Estamos entrando no verão, a estação mais aguardada por muitos, e também a que mais expõe a face real da crise climática. Os últimos relatórios divulgados nesta semana reforçam um cenário que já vínhamos percebendo na prática: o planeta continua aquecendo em ritmo acelerado, e os impactos disso chegam cada vez mais fortes ao nosso cotidiano. A Organização Meteorológica Mundial (WMO) divulgou que 2025 tem tudo para terminar entre os anos mais quentes já registrados. Este dado, por si só, já indicaria atenção. Mas o ponto mais preocupante é o padrão: não se trata de um ano “fora da curva”, e sim de uma tendência consistente de aquecimento global. Essa tendência se manifesta em ondas de calor mais longas, noites que não refrescam, aumento da umidade, um combo que afeta saúde, agricultura, infraestrutura e planejamento urbano. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), o mundo está muito próximo de ultrapassar a marca de +1,5°C acima dos níveis pré-industriais, considerada o “limite seguro” para evitar danos irreversíveis. Ultrapassar esse limiar significa: É um impacto global que se traduz, no Brasil, em realidades muito concretas: enchentes históricas, estiagens severas e verões insuportáveis. Um estudo recente aponta que a Índia está aquecendo mais rápido do que o previsto. Geografias distintas, realidades distintas, mas uma mensagem comum: ninguém está imune ao ritmo atual de aquecimento. Assim como vimos no Rio Grande do Sul, no Amazonas e em Santa Catarina, eventos extremos que antes eram “de 50 em 50 anos” agora chegam em intervalos cada vez menores, exigindo resiliência e adaptação imediatas. Significa que: A crise climática deixou de ser um alerta distante: agora ela se manifesta na temperatura que sentimos, na água que falta ou sobra, no impacto dos ventos, na instabilidade das chuvas. O início do verão marca também um chamado: precisamos olhar para obras, cidades e projetos com a lente da adaptação climática. Não basta mitigar; precisamos preparar nossas estruturas para um clima mais agressivo. Isso envolve: A nova era climática exige responsabilidade técnica, decisões baseadas em evidências e coragem para mudar padrões. Este verão, que chega com dados alarmantes, reforça exatamente isso: o futuro é agora, e nossas escolhas importam.
Ospa comemora 75 anos com programação especial neste fim de semana
Edição: Amanda Borin Foto: Divulgação/Ospa A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre celebra seus 75 anos com dois concertos comemorativos neste sábado (22) e domingo (23), ambos às 17h, na Sala Sinfônica do Complexo Cultural Casa da Ospa. As apresentações destacam repertórios ligados à culturas brasileira e gaúcha e fazem referência ao Dia da Consciência Negra. A regência é do maestro e diretor artístico Manfredo Schmiedt. O público poderá acompanhar o concerto presencialmente, com ingressos entre R$10 e R$50 disponíveis na Sympla, ou de casa, já que a apresentação de domingo terá transmissão ao vivo pelo YouTube. Antes do espetáculo, às 16h, ocorre a palestra Notas de Concerto, conduzida pelo timpanista Douglas Gutjahr – também com transmissão on-line. Além das comemorações no palco, a semana marca a gravação de “A Salamanca do Jarau”, obra do compositor gaúcho Luis Cosme. O registro, feito em parceria com a Academia Brasileira de Música, será disponibilizado posteriormente em plataformas digitais. O que esperar do concerto A abertura fica por conta de “Raízes – Concerto para quarteto de percussão e orquestra”, da compositora Clarice Assad. A peça, criada especialmente para o grupo Martelo, é uma viagem pelas influências que moldam a cultura brasileira – das matrizes africanas aos saberes indígenas e às tradições europeias. A apresentação também será marcante para a própria Ospa: é a primeira vez que a orquestra convida um grupo de percussão como solista. O quarteto Martelo – formado por Danilo Valle, Leonardo Gorosito, Rubén Zúñiga e Camila Cardoso – traz ao palco a mistura entre sonoridades populares, música de concerto e ritmos afro-latinos. Após o intervalo, a orquestra interpreta “A Salamanca do Jarau”, composta em 1935 e inspirada no conto de João Simões Lopes Neto. A obra, já executada diversas vezes pela Ospa ao longo de sua história, retorna ao repertório em nova leitura de Schmiedt. O concerto encerra com Maracatu de Chico-Rei (1933), de Francisco Mignone, que revisita a lenda do rei africano escravizado em Minas Gerais e sua trajetória de libertação. O Coro Sinfônico da Ospa reforça a força dramática da obra, reunindo 72 vozes.
