Agosto é um mês que carrega consigo um simbolismo especial. Nele, o mundo inteiro celebra o Dia Internacional da Juventude, uma data dedicada a refletirmos sobre o papel essencial que os jovens ocupam na construção de um futuro mais justo, digno e promissor. E foi justamente nesse mês, carregado de significado, que vivemos dois momentos históricos para a juventude de Santa Maria o coração pulsante do nosso Rio Grande. A inauguração do Centro de Referência para a Juventude – Reconstrução (CRJ), no bairro Nova Santa Marta. Uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, que irá oferecer acolhimento, formação, cultura, esporte e oportunidades concretas a jovens em situação de vulnerabilidade social. Um projeto ousado, necessário, urgente. Estive presente nesse momento, não apenas como vereador, mas como alguém que acredita, profundamente, na potência transformadora da juventude. Ali, vi rostos esperançosos, olhares que brilham com novas possibilidades, e senti no ar aquilo que move todo o meu trabalho enquanto parlamentar: a certeza de que é dever do poder público criar pontes, abrir caminhos e garantir direitos. Santa Maria é uma cidade jovem por natureza. São mais de 70 mil jovens entre 15 e 29 anos que vivem aqui, que estudam, trabalham, sonham, resistem. Jovens que, muitas vezes, enfrentam a dura realidade da evasão escolar, do desemprego, da insegurança, da ausência de perspectivas. Jovens de todas as cores, credos, gêneros e trajetórias que clamam por políticas públicas efetivas, contínuas e estruturadas. E é ouvindo esses clamores que construímos, junto com a sociedade civil, um projeto que nasce da escuta, da presença, do diálogo com as ruas, com as escolas e com as comunidades. É com imenso orgulho que compartilho que, também neste mês de agosto, aprovamos na Câmara Municipal o Projeto de Lei que cria o Programa Jovem Santamariense do Futuro. Um projeto que não foi escrito de cima para baixo. Ele foi construído com os pés no chão, com o coração aberto e com a escuta atenta às necessidades mais urgentes da nossa juventude. Este programa será uma rede permanente de apoio aos jovens de 15 a 25 anos. Uma política pública pensada para garantir permanência na escola, acesso ao ensino superior, qualificação profissional, cidadania ativa, saúde mental, autoestima e inclusão produtiva. É mais do que uma lei: é um compromisso com a vida, com a dignidade, com o amanhã. E o que une esse dois marcos a inauguração do CRJ e a aprovação do Programa Jovem Santamariense do Futuro é algo maior que políticas públicas. É a visão de uma cidade que cuida da sua juventude. Uma cidade que compreende que não há futuro possível se a juventude for esquecida. Não há desenvolvimento sustentável sem educação, sem trabalho, sem cultura, sem oportunidades reais para nossos jovens. A iniciativa do Centro de Referência para a Juventude, que prevê o atendimento de ao menos mil jovens ao longo de 12 meses em Santa Maria, com oficinas, cursos de qualificação e apoio financeiro, representa um passo fundamental. E mais do que isso: mostra que é possível, sim, agir com responsabilidade e sensibilidade social. Mostra que quando o poder público se une Governo do Estado, Município e Legislativo quem ganha é a população, sobretudo a juventude que mais precisa. Por isso, reafirmo aqui o que sempre defendi na tribuna da Câmara e em cada comunidade que visito: a juventude não precisa de discursos vazios, ela precisa de oportunidades concretas. Chegou o tempo de parar de cobrar escolhas de quem sequer teve a chance de escolher. É hora de garantir que todo jovem de Santa Maria, seja do centro ou das periferias, tenha acesso a um projeto de vida digno, possível e realizável. Como vereador, meu compromisso com a juventude de Santa Maria é inegociável. Sou movido pela certeza de que cada investimento feito na juventude é uma aposta certeira no futuro da nossa cidade. É por isso que continuo na luta, ao lado de tantos outros que acreditam que a política tem que ser instrumento de transformação real, que vá além das palavras e se traduza em ações. A inauguração do CRJ e a criação do Programa Jovem Santamariense do Futuro não são pontos de chegada. São pontos de partida. Que eles inspirem novas iniciativas, mais investimentos, mais políticas públicas pensadas com e para os jovens. Que possamos, de fato, construir uma Santa Maria mais justa, mais consciente, mais preparada para o amanhã onde todos os nossos jovens sejam não apenas lembrados no discurso, mas acolhidos na prática, incluídos na política, fortalecidos em suas trajetórias e protagonistas do futuro. E deixo aqui, com o coração cheio de esperança, um recado para cada jovem desta terra: vocês não estão sozinhos. A cidade está com vocês. O poder público está com vocês. E eu, como vereador, estarei sempre ao lado de vocês, lutando por uma Santa Maria onde ninguém seja invisível. Onde cada sonho tenha espaço para nascer, crescer e florescer. Porque nenhuma cidade é plenamente desenvolvida se abandona sua juventude. E Santa Maria, o coração do Rio Grande, pulsa com força quando sua juventude pulsa junto. Vereador Rudys é autor do Projeto de Lei que institui o Programa Jovem Santamariense do Futuro e defensor ativo de políticas públicas voltadas à juventude no município de Santa Maria.
