Maria. O evento reuniu mais de 140 grupos, com a participação direta de cerca de 3,5 mil jovens. As apresentações da finalíssima júnior iniciaram às 8 horas deste domingo (3). O Juvenart é um festival de artes tradicionalistas voltado à juventude gaúcha. Criado em Santa Maria, o evento reúne anualmente dezenas de grupos de todo o Rio Grande do Sul. Em 2024, a 20ª edição bateu recorde de participação com 142 grupos e mais de 10 mil pessoas envolvidas, durante cinco dias de programação no Recanto Maestro, em Restinga Sêca. Ao longo do ano, os participantes se preparam para os dias de apresentações, nos quais disputam as modalidades de Danças Tradicionalistas, Danças Gaúchas de Salão, Chula e categorias júnior e sênior. Não há premiação em dinheiro, apenas troféus simbólicos. O destaque está na vivência artística e no fortalecimento dos vínculos com a cultura regional. A programação completa do evento pode ser acompanhada pela página oficial do Juvenart no Instagram. Foto: reprodução
Ator Maurício Silveira morre aos 48 anos no Rio de Janeiro
Morreu no sábado (2), aos 48 anos, o ator Maurício Silveira. Ele estava internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela família. Silveira passou por uma cirurgia para retirada de um tumor no intestino, mas apresentou complicações no pós-operatório, o que exigiu uma nova intervenção. Nos últimos dias, familiares chegaram a mobilizar doações de sangue em nome do ator. Com passagens pela TV Globo e Record, Maurício atuou em novelas como Cobras & Lagartos, Faça Sua História, Insensato Coração e Balacobaco, além da série Reis. O velório ocorre neste domingo (3) no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste da capital fluminense.
Temporal provoca danos em Santa Maria e deixa um desalojado
A chuva e o vento forte registrados entre sábado (2) e a madrugada de domingo (3) causaram ao menos oito ocorrências atendidas pela Defesa Civil em Santa Maria. Em 36 horas, os pluviômetros do Cemaden registraram 61,4 mm de precipitação no Bairro Lorenzi e 55,8 mm no Bairro João Goulart. Também foram registradas rajadas de vento de até 70 km/h durante a tarde de sábado. Entre as ocorrências, está o colapso de um chalé de madeira na Travessa Júlio dos Santos, no Bairro Km 3. O imóvel desabou por volta das 4h da madrugada de domingo, atingindo um morador idoso e um veículo. A vítima foi socorrida sem ferimentos pelo Samu e encaminhada à casa de familiares. O local segue isolado devido à queda de fios energizados. A Defesa Civil também registrou danos em telhados de quatro imóveis, um poste inclinado na Rua Silvio Romeiro, no Bairro Chácara das Flores, e a queda de duas árvores – uma na mesma rua e outra na Avenida Rio Branco, no Centro. Uma pessoa ficou desalojada e seis pedidos de auxílio com lonas foram feitos ao órgão. Não há registro de feridos até o momento. Previsão do tempo A previsão indica mais 20 a 30 mm de chuva até o meio-dia deste domingo, com intensidade de até 20 mm/h. Entre a tarde de domingo e a noite de segunda-feira (4), a expectativa é de 10 a 20 mm de precipitação, com menor intensidade. Contatos de emergência estão disponíveis no site da Prefeitura de Santa Maria.
Armário inteligente: como ter menos peças e mais possibilidades
Em um mundo onde a moda se reinventa a cada estação, ter um armário repleto de roupas deixou de ser sinônimo de estilo. A nova elegância está na simplicidade bem pensada no vestir com intenção. Um armário inteligente é aquele que trabalha a seu favor: com menos peças, mas muito mais possibilidades. A base está na curadoria. Isso significa escolher roupas que conversam entre si, que respeitam seu estilo de vida, sua rotina e, principalmente, sua identidade. Em vez de acumular tendências passageiras, aposte em peças versáteis, atemporais e que valorizem seu corpo e sua coloração pessoal. Ao montar um guarda-roupa mais enxuto, você também ganha tempo, clareza e segurança na hora de se vestir. A mágica está na multiplicação de combinações: uma camisa branca pode ir do trabalho ao fim de semana com simples trocas de acessórios e sapatos. Uma calça de alfaiataria pode ganhar ares despojados com uma camiseta e tênis, ou se transformar em look de impacto com uma blusa de seda e salto. Mais do que roupas, estamos falando de estratégia. O armário inteligente liberta. Liberta do excesso, da dúvida e da sensação constante de “não tenho o que vestir”. Se vestir bem não é ter muito. É ter o suficiente e saber usar. Comece seu armário inteligente com esses 5 passos:
Por que cursar Design de Moda?