Cinoterapia: quando o afeto de um cão vira remédio para a alma
Por: Camille Moraes Uma vez por semana, o corredor da unidade de saúde mental do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) parece diferente. Há uma expectativa no ar. Alguns pacientes arrumam o cabelo, trocam de roupa, esperam na porta. Não é dia de consulta nem de visita dos familiares – é dia de cinoterapia. É dia de receber o carinho dos cães do Corpo de Bombeiros. O projeto, fruto da parceria entre a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e o Corpo de Bombeiros Militar, transforma um espaço de internação – muitas vezes, marcado pelo silêncio e pela ansiedade – em um ambiente de afeto, risos e troca de olhares. Um sonho que criou raízes Membro do 4º Batalhão de Bombeiros Militar e condutor de cães, o sargento Alex Sandro Teixeira Brum se emociona ao contar como tudo começou: “Sempre via projetos assim surgirem em São Paulo, no Rio… mas, no interior do Rio Grande do Sul, de dois órgãos públicos, isso era um sonho. A professora Daiana colocou estrutura, tronco e, hoje, essa árvore tem galhos. Todo mundo ganha aqui: paciente, bombeiro, profissional de saúde… até o cachorro”, diz. A professora Daiana Siqueira, coordenadora do projeto, do Grupo de Pesquisa Cuidado em Saúde Mental e Formação em Saúde (GPFORESM) e docente do curso de Enfermagem na UFSM, reforça que a cinoterapia vai além de uma simples visita com animais: “Não é só levar o cão para fazer carinho. Há envolvimento dos profissionais de saúde, um olhar terapêutico. A equipe indica quais pacientes precisam de estímulos específicos: sair do leito, socializar, desenvolver coordenação. Tudo é pensado para que seja, de fato, uma terapia”, explica. Os encontros acontecem uma vez por semana na unidade, que possui cerca de 30 leitos. O projeto também envolve alunos da graduação, mestrandos e doutorandos, unindo ensino, pesquisa e extensão. Ciência e cuidado de mãos dadas Pesquisas realizadas pelo grupo coordenado por Daiana já comprovaram benefícios: redução de sintomas de depressão e ansiedade na demência; aumento de neurotransmissores ligados ao bem-estar; diminuição do cortisol, o hormônio do estresse. Os cães – atualmente Sheik, Molly e Max – são preparados com cuidado: banho em pet shop parceiro, acompanhamento do condutor e escolha criteriosa para garantir que estejam confortáveis com a atividade. Para os bombeiros, também há retorno: “A gente atende muitos casos de suicídio e demência nas ruas. Estar aqui dentro, aprender com os profissionais de saúde, nos ajuda a lidar melhor com essas situações depois. O projeto é uma terapia para todos nós”, confessa Brum. Relatos que tocam o coração Os depoimentos dos pacientes mostram, em palavras simples, o tamanho desse impacto. Um jovem de 22 anos fala da cadela Kira como se fosse uma amiga: “A Kira é melhor que gente. Ela me deixa calmo, me faz sorrir de novo.” Já uma paciente de 67 anos descreve com ternura: “Eles dão carinho, dão amor, dão respeito. Quando chego perto deles, beijo, beijo, beijo. Eles merecem o nosso amor. É bom respirar perto deles.” Outra mulher, de 28 anos, se emociona ao falar sobre o último encontro com os cães: “Eles me entendem melhor que os seres humanos. A Kira é uma pessoa especial. Me sinto leve quando estou com ela.” Histórias como essas ajudam a quebrar o estigma sobre saúde mental e mostram que é possível humanizar o cuidado com práticas inovadoras. Mais que terapia, um ato de humanidade Para a professora Daiane, a cinoterapia representa um novo capítulo no cuidado psiquiátrico brasileiro: “Muitas dessas pessoas seriam marginalizadas. Aqui, elas são olhadas, tocadas, ouvidas. A terapia com cães é uma ferramenta de vínculo e esperança.” O sargento Brum completa: “Quando começamos, disseram que esse projeto não duraria dois meses. Hoje, ele é quase uma criança adulta. É resultado da união de instituições diferentes e do trabalho de gente que acredita que vale a pena.” Na unidade Paulo Guedes do HUSM, as terças-feiras já estão marcadas no quadro de atividades: “Cinoterapia”. Um lembrete de que, no encontro entre humanos e cães, não é só a ansiedade que se acalma. É a dignidade que se restaura.