O aleitamento como um compromisso coletivo e um direito assegurado
Na última semana o Instituto E Se Fosse Você?, criado para discutir e combater as violências de gênero e raça na política, juntamente com o movimento MEL – Mulheres Em Luta, lançou uma campanha em defesa de políticas públicas em apoio ao aleitamento humano. Chamada de “Protocolaço”, a ação constitui na protocolização de Projetos de Lei em Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas, que “reafirmam o aleitamento humano como um pacto coletivo, responsabilidade de toda a sociedade, e não só das mulheres.” Aqui em Santa Maria, nosso mandato participou do “Protocolaço”, com dois Projetos. O PL 10036 / 2025, que cria a obrigatoriedade da instalação de salas de apoio à amamentação em órgãos públicos municipais de Santa Maria, e o PL 10037/2025, que busca garantir espaços de amamentação ou de recebimento de leite humano congelado nas escolas públicas e privadas no município de SantaMaria. No primeiro caso, o Projeto tem como alvo servidoras e trabalhadoras terceirizadas da administração municipal, que muitas vezes não têm um local adequado para o ato de amamentar. A falta de ambiente e estrutura adequados, têm sido alguns dos maiores obstáculos para a continuidade do aleitamento após o retorno das mães ou lactantes ao trabalho. Órgãos nacionais e internacionais, como o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS), são unânimes em apontar paraos benefícios do aleitamento humano enquanto alimento exclusivo para a criança até, pelo menos, os 6 primeiros meses de vida. Entre os benefícios estão o melhor desenvolvimento do sistema imunológico, a maior proteção contra doenças como a diarreia, infecções respiratórias, e alergias, entre outras. Além disso, também reduz os riscos de desenvolvimento de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade.Não apenas o bebê é beneficiado com o aleitamento humano, mas também quem o alimenta. De acordo com o Ministério da Saúde, amamentar reduz os riscos de hemorragia pós-parto, diminui as chances de contrair diabetes tipo 2 e do desenvolvimento de cânceres de mama, ovário e endométrio. Ou seja, não faltam provas de que o aleitamento humano é o melhor alimento para a criança e um ato que também beneficia a mãe ou lactante. Garantir o direito a esse ato precisa ser um compromisso do Estado, encarado como uma questão de saúde pública presente e futura. Esse é justamente o objetivo dos nossos Projetos. A criação de salas de apoio à amamentação em órgãos públicos municipais, além de garantir esse direito, também garante à mulher a autonomia para voltar ao trabalho, sem com isso, ter que descuidar da alimentação do bebê. Ou seja, também é uma questão deigualdade de gênero. Já o PL 10037/2025, que prevê a garantia de espaços para o aleitamento ou para a conservação de leite humano congelado nas escolas de educação infantil de Santa Maria, sejam elas públicas ou privadas, busca assegurar o direito das crianças matriculadas à alimentação com leite humano, uma vez que embora seja recomendado enquanto alimento exclusivo até os 6 seis meses, aamamentação é indicada até os 2 anos de idade ou mais, fase na qual muitas crianças já frequentam instituições de ensino. Ao mesmo tempo, a garantia de um espaço exclusivo para o aleitamento também é uma forma de assegurar o direito de professoras e demais trabalhadoras das escolas que estejam amamentando. A criação de leis que garantam esse direito essencial das lactantes e das crianças, é uma oportunidade de Santa Maria assumir o compromisso com o cuidado da sua população desde os primeiros meses de vida, e com políticas que promovam a igualdade de gênero e combatam a desigualdade no mercado detrabalho. Levantar a nível local essa bandeira, compartilhada por parlamentares de todo o país, é também uma forma de reafirmar o caráter feminista e de defesa dos direitos trabalhistas do mandato do PSOL na Câmara de Vereadores.
