O Brasil enfrenta hoje uma realidade que poucos querem admitir, mas que todos sentem no cotidiano: estamos vivendo uma crise de autoridade. Uma crise que não nasce de um fato isolado, mas de uma sequência de rupturas silenciosas que vêm corroendo, pouco a pouco, a estrutura de comando do país.E quando um país perde seus referenciais de autoridade, tudo ao redor começa a desmoronar. Autoridade não é grito.Autoridade não é imposição.Autoridade é equilíbrio, dever, responsabilidade e limite. É a capacidade de exercer o poder dentro das regras, nunca acima delas.E é justamente esse equilíbrio que o Brasil está perdendo. Hoje, vemos instituições que deveriam trabalhar juntas atuando como rivais numa disputa de força. Cada uma tenta ocupar espaços que não lhe pertencem, ultrapassando fronteiras que deveriam ser respeitadas para garantir a estabilidade do Estado. Enquanto isso, o brasileiro comum observa um ambiente confuso, em que decisões importantes parecem não seguir lógica, regra ou uniformidade.É como se o país tivesse perdido o comandante. Como militar, dediquei toda minha vida à defesa da ordem, da disciplina e da Constituição. Sei, por experiência, que nenhum grupo, por mais preparado que seja, funciona sem uma cadeia de comando clara. Quando todos mandam, ninguém manda.Quando todos querem decidir, ninguém assume responsabilidade. E é exatamente essa sensação que o Brasil vive hoje.A crise de autoridade se revela em vários pontos: Instituições que extrapolam suas funçõesVemos interferências indevidas, decisões que se sobrepõem, avanços sobre áreas que pertencem a outro poder. Quando cada instituição tenta governar sozinha, o país fica ingovernável. O Executivo enfraquecido Um governo que hesita, recua, evita confronto e deixa lacunas que outras forças ocupam.O Brasil precisa de liderança firme — não de hesitação.O Legislativo silenciado ou intimidadoA Casa que representa o povo não pode agir com medo de pressão externa.Se o parlamento é fragilizado, a democracia perde sua voz.O Judiciário assumindo protagonismo políticoQuando decisões jurídicas passam a moldar cenários eleitorais, o equilíbrio entre os poderes é rompido.Não se trata de julgar decisões, mas de apontar o perigo do excesso.Uma população desorientadaO cidadão não sabe mais quem realmente manda, quem responde pelo quê, ou quem deve ser cobrado.Esse vácuo de autoridade alimenta o medo, o caos e a insegurança.Uma nação só se mantém forte quando cada poder respeita seu limite. A Constituição criou papéis claros:– Um poder governa,– Outro fiscaliza e legisla,– Outro julga. Simples, direto e funcional.Mas quando esses papéis se misturam, o país perde seu ponto de equilíbrio.A pergunta que o brasileiro está se fazendo ainda que silenciosamente é:Quem está mandando no Brasil?E essa dúvida, por si só, já é um sintoma gravíssimo.Se o povo não consegue identificar a verdadeira autoridade, o crime organizado percebe a fragilidade.Se o cidadão não vê liderança, grupos radicais tentam ocupar esse espaço.Se o país não tem quem o conduza, qualquer voz mais alta tenta assumir o comando.A crise de autoridade não é apenas política.Ela é moral, institucional e social.Ela afeta desde a tomada de decisões nacionais até a sensação de segurança do trabalhador que volta para casa à noite.O Brasil precisa restaurar a ordem, o equilíbrio e o respeito entre os poderes.O país precisa de comando legítimo, constitucional e firme.Sem isso, vivemos num terreno instável, em que cada decisão gera mais tensão do que solução.E reafirmo:A autoridade existe para servir à nação, não para disputar poder.A autoridade precisa ser firme, nunca autoritária.Precisa ser técnica, nunca ideológica.E precisa ser exercida dentro da lei sempre.Eu sigo do lado da Constituição.Do lado da ordem.Do lado da soberania popular.Porque onde não há autoridade legítima, não há segurança.E onde não há segurança, não existe liberdade. Cel. Vargas