Previdência: nossa luta continua
Desde o início deste ano, tenho me dedicado incansavelmente à defesa dos direitos dos nossos servidores e da nossa comunidade escolar. Ao longo desse percurso, mantive um diálogo constante com professores, diretoras e servidores, ouvindo suas preocupações e buscando soluções que respeitem a todos. O fantasma dessa reforma, que paira desde o começo do ano, causou um impacto profundo na saúde mental dos profissionais, e o desgaste ao longo deste ano de lutas, protestos e resistência não pode ser ignorado. A aprovação da moção de apelo pela retirada dos projetos de reforma da Previdência na sessão plenária de terça-feira, com 15 votos favoráveis e 4 contrários, é uma vitória importante, fruto do nosso esforço coletivo. Porém, é fundamental lembrar que a luta continua. Seguiremos vigilantes, exigindo transparência e respeito às conquistas dos nossos servidores. Não é momento de retirar direitos conquistados com tanta luta. Se houver uma reforma, que seja para avançar nos direitos dos nossos valorosos servidores. Reitero meu compromisso com todos que confiam no nosso trabalho. Juntos, continuaremos defendendo direitos e combatendo retrocessos.
Esforço coletivo pela duplicação da RSC-287
Na manhã da última quarta-feira estive presente em uma importante reunião com o secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, que evidenciou o quanto a duplicação da RSC-287 já havia se tornado uma das pautas mais relevantes para a região central do Rio Grande do Sul. Participaram do encontro vereadores de Santa Maria, prefeitos de municípios da região, o deputado estadual Valdeci Oliveira, representantes do Executivo de Santa Maria, secretários de Estado da região central e, representando o setor empresarial, o presidente da Cacism, Andrei Nunes. A diversidade de lideranças presentes deixou claro que não se tratava de um interesse isolado, mas de um esforço coletivo pelo desenvolvimento regional. Na ocasião, foi entregue ao secretário um documento que reforçava a importância e a urgência da obra. A RSC-287 já não comporta o volume de tráfego que recebe e, exige investimentos imediatos para garantir mais segurança, agilidade no transporte e melhores condições de mobilidade para a população que utiliza a rodovia. Naquele momento, também ficou prevista a realização de um novo encontro com o secretário Capeluppi, marcado para o dia 18 do próximo mês, em Santa Maria. A expectativa é que essa próxima reunião sirva para dar um retorno concreto sobre o documento entregue ao secretário e sobre os encaminhamentos do governo do Estado em relação à obra de duplicação da RSC-287. A mobilização construída até aqui demonstra que, quando há união entre lideranças políticas, gestores públicos e o setor produtivo, as chances de transformar reivindicações históricas em realidade se tornam muito maiores.
Empreendedorismo feminino: força que transforma Santa Maria e o Brasil
Nesta semana, celebramos o Dia do Empreendedorismo Feminino, uma data que carrega muito mais do que homenagens, ela simboliza a coragem, a criatividade e a determinação de milhares de mulheres que fazem a diferença em Santa Maria e em todo o Brasil. Nosso município é um solo fértil para iniciativas comandadas por mulheres. Seja no comércio de bairro, na economia criativa, nos serviços, na liderança de pequenas e médias empresas ou na inovação, as empreendedoras santa-marienses têm mostrado, diariamente, que quando oportunidades e apoio chegam, elas transformam realidades inteiras. É impossível falar de desenvolvimento econômico sem reconhecer o papel fundamental das mulheres que empreendem. Elas geram empregos, movimentam a economia local, sustentam famílias e fortalecem a comunidade. Muitas vezes enfrentando desafios, como o acesso ao crédito, a dupla jornada e a desigualdade de oportunidades, seguem abrindo caminhos e inspirando novas gerações. Por isso, reforço meu compromisso enquanto vereador de Santa Maria: seguir trabalhando por políticas públicas que incentivem o empreendedorismo feminino, ampliem a qualificação profissional, facilitem o acesso a recursos e garantam ambientes seguros e inclusivos para quem deseja empreender. O futuro de Santa Maria passa, sem dúvida, pelas mãos de mulheres que acreditam no seu potencial e fazem dele um instrumento de transformação social. Fort Abraço e até a próxima semana!
