Santa Maria viveu, ontem, um daqueles momentos que simbolizam não apenas o reencontro de instituições, mas a reafirmação de um compromisso histórico com o desenvolvimento da nossa cidade. Tivemos a primeira reunião da Frente Parlamentar de Retomada da Expofeira, um espaço criado para construir, dialogar e estruturar um novo ciclo para um dos eventos mais tradicionais do nosso município. A reunião aconteceu na Câmara de Vereadores e contou com presenças cuja relevância marca a seriedade deste novo capítulo. Participaram o atual reitor da Universidade Federal de Santa Maria, professor Luciano Schuch, o futuro vice-reitor, professor Tiago Marchesan, além de representantes da Associação Rural de Santa Maria. Reunidos em torno da mesma mesa, com franqueza e espírito colaborativo, todos reafirmaram a importância de reconstruir pontes e alinhar esforços para devolver à Expofeira o protagonismo que ela sempre teve. O encontro foi, acima de tudo, um gesto de reaproximação. Por anos, a Expofeira foi mais do que um evento: foi vitrine da força produtiva local, ponto de encontro entre campo e cidade, palco de inovação e espaço de valorização do agronegócio, da ciência, da cultura e das famílias que constroem Santa Maria. A presença ativa da UFSM e da Associação Rural demonstra que o diálogo institucional não apenas foi retomado, mas voltou fortalecido. Durante a conversa, projetamos conjuntamente o futuro da feira e começamos a preparar o caminho para a sua 50ª edição, um marco histórico que exige grandeza na visão, responsabilidade nas ações e união entre poder público, entidades e sociedade civil. É um reencontro com nossa memória, mas também um passo firme em direção ao que queremos construir para os próximos anos. A nova Expofeira nasce sob o signo da cooperação. Nossa Frente Parlamentar tem o dever de articular, ouvir, sintetizar demandas e gerar resultados concretos. E esse primeiro gesto foi mais do que promissor: abriu horizontes, consolidou parcerias e devolveu confiança a todos que acreditam no potencial econômico, cultural e social da feira. Seguiremos trabalhando, lado a lado, para que em 2026 Santa Maria celebre, com grandeza, a 50ª Expofeira, uma edição que homenageie nosso passado, impulsione nosso presente e prepare um futuro ainda mais próspero para nossa gente. Sérgio CechinVereador de Santa MariaPresidente da Frente Parlamentar de Retomada da Expofeira
Depois do propósito, o próximo passo: o que projetamos para fechar o primeiro ano e como preparamos o salto para o segundo
Depois de entender que um mandato precisa ter propósito e que legado se constrói desde o primeiro dia, eu entrei numa fase de virada: o momento de transformar visão em projeção. E agora, chegando ao final do meu primeiro ano de mandato, eu posso dizer com clareza quais são as metas que costuram tudo o que já fizemos até aqui e quais serão os próximos movimentos pra abrir o segundo ano com força máxima. O primeiro ano foi de construção. Construção de processos, de relações, de presença na rua, de articulação dentro e fora da Câmara. Foi o período em que eu e minha equipe entendemos profundamente o mapa vivo da cidade: onde dói, onde trava, onde evolui e onde precisa ser empurrado com mais coragem. Mas final de ano não é só momento de balanço é momento de decisão estratégica. E por isso, entre as projeções que eu estabeleci para fechar esse primeiro ciclo, três se tornaram centrais: 1. Consolidar entregas estruturais, não apenas pontuais. Encerrar o ano mostrando que nosso mandato não gira em torno de apagar incêndios, mas de criar padrões de resposta, rotinas e projetos que deixam a cidade mais eficiente. Cada pedido de providência bem resolvido abre caminho para soluções permanentes e é isso que quero deixar marcado. 2. Fortalecer ainda mais as conexões externas. Este ano eu vivi, na prática, o valor de estar onde as portas se abrem: Ministérios, gabinetes federais, encontros técnicos. Agora, no fechamento do ciclo, quero transformar essas conexões em resultados concretos: mais emendas, mais projetos e mais oportunidades para Santa Maria. 3. Estruturar o planejamento estratégico do gabinete para o segundo ano. O segundo ano é onde a engrenagem começa a rodar mais solta. Onde a experiência vira método e o método vira entrega. Por isso, a meta para o final do primeiro ano é ter claro: – quais áreas serão prioridade; – quais projetos estruturantes vão avançar; – e quais narrativas precisam ser fortalecidas na cidade. E é aí que inicia o próximo capítulo. Porque o segundo ano de mandato não é continuação é expansão. É quando o vereador amadurece de fato. É quando as pessoas deixam de perguntar “quem é ele?” e passam a dizer “ele já mostrou pra que veio”. O meu compromisso é começar o próximo ano de forma ainda mais estratégica, mais presente e mais conectado com o que a cidade precisa e, principalmente, com o que ela ainda nem sabe que pode ser. Se o primeiro ano foi o alicerce, o segundo será a construção à vista. E cada passo dado até aqui não foi por acaso: foi preparação. Agora é hora de transformar planejamento em impacto, propósito em legado e presença em resultado.