Inicio a conversa com um alinhavo sobre a Moda e a relação com o cotidiano das pessoas. A Moda tem um sentido muito mais amplo do que as formas de apresentação, como podemos observar em desfiles e editoriais de revistas. Ela pode ser considerada um elemento de comunicação configurada com códigos da linguagem sensorial e visual. A moda, por meio do vestuário, imprime nossa identidade na sociedade, ou seja, cria-se, desenha-se, modela-se e escreve-se a nossa história. Dessa maneira, reafirma-se que a moda é um sistema em que as mudanças são cíclicas e que dá visibilidade à transformação de comportamentos individuais e sociais dentro da sociedade. E aí está a importância em formar profissionais que atendam às demandas estéticas, éticas, ergonômicas, sociais e culturais. Localmente, temos a Universidade Franciscana que oferece o curso de Design de Moda, com nota máxima do ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) e que está entre os melhores do Brasil. É um curso com muitos campos de atuação no mercado. Há possibilidade de atuação em diversas áreas, tais como: pesquisa e criação de moda, pesquisa de tendências e comportamento, ilustração de moda, desenho técnico, desenvolvimento de produtos e coleções, modelagem (bidimensional, tridimensional e digital), costura, estamparia (técnicas variadas), gestão de negócios de moda, organização de eventos e desfiles, gerenciamento de compras (de matéria-prima para a indústria ou de coleções para lojas), produção e fotografia de moda, visual merchandising (vitrinismo), entre outras. No decorrer do curso, os acadêmicos participam com suas criações de desfiles conceituais, como o Brincando (desfile está vinculado ao Projeto Brincando: ergonomia aplicada à moda inclusiva infantil), o Fashion Première (desfile em que o cinema é o substrato cultural no qual os futuros designers buscarão referencial para a criação de um look de moda, pensado e executado pelo próprio aluno e apresentado em um desfile de moda na sala de cinema) e o Underground (desfile que traz às passarelas o upcycling e as manualidades com abordagens temáticas reflexivas). O profissional formado no Curso de Tecnologia em Design de Moda da Universidade Franciscana terá competência para trabalhar nesses segmentos em empresas do ramo de moda ou até mesmo criar a sua marca de moda autoral. Arremato, deixando o convite a todos para conhecer o nosso curso de Design de Moda da UFN e, quem sabe, fazer moda aqui!