Adultos que não crescem, crianças que perdem a infância
Você já percebeu como tem crescido o número de crianças agindo como adultos, e, ao mesmo tempo, de adultos tentando reviver a infância? A adultização das crianças se tornou tema de debates e vídeos virais, e não é à toa: estamos diante de uma inversão preocupante. Meninas e meninos que deveriam estar brincando estão sendo expostos a discursos, roupas e responsabilidades emocionais que não cabem à sua idade. Muitas vezes, isso não acontece só nas redes sociais, mas dentro das casas, com filhos ocupando o lugar de consolo e estabilidade emocional dos pais. Na visão sistêmica, essa inversão dos papéis acontece quando os adultos deixam de ocupar seu lugar. Pais e mães, muitas vezes feridos emocionalmente, projetam em seus filhos a necessidade de cuidado, acolhimento e companhia, fazendo com que as crianças passem a cuidar de quem deveria cuidar delas. Isso gera uma ruptura: a criança deixa de ser filha e passa a ser “parceira emocional”, crescendo antes da hora, com culpas que não lhe pertencem. Por outro lado, cresce também o número de adultos que não querem crescer. Adultos que buscam conforto em objetos infantis como bebês reborns ou até chupetas, não como afeto simbólico, mas como fuga da realidade. São homens e mulheres que não conseguiram amadurecer emocionalmente, e que, sem suporte, voltam inconscientemente para a infância como forma de evitar as dores do presente. Esse movimento revela uma grande dor coletiva: a ausência de referências adultas inteiras e disponíveis emocionalmente. Quando a dor da vida adulta é evitada, e a criança interior ferida comanda nossas decisões, deixamos de oferecer às novas gerações o chão firme que elas precisam. E, no campo sistêmico, essa ausência de estrutura desequilibra todo o sistema familiar. Resgatar a ordem começa com consciência. É papel dos adultos ocuparem seu lugar com maturidade, reconhecendo suas dores, buscando apoio e se responsabilizando por si. Só assim, as crianças poderão voltar a ser crianças. E o sistema, enfim, encontrará descanso e equilíbrio. Hoje te convido realizar um exercício sistêmico: Faça se e somente se fizer sentido para ti. Exercício Sistêmico: “Meu Lugar, Seu Lugar” Esse exercício é feito com palavras, presença e verdade. Pode ser realizado em pé, um de frente para o outro (pai/mãe e filho), ou com objetos simbólicos (como bonecos, almofadas ou papéis com nomes). Passo 1: Reconhecendo os lugares O adulto olha para a criança (filho/filha) e diz com calma e firmeza: “Eu sou o adulto.Você é meu filho/minha filha.A responsabilidade da nossa história é minha, não sua.Você não precisa cuidar de mim.Sou eu quem cuido de você.” Pausa. Respire fundo. Permita que as palavras sejam sentidas antes de continuar. Passo 2: Devolvendo o que não é da criança Se sentir, o adulto pode continuar:“Tudo que você tentou carregar para me ajudar, eu recebo de volta agora.Obrigada(o) por tentar — mas agora você pode apenas ser criança.” Se for feito com objetos, o adulto simbolicamente “tira” algo das mãos da criança (um peso imaginário) e diz: “Isso é meu. Eu cuido disso agora.” Passo 3: Acolhendo a nova ordem A criança, se for possível e natural (não forçada), pode dizer: “Obrigada(o) por ser meu pai/minha mãe.Eu posso ser só sua filha/seu filho agora.” Se não houver resposta, tudo bem. O mais importante é o adulto fazer o movimento interno. Recomendações importantes: Se esse movimento fizer sentido para você o faça e depois me conta no direct do meu Instagram será muito bom falar com você bjs da Michi. Michi Milanni – Enfermeira, Terapeuta Sistêmica Empresarial e CEO do movimento Empreendedorismo e Elas.