Dois projetos aprovados: do esporte à pesquisa científica — tá tudo acontecendo!
Não é novidade para a comunidade santamariense que nosso mandato trabalha junto à comunidade. Grande parte dos nossos projetos nasceu de conversas e trocas realizadas nas ruas, em reuniões, palestras, eventos e até mesmo por mensagens recebidas nas redes sociais. Desde o início, colocamos o gabinete à disposição da população e os resultados não poderiam ser melhores. Iniciamos a semana com uma conquista importante: a aprovação do Dia do Atletismo, a ser celebrado em 9 de outubro. A proposta busca reconhecer e valorizar o trabalho de atletas, técnicos e demais profissionais envolvidos na área, além de ampliar as oportunidades para a prática das diversas modalidades do atletismo do nível escolar ao universitário, fortalecendo o esporte como instrumento de desenvolvimento humano, inclusão social e promoção da saúde. Na terça-feira (11), realizamos um verdadeiro sonho: a 1ª edição da COP Região Central RS, um evento com objetivo de promover um debate municipal sobre mudanças climáticas, reunindo vereadores, pesquisadoras e pesquisadores da UFSM e a comunidade. Com cerca de duas horas e meia de duração, o encontro se consolidou como um espaço potente de diálogo e aprendizado. Durante a sessão, a professora Dra. Francielle Benini Agne Tybusch, integrante do Grupo de Pesquisa em Direito da Sociobiodiversidade (GPDS/UFSM) e autora do livro “Vidas Deslocadas: O caso Mariana-MG como modelo de aplicação para o direito dos desastres”, destacou a necessidade de desenvolver políticas públicas voltadas à prevenção e à proteção de comunidades em áreas de risco e grupos socialmente vulneráveis. Ela lembrou que a crise climática também é uma questão de gênero, raça e classe e que, embora todos sejam afetados por desastres ambientais, alguns grupos sofrem impactos muito mais intensos, como ficou evidente nas enchentes de maio de 2024. A professora Dra. Nathalie Tissot Boiaski, coordenadora do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Mudanças Climáticas da UFSM e pesquisadora sobre variabilidade climática, eventos extremos e impactos regionais das mudanças globais, explicou as causas do aumento da frequência e da intensidade dos desastres ambientais. Segundo ela, fatores como o aquecimento global, o desmatamento e a poluição dos oceanos estão entre os principais responsáveis pelas transformações que afetam, de forma cada vez mais direta, a vida das pessoas. E nosso evento não ficou apenas no discurso. Como resultado da noite, apresentamos uma Carta de Compromisso, elaborada e defendida por mim. No documento, a Câmara se compromete a: revisar o Plano Diretor de Desenvolvimento Territorial, assegurando a proteção das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e evitando novas ocupações em áreas de risco; destinar emendas parlamentares e priorizar recursos para obras de drenagem, contenção e infraestrutura verde, com foco nas comunidades mais vulneráveis e incentivar a criação de um Conselho Municipal de Risco e Resiliência, com participação popular e científica. No mesmo espírito de valorização da educação e do conhecimento, aprovamos também a lei que institui o Dia do Pesquisador Científico, a ser celebrado anualmente em 8 de julho. A data representa muito mais que uma homenagem: é um reconhecimento da identidade de Santa Maria como um dos maiores polos universitários do Brasil. Ao celebrar o pesquisador científico, celebramos também o esforço de professores, estudantes e profissionais que dedicam suas vidas à produção de conhecimento. Santa Maria pulsa conhecimento, pulsa ciência, pulsa inovação.