64 anos de vida e uma história construída com o povo
Por Valdir Oliveira No próximo domingo, dia 7 de dezembro, celebro meus 64 anos de vida. Mais do que uma simples data no calendário, esse momento representa uma pausa necessária para olhar para trás, reconhecer a caminhada percorrida e, ao mesmo tempo, renovar a coragem para seguir em frente. Estou muito feliz por tudo que vivi até aqui e pelos inúmeros desafios que enfrentei desde minha juventude em Dilermando de Aguiar. Este ano de 2025 tem sido especialmente marcante para mim. É um período de celebração pela trajetória que construí no rádio, pela caminhada política que sigo trilhando com responsabilidade e pelo conjunto de experiências que carrego comigo ao longo da vida. No dia em que atravessei, ainda jovem, as portas da Rádio Guarathan, tive a certeza de que aquele seria um caminho que me acompanharia por toda a vida. Desde menino, eu já me imaginava nas ondas do rádio, levando música, informação e companhia para quem sintonizasse do outro lado. Ao longo dessa jornada, fiz questão de jamais misturar o microfone com o palanque. Sempre defendi a separação entre o Valdir radialista e o Valdir político, por acreditar que, na política, é preciso haver igualdade de condições. O rádio, para mim, é um espaço sagrado de cultura, encontro, memória e afeto. Aos sábados, no programa “Festa Campeira”, pela Rádio Nativa, e nas manhãs de domingo, no “Rancho do Tio Pipico”, pela Rádio Imembuí, sigo valorizando a nossa música nativista, que faz parte da minha vida todos os dias do ano. Não sou um gaúcho que aparece apenas em setembro. O tradicionalismo está presente na minha rotina, nos meus valores e na minha forma de enxergar o mundo. Na política, carrego a grande responsabilidade de representar a população de Santa Maria. Estou no meu terceiro mandato como vereador, sempre eleito com votação expressiva, e, nos dois últimos pleitos municipais, tive a alegria de ser o candidato mais votado do PT em nossa cidade. Essa confiança popular não é apenas motivo de orgulho; é, acima de tudo, um compromisso permanente com cada cidadão e cidadã santa-mariense. Entre microfones, plenários, festivais nativistas e compromissos públicos, construí também aquilo que considero meu maior patrimônio: minha família e meus amigos. Amigos que ganhei na política, no rádio, nos rodeios, nos encontros da vida e nas estradas da cultura gaúcha. O carinho dos ouvintes, as mensagens, os pedidos de música e os abraços que atravessam distâncias e sempre foram uma força que me impulsionou a seguir em frente. Claro que não posso deixar de destacar a minha família, que é o meu alicerce e que, todos os dias, me dá forças para enfrentar os desafios da vida. E há uma vitória pessoal que marcou profundamente a minha trajetória: a batalha vencida contra a Covid-19, em 2021. Foram dias difíceis, de dor, incerteza e muita luta pela vida. Essa experiência transformadora resultou, inclusive, no livro 118 dias – de resistência à Covid-19, publicado em maio de 2022, no qual relato tudo o que vivi durante esse período desafiador. Escrever essa obra foi, para mim, uma forma de cura, de gratidão e também de memória — um registro para que jamais esqueçamos o que enfrentamos como sociedade. Hoje, aos 64 anos, me sinto preparado para novos desafios. Acredito, com humildade e determinação, que posso fazer ainda mais por Santa Maria, pela nossa região e pelo Rio Grande do Sul. A experiência dos anos vividos, somada à vontade de seguir trabalhando pelo povo, me dá a certeza de que ainda há muito caminho pela frente.
PUNIR MAIS SIGNIFICA FAZER JUSTIÇA?