Pesquisa mostra avaliação dos brasileiros sobre primeiros meses do Papa Leão XIV
Uma pesquisa Ipsos-Ipec revela que 38% dos brasileiros avaliam de forma positiva os 100 primeiros dias do pontificado de Leão XIV. Do total, 14% classificaram como ótimo e 24% como bom. Outros 28% consideraram regular, enquanto 5% avaliaram como ruim ou péssimo. O levantamento também mostra que quase um terço da população (29%) ainda não tem opinião formada sobre o novo pontífice. Segundo a diretora do instituto, Márcia Cavallari, esse índice indica que o papa segue em fase de observação e ainda tem espaço para consolidar sua imagem. Entre os católicos, a aprovação é maior, chegando a 54%. Já entre evangélicos, apenas 22% avaliam positivamente o início de seu papado, e a taxa de indecisos é mais alta. A pesquisa ainda aponta que 45% dos brasileiros veem continuidade em relação ao papado de Francisco, enquanto apenas 9% percebem grandes mudanças. Metade dos entrevistados acredita que Leão XIV poderá melhorar a imagem da Igreja Católica, expectativa que sobe para 62% entre os católicos. O estudo também identificou maior confiança nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além de apontar que apoiadores do presidente Lula demonstram mais simpatia pelo novo papa do que os eleitores de Jair Bolsonaro.
Caramelo Fumaça é eleito o vira-lata mais simpático do RS
O caramelo Fumaça, de Tramandaí, foi escolhido o grande vencedor do concurso que elegeu o vira-lata mais simpático do Rio Grande do Sul. Em uma disputa acirrada, ele superou os finalistas Chokito, de Marau, e Cãodete, de Porto Alegre. A votação foi organizada pelo Jornal do Almoço, da RBS TV, e contou com forte mobilização nas redes sociais. Conhecido como “o caramelo mais amado do litoral”, Fumaça é figura presente em eventos, ruas e comércios da cidade. Ele também costuma acompanhar os treinos em uma academia local, onde se tornou mascote e ganhou a simpatia de moradores e visitantes. A popularidade de Fumaça chamou atenção até da cantora Simone Mendes, que mencionou o cachorro durante um show na Festa Nacional do Peixe deste ano. Segundo comerciantes e frequentadores, o mascote tem passe livre na cidade e é cuidado coletivamente pela comunidade. Os outros dois finalistas também conquistaram fãs. Cãodete, mascote da Academia de Polícia Militar de Porto Alegre, participa de atividades e treinamentos junto aos alunos. Já Chokito, de Marau, é um cão comunitário que recebe apoio de centenas de moradores, após não se adaptar a lares adotivos. Ambos reforçam o espírito de convivência e afeto que marcou a competição. Foto: Reprodução/RBS TV
Pesquisadora da UFSM cria teste rápido para tuberculose
Uma pesquisadora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) desenvolveu um teste rápido capaz de identificar a tuberculose em pouco tempo. A inovação foi finalista no 17º Prêmio Ciência, Tecnologia e Inovação para o SUS, na categoria Produtos e Inovação em Saúde. O exame, chamado Teste Molecular Rápido para Tuberculose, foi desenvolvido no Laboratório de Micobacteriologia da UFSM, sob coordenação da professora Marli Matiko Anraku de Campos. O objetivo é reduzir o intervalo entre os primeiros sintomas e o início do tratamento, que atualmente pode chegar a quase três meses. A técnica usa uma amostra de escarro do paciente, que passa por reagentes e é aquecida em um equipamento chamado termobloco. Em cerca de uma hora, já é possível obter o resultado, representando um avanço em relação aos métodos tradicionais. O diagnóstico também é de fácil leitura: a cor rosa indica ausência do bacilo, enquanto os tons de amarelo ou laranja confirmam a presença da bactéria. A expectativa é que a ferramenta contribua para agilizar o tratamento e reforçar o controle da tuberculose no país. Foto: Divulgação/UFSM
Dress code moderno: como se vestir para cada ocasião sem perder seu estilo
Saber se vestir para cada ocasião não significa abrir mão da própria identidade. Pelo contrário, o dress code moderno entende que adequação e personalidade podem (e devem) caminhar juntas. A moda de hoje nos convida a transitar entre diferentes contextos com segurança, adaptando nossas escolhas sem sufocar nosso estilo pessoal. A regra de ouro é simples: leia o ambiente, mas vista-se como você. Um evento corporativo, por exemplo, pode pedir uma alfaiataria mais sóbria, mas isso não impede que você insira cor, textura ou um acessório que traduza sua essência. Já em ocasiões sociais, o mesmo vestido clássico pode ganhar nova vida com sapatos ousados ou com uma bolsa que chame a atenção. O segredo está em dominar a base de cada código de vestimenta e, a partir dela, fazer pequenas inserções que mantenham sua assinatura visual. É como falar diferentes idiomas mantendo seu sotaque. Guia rápido do dress code moderno: Dica da consultora: Sempre que precisar se vestir para uma ocasião especial, faça a pergunta:“Estou adequada para o momento, mas ainda pareço eu?”Se a resposta for sim, você acertou no equilíbrio entre o dress code e seu estilo.
