Nesta quarta-feira, a Comissão Especial responsável por acompanhar o projeto de duplicação da RSC-287 realizará uma Audiência Pública para apresentar à comunidade o projeto elaborado pelo Daer e, principalmente, ouvir a população. Afinal, estamos falando de uma obra que impactará diretamente a vida de quem mora em Camobi, sobretudo nas proximidades da Faixa Nova. Como morador de Camobi e presidente da comissão, que também conta com meus colegas vereadores Marcelo Bisogno, vice-presidente, e Manequinho Badke, relator, tenho acompanhado o tema com grande atenção e preocupação. O projeto traz pontos que merecem análise cuidadosa, como a previsão de um viaduto na Avenida Roraima, em frente à UFSM; a redução do número de retornos para veículos; a diminuição de espaços de estacionamento; e a instalação de semáforos para travessia de pedestres. Todas essas mudanças alteram profundamente o deslocamento diário de quem vive, trabalha ou estuda na região. Só o viaduto da Roraima, por exemplo, prevê uma estrutura de 550 metros de extensão, uma obra cara, de grande impacto e que vai dificultar a mobilidade de pedestres e ciclistas e o comércio existente no seu entorno. É legítimo nos perguntarmos se não existem soluções mais simples, eficientes e menos agressivas ao cotidiano da comunidade. Se você também se preocupa com esse tema, compareça à Audiência Pública, nesta quarta-feira (08 de outubro), às 19h, no CTG Sentinela da Querência (Camobi). Com a Audiência, o Daer terá a possibilidade de ouvir a comunidade e considerar sua opinião sobre o projeto. A Faixa Nova precisa de nós e, com diálogo, construiremos o melhor caminho para o futuro da nossa cidade.
“Contra o medo, escolhemos a coragem”
No dia de ontem, nossa estimada Universidade Federal de Santa Maria, uma das maiores expressões de conhecimento, diversidade e inovação do nosso estado foi covardemente atacada. Diversos setores da UFSM receberam ameaças anônimas por e-mail. A gravidade dessas mensagens ultrapassa qualquer limite da civilidade: tratava-se de ameaças de massacre, com alvos definidos – estudantes negros, LGBTQIA+ e feministas. Repito: estudantes negros, LGBTQIA+ e feministas. Jovens que, como qualquer outro cidadão, estão ali para estudar, construir conhecimento, sonhar com um futuro digno. Jovens que, por simplesmente serem quem são, estão sendo colocados na mira de discursos e ações extremistas, movidos pelo ódio, pela ignorância e pela intolerância. Essas ameaças não são apenas crimes, são ataques diretos à democracia, à diversidade e à vida. São tentativas de instaurar o medo dentro de um espaço que deve ser, por excelência, de liberdade, debate e pluralidade. Por isso, manifestei publicamente e reitero aqui, de forma inequívoca: minha solidariedade é total a cada estudante, professor, servidora e servidor da UFSM. Vocês não estão sozinhos. Enquanto eu tiver qualquer voz pública, estarei ao lado de vocês, lutando contra toda e qualquer forma de opressão, de ameaça ou de violência. A universidade é um dos mais importantes pilares da nossa sociedade. É nela que florescem ideias, que se ampliam os horizontes, que se constrói pensamento crítico. Permitir que o medo e a intolerância contaminem esse ambiente é abrir mão do nosso futuro coletivo. E isso, nós não vamos permitir. Quero reconhecer também a atuação firme e imediata da Reitoria da UFSM, que agiu com responsabilidade e agilidade ao acionar a Brigada Militar, a Polícia Civil, a Polícia Federal, reforçando a vigilância nos campi. Essa postura mostra que não vamos naturalizar o absurdo, nem cruzar os braços diante da escalada da violência política e ideológica que vem