A reforma da Previdência municipal e a retórica do “cenário de terra arrasada”
Como não poderia ser diferente, a reforma da Previdência tem sido o tema central das últimas sessões plenárias na Câmara de Vereadores de Santa Maria. O assunto mobiliza servidores e servidoras preocupados com seu futuro e com a situação crítica enfrentada pelo IPASP. Entidades como o SINPROSM, o Movimento Municipários em Luta de Santa Maria e o Municipários Santa Maria vêm ocupando as galerias do plenário, manifestando-se de forma firme contra a proposta enviada pelo Executivo municipal. O projeto de reforma apresentado pelo prefeito Rodrigo Decimo tem apresentado o discurso de que se trata de uma medida “necessária” para garantir o pagamento das aposentadorias e a continuidade dos serviços públicos. Em entrevista recente, o prefeito afirmou: “Sem uma reforma, não há como garantir o pagamento das aposentadorias e o funcionamento dos serviços públicos.” Ao mesmo tempo, as redes oficiais da prefeitura têm sido utilizadas para difundir a ideia de um verdadeiro cenário de “terra arrasada”, como se o município estivesse à beira do colapso financeiro. No entanto, essa narrativa soa, no mínimo, contraditória. Até pouco tempo atrás, esse mesmo discurso não existia. Santa Maria era apresentada como de gestão municipal, com contas equilibradas e investimentos em andamento. Foi apenas após a posse do atual prefeito que, de repente, a realidade se transformou em uma crise de grandes proporções? A verdade é que a situação da previdência municipal não é novidade. Há tempos a oposição vinha alertando sobre os riscos e a necessidade de um debate sério e transparente sobre o tema. Infelizmente, na gestão anterior , da qual parte do atual prefeito era o vice , esses alertas foram ignorados. Agora, sob a justificativa de “responsabilidade fiscal”, tenta-se empurrar uma reforma que impõe mais sacrifícios aos servidores, exigindo alíquotas mais altas e mais tempo de trabalho para garantir o direito à aposentadoria. O que se vê, portanto, é uma tentativa de transformar a responsabilidade coletiva em um problema que recai exclusivamente sobre os servidores e servidoras municipais. Enquanto o governo busca convencer a população de que a reforma é inevitável, quem está na ponta sabe o peso real dessa proposta. Por isso, reafirmo meu compromisso com todos os servidores e servidoras do nosso município. Sou contra essa Reforma da Maldade que o Executivo tenta aprovar a qualquer custo. É hora de fortalecer a mobilização e a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e da valorização do serviço público em Santa Maria.
Convite para a semana do empreendedorismo feminino
Neste mês de novembro, Santa Maria realizará mais uma edição do evento da Semana Municipal do Empreendedorismo Feminino. Com muita alegria anuncio esse encontro que realizaremos no dia 19 de novembro, na Semana do Empreendedorismo Feminino, data inserida oficialmente no calendário municipal graças à importante iniciativa da ex-vereadora Anita Costa Beber. Após a recente aprovação do meu Projeto de Lei nº 7.037/2025, que institui o Programa Municipal Elas Empreendem Santa Maria, chegamos a um novo patamar de política pública voltada para as mulheres empreendedoras no nosso município. Este programa é fruto de uma construção coletiva, com base em ideias de igualdade, sororidade e economia solidária. Ele busca garantir — por meio de ações concretas — acesso à capacitação técnica, crédito, incentivos fiscais, e sobretudo, autonomia financeira às mulheres que desejam empreender, especialmente mães-solo e mulheres em situação de vulnerabilidade ou violência doméstica. Não se trata apenas de estímulo econômico. É política de emancipação. É sobre garantir às mulheres a possibilidade de construir seu próprio futuro com dignidade, liberdade e protagonismo. E este é o espírito do evento que estamos organizando com muito carinho. No dia 19/11, na Câmara Municipal de Vereadores e Vereadoras, teremos uma programação vibrante, colorida e repleta de inspiração. A partir das 10h, Santa Maria será tomada pela Exposição de Produtos de Empreendedoras Locais, um espaço para mostrar a força econômica das mulheres da cidade. Às 14h, faremos a Abertura Oficial e a Apresentação do Programa Elas Empreendem Santa Maria, celebrando mais essa conquista coletiva. Logo depois, às 14h30, teremos um dos momentos mais aguardados do dia: o Painel com Empreendedoras, com a participação de mulheres incríveis que têm feito diferença em seus segmentos — Elis Rodrigues, no painel Gestão e Finanças para Pequenos Negócios, Aline Stangherlin, no painel Marketing Digital e Redes Sociais, e Paola Matos, no painel Empreendedorismo Social e Sustentável. Fechamos a tarde com um Coffee Break e momento de networking, às 17h, porque sabemos que quando mulheres se encontram, ideias florescem. O evento é uma oportunidade para discutir o papel das políticas públicas de incentivo ao empreendedorismo feminino dentro de um modelo econômico mais justo e plural. Em tempos em que ainda precisamos lutar para garantir equidade de oportunidades e valorização do trabalho das mulheres, estamos provando que a transformação social começa no território e nas práticas concretas de solidariedade. O Programa Elas Empreendem Santa Maria é uma convocação para toda a sociedade pensar o desenvolvimento sob uma ótica feminista, participativa e comunitária. Que cada produto exposto, cada conversa, cada ideia, cada parceria firmada nessa semana, seja mais um tijolo nesse grande movimento de transformação. Porque quando elas empreendem, toda Santa Maria se fortalece. E seguimos firmes — com coragem para lutar!