FASHION PREMIÈRE – Arte, Moda & Cinema
Aconteceu no dia 12 de agosto mais uma edição do Desifle Fashion Première, evento realizado no Cinema Arcoplex do Shopping Royal Plaza pelo Curso de Design de Moda da universidade Franciscana- UFN. Na ocasião, um grande número de convidados prestigiou as duas sessões da mostra, sendo um sucesso de “bilheteria”. O Fashion Première tem o objetivo de proporcionar aos acadêmicos da disciplina de Laboratório de Vestuário II, do 3º semestre do curso de Design de Moda, a experiência prática de unir em um desfile de moda, a produção de looks conceituais ao universo das grandes obras cinematográficas. Cada aluno tem liberdade criativa na escolha do filme inspiracional, trilha sonora, bem como na performance do modelo realizada durante o desfile. A disciplina Laboratório do Vestuário II apresenta as técnicas de costura e domínio de máquinas industriais utilizadas no processo produtivo do vestuário. Para o enriquecimento destas atividades e para propor uma experiência mais significativa aos acadêmicos é produzido um book com a coleção completa de 12 croquis, desses será selecionado o modelo para o desfile. Cabe salientar, que o cinema torna-se o substrato cultural no qual os futuros designers buscam referencial para a criação do look de moda. Este, criado e confeccionado pelo próprio acadêmico e apresentado no desfile “Fashion Première”. Esta vivência proposta aos futuros designers, também tem por objetivo ser a primeira apresentação pública de suas criações e estabelecer um elo entre a Instituição de ensino, a família e o público em geral, colocando o trabalho acadêmico mais próximo da comunidade em que está inserido. O evento está em sua 8ª edição, mas desde de 2023 acontece no formato de um fashion film seguido do desfile dos looks criados. Essa edição contou com um público superior a 300 espectadores entre as duas seções com grande cobertura midiática. Para a realização do desfile, além do apoio institucional, várias parcerias comerciais são firmadas entre os alunos e empresas que acreditam no valor cultural do evento, tanto como patrocinadores como apoiadores. Esse suporte permite a cobertura dos custos no que tange à locação, produção audiovisual, iluminação, sonorização, assim como o make & hair dos modelos. Os preparativos para a próxima edição, em agosto de 2026, já começam agora e prometem trazer inovações no formato do desfile e muitos looks maravilhosos. Agora, é esperar para ver!