assolando o país. Mais do que me solidarizar, coloco-me em compromisso permanente com a comunidade universitária. Proponho, junto aos meus colegas da Câmara de Vereadores, medidas concretas de apoio à UFSM, acompanhamento das ações de segurança e políticas públicas que protejam a diversidade e os direitos humanos em nossa cidade. E aqui, deixo uma mensagem especialmente aos estudantes negros, LGBTQIA+ e às mulheres feministas da UFSM e de toda Santa Maria: vocês não são “minorias”. Vocês são resistência. Vocês são potência. Têm o direito inalienável de existir plenamente, de estudar com segurança, de amar quem quiserem, de pensar livremente, de ocupar todos os espaços. E eu estarei com vocês nas ruas, nas instituições, onde for necessário. Combater o racismo, a LGBTfobia, o machismo e qualquer forma de preconceito não é uma escolha ideológica, é um dever ético de todo agente público comprometido com a democracia. O silêncio das instituições, diante de ameaças como essa, não pode mais ser tolerado. O silêncio, nesse caso, também é cumplicidade. A escalada do ódio não será contida apenas com discursos, mas com ação. A cada ameaça, devemos responder com acolhimento. A cada tentativa de silenciamento, com mais vozes. A cada tentativa de divisão, com mais pontes. Vivemos tempos desafiadores. Mas é justamente nesses tempos que precisamos escolher de que lado estamos. E eu, como vereador de Santa Maria, escolhi o lado da justiça, da vida, da dignidade e da liberdade. Sigamos firmes. E que a gente nunca perca a coragem de ser farol em tempos de escuridão.
Inter-SM inaugura a “Alvirrubro Store” no Shopping Praça Nova
Foto: Samuel Marques O Inter-SM deu mais um passo marcante em sua história no último domingo (5), com a abertura da Alvirrubro Store, sua loja oficial no Shopping Praça Nova. O espaço, dedicado à venda de produtos licenciados, permite que o torcedor viva ainda mais de perto o amor pelo clube. A data também ficou marcada pelo lançamento da Camisa Comemorativa do Acesso à Série A do Gauchão 2026 – peça histórica que celebra a nova fase do Alvirrubro em retorno para a elite do futebol do Rio Grande do Sul. O uniforme traz referências visuais à trajetória vivenciada pelo time neste ano, com imagens marcantes da temporada que encerrou o jejum de 14 anos fora da primeira divisão. Parte do elenco e da comissão técnica participaram da inauguração, interagindo com os torcedores e autografando as camisas da edição especial e limitada. O novo ponto de encontro da torcida reúne os mantos da temporada, brindes, lembranças e itens exclusivos – um espaço feito para quem carrega o Inter-SM no coração. Por: Amanda Borin
Campanha Nacional de Multivacinação começa hoje em Santa Maria
A Campanha Nacional de Multivacinação teve início nesta segunda (6) e seguirá até 31 de outubro nas unidades de saúde de Santa Maria. A iniciativa busca ampliar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes de 0 a 15 anos. Conforme o Programa Nacional de Imunizações (PNI), serão oferecidas 19 tipos de vacinas, aplicadas de acordo com o histórico de cada pessoa. Visando alcançar o maior número de público-alvo, no sábado do dia 18, está agendado o principal momento da campanha: o Dia D da Multivacinação, quando unidades de saúde do município estarão abertas das 9h às 16h. Para receber os imunizantes, a criança ou adolescente deve estar acompanhada do responsável ou levar autorização. Além disso, é necessário apresentar documento com foto e caderneta. Os locais e horários de atendimento estão disponíveis no site da prefeitura. Por: Amanda Borin
Liberdade para os ativistas da Flotilha Global. Liberdade para a Palestina!