João Chagas Leite: o músico gigante, o avô amoroso e o amigo leal
A música nativista perdeu uma de suas vozes mais marcantes. João Chagas Leite foi muito mais que um cantor e compositor: foi um símbolo de autenticidade, de ternura e de fidelidade ao chão gaúcho. Sua trajetória, marcada por mais de cinco décadas de dedicação, ajudou a moldar a identidade cultural do Rio Grande do Sul. Autor de mais de 300 composições, João imortalizou canções como “Desassossegos”, “Penas”, “Pampa e Querência”, “Ave Sonora” e “Por Quem Cantam os Cardeais”. Conquistou 13 primeiros lugares em festivais nativistas, foi bicampeão consecutivo da Tertúlia Musical Nativista de Santa Maria e homenageado em diferentes municípios, sempre reconhecido como um dos grandes nomes da música regional. Mas além do artista consagrado, havia o homem generoso, de riso fácil e alma doce, que enxergava a música como ponte entre as pessoas. Quem conviveu com ele sabe que a sua presença enchia o ambiente — fosse no palco, numa roda de prosa ou em família. Tive a honra de conviver de perto com esse João sensível e humano. E é impossível falar sobre sua ausência sem lembrar o quanto ele foi um avô amoroso para a minha filha, Valentina. Entre uma cantiga e outra, entre festivais e viagens, ele sempre encontrava tempo para estar presente, com a ternura e o cuidado que só os grandes homens sabem ter. A música, para ele, também era um gesto de amor — e esse amor agora segue vivo no olhar da Valentina, que carrega o brilho e o canto do avô no coração. Em junho de 2024, tive a alegria de indicar seu nome para receber a Medalha Coração do Rio Grande, a maior honraria do Parlamento santa-mariense, aprovada por unanimidade. Naquela sessão solene, ele estava sereno e sorridente — talvez sem imaginar que aquela seria uma de suas últimas homenagens em vida, mas ciente do carinho e do reconhecimento que o povo de Santa Maria e do Rio Grande do Sul lhe devotavam. João Chagas Leite nos deixa a herança de um talento imenso, de uma humanidade que atravessa gerações e de uma obra que permanece como patrimônio afetivo e cultural do nosso povo. Que sigamos ouvindo sua voz como quem escuta o vento nas coxilhas — lembrando que artistas como ele não se despedem, apenas mudam de lugar. João Chagas Leite, Presente!