Sustentado pela cultura do medo, o punitivismo avança no Brasil – mas punir mais não significa fazer justiça. O medo como combustível das leis penais O medo gerado pela violência faz parte do dia a dia dos brasileiros. Quando um crime ganha as manchetes e se espalha rapidamente pelas redes sociais, cresce a pressão para que as autoridades forneçam uma resposta imediata. E quase sempre essa resposta vem em forma de novas leis mais duras ou do aumento das penas já existentes. Esse movimento é chamado de populismo penal: criam-se mais leis para dar satisfação à opinião pública, mas sem trazer soluções reais para o problema da criminalidade. O mito da punição como solução À primeira vista, pode parecer lógico pensar que penas mais severas desestimulam crimes. Mas a prática mostra o contrário. Diversos estudos indicam que o aumento de penas não possui impacto significativo na redução da criminalidade. O fato é que quem comete um crime raramente reflete sobre a pena que pode receber. O que pesa mesmo são fatores como falta de oportunidades, exclusão social e a chance que aparece no momento. As consequências do encarceramento em massa O resultado dessa política é claro: superlotação carcerária, reincidência e aumento da criminalidade. As prisões, que deveriam ressocializar, acabam funcionando como escolas do crime – a pessoa presa acaba saindo em piores condições de quando entrou. Além disso, há o custo: manter uma pessoa presa custa ao Estado muito mais do que investir em educação básica. Mesmo assim, seguimos construindo celas em vez de salas de aula. O caminho alternativo: prevenção e justiça eficaz Se punir mais não resolve, o que pode ser feito? A resposta está em políticas públicas inteligentes, que priorizem: – Educação e inclusão social;– Programas de ressocialização e justiça restaurativa;– Uso do Direito Penal como última ratio (último recurso), não como primeira reação. Trata-se de construir soluções efetivas, não apenas respostas imediatistas ao clamor popular. Justiça guiada pela razão, não pelo medo. Enquanto a sociedade acreditar que o endurecimento penal é a solução mágica, continuará refém de uma sensação ilusória de segurança. O combate à violência exige mais do que cadeias: exige inteligência, prevenção e humanidade. O verdadeiro antídoto contra o crime não é o medo, mas a construção de oportunidades e de uma justiça efetiva. DAIANE DE ALMEIDA (OAB/RS 114.296)Advogada Criminalista
Conforto e charme para todas ocasiões
Há 47 anos, o Itaimbé Palace Hotel transforma hospedagem em experiências memoráveis no coração de Santa Maria Por Mariana Rodrigues Entre as ruas agitadas de Santa Maria, um edifício chama atenção por sua imponente fachada e pelo papel simbólico que desempenha na cidade. O Itaimbé Palace Hotel, erguido há 47 anos, parece guardar, em suas paredes, a história da transformação e da força da cidade universitária. Isso porque nasceu da união de empresários locais que, atentos à chegada da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), enxergaram a possibilidade de empreender. Eles compreenderam que uma cidade que abraçaria o conhecimento também precisaria abraçar seus visitantes. Assim surgiu o hotel, com arquitetura imponente e estrutura moderna. “Para a época, foi um projeto arrojado”, conta a atual gestora, Elaine Santiago. Ao longo do tempo houveram renovações constantes, ajustes finos e modernizações, que mantêm o hotel sempre em sintonia com as necessidades do presente, mas sem apagar o charme do passado. Nos últimos anos, o hotel passou por uma revitalização que trouxe a cidade para dentro de seus corredores. Novos quadros e painéis espalhados pelos ambientes contam a história e celebram os pontos turísticos de Santa Maria. Hoje, o Itaimbé Palace Hotel oferece diferentes categorias de acomodações: econômico, Standard, Luxo, Luxo Superior e Suítes, atendendo com conforto desde viajantes a trabalho até famílias inteiras que buscam descanso. Mais do que uma hospedagem, o hotel é um centro de vivências. “A estrutura de eventos é pensada para ‘termos tudo em um único lugar’. Aqui o cliente estuda, trabalha, se diverte, descansa com conforto e segurança. Desde o drink no bar até uma grande comemoração”, ressalta Elaine. Além dos elegantes quartos e localização estratégica, o hotel se diferencia no atendimento humano e atencioso, que aposta na empatia como ferramenta principal. “Prezamos por um atendimento humanizado e de excelência, entendemos que a máquina não substitui o homem nesse quesito”, afirma com firmeza a gestora. Esse compromisso se revela em detalhes como cadeiras de rodas e de banho à disposição de quem precisa, equipes treinadas não só para servir, mas para cuidar. Mas administrar um hotel é também lidar com desafios diários. Manter uma equipe motivada, atenta aos mínimos detalhes, e, sobretudo, capaz de encantar, é uma arte em constante aprendizado. “Nossa função é cuidar dos detalhes, entender a necessidade do cliente e sempre que possível encantá-lo”, resume Elaine. E o futuro? “Somos inquietos. Jamais nos consideraremos prontos”, afirma a gestora. Entre projetos novos, possíveis ampliações e mais inovação nos serviços, o Itaimbé promete seguir em movimento e continuar profundamente enraizado na alma de Santa Maria.
