O prefeito Rodrigo Decimo (PSD) apresentou, nesta segunda-feira (3), o projeto de Reforma da Previdência dos servidores municipais, acompanhado do procurador-geral do Município, Guilherme Cortez. A proposta, elaborada com apoio técnico do Instituto Gamma de Assessoria a Órgãos Públicos (IGAM), foi detalhada em coletiva de imprensa no Gabinete do Prefeito e, logo após, protocolada na Câmara de Vereadores. O tema, que já nasce polêmico, promete mobilizar o funcionalismo e colocar à prova a capacidade de articulação política do governo. A reforma segue a linha das mudanças feitas pela União, pelo Estado e por outros municípios gaúchos. Entre as principais alterações estão o aumento progressivo das alíquotas de contribuição, que variam de 14% a 21,5% conforme a faixa salarial, e a elevação da idade mínima para aposentadoria, que passará a ser de 65 anos para homens e 62 para mulheres, com exceções específicas para professores. A contribuição patronal, feita pela Prefeitura, também deve subir de 23% para 28%, numa tentativa de equilibrar as contas do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). O argumento do Executivo é de que o sistema atual está à beira do colapso. Hoje, a Prefeitura precisa destinar cerca de R$ 15 milhões por mês, ou R$ 180 milhões por ano, para manter o regime. Em 2025, o valor deve aumentar em R$ 35 milhões, chegando a R$ 215 milhões, considerando o aporte extra para garantir o pagamento de aposentadorias e pensões. O governo sustenta que o déficit previdenciário ameaça as finanças municipais e impede avanços em áreas essenciais, como educação, saúde e infraestrutura. Mas se o desafio técnico é grande, o político é ainda maior. A proposta é vista como um teste de fogo para o Executivo, tanto pela urgência de resolver o problema quanto pela impopularidade da medida. O governo Decimo terá seu maior embate na Câmara de Vereadores e, mais precisamente, dentro da própria base aliada, que será chamada a defender um projeto sensível diante da pressão do funcionalismo. As entidades que representam o funcionalismo, o Sindicato dos Professores Municipais (Sinprosm) e o Sindicato dos Municipários de Santa Maria, já se posicionaram contra a proposta e prometem intensificar a pressão sobre os vereadores. O projeto foi protocolado ontem no Legislativo e agora segue o trâmite regimental. Após a análise técnica da Procuradoria da Câmara, será encaminhado ao plenário para a criação de uma comissão especial, formada por três vereadores, responsável por examinar o conteúdo, promover audiências públicas e sugerir eventuais alterações. Somente depois de cumpridas essas etapas é que a matéria será levada à votação final em plenário. Enquanto o Executivo defende a necessidade de “ajustes para garantir o futuro do sistema”, como frisou o prefeito, o clima que se desenha é de forte resistência. E, no tabuleiro político de Santa Maria, a Reforma da Previdência tende a ser um divisor de águas. Se em Santa Maria o debate gira em torno da sustentabilidade do regime previdenciário, em Cacequi o problema financeiro já chegou ao limite. A Prefeitura anunciou, nesta segunda-feira (3), a suspensão do atendimento ao público no Gabinete do Prefeito por 15 dias. A decisão, assinada pelo prefeito em exercício, Edson Luiz Lima Fragoso (Republicanos), foi comunicada pelas redes oficiais do Executivo. O decreto cita uma “calamitosa situação econômica, financeira e institucional” e estabelece situação de emergência financeira, além da criação de um comitê de crise para buscar soluções que garantam o pagamento de obrigações legais e a manutenção dos serviços essenciais. Durante o período de suspensão, o atendimento ao público será restrito, enquanto o grupo trabalha para reequilibrar as contas. A medida, embora extrema, expõe um quadro que se repete em várias cidades gaúchas. Com queda de arrecadação, aumento de despesas e pressão sobre a folha, o desequilíbrio orçamentário já não é apenas uma ameaça, é uma realidade que começa a comprometer o funcionamento das administrações municipais. A duplicação da RSC-287 voltou ao centro das discussões em Santa Maria. Na tarde desta segunda-feira (3), o prefeito Rodrigo Decimo reuniu lideranças políticas e empresariais na sede da Cacism para tratar da possibilidade de antecipar as obras no trecho que corta o município. O encontro foi resultado da agenda da última semana na Secretaria Estadual da Reconstrução Gaúcha. Além da duplicação, estiveram em pauta a isenção de pedágio para os moradores dos distritos de Palma e Arroio do Só e o acompanhamento das obras de reconstrução da ponte sobre o Arroio Grande. As instituições participantes ficaram responsáveis por encaminhar à Cacism relatórios técnicos e estudos já elaborados, que subsidiarão um documento coletivo a ser apresentado no dia 19 de novembro à Secretaria da Reconstrução. A proposta é demonstrar, com base em dados concretos, o impacto econômico e logístico que a antecipação