A Reforma da Previdência Municipal: o pacote da injustiça e da crueldade contra os servidores e as servidoras de Santa Maria
O conjunto de projetos encaminhados pelo prefeito Rodrigo Décimo — Plano de Custeio, Plano de Benefícios, Emenda à Lei Orgânica e a cartilha oficial — revela um pacote articulado de reforma previdenciária que representa um dos maiores ataques aos direitos dos servidores e servidoras municipais das últimas décadas. Não se trata de ajuste técnico, mas de uma opção política: transferir o peso de erros históricos da gestão pública para quem ganha menos, para quem dedicou a vida inteira ao serviço público e para quem sustenta o funcionamento diário da cidade.A prefeitura tenta construir a narrativa de que vive um “colapso previdenciário” e que, por isso, a reforma seria inevitável. Mas esconde deliberadamente sua responsabilidade histórica pelo déficit, que não surgiu do nada. Os documentos deixam claro: faltaram aportes patronais, concursos, políticas permanentes de valorização e gestão ativa do IPASSP. O governo utiliza um discurso supostamente técnico para fazer política de cortes e austeridade, mirando servidores e servidoras, aposentados e aposentadas e pensionistas, enquanto mantém privilégios e não revisa gastos questionáveis, terceirizações, isenções fiscais e consultorias.
POR QUE CLASSIFICAR A TILÁPIA COMO INVASORA É UM RISCO ECONÔMICO PARA O BRASIL
O Brasil comete um erro grave ao querer incluir a tilápia na Lista Nacional de Espécies Exóticas Invasoras. A decisão ignora a realidade econômica do país e coloca em risco justamente o setor que sustenta a piscicultura brasileira. Hoje, o Brasil é o quarto maior produtor de tilápia do mundo, atrás apenas de China, Indonésia e Egito. Só em 2024 foram produzidas 662,2 mil toneladas, o que significa 68% de todo o peixe cultivado no país. Apesar do Ministério do Meio Ambiente afirmar que a classificação tem caráter técnico e preventivo, a medida abre espaço para restrições futuras, aumento da burocracia e até interpretações por órgãos estaduais e municipais que podem travar licenciamentos e comprometer novos investimentos. Enquanto chama a tilápia de espécie invasora, o governo Lula libera a importação de 700 toneladas do peixe do Vietnã, em operação fechada pela JBS. Uma contradição para quem deveria fortalecer o produtor nacional. No fim, sufoca quem produz aqui e abre as portas para o peixe estrangeiro. Segundo o Anuário PeixeBR 2025, a tilapicultura gera cerca de 3 milhões de empregos diretos e indiretos, movimenta a economia de centenas de municípios, abastece o mercado interno e ainda sustenta exportações de US$ 59 milhões. É uma cadeia que envolve pequenos produtores, frigoríficos, fábricas de ração, transportadores, técnicos e exportadores. Vale lembrar que a produção de tilápia no Brasil ocorre em tanques-rede instalados em reservatórios de usinas hidrelétricas e em viveiros escavados ou elevados. Esses locais são ambientes controlados, com rigoroso monitoramento e licenciamento ambiental, o que torna o risco ambiental mínimo e constantemente acompanhado. Por isso, chamar essa cadeia produtiva de “invasora” é ignorar a realidade e criminalizar quem trabalha de forma legal e responsável. É ameaçar 237 mil propriedades rurais e mais da metade dos piscicultores brasileiros. Não à toa o setor aquícola pede coerência e apoio. Para os produtores, ou o Brasil protege sua cadeia de peixes cultivados (referência em sustentabilidade e qualidade) ou arrisca comprometer um dos setores mais promissores do agronegócio nacional. O Brasil precisa fortalecer sua produção, não enfraquecê-la. Classificar a tilápia como espécie invasora é um ataque silencioso ao agronegócio brasileiro e um golpe duro contra os produtores que sustentam nossa economia.