Há pouco mais de um mês, um grupo de cerca de 500 ativistas da causa palestina ede defesa dos direitos humanos, de diferentes partes do mundo, saíram deBarcelona em 40 embarcações rumo à Faixa de Gaza, território hoje destruídopelas forças armadas israelenses. O objetivo era furar o bloqueio naval e fazerchegar aos palestinos a ajuda humanitária que o governo de Benjamin Netanyahutem impedido. O grupo conta com 15 brasileiros, inclusive companheiras e companheiros doPSOL, e na última semana foi sequestrado pelas forças israelenses e levado a umaprisão, na qual relatos apontam que têm sofrido com agressões e humilhações.Uma das integrantes da Flotilha, é a jovem ativista sueca Greta Thunberg, que setornou mundialmente conhecida por liderar protestos de combate às mudançasclimáticas. Segundo conta um dos ativistas já deportados, ela teria sido uma dasmais agredidas. Nesta terça (07/10), completam-se dois anos do início dessa guerra que hoje cadavez mais autoridades reconhecem como um verdadeiro genocídio contra apopulação de Gaza. Iniciativas como a Flotilha Global são fundamentais, nãoapenas para socorrer um povo que sofre com a fome e a violência do governo daultra direita de Israel, mas também para chamar a atenção do mundo para o queocorre neste momento em Gaza, e assim furar um outro bloqueio, o da mídiamajoritariamente alinhada ao sionismo. Assim como fizeram os governos de países como México, Espanha e Colômbia, ogoverno Lula também deveria exigir a imediata libertação de todos os presospolíticos da Flotilha, e a sua deportação para os países de origem. Mais do que isso,o Brasil precisa romper as relações diplomáticas com Israel, e assumirenfaticamente a defesa da resistência Palestina.
Recomeçar dói, mas liberta
Luciane Kasper, a advogada que transforma dor em recomeço Separar-se de alguém raramente é simples. Não importa se a decisão parte de um acordo mútuo ou de um rompimento abrupto. O processo costuma envolver luto, insegurança e uma avalanche de dúvidas práticas e emocionais. Como lidar com os filhos? O que fazer com os bens? Como desfazer os contratos? E principalmente: por onde recomeçar? No Brasil, segundo o IBGE, mais de 440 mil divórcios foram registrados em 2023. São números que, embora expressivos, não revelam as camadas humanas por trás de cada certidão. A separação carrega histórias de rompimentos difíceis, reconstruções emocionais e reorganizações completas da vida. É nesse momento de vulnerabilidade que a advogada Luciane Kasper atua como ponte para um novo começo. Especialista em Direito de Família, Luciane compreende, com profundidade, o que significa recomeçar. “Minhas próprias separações foram divisores de águas. Eu entendi, na pele, o quanto a mulher precisa de mais do que apenas um advogado. Precisa de alguém que compreenda o peso emocional, os medos e as inseguranças desse momento”, relembra a advogada. As experiências pessoais a incentivaram a trabalhar nessa área. Com atuação em Santa Maria, Bento Gonçalves e Porto Alegre, e atendimentos online para todo o Brasil, Luciane Kasper é um nome renomado na área. Seu foco está, especialmente, em mulheres que encerram relacionamentos e precisam reorganizar não apenas contratos, bens e dívidas, mas também a própria identidade. “Meu trabalho é oferecer estrutura legal e segurança emocional para que essa mulher consiga tomar decisões conscientes, com clareza e autonomia. Busco criar um ambiente onde ela se sinta ouvida, acolhida e fortalecida para recomeçar com dignidade”, afirma. Quando a experiência vira missão Luciane não escolheu o Direito de Família por acaso, foi a vida que a conduziu até ele. Antes de assumir a advocacia como missão, ela viveu relações nas quais precisou sustentar o insustentável, até entender que nenhum vínculo vale mais do que a própria saúde mental e emocional. Passar por dois divórcios em fases distintas da vida a tornou ainda mais sensível à dor de suas clientes. “Isso me motivou a trabalhar com Direito de Família com um olhar mais humano e acolhedor, especialmente voltado