Estudantes e educadores do RS são convidados a transformar ideias em soluções no Desafio Liga Jovem 2025
A criatividade e o protagonismo da juventude estão novamente no centro das atenções com as inscrições para o Desafio Liga Jovem 2025, uma iniciativa do Sebrae em parceria com o Instituto Ideias do Futuro. Voltado para estudantes e educadores de todo o país, o desafio convida os participantes a desenvolverem soluções inovadoras com impacto social, promovendo uma verdadeira transformação dentro e fora da sala de aula. As inscrições seguem até o dia 18 de agosto, com participação totalmente gratuita. Destaques gaúchos nas edições anteriores O Rio Grande do Sul já é referência nacional quando o assunto é protagonismo estudantil no Desafio Liga Jovem. Nas últimas duas edições, mais de 60 mil estudantes e 3.800 projetos participaram, e equipes gaúchas foram destaque, levando o primeiro lugar em diferentes categorias nas três etapas: estadual, regional e nacional. Assim, representaram o Brasil internacionalmente em viagens para Espanha e Portugal. Em 2023, o grupo Garotas de Vermelho, da EMEF Saint Hilaire (Porto Alegre), venceu a categoria Ensino Fundamental com o projeto que criou um kit educativo sobre saúde menstrual. Em 2024, a mesma escola inovou novamente, e com o projeto Chama Violeta, plataforma de EdTech voltada ao combate da violência sexual contra estudantes, venceu mais uma vez. Como forma de reconhecimento, as estudantes e a professora orientadora viajaram para os dois países. Ainda na edição do ano passado, outro case inspirador foi de São Leopoldo: a equipe AGAIA, da Escola Técnica Estadual Frederico Guilherme Schmidt, desenvolveu um sistema de identificação e alerta para deslizamentos de terra, conquistando o primeiro lugar na categoria Educação Profissional. Como reconhecimento, os alunos e orientador também viajaram para Portugal. Quem pode participar? O desafio é para estudantes regularmente matriculados em 2025 em instituições públicas ou privadas. As categorias contemplam: Ensino Fundamental (8º e 9º anos); Ensino Médio, Técnico, Profissional e Tecnológico; Ensino Superior (bacharelado, licenciatura ou tecnólogo). Cada equipe deve ter entre 2 e 5 estudantes da mesma instituição de ensino (podem ser de níveis de ensino diferentes) e um professor orientador da mesma cidade (não precisa ser da mesma instituição de ensino). Premiações e reconhecimento O Desafio oferece experiências transformadoras por meio de trilhas de aprendizado para desenvolver competências empreendedoras para a vida pessoal, acadêmica e profissional. Além disso, recebem prêmios tais como: viagens nacionais e internacionais subsidiadas pelo Sebrae; participação em feiras e eventos; certificação de até 30 horas de mentorias; notebooks, celulares e vales-compra. Regulamento e inscrições O regulamento está disponível para leitura no site oficial, e as inscrições estão abertas até 18 de agosto também por meio desse canal: https://www.desafioligajovem.com.br/. Professores, inspirem seus alunos! Estudantes, montem sua equipe e transforme suas ideias em realidade! O Desafio Liga Jovem é uma oportunidade real de transformação de projetos em soluções que geram impacto local e global. O futuro começa agora, e ele pode partir de qualquer sala de aula de Santa Maria e da região central do RS. Quer conhecer como foram as edições anteriores? Acesse https://www.youtube.com/watch?v=ZexW9qsThpY&t=3s e se inspire!
Quando a guarda unilateral encontra a realidade: o dever imediato do genitor