Dia Mundial da Diabetes 2025: cuidar é um ato coletivo
O Dia Mundial da Diabetes, celebrado em 14 de novembro, é uma data instituída pela OrganizaçãoMundial da Saúde (OMS) e pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) para alertar sobre aimportância da prevenção, diagnóstico precoce e manejo adequado do diabetes. A data homenageiao cientista Frederick Banting, que em 1921 descobriu a insulina, salvando milhões de vidas em todoo mundo. Em 2025, o tema da campanha global é “Diabetes e bem-estar no trabalho” — um chamado paraque empresas, gestores públicos e trabalhadores se unam na construção de ambientes maissaudáveis e acolhedores para quem convive com a doença. O objetivo é reduzir o estigma, ampliar oacesso à informação e valorizar o cuidado com a saúde em todas as fases da vida. Como pessoa com diabetes e representante público, sei que o dia a dia de quem convive com essacondição exige disciplina, apoio e empatia. É possível viver bem com diabetes, mas isso depende depolíticas públicas que facilitem o acesso a medicamentos, exames e acompanhamento profissional,além de locais de trabalho preparados para acolher quem precisa monitorar a glicemia ou aplicarinsulina. De acordo com a OMS, o número de pessoas com diabetes cresce em ritmo preocupante. NasAméricas, já são mais de 100 milhões de adultos diagnosticados — e muitos ainda não sabem quetêm a doença. No Brasil, estima-se que um a cada dez brasileiros viva com diabetes. Essa realidadereforça a necessidade de investir em educação em saúde, alimentação saudável e atividades físicasacessíveis. A informação é a ferramenta mais poderosa contra o diabetes. Campanhas educativas nas escolas,nas comunidades e nos locais de trabalho ajudam a detectar precocemente os casos e evitamcomplicações. Além disso, hábitos como alimentação equilibrada, controle do peso, atividade físicaregular e consultas médicas periódicas podem reduzir drasticamente o risco da doença. No ambiente de trabalho, é essencial promover condições justas e respeitosas para os colaboradorescom diabetes — como pausas para alimentação e monitoramento, acesso a locais adequados paraaplicação de insulina e campanhas internas de conscientização. O bem-estar coletivo começa comempatia e com o reconhecimento das necessidades de cada pessoa. Como legislador, reafirmo meu compromisso de defender políticas públicas que garantamtratamento digno e gratuito para quem tem diabetes, além de fortalecer programas de prevenção esuporte psicológico. Cuidar da saúde é um dever coletivo — e um ato de amor com o próximo econsigo mesmo. Neste 14 de novembro, convido todos a refletirem sobre o papel de cada um na luta contra odiabetes. A informação salva vidas, e a união transforma realidades. Vamos juntos fazer do DiaMundial da Diabetes 2025 um marco de conscientização, respeito e esperança.
O sabor que colore a agricultura familiar
Por: Samara Debiasi No coração do Rio Grande do Sul, Agudo se destaca por um cultivo que vai muito além da produção agrícola: os morangos da região são frutos de tradição, dedicação e paixão pela terra. Pequenos, vermelhos e perfumados, conquistam consumidores pelo sabor adocicado, aroma marcante e textura firme, que derrete na boca. Cada fruto carrega o cuidado de famílias que, geração após geração, aprendem a respeitar o ritmo da natureza e a investir atenção em cada etapa do cultivo. O clima ameno, os solos férteis e bem drenados e a atenção minuciosa dos produtores garantem morangos suculentos e uniformes, capazes de competir com grandes produções comerciais sem perder o toque artesanal. A escolha das mudas, o manejo das plantas, a irrigação e a colheita manual exigem experiência, paciência e sensibilidade, transformando o cultivo em uma verdadeira arte. O cuidado em cada detalhe Em Agudo, a produção de morangos tem mais de quatro décadas de história e faz parte das cinco principais atividades agrícolas do município. Na beira da BR, muitos consumidores já se acostumaram a encontrar bancas cheias de frutas frescas, tradição que reforça a fama de Agudo como a “terra do morango”. Segundo a extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Kamila Santos, a aparência e o sabor são fatores decisivos. “O morango é um fruto muito visual. O consumidor compra pela cor intensa, pelo brilho e pelo tamanho, mas também busca doçura e frescor. Por isso, os produtores daqui têm um cuidado redobrado em cada etapa”, explica. Esse cuidado envolve também práticas sustentáveis. Muitos agricultores já apostam em sistemas protegidos, que permitem maior controle sobre pragas e doenças, além do uso crescente de insumos biológicos e orgânicos. “Nos últimos anos, trabalhamos muito com alternativas mais limpas, como produtos de base ecológica e até homeopatia. Isso agrega valor ao fruto e garante segurança ao consumidor”, completa Kamila. Mesmo os morangos que não atingem o padrão estético ideal ganham aproveitamento, eles são congelados e vendidos em outra forma, evitando perdas e diversificando