às mulheres que, como eu, precisaram se reinventar após o fim de um relacionamento”, resume. Sua atuação rompe com os padrões da litigância tradicional. Em vez de transformar separações em disputas agressivas e desgastantes, Luciane aposta no diálogo, na clareza e na construção de soluções viáveis e respeitosas para todas as partes. “Minha abordagem é pautada em escuta ativa, acolhimento e soluções que respeitam o tempo e os limites da mulher. Enquanto a litigância tradicional encara o processo como uma disputa fria, eu busco reconstrução. Trabalho para que a cliente se sinta parte ativa das decisões, compreenda cada etapa e tenha um recomeço real e sustentável, não apenas uma sentença no papel”, explica a advogada. O trabalho vai além da separação. Ela conduz divórcios consensuais e litigiosos, dissoluções de união estável, partilha de bens, definição e revisão de guarda de filhos, pensão alimentícia e regularização de patrimônio. Também oferece suporte jurídico a mulheres que enfrentam violência patrimonial e psicológica, uma realidade mais comum do que se imagina. Segurança jurídica para libertar o emocional Com passos seguros e olhar preciso, Luciane conduz cada caso com a segurança de quem sabe o que faz. Seu trabalho é técnico e estratégico, mas sem abrir mão da escuta e da empatia. Isso se traduz em processos mais ágeis, menos traumáticos e com resultados sólidos. Ela reconhece que, muitas vezes, o divórcio emocional já aconteceu, mas o vínculo jurídico permanece por medo, desinformação ou manipulação. Os maiores entraves? A dependência econômica, a guarda dos filhos e a divisão de bens. “Não adianta estar emocionalmente livre se juridicamente ainda existem pendências. O cliente precisa de base legal para caminhar com tranquilidade”, explica. Nessas situações, Luciane orienta com base em informação clara, planejamento e estratégia. Cada atendimento é pensado para garantir que a mulher compreenda seus direitos e consiga tomar decisões com autonomia. “Mostro a essas mulheres que é possível sair desse ciclo com segurança e apoio, sem pular etapas, mas também sem prolongar sofrimentos desnecessários”. Nos bastidores desses atendimentos, existe também um trabalho intenso de escuta e orientação. Luciane oferece apoio emocional e prático, ajudando suas clientes a refletirem sobre escolhas e consequências, sem julgamentos. O objetivo é fazer com que cada mulher que passa por seu escritório, físico ou virtual, saia não apenas com um processo resolvido, mas com mais clareza sobre si mesma e seu futuro. Justiça como ato de amor-próprio Além da atuação nos tribunais, Luciane tem se tornado uma voz relevante na educação jurídica para mulheres. Na coluna mensal que escreve para o Portal Enfoco, ela traduz termos complexos do Direito de Família em uma linguagem acessível e sensível. Assim, ela torna o conhecimento um instrumento de empoderamento. “Direito de Família é sobre vida real. E vida real não se explica com juridiquês. Meu compromisso é com a educação jurídica das mulheres — porque quem conhece seus direitos, sabe dizer ‘não’, sabe colocar limites e sabe recomeçar. Tornar o direito acessível é uma forma de devolver o poder para quem muitas vezes teve a voz calada por muito tempo”, afirma. A advogada sabe que o recomeço não começa na sentença do juiz, mas no momento em que a mulher decide que merece uma vida mais justa, para si e, muitas vezes, para seus filhos. Seu trabalho evidencia que o acesso à informação jurídica é um passo essencial para romper ciclos de violência e desigualdade. Ao compartilhar conhecimento de forma clara e empática, Luciane contribui para que mais mulheres compreendam seus direitos e se sintam seguras para tomar decisões importantes sobre suas vidas. Ela promove a mudança de consciência mostrando que justiça também se constrói no cotidiano, com escolhas firmes e com apoio adequado. Advogada de recomeços reais Neste mês em que se celebra a advocacia, Luciane representa uma geração de profissionais que não teme a profundidade dos vínculos,