Há alguns dias, fui procurada por um cliente em uma situação emergencial. A mãe de suas duas filhas, de 3 e 5 anos, havia sido hospitalizada, e ele estava com as meninas desde a segunda-feira. Logo no início da conversa, ele demonstrava cansaço e apreensão. Contou que não estava conseguindo trabalhar, já que é remunerado por hora, e que nem sequer conseguia levar as filhas à escola, pois a instituição ficava muito longe de sua residência. Em meio ao relato, ele me perguntou, surpreso e quase indignado: “Mas a guarda não é dela?”. Esse questionamento, que parece simples, carrega um equívoco que encontro com frequência na advocacia de família: a ideia de que, se a guarda é unilateral da mãe, o pai estaria livre das responsabilidades cotidianas, salvo em momentos de convivência previamente ajustados. Na prática e juridicamente, não é assim que funciona. Expliquei ao meu cliente que, embora a guarda seja unilateral da mãe, o poder familiar continua sendo conjunto. Isso significa que os deveres de sustento, cuidado e proteção recaem sobre ambos os pais, independentemente do regime de guarda. O artigo 1.634 do Código Civil, bem como o artigo 229 da Constituição Federal, deixam claro que os pais têm obrigações iguais perante os filhos. A guarda unilateral, prevista no artigo 1.583, §1º, do Código Civil, define quem toma as decisões do dia a dia, mas não isenta o outro genitor de se responsabilizar quando necessário. Naquele momento, eu o aconselhei de forma direta: ele era o responsável natural e imediato pelas filhas enquanto a mãe estivesse impossibilitada, devendo assumir os cuidados integralmente. O pai, ainda que enfrente dificuldades logísticas ou profissionais, não pode se eximir desse dever, porque se trata de uma responsabilidade que decorre diretamente da filiação e do poder familiar. Durante a conversa, percebi que ele também tinha a expectativa de que a família materna assumisse os cuidados temporários. Argumentou que seria mais prático que os avós maternos, que moram perto da escola, cuidassem das meninas até a alta hospitalar da mãe. Expliquei, então, que essa expectativa é comum, mas não encontra respaldo jurídico. A família materna não possui obrigação legal imediata de assumir o cuidado cotidiano. Conforme o artigo 33 do Estatuto da Criança e do Adolescente, somente em situações excepcionais ou mediante decisão judicial é que a guarda pode ser formalmente transferida a terceiros. O Código Civil, em seus artigos 1.634 e 1.696, também reforça que o dever de sustento e cuidado é, antes de tudo, dos pais, e só alcança os avós em caráter subsidiário e em situações de necessidade comprovada, como nos casos de pensão alimentícia. Essa realidade jurídica expõe, ao mesmo tempo, uma questão social que merece reflexão. Na maioria das famílias, quando uma mãe adoece ou enfrenta dificuldades, ela ainda assim encontra meios de manter a rotina dos filhos, muitas vezes sem rede de apoio, conciliando doença, trabalho e cuidados. Para ela, a parentalidade é permanente e inegociável. Já quando o pai se vê diante do cuidado integral por alguns dias, o impacto na sua rotina parece insuperável, e a primeira reação costuma ser buscar terceiros para assumir esse papel. É importante deixar claro que essa observação não serve para demonizar os pais. Alguns agem assim por desconhecimento e por nunca terem vivenciado a sobrecarga que historicamente recai sobre as mulheres, outros, realmente por ignorarem suas responsabilidades. No caso concreto, após nossa conversa, meu cliente reorganizou sua rotina e conseguiu assumir integralmente o cuidado das filhas durante o período em que a mãe esteve hospitalizada. O episódio, embora cansativo para ele, foi também revelador: entendeu, na prática, que guarda unilateral não significa ausência de responsabilidades. Do ponto de vista jurídico, essa situação ilustra de forma muito clara que a parentalidade é integral, contínua e intransferível. Não existe autorização legal para que o pai transfira seus deveres à família materna quando a mãe está impossibilitada, salvo em casos excepcionais com autorização judicial. Do ponto de vista social, reforça-se a necessidade de conscientização sobre a corresponsabilidade parental, para que filhos não sejam uma extensão exclusiva da vida materna e para que homens e mulheres compartilhem, de forma justa, tanto os momentos leves quanto os dias difíceis da parentalidade. Concluo este relato com a mesma frase que disse ao meu cliente: ser pai ou mãe é para todos os dias, inclusive para aqueles em que a rotina exige mais de nós do que gostaríamos.