a renda das famílias. A produtora Rosane Kullmann, que cultiva morangos há 20 anos no município, confirma que a produção e a comercialização seguem em alta e se renovam a cada geração. “Aqui a tradição vem de família e continua crescendo. Nos últimos anos, inclusive, ampliamos nossa produção e investimos em estufas. Hoje, cultivamos cerca de 4.500 plantas.” Identidade, desafios e futuro Mais do que renda, o morango é identidade cultural de Agudo. A Festa do Moranguinho e da Cuca celebra a colheita e atrai visitantes da região, fortalecendo o turismo e ampliando a visibilidade dos produtores. “Todo mundo que fala em Agudo lembra do morango. Ele é um produto que nos identifica e que ajuda a movimentar não só a economia, mas também a cultura do município”, reforça Kamila. Apesar da força, os desafios são constantes. A umidade excessiva retarda o amadurecimento e favorece doenças como o mofo, enquanto pragas exigem controle preventivo. Mesmo assim, a demanda mantém a produção valorizada. Em determinados períodos, como a recente “febre do morango do amor”, caixas chegaram a ser vendidas por até R$ 80 em Santa Maria. O futuro aponta para expansão. Embora a presença de jovens ainda seja tímida, a atividade tem atraído famílias interessadas em diversificar a produção. Sistemas mais modernos, como o cultivo protegido em calhas, ampliam a produtividade e reforçam o caráter inovador da agricultura familiar. Além disso, rotas turísticas já incluem propriedades produtoras de morango como pontos de visitação. “Apesar de todo o cuidado necessário para a produção, a gente ama o que faz. E eu garanto, quem começa a plantar morango se apaixona, o morango é realmente apaixonante.” afirma Rosane.
Potência que inspira estilo de vida
Na Marr Sul Powersports, a liberdade é o principal combustível Por: Amanda Borin Entre o barulho dos motores e o brilho das máquinas, a Marr Sul Powersports expande o conceito de viver com intensidade – seja nas trilhas, na água ou no campo. Mais do que uma concessionária, a empresa se posiciona como um ponto de encontro entre quem busca adrenalina e qualidade de vida ao ar livre, com conforto e segurança. Há 13 anos de mercado, a Marr Sul consolidou-se como uma das principais concessionárias oficiais BRP no Brasil. Com unidades em diferentes cidades do Rio Grande do Sul, a empresa atende todo o território gaúcho – e agora celebra a chegada em Santa Maria. A inauguração da nova unidade responde a uma demanda crescente por esse tipo de serviço no centro do estado, conectando o coração do Rio Grande do Sul a um universo de velocidade e tecnologia. Com um portfólio que reúne marcas como Can-Am e Sea-Doo, a Marr Sul é referência em veículos de alto desempenho, desde quadriciclos e UTVs até motos aquáticas e pontoons. São produtos com tecnologia de ponta, feitos tanto para quem busca aventura e lazer – em trilhas, praias e represas – quanto para quem procura eficiência no trabalho rural, para enfrentar qualquer terreno. Ao longo da sua trajetória, a empresa já comercializou mais de 4 mil unidades BRP em todo o estado, destacando-se como uma das cinco maiores revendas nacionais. Além do seu catálogo completo, a empresa aposta em um atendimento próximo e individual. O contato começa muito antes da compra, com consultoria especializada e orientação sobre o tipo de veículo ideal. Com um olhar apurado para entender o perfil e propósito de uso para cada cliente, o momento da compra é certeiro. A atenção ao detalhe segue até o pós-venda: a Marr Sul conta com uma equipe especializada, com treinamento técnico pela fábrica. Assim, combinado a um moderno parque técnico – com ferramentas e equipamentos originais -, garante-se a manutenção adequada do veículo, assegurando o máximo de desempenho, economia e durabilidade. Para a empresa, cada entrega é o início de uma relação de longo prazo que se constrói com credibilidade, cuidado e paixão pelo que se faz. Aventura ao ar livre em alta Mais que uma loja, a Marr Sul representa uma cultura. A empresa se conecta a uma mudança de mentalidade que tomou conta do país: a valorização de momentos de prazer, contato com a natureza e tempo de qualidade. A pandemia acelerou o desejo por atividades ao ar livre e experiências autênticas, fazendo crescer comunidades de trilheiros, pilotos e praticantes de esportes aquáticos. O que antes era hobby de nicho, hoje se consolida como modo de vida. É nesse cenário que o empreendimento encontra seu espaço: cada veículo vendido representa a possibilidade de desconexão da rotina e reconexão com o essencial, possibilitando que seus clientes vivenciem experiências marcantes. Essa filosofia também se traduz em eventos e expedições que a empresa promove. Reunindo grupos de entusiastas, são organizados dias de lazer, passeios e participações em feiras que incentivam o turismo regional e consolidam a comunidade de apaixonados por movimento. Cada momento com a Marr Sul Powersports é um convite para sentir o vento no rosto entregar-se à aventura.