Pelo Rompimento do Contrato com a Corsan/Aegea
Na última sexta-feira, 26 de setembro, vivenciamos um momento histórico na Câmara de Vereadores: o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Municipalização da Água e do Esgoto. Uma iniciativa do nosso mandato e surge como um instrumento de diálogo, mobilização e resistência diante das consequências nefastas da privatização da Corsan, entregue à multinacional Aegea. A Frente Parlamentar tem dois objetivos centrais: debater alternativas que assegurem o controle público sobre o abastecimento de água e o saneamento básico – serviços essenciais à saúde, à dignidade humana e ao desenvolvimento urbano – e lutar pelo rompimento do contrato entre o Município e a Corsan/Aegea. Defendemos que a água, fonte de vida, jamais seja tratada como mercadoria. Essa mobilização não nasce por acaso. Em 2023, tive a responsabilidade de relatar a primeira CPI da Corsan em Santa Maria. Na ocasião, denunciamos as irregularidades cometidas pela Prefeitura ao substituir um contrato regular de 2018 por outro considerado “irregular e precário, eivado de nulidades”. O relatório final alertava que aquela manobra abriria caminho para tarifas abusivas, piora nos serviços e perda de qualidade técnica com a demissão de trabalhadores especializados. As conclusões foram encaminhadas ao Ministério Público. Infelizmente, as denúncias se confirmaram. Desde a entrega da Corsan à Aegea, recebemos centenas de relatos de moradores e moradoras de diferentes bairros, denunciando cobranças indevidas, contas com valores exorbitantes e interrupções frequentes no abastecimento. Esses fatos motivaram nova denúncia formal de nosso gabinete ao Ministério Público do Rio Grande do Sul e, em 2025, a instalação de uma nova CPI da Corsan Aegea, na qual também assumi a relatoria. No início deste ano, apresentei ao MP-RS uma representação contra a Corsan Aegea, aceita e transformada em inquérito de investigação. A criação da Frente Parlamentar fortalece essa luta e expressa a necessidade de unir forças: poder público, sociedade civil, sindicatos, entidades comunitárias e cada cidadão e cidadã de Santa Maria. Somente juntos poderemos garantir tarifas justas, transparência, investimentos e serviços de qualidade. Durante o lançamento da Frente, também apresentamos o Abaixo-Assinado pela Municipalização da Água, que percorrerá toda a cidade, mobilizando o apoio popular para que Santa Maria recupere sua soberania sobre este serviço essencial. Nossa posição é clara e inegociável: água é vida, não mercadoria. Seguiremos firmes na defesa do direito à água pública, acessível e de qualidade para toda a população santa-mariense. Helen Cabral (PT)Vereadora de Santa MariaLíder do Bloco de Oposição
Atualizar o simples nacional é fortalecer o Brasil
Qualquer pessoa percebe, em uma ida ao mercado, ao açougue ou a uma loja, o quanto a inflação corrói o poder de compra. Mas não é só o consumidor que sente esse peso. Para quem empreende no Brasil, tudo também ficou mais caro: insumos, produtos, energia, aluguel. E, como se não bastasse, há ainda a carga tributária feroz que esmaga principalmente os micro e pequenos negócios do Simples Nacional. Esses empreendedores têm sido corajosos e valentes ao enfrentar a mão pesada do governo, sustentando o Brasil nas costas e garantindo boa parte dos empregos do país. Hoje, cerca de 84% das empresas brasileiras estão no Simples Nacional. São mais de 18 milhões de negócios que fazem parte da nossa rotina: padarias, salões de beleza, pequenas escolas, oficinas, confecções, restaurantes de bairro. Eles são responsáveis por aproximadamente 25% dos empregos formais e 30% do PIB nacional. O Simples é a espinha dorsal do empreendedorismo brasileiro e a principal porta de entrada para a formalidade. O problema é que, desde 2018, as faixas de faturamento do regime estão congeladas. Ou seja: a inflação disparou, os custos aumentaram, mas a tabela segue parada. O resultado? Empresas que conseguem crescer e gerar empregos acabam sendo punidas. São forçadas a migrar