NOTA PÚBLICA: Sobre episódio de violência política de gênero ocorrido na Sessão Plenária de 02 de dezembro
A vereadora Helen Cabral (PT) vem a público denunciar o grave episódio de violência política de gênero sofrido durante a Sessão Plenária Ordinária desta terça-feira, 02 de dezembro, na Câmara Municipal de Santa Maria. Enquanto denunciava a falta de transparência do Executivo e defendia os direitos das servidoras e servidores diante do projeto de parcelamento do 13º salário, a parlamentar foi atacada pelo vereador Tony Oliveira, da base do governo, que, aos gritos, abandonou o debate democrático e partiu pra cima de forma violenta, em clara tentativa de intimidação. O ataque misógino não apenas ultrapassa todos os limites aceitáveis dentro de uma instituição pública, como configura o mais grave ato de violência política de gênero já sofrido pela vereadora dentro da Câmara. A agressão não se deu por divergência de ideias, mas por ser mulher ocupando um espaço de poder. O episódio ocorre justamente durante a 5ª Semana Municipal de Não Violência Contra a Mulher, lei de autoria da própria vereadora Helen e na semana em que a vereadora participa do Festival MEL — Movimento Mulheres em Luta, que neste ano discute exatamente a violência política de gênero contra mulheres parlamentares — o que evidencia a urgência do tema e a gravidade do ocorrido. A vereadora reafirma que não se calará. Todas as medidas institucionais e legais já estão sendo tomadas, incluindo comunicação à Mesa Diretora exigindo providências e registro de Boletim de Ocorrência na Delegacia da Mulher, para que o agressor seja responsabilizado e para que situações como esta jamais voltem a ocorrer. A política deve ser um espaço de debate, não de intimidação. A violência política de gênero é uma ameaça à democracia, e sua tolerância significa conivência com a exclusão das mulheres da vida pública. Helen Cabral seguirá firme no mandato.Pelo direito de existir, resistir e viver com dignidade — dentro e fora do plenário. Vereadora Helen Cabral (PT)Santa Maria, 02 de dezembro de 2025
Bella Vista Shop: sofisticação e atendimento humanizado no coração do design brasileiro
Por Mariana Rodrigues Um trabalho que começou com a venda de uma cama retrátil, fabricada pela própria equipe, hoje é referência no mercado nacional de móveis de alto padrão. A Bella Vista Shop, com sede em Santa Cruz do Sul, surgiu no ambiente digital. A boa aceitação do produto incentivou a expansão do catálogo, que logo passou a incluir camas, colchões, sofás e poltronas. O ponto de virada veio com um pedido especial de uma cliente de mobiliar a casa inteira. O desafio foi aceito. E mais do que isso, inspirou a fundadora Josi Betina a mergulhar de vez no universo do design de interiores e, consequentemente, transformar aquele simples pedido em um modelo de negócio. Aos poucos, a loja cresceu e há quatro anos inaugurou um espaço próprio na cidade. Atualmente, a Bella Vista Shop atende clientes em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Curitiba e outras cidades brasileiras. Mas isso não significa que seu início não foi desafiador. “Um dos maiores desafios do negócio é se inserir dentro do mercado de uma cidade que já tinha lojas de móveis soltos e de alto padrão, porém a 2 anos isso já está acontecendo de forma mais expressiva”, conta Josi. A loja virtual, com mais de 10 anos de existência, ainda é uma das principais frentes de venda, enquanto a loja física fortalece a presença local. É no contato direto, olho no olho, que a marca solidifica vínculos duradouros com arquitetos, decoradores e moradores da região. “Realizamos viagens com arquitetos parceiros, visitando fábricas de São Paulo e da Serra Gaúcha também, um dos principais pólos moveleiros do Brasil”, completa a fundadora. Atendimento personalizado e humano Mais que uma curadoria de produtos, a Bella Vista Shop se destaca pela forma como escolheu se relacionar com as pessoas. Honestidade, clareza e empatia não são apenas valores, são práticas que orientam cada conversa, cada orçamento, cada entrega. Para Josi, o compromisso vai além da venda. “A gente não vende apenas para vender. A gente oferece uma solução”, resume. Cada proposta é elaborada de forma personalizada, com fotos ambientadas, explicações sobre matérias-primas e sugestões que respeitam o estilo e a necessidade de cada pessoa. Isso garante ao cliente final acesso a projetos integrados, com móveis que se harmonizam com a arquitetura e a decoração dos ambientes. O olhar atento às tendências é outro diferencial da marca. A equipe acompanha de perto os principais movimentos do design nacional e internacional, o que se reflete em um portfólio de peças com estética refinada e acabamento sofisticado. Assim, a marca oferece aconchego, elegância e um compromisso verdadeiro com o bem-estar de quem habita, transformando casas em lares. SERVIÇOS: @bellavistashop.moveis(51) 37179791