Primeiros Minutos de Amor: A Força do Aleitamento Materno
O momento mais mágico da vida e da batalha humana pela sobrevivência é a hora do parto. É o instante que pode representar o sucesso ou a frustração — por vezes, insuperáveis. Contudo, quando tudo acontece conforme o esperado, o clímax se dá no primeiro olhar, no primeiro contato pele a pele e no primeiro ato de oferecer o seio ao bebê. É a interação mais íntima dessa relação: a mais doce e afável da humanidade. Nada é mais comprometedor, íntimo, desejado e importante que o aleitamento materno — passo decisivo no desenvolvimento da criança, seja no aspecto emocional, imunológico, nutricional ou em qualquer outra faceta. Entretanto, a realidade muitas vezes se contrapõe à natureza. No mundo altamente produtivo, diversas mulheres deixam de amamentar por múltiplos fatores: pressão para o retorno ao trabalho, questões estéticas, insegurança quanto à capacidade de amamentar, ausência de equipes que as orientem, influência da indústria alimentícia, entre outros. No Brasil, o início da amamentação ocorre em cerca de 95 % das mães. Todavia, a prática exclusiva por períodos prolongados ainda é baixa: apenas 43 % iniciam na primeira hora de vida — um número bastante reduzido. A média de duração da amamentação exclusiva é de apenas 1,4 mês, evidenciando a fragilidade dos cuidados com o aleitamento materno no país.Em 2019, o aleitamento exclusivo até 6 meses era de 45,8 %. Em 2025, esse índice praticamente não mudou: 45,7 %. No aleitamento exclusivo, o bebê recebe somente leite materno (direto da mama, ordenhado ou proveniente de banco de leite). Não recebe nenhum outro alimento ou líquido, nem mesmo água — sendo exceções apenas soluções de reidratação oral, vitaminas, minerais e medicamentos prescritos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses de vida e, a partir daí, a introdução gradual de outros alimentos, mantendo o aleitamento até, pelo menos, 2 anos ou mais.A amamentação estendida apresenta índices de 53 % para crianças até 1 ano e de 61 % até 2 anos. Entre as crianças de 20 a 23 meses, 35,5 % ainda estão sendo amamentadas, com maiores prevalências nas regiões Nordeste (48 %), Sul (43 %) e Norte (39 %). Historicamente, a evolução é de apenas 0,6 % ao ano, o que nos mantém distantes da meta de 70 % até 2030. Indicador Brasil (~2024-25) Global (~2023-24) Início da amamentação (ao nascer) ≈ 95 % iniciam, ~43 % na 1ª hora ~43 % (primeira hora) Aleitamento exclusivo até 6 meses (EBF) ~45–46 % ~48 % Amamentação até 1 ano ~53 % Alta, mas variável Amamentação até 2 anos ~61 % Meta global ≥ 60 % A OMS estabeleceu como meta alcançar pelo menos 70 % de aleitamento exclusivo até 6 meses e 50 % de início na primeira hora até 2025/2030. Os fatores que dificultam esses avanços incluem uso de chupeta, primiparidade, oferta de prelacteais e diarreia nos primeiros dias de vida. O uso de prelacteais (“suplementos”) é especialmente desafiador devido à influência da propaganda das grandes indústrias, que deve ser rigidamente fiscalizada por órgãos governamentais para coibir mensagens desfavoráveis ao aleitamento exclusivo.A suplementação ou substituição do leite materno exclusivo tem indicações específicas e restritas, devendo ocorrer somente por recomendação médica ou da equipe de saúde. O Brasil conta com a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano — a maior do mundo — que oferece suporte e coleta para prematuros e bebês de baixo peso, contribuindo para a promoção da amamentação. Essa rede deve ser fortalecida e ampliada.A Iniciativa Hospital Amigo da Criança (Baby-Friendly Hospital Initiative) também apresenta impacto positivo, aumentando as taxas de amamentação durante a internação e influenciando práticas locais. Há cerca de um ano, o Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM/EBSERH) foi credenciado como Hospital Amigo da Criança, e os reflexos já se observam nos indicadores de pré-parto, pós-parto imediato e puericultura no maior hospital do Coração do Rio Grande. Do ponto de vista legal, o Rio Grande do Sul possui leis que garantem o direito de amamentar em público e prevêem multas para quem impedir esse ato. Em síntese, embora o país esteja próximo da média global, ainda está abaixo das metas da OMS. O crescimento nos índices de aleitamento exclusivo e estendido existe, mas é lento. É necessário acelerar.Medidas como licença-maternidade adequada, licença para aleitamento, ambientes apropriados no trabalho, protocolos hospitalares favoráveis e legislação pró-aleitamento são fundamentais para elevar esses indicadores e favorecer a saúde materna e infantil. Garantir o futuro de nossas crianças começa com a ação mais básica e instintiva da relação mãe-bebê. Precisamos oferecer condições emocionais, financeiras, trabalhistas e culturais para que as mães possam construir um futuro melhor para seus filhos.Tudo começa nos primeiros minutos de vida — nos primeiros minutos de amor.