para regimes mais caros e complexos, perdendo competitividade, capacidade de investir e de gerar empregos. Em vez de premiar o sucesso, o sistema acaba penalizando quem prospera. Ao não corrigir a tabela, o governo não pune apenas o empresário, pune todo o país. Recursos que poderiam ir para salários, inovação, modernização e contratação de mais trabalhadores acabam drenados por uma tributação desatualizada. Assim, o empreendedorismo fica travado, os negócios ficam estrangulados e o Brasil perde oportunidades e deixa de avançar. Em vez de valorizar quem cresce, o sistema castiga o sucesso. É por isso que precisamos atualizar as faixas do Simples Nacional. O PLP 108/2021, que aguarda votação no Congresso, é a solução para corrigir essa distorção. Com ele, o teto do Microempreendedor Individual (MEI), o da microempresa, e o da empresa de pequeno porte aumentaria significativamente, permitindo que mais empreendedores permaneçam no Simples Nacional e cresçam sem serem penalizados pelo regime tributário. Sua aprovação dará mais segurança jurídica, liberdade econômica e condições reais para que micro e pequenas empresas cresçam e expandam suas atividades. Segundo cálculos do setor produtivo, a atualização poderia gerar mais de 869 mil empregos e movimentar cerca de R$ 81,2 bilhões na economia. Ou seja, é uma medida capaz de estimular o empreendedorismo, proteger empregos e fortalecer a base da nossa economia, especialmente nas cidades do interior e nas periferias dos centros urbanos. Os pequenos negócios são uma das maiores forças de trabalho e inovação do país. Atualizar a tabela do Simples é dar a essas empresas a chance de continuar sendo o motor da nossa economia. O que está em jogo não é um detalhe técnico, mas o futuro do desenvolvimento do Brasil.
5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres: Um Marco Histórico na Luta pelos Direitos das Mulheres
O Brasil e as brasileiras participam, esta semana, de um momento histórico: a realização da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM), que acontece durante três dias em Brasília. Este é um evento nacional que reúne vozes de todo o país para discutir e fortalecer as políticas públicas voltadas às mulheres. Esta conferência tem um significado especial. Desde 2016, quando ocorreu o golpe que afastou a presidenta Dilma Rousseff, não realizávamos mais conferências nacionais para discutir as políticas para as mulheres. Foram anos de silenciamento e retrocessos. Agora, em 2025, sob a gestão do presidente Lula e o ministério de Márcia Lopes, retomamos esse espaço fundamental de participação social e democracia. Um Movimento que Vem das bases A 5ª CNPM não surgiu de repente. É resultado de um processo em cascata que começou nas bases, nos municípios de todo o Brasil. Passou por etapas municipais, estaduais e também por etapas livres, onde a sociedade civil pôde se organizar. Desse processo, foram escolhidas delegadas de todos os cantos do país, trazendo a pluralidade, a diversidade e as diferentes realidades que formam o Brasil. Essas mulheres representam suas comunidades, suas lutas e suas conquistas. São trabalhadoras, mães, estudantes, quilombolas, indígenas, mulheres negras, LBT+, mulheres com deficiência, jovens e idosas. Cada uma traz consigo a força de quem vive na pele os desafios e as possibilidades de ser mulher no Brasil. Três Dias de Construção Coletiva Durante os três dias de conferência, a participação social marca cada momento. Os painéis temáticos abordam as agendas prioritárias para as mulheres, com a presença de ministras, governadoras e deputadas federais. Um dos destaques foi a discussão sobre como conectar os governos federal, estadual e municipal para criar políticas mais efetivas. A ministra Márcia Lopes participou de atividades ao lado da governadora Fátima Bezerra, mostrando que é possível trabalhar em conjunto pelos direitos das mulheres. Outras ministras também debateram as políticas públicas e as ações do Governo Federal, reforçando o compromisso com essa agenda. Durante a conferência, foram