A chama que não se apaga
Como o tradicionalismo gaúcho se renova ao longo do tempo Por Mariana Rodrigues O gaúcho é memória e transformação. Carrega símbolos, ritos e indumentárias de outros tempos, mas a sua chama permanece acesa porque aprendeu a se reinventar sem esquecer suas raízes. E nesse processo de constante renovação, o jovem é o protagonista que sempre esteve presente. A juventude teve papel central na criação, preservação e evolução da cultura do Rio Grande do Sul. Em 1947, foi um jovem de 20 anos, João Carlos Dávila Paixão Côrtes que liderou a formação do Grupo dos Oito, estudantes que buscavam valorizar os hábitos e costumes do gaúcho. Desse grupo surgiu a primeira Ronda Gaúcha, evento que deu origem à Semana Farroupilha, celebrada até hoje como símbolo de identidade e orgulho regional. No ano seguinte, nasceu em Porto Alegre o 35 CTG, considerado o primeiro da história. Mais uma vez, foi a juventude que se mobilizou para erguer a entidade que inspiraria a criação de outros CTGs pelo estado. Desde então, a tradição não parou de crescer e se transformar. E mesmo hoje, em tempos de redes sociais e mudanças aceleradas, o jovem segue lá. Para o atual presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Alessandro Gradaschi “eles são protagonistas dentro das entidades, seja nas invernadas artísticas, no campeirismo, no voluntariado ou nos concursos culturais. É a juventude que garante a renovação do Movimento”. A comunicação, nesse contexto, tem sido estratégica. Gradaschi explica que o MTG busca se adaptar através de investimentos nas redes sociais e transmissões online dos eventos. “A tradição pode e deve ocupar esses espaços. O desafio é aproximar a linguagem tradicionalista do universo jovem, sem perder a essência do que somos.” Esse pensamento também é compartilhado por Leonidas Augusto da Silva, 1º Peão do Rio Grande do Sul. Ele vê a comunicação como fator decisivo: “Entidades do século XIX não avançaram porque não souberam se divulgar. Já o 35 CTG teve apoio do rádio e da imprensa. A comunicação sempre foi e continua sendo fundamental.” Gaúcho nos quatro cantos do mundo As redes sociais podem ser aliadas do tradicionalismo ao aproximar a cultura gaúcha de públicos que, muitas vezes, nunca haviam tido contato com ela. Foi assim que o grupo Triopacito viralizou nas redes sociais. Ao unir o sapateio da chula com músicas do cenário global, eles criaram uma ponte entre a tradição gaúcha e a modernidade. Tudo começou de forma despretensiosa, com um vídeo em que o gaiteiro Guilherme Tavares tocava Despacito na gaita, enquanto os amigos William Cantareli e Leonardo Brizola, sapateadores de chula, acompanhavam com passos sincronizados. Publicado no Facebook, o vídeo alcançou milhões de visualizações. E em menos de uma semana, já estavam em programas nacionais, como o Encontro com Fátima Bernardes. A repercussão inesperada levou os três a formalizarem o grupo, e com vídeos criativos, que misturam ritmos contemporâneos e tradição, o Triopacito vem conquistando novos públicos e inspirando jovens de todas as idades. Eles reconhecem que, para atrair a juventude, é preciso falar sua língua: “Pra que a gente possa favorecer ou possibilitar que pessoas comecem a gostar da nossa cultura, da nossa arte, a gente precisa primeiro conversar na língua desses jovens. Essa conexão, esse ponto de vínculo é o que vai trazer o jovem de forma natural”. Mas, a internet não substitui o contato com o campo e com os CTGs. “Ela é um catalisador. Facilita o acesso, mostra o que a gente acredita e naturalmente atrai mais pessoas. O digital encurta o caminho pra quem quer conhecer. Mas o contato com o campo, com o CTG, com o homem campeiro, precisa continuar existindo. A essência tem que estar lá.”, explica Leonardo. Pertencimento A presença da juventude nos CTGs também se explica pelo sentimento de identidade e pertencimento. Para o presidente do MTG, muitos jovens permanecem nesses espaços porque encontram neles valores que levam para a vida: “O movimento ensina respeito, disciplina, solidariedade e amor à terra. São princípios que formam cidadãos conscientes, que levam consigo a importância da cultura, da família e do espírito comunitário.” A meta, segundo Gradaschi, é clara: que o jovem veja no tradicionalismo não apenas lazer, mas também propósito e oportunidade de crescimento.