Santa Maria: uma cidade de fé e oportunidades – A Romaria da Medianeira como motor do desenvolvimento local
Antes de a 1ª Romaria Estadual da Medianeira ser realizada em 1943, a população santa-mariense já trilhava caminhos de fé e devoção em honra a Nossa Senhora. Com a criação da Diocese de Santa Maria, em outubro de 1910, o município passou a receber diversos fráteres, padres e outras autoridades religiosas, entre eles, o padre Ignácio Rafael Valle. Assim como muitos brasileiros, Valle encontrou na fé uma resposta para situações difíceis. Após enfrentar uma grave doença ainda na juventude, ele fez uma promessa para Nossa Senhora Medianeira, iniciando uma trajetória de devoção e conquistas. Com a missão de atuar como professor e coordenador estudantil no Seminário São José, Valle chegou em Santa Maria em fevereiro de 1928, aos 26 anos. Um ano depois, a Diocese de Santa Maria recebeu o primeiro sinal no processo de reconhecimento a Medianeira de Todas as Graças: o Papa Pio XI concedeu autorização para a instituição realizar a Festa de Nossa Senhora Medianeira, com missa própria. Com a fé em Nossa Senhora Medianeira pulsando cada vez mais forte nos corações, um pedido de proteção ao município em 5 de setembro de 1930 daria início a uma das tradições mais bonitas e que se mantém até hoje. Organizada pelas oligarquias de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, a revolução de 1930 ficou conhecida como uma revolta armada contra o governo vigente e que culminou na posse do gaúcho Getúlio Vargas como presidente do Brasil. Ciente da ameaça que a revolução representava para Santa Maria, um grupo de mulheres organizou uma caminhada para pedir proteção à Mãe Medianeira. Cerca de 30 pessoas participaram do ato. Nove dias depois, ocorreu a 1ª Romaria Diocesana, na qual cerca de mil fiéis fizeram a procissão. Ontem, vivenciamos a apoteose da 82ª Romaria Estadual, um evento que demonstrou a força e a resiliência do nosso povo. Com o tema “Sob o olhar da Medianeira, peregrinos de esperança”, em sintonia com o momento de reflexão da Igreja, a edição deste ano foi um marco de organização e fé. Cerca de 250 mil fiéis uniram-se na histórica caminhada de fé, percorrendo os 3 quilômetros que separam a Catedral Metropolitana do Santuário Basílica de Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças. Este volume de pessoas não apenas eleva o espírito da cidade, mas também impulsiona um ciclo virtuoso na nossa economia. Nesse ano, como inovação e zelo pelo bem-estar do cidadão e do visitante, a Arquidiocese e o Poder Executivo Municipal tomaram a iniciativa de antecipar a procissão principal para às 7h30min. Esta medida, pensada para mitigar o calor e preservar a saúde dos romeiros, é um claro exemplo de que a gestão pública deve ser proativa e humana. A Romaria deste ano também evidenciou a necessidade de investimentos contínuos. A revitalização do Parque da Medianeira, com melhorias no paisagismo e estrutura de apoio, como a ampliação da livraria e o novo layout da Alameda, é crucial. A Romaria não é um evento isolado; é o pilar que sustenta e projeta o Turismo Religioso em Santa Maria. Em nossa atuação como vereadores, temos o papel de fiscalizar o Poder Executivo e de propor leis que incentivem e organizem este setor estratégico. O fluxo de visitantes que a Romaria gera — ocupando nossa rede hoteleira, movimentando o comércio local e gerando emprego e renda — é a prova cabal de que a fé move a economia. Santa Maria é, e deve ser cada vez mais, a “Cidade Peregrina”. Além da Medianeira, contamos com outros potenciais que merecem nossa atenção e investimento, como a devoção crescente ao Venerável Diácono João Luiz Pozzobon. É nosso dever, como representantes do povo, viabilizar a infraestrutura (acessos, sinalização, segurança) necessária para que o turista de fé se sinta acolhido e motivado a retornar. A Romaria é a nossa maior manifestação de fé, e o Turismo Religioso é o futuro que estamos construindo para o desenvolvimento sustentável do nosso município.