A IA e as redes sociais estão contribuindo para o declínio cognitivo
Estudos indicam que ferramentas de pesquisa com inteligência artificial, chatbots e redes sociais estão associados a um desempenho cognitivo inferior, conhecido como ‘brain rot’. Em recente estudo, Shiri Melumad, professora da Wharton School, da Universidade da Pensilvânia, deu a um grupo de 250 pessoas uma tarefa simples de redação: compartilhar conselhos com um amigo sobre como levar um estilo de vida mais saudável. Para dar dicas, alguns puderam usar a pesquisa tradicional do Google, enquanto outros puderam contar apenas com resumos de informações gerados automaticamente pela inteligência artificial (IA) do Google. As pessoas que usaram resumos gerados por IA escreveram conselhos genéricos, óbvios e em grande parte inúteis — coma alimentos saudáveis, mantenha-se hidratado e durma bastante! As pessoas que encontraram informações com uma pesquisa tradicional no Google compartilharam conselhos mais sutis sobre como se concentrar nos vários pilares do bem-estar, incluindo saúde física, mental e emocional. O experimento de Melumad, assim como outros estudos acadêmicos publicados até agora sobre os efeitos da IA no cérebro, descobriu que as pessoas que dependem muito de chatbots e ferramentas de pesquisa com IA para tarefas como escrever textos e realizar pesquisas geralmente têm um desempenho pior do que as pessoas que não os utilizam. Estamos diante de uma era da “podridão cerebral”, gíria usada para descrever a deterioração do estado mental causada pelo contato com conteúdo de baixa qualidade na internet. Quando a Oxford University Press, editora do Oxford English Dictionary, elegeu “brain rot” (podridão cerebral) como a palavra do ano em 2024, a definição se referia à como aplicativos de mídia social, como TikTok e Instagram, viciaram as pessoas em vídeos curtos, transformando seus cérebros em mingau. Se a tecnologia torna as pessoas mais burras é uma questão tão antiga quanto a própria tecnologia. Sócrates culpou a invenção da escrita por enfraquecer a memória humana. Os pesquisadores temem que haja cada vez mais evidências de uma forte ligação entre o baixo desempenho cognitivo e a inteligência artificial e as redes sociais. Além de estudos recentes que descobriram uma correlação entre o uso de ferramentas de inteligência artificial e o declínio cognitivo, um novo estudo liderado por pediatras descobriu que o uso das redes sociais estava associado a um desempenho inferior entre crianças que faziam testes de leitura, memória e linguagem. Portanto, talvez a chave para usar a IA de maneira mais saudável, seja tentar ser mais consciente sobre como a utilizamos. Em vez de pedir a um chatbot para fazer toda a pesquisa sobre um tema amplo, diz Melumad, use-o como parte do seu processo de pesquisa para responder a pequenas perguntas, como procurar datas históricas. Mas, para um aprendizado mais profundo sobre um assunto, considere ler um livro ou ir numa biblioteca.
Um Novo Capítulo para a Expofeira: Santa Maria Retoma o Diálogo e Ruma à 50ª Edição.
Santa Maria viveu, ontem, um daqueles momentos que simbolizam não apenas o reencontro de instituições, mas a reafirmação de um compromisso histórico com o desenvolvimento da nossa cidade. Tivemos a primeira reunião da Frente Parlamentar de Retomada da Expofeira, um espaço criado para construir, dialogar e estruturar um novo ciclo para um dos eventos mais tradicionais do nosso município. A reunião aconteceu na Câmara de Vereadores e contou com presenças cuja relevância marca a seriedade deste novo capítulo. Participaram o atual reitor da Universidade Federal de Santa Maria, professor Luciano Schuch, o futuro vice-reitor, professor Tiago Marchesan, além de representantes da Associação Rural de Santa Maria. Reunidos em torno da mesma mesa, com franqueza e espírito colaborativo, todos reafirmaram a importância de reconstruir pontes e alinhar esforços para devolver à Expofeira o protagonismo que ela sempre teve. O encontro foi, acima de tudo, um gesto de reaproximação. Por anos, a Expofeira foi mais do que um evento: foi vitrine da força produtiva local, ponto de encontro entre campo e cidade, palco de inovação e espaço de valorização do agronegócio, da ciência, da cultura e das famílias que constroem Santa Maria. A presença ativa da UFSM e da Associação Rural demonstra que o diálogo institucional não apenas foi retomado, mas voltou fortalecido. Durante a conversa, projetamos conjuntamente o futuro da feira e começamos a preparar o caminho para a sua 50ª edição, um marco histórico que exige grandeza na visão, responsabilidade nas ações e união entre poder público, entidades e sociedade civil. É um reencontro com nossa memória, mas também um passo firme em direção ao que queremos construir para os próximos anos. A nova Expofeira nasce sob o signo da cooperação. Nossa Frente Parlamentar tem o dever de articular, ouvir, sintetizar demandas e gerar resultados concretos. E esse primeiro gesto foi mais do que promissor: abriu horizontes, consolidou parcerias e devolveu confiança a todos que acreditam no potencial econômico, cultural e social da feira. Seguiremos trabalhando, lado a lado, para que em 2026 Santa Maria celebre, com grandeza, a 50ª Expofeira, uma edição que homenageie nosso passado, impulsione nosso presente e prepare um futuro ainda mais próspero para nossa gente. Sérgio CechinVereador de Santa MariaPresidente da Frente Parlamentar de Retomada da Expofeira