Sorrisos que crescem juntos
Da primeira consulta à vida adulta, a OCA transforma cada atendimento odontológico em cuidado e aprendizado Reinaldo Guidolin Há 23 anos, a dentista e professora universitária Juliana Praetzel percebeu uma lacuna em Santa Maria: a cidade tinha poucos profissionais dedicados à odontopediatria. Foi assim que nasceu a OCA Odontologia, em 21 de outubro, com o objetivo de oferecer atenção especializada para bebês, crianças e adolescentes. “Eu já atuava como dentista há mais de dez anos e via a necessidade de um espaço voltado exclusivamente para crianças. Juntei-me a quatro colegas e começamos a trabalhar. O nome OCA, de Odontologia Crianças e Adolescentes, reflete esse propósito”, conta Juliana. Nos primeiros anos, a clínica se concentrou apenas no atendimento infantil. Com o tempo, as crianças foram crescendo e queriam manter sua conexão com a OCA, agora como adolescentes e adultos. Além disso, os pais e até os avós passaram a procurar pelo serviço. “Foi natural expandir os atendimentos para toda a família, sem perder a essência da clínica. Acreditamos na promoção da saúde familiar e nossa missão é manter sorrisos saudáveis para todas as idades”, explica Juliana. Um espaço pensado para acolher Mais do que tratamentos, a OCA investiu em experiências positivas. A clínica deixou o centro da cidade para oferecer um local com amplo estacionamento e tranquilidade, e cada detalhe do espaço foi pensado para encantar: brinquedoteca para os pequenos, área de games e livros para adolescentes, ambientes lúdicos e acolhedores que transformam a ida ao dentista em algo prazeroso. “A parte lúdica começa na recepção e segue até a cadeira odontológica. Brincamos com água, ar, jatos e sugadores. Queremos que a criança se sinta bem e, ao mesmo tempo, aprenda sobre saúde bucal”, diz Juliana. O cuidado também começa antes do nascimento, com o pré-natal odontológico, promovendo a saúde da mãe e preparando o futuro bebê. Esse olhar integral reflete a filosofia da OCA: tratar com empatia, educar com leveza e construir vínculos. Confiança construída com conhecimento A confiança das famílias não vem apenas da infraestrutura ou da tecnologia, embora a OCA conte com laser terapêutico e cirúrgico, radiografia digital, scanners intraorais e óxido nitroso para aliviar a ansiedade dos pacientes. “O maior diferencial é o conhecimento dos profissionais e a forma como conduzimos o atendimento de maneira holística e humanizada. Avaliamos respiração, sucção, mastigação, fala… tudo que influencia o desenvolvimento saudável da criança”, explica. Hoje, a clínica possui três odontopediatras, cirurgiã bucomaxilofacial, estomatologista, dois ortodontistas (com ortopedia funcional), endodontista e especialistas em próteses e implantes, garantindo que todas as necessidades, desde crianças até adultos, sejam atendidas. Mais do que dentes: experiências felizes A OCA não pensa apenas em tratamentos, pensa em bem-estar e experiências positivas. “Queremos que as crianças gostem de vir aqui, que digam: ‘Eu quero ir lá jogar, brincar, conversar’. A equipe está sempre feliz, alinhada e comprometida em fazer de cada visita algo agradável”, resume Juliana. Assim, ao longo de 23 anos, a OCA construiu uma trajetória marcada por cuidado, acolhimento e inovação, transformando a ida ao dentista em uma experiência que vai muito além dos dentes: é sobre saúde, confiança e sorrisos que crescem juntos.