Direito de Preferência e Venda de Imóveis: Segurança Jurídica em Perspectiva
Eizzi Benites Melgarejo – OAB/RS 86.686Sócia do escritório Urach, Jensen, Abaide, Melgarejo & Brum Advogados No cotidiano da advocacia voltada ao direito imobiliário, é comum acompanhar de perto as preocupações de proprietários, inquilinos e imobiliárias diante de situações que, embora rotineiras, carregam impactos relevantes para a vida prática e patrimonial das pessoas. Minha experiência junto a esse público mostra que a segurança jurídica, quando aliada à sensibilidade e ao diálogo, é capaz de transformar potenciais conflitos em soluções equilibradas. É justamente nesse ponto que a humanização do direito faz diferença: mais do que aplicar a lei, trata-se de compreender o contexto de cada relação contratual e orientar caminhos claros para todos os envolvidos. A comercialização de imóveis urbanos com contratos de locação vigentes é uma realidade frequente no mercado imobiliário, mas que envolve nuances jurídicas relevantes, merecendo atenção cuidadosa de imobiliárias, proprietários e inquilinos. De início, é importante lembrar que a venda do imóvel não extingue o contrato de locação em vigor, conforme estabelece o artigo 565 do Código Civil. Nessa situação, o comprador assume automaticamente a posição de locador, herdando todos os direitos e obrigações da relação contratual. Essa regra tem como finalidade garantir estabilidade ao inquilino e assegurar a continuidade do contrato. Nesse contexto, o papel das imobiliárias é essencial. Cabe a elas verificar a existência de contrato de locação e analisar suas cláusulas principais em relação aos prazo, valor do aluguel, garantias e, especialmente, eventuais cláusulas de preferência. É igualmente indispensável informar o comprador sobre os direitos do inquilino, sobretudo o direito de preferência na aquisição do imóvel, e orientar o proprietário quanto à necessidade de respeitar o contrato vigente, evitando compromissos de desocupação antecipada que não tenham respaldo formal. O direito de preferência do inquilino, previsto no artigo 27 da Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/1991), garante ao locatário a possibilidade de adquirir o imóvel nas mesmas condições oferecidas a terceiros durante a vigência do contrato. Para que esse direito seja efetivamente exercido, não basta uma comunicação genérica sobre a intenção de venda. É necessário cumprir requisitos formais: notificação por escrito, preferencialmente com comprovação de recebimento, detalhando preço, condições de pagamento e prazo para manifestação. O locatário dispõe, em regra, de 30 dias para responder se deseja ou não exercer a preferência. O silêncio dentro desse prazo equivale à renúncia tácita. O descumprimento desses requisitos pode comprometer a validade da preferência e abrir caminho para questionamentos judiciais que colocam em risco a segurança da negociação. Por exemplo, comunicações vagas ou verbais, que não detalhem as condições de venda, podem ser impugnadas judicialmente pelo inquilino. Em contrapartida, uma notificação formal e completa, seguida de manifestação negativa do locatário, garante plena segurança ao proprietário e ao comprador para prosseguir com a venda. Durante a vigência da locação, o inquilino também tem responsabilidades que impactam diretamente a negociação. Se não exercer o direito de preferência, deve permitir visitas ao imóvel por potenciais compradores, desde que previamente avisado e em horários razoáveis. Além disso, deve conservar o imóvel, realizar reparos decorrentes do uso normal, pagar pontualmente o aluguel e os encargos, respeitar normas contratuais e condominiais, e não sublocar sem autorização. O inadimplemento, além de possibilitar ação de despejo, pode desvalorizar o imóvel e dificultar sua venda. Já o proprietário, embora preserve o direito de vender o bem a qualquer tempo, deve observar os limites impostos pelo contrato e pelos direitos do inquilino. A desocupação imediata não pode ser exigida, salvo nas hipóteses legais de despejo. Ainda assim, nada impede que comprador e locatário negociem, de forma consensual, uma saída antecipada que seja vantajosa a ambos e evite conflitos. Vale destacar, por fim, o impacto positivo da tecnologia nesse cenário. A digitalização de contratos e notificações trouxe mais agilidade e segurança às comunicações, enquanto plataformas de gestão locatícia facilitam o acompanhamento das obrigações contratuais. Em suma, a venda de imóveis com contrato de locação vigente exige diligência, clareza e respeito mútuo. Imobiliárias, proprietários e compradores devem ter plena ciência da continuidade do contrato e das garantias legais envolvidas. É igualmente essencial que imobiliárias, corretores e agentes de locação estejam devidamente preparados e informados, pois seu conhecimento é decisivo para a eficiência da negociação e para a prevenção de conflitos. Nesse cenário, a assessoria jurídica especializada se mostra não apenas bem-vinda, mas indispensável para orientar cada etapa do processo. Em última análise, a legislação que rege a locação e a venda de imóveis existe para ser observada e respeitada, garantindo equilíbrio entre os direitos e deveres de cada parte envolvida. Quando esses limites não são cumpridos, o Judiciário se apresenta como caminho legítimo para a solução do conflito. Ainda assim, é importante destacar que a via judicial nem sempre precisa ser a primeira alternativa. A mediação, a negociação direta e a atuação de um especialista na área podem oferecer resultados mais céleres, eficazes e menos desgastantes. Conciliar a aplicação rigorosa da lei com a construção de acordos justos é, em muitos casos, o caminho mais seguro para preservar relações, proteger patrimônios e evitar litígios prolongados. Afinal, o Direito, quando exercido com técnica e humanidade, não se limita a resolver disputas, mas contribui para estabelecer relações mais transparentes, equilibradas e duradouras.