apresentados avanços importantes. O Ministério das Mulheres lançou o DataMulheres, uma ferramenta desenvolvida em parceria com o Dataprev que reúne indicadores sobre a situação das mulheres em todo o país. Com dados nacionais, estaduais e municipais, será possível ter um retrato mais claro da realidade e planejar políticas mais assertivas. Também houve espaço para valorizar a economia solidária e criativa fomentada pelas mulheres, mostrando que as políticas para as mulheres vão além da proteção – envolvem também o desenvolvimento econômico e a autonomia financeira. A conferência também reforça a importância de defender e fortalecer nossas instituições democráticas. Em momentos de tensão política, eventos como este mostram que a sociedade está organizada, vigilante e disposta a lutar pelos seus direitos. O Que Vem Pela Frente A 5ª CNPM debate temas urgentes, como estratégias para enfrentar o feminicídio, que segue tirando vidas em todo o país. As delegadas estão construindo propostas concretas que serão levadas para a implementação de políticas públicas. Como ativista e vereadora, venho desta conferência ainda mais fortalecida para dar continuidade à luta das mulheres em Santa Maria, reafirmando que nós mulheres mães devemos e podemos ocupar espaços de decisão e protagonismo. Este é um momento de esperança, mas também de responsabilidade. Participar desta conferência é lembrar que os direitos das mulheres não são concessões, são conquistas que precisam ser defendidas todos os dias. A 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres marca o retorno de um espaço fundamental de participação e luta. É a prova de que, quando nos organizamos, conseguimos fazer a diferença. E é o compromisso de que não vamos parar até que todas as mulheres brasileiras tenham seus direitos garantidos e suas vidas respeitadas.
Outubro Rosa: conscientização e cuidados
O mês de outubro é marcado por uma das campanhas de saúde mais importantes do mundo: o Outubro Rosa. Criado para alertar a sociedade sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama, o movimento simboliza não apenas o cuidado com a saúde feminina, mas também a valorização da vida. O câncer de mama é o tipo mais comum entre mulheres em todo o planeta, e também uma das principais causas de mortalidade. Porém, quando diagnosticado em sua fase inicial, as chances de tratamento bem-sucedido chegam a índices muito elevados. Isso demonstra que informação e atenção à saúde são fundamentais para salvar vidas. A prevenção passa pelo autocuidado. O autoexame das mamas deve ser um hábito regular, aliado a consultas médicas periódicas e à realização da mamografia, conforme a idade e a orientação de profissionais da saúde. São medidas simples, mas que podem fazer toda a diferença na descoberta precoce da doença. Outro aspecto essencial do Outubro Rosa é a conscientização coletiva. Familiares, amigos, instituições e comunidades têm papel importante no incentivo à realização de exames e na promoção de espaços de diálogo e apoio. Afinal, enfrentar o câncer de mama não é apenas um desafio físico, mas também emocional, e contar com uma rede de suporte fortalece as mulheres em tratamento. Vale destacar, ainda, que o Outubro Rosa não se limita apenas às mulheres. Embora seja mais raro, o câncer de mama também pode atingir homens, o que reforça a importância da atenção de todos. A luta contra a doença é, portanto, uma causa de toda a sociedade. O laço cor-de-rosa, símbolo da campanha, representa solidariedade, esperança e a união em torno de um objetivo comum: reduzir a mortalidade por câncer de mama e oferecer dignidade às pessoas em tratamento. Mais do que uma cor, trata-se de um compromisso coletivo com a vida. Neste Outubro Rosa, a mensagem é clara: prevenção é o melhor caminho. Cuidar da saúde é um ato de amor-próprio e de responsabilidade com quem está ao nosso lado. Que possamos, juntos, fortalecer a conscientização e multiplicar informações, porque compartilhar cuidado é compartilhar vida. Adelar Vargas – Bolinha Vereador