A prisão de Bolsonaro e as instituições brasileiras
A prisão de Jair Bolsonaro, determinada por Alexandre de Moraes, não é um fato jurídico comum. É um acontecimento político gigante, em um país onde o Judiciário quer ser o protagonista do enredo. O caso de Bolsonaro não ocorre no vácuo. O Brasil está em conflito ideológico há mais de uma década, e qualquer decisão que envolva o principal símbolo da direita vira combustível para inflamar ainda mais o cenário de polarização. Só que existe um ponto, mais perigoso, que não depende de simpatia ou antipatia por Bolsonaro: a régua institucional. Quando uma única figura impõe restrições, decide o que é permitido, acusa e ainda passa a controlar os detalhes da prisão, o Estado não parece imparcial. É personalista. E, já que gostam tanto de falar em democracia, é importante ressaltar que o poder personalista sempre cobra um preço, mesmo quando se acredita estar “do lado certo”. O argumento habitual é: “Mas foi necessário”. O uso da palavra “necessário” é a porta de entrada para tudo o que é excepcional. E o excepcional, no Brasil, tem mania de virar rotina. A pergunta que deveria guiar qualquer cidadão não é “eu gosto do preso?”. É outra: o padrão aplicado aqui é replicável para qualquer pessoa, em qualquer circunstância? Se a resposta for “depende do caso”, então não existe régua. Existe conveniência. E quando a régua vira conveniência, a lei deixa de pacificar e passa a servir como arma política. Isso destrói uma nação. O país entrou numa espiral em que tudo vira decisão judicial, e a sociedade passou a enxergar os tribunais como uma instância final de governo. Isso pode até agradar quem está ganhando hoje. Mas é um veneno de efeito prolongado. Porque a história não é estática. O “padrão” criado contra um inimigo costuma ser reaproveitado quando o inimigo muda. O Brasil tem uma tradição perigosa: celebrar o endurecimento quando ele atinge o adversário e pedir garantias quando ele se aproxima. Isso é infantil. E, pior, é autodestrutivo. Democracias morrem quando a exceção vira instrumento normal, quando o arbítrio ganha verniz formal e quando a sociedade aceita que o Estado atue sem limites claros, desde que atue contra “o lado errado”. No fim, a prisão de Bolsonaro é um dos maiores alertas institucionais que já tivemos no nosso país. Mais do que nos perguntarmos sobre o que acontecerá com ele, temos que entender o que estamos autorizando como padrão de poder de agora em diante. Se a resposta for “o necessário, custe o que custar”, então o país não está resolvendo seus problemas, apenas jogando gasolina e chamando de “governabilidade”.
Pela Liberação Imediata da Estrada do Perau com Sistema Pare e Siga com Acompanhamento Técnico
Palavras do Vereador: A Estrada da Perau é um importante elo de ligação entre os municípios de Santa Maria e Itaara sendo inadmissível esta estrada estar trancada ainda, a comunidade e o comércio local imploram pela liberação do trecho o mais breve possível. Desde o inicio do meu mandato estive muito preocupado com a situação desta importante via e pedimos diversos pedidos de providências para que a mesma fosse liberada, sempre com os critérios de segurança e com as devidas normas técnicas legais. Com a liberação de recursos federais serão iniciadas as obras nas próximas semanas, com isso já solicitei formalmente junto ao Poder Executivo que instale um sistema de pare e siga para o tráfego de veículos durante as obras de recuperação da referida via, para que assim a comunidade que precisa tanto da estrada possa voltar a utilizá-la de maneira segura e responsável. É possível construir o caminho para um sistema de que atenda às necessidades da comunidade de maneira abrangente. É essencial destacar que, ao implementar um sistema de pare e siga essa prática, não apenas se cria um sistema do fluxo local mais eficaz, mas também fortalece a confiança da população nos serviços oferecidos nas obras de reconstrução da Estrada do Perau. Precisamos ter vida novamente na estrada reativando a economia e a prosperidade para a comunidade.