Feiras Criativas reúnem produtos variados com identidade santa-mariense de empreendedores locais
O Conecta Mercado Criativo é uma Feira Criativa de Santa Maria que celebra a identidade cultural da cidade. A última edição ocorreu em 2 e 3 de agosto, realizado no hall de entrada do Royal Plaza Shopping, a programação contou com visitação gratuita durante todo o final de semana. Foram 13 empresas participantes do evento, expondo e comercializando produtos variados como bolsas de crochê, itens de maternidade, conjuntos de vestuário infantil, arte têxtil, colares, brincos, artigos de decoração, mochilas, nécessaires, além de peças confeccionadas com crochê, tricô, macramê e materiais reutilizados por meio da técnica de upcycling. Agora, a próxima edição retorna juntamente com a Feira do Livro de Santa Maria, com cerca de 40 empreendedoras expondo seus trabalhos entre os dias 30/08 e 06/09. O evento faz parte de uma série de ações do projeto Economia Criativa 2025, uma iniciativa do Sebrae RS e da Prefeitura de Santa Maria. A participação destas valoriza negócios criativos e apresenta ao público uma diversidade de produtos originais e que reforçam a cultura local. A feira faz com que essas empresas possam acessar novos canais de comercialização, contribuindo diretamente para a geração de renda, o fortalecimento do empreendedorismo local e a valorização da produção cultural de forma sustentável e competitiva. Jornada empreendedora Uma dessas 13 empreendedoras foi a Roberta Cordeiro, proprietária da empresa Arte e Costura. Roberta iniciou sua jornada no Projeto de Economia Criativa no início do ano, participando das capacitações em Design e Artesanato: transformação e desenvolvimento. O programa teve como foco mostrar como o design pode ser uma poderosa ferramenta para transformar o artesanato, valorizando os produtos, resgatando a cultura local e inserindo artesãs e artesãos no mercado contemporâneo. A partir destas capacitações, Roberta começou a desenvolver os seus produtos. A empreendedora também participou de workshops sobre como expor em feiras, além de formações em marketing, comunicação e vendas. Como resultado dessa trajetória de aprendizado e aprimoramento, ela participou do evento, e pela primeira vez conseguiu apresentar seu trabalho ao público em uma feira, realizando vendas, recebendo novas encomendas e estabelecendo novos contatos. Roberta conta que foi uma experiência incrível e que superou todas as expectativas: “As consultorias realizadas ao longo desses meses com a Fernanda e o Stefan, assim como a missão à Porto Alegre, foram fundamentais para meu crescimento e preparação. Esse incentivo fez toda a diferença para que eu pudesse mostrar meu trabalho com confiança e alegria”. Sobre o Projeto de Economia Criativa: O projeto tem como objetivo capacitar 84 empreendedores criativos de Santa Maria, fornecendo as ferramentas e conhecimentos necessários para transformar ideias em produtos de valor agregado. As ações buscam transformar a criatividade local em produtos exclusivos e de alta qualidade, promovendo a identidade cultural e iconográfica da cidade. Para isso, o projeto se apoia em três pilares: Desenvolvimento de produtos, por meio de consultorias e workshops para criação de peças que traduzam a identidade cultural local com qualidade e inovação; Estruturação da gestão, a partir do suporte em planejamento financeiro, marketing estratégico, gestão de pessoas e melhoria de processos, fortalecendo a competitividade; e acesso a novos mercados, com a inserção dos produtos em feiras criativas, missões técnicas e plataformas digitais, ampliando visibilidade e alcance. Fotos: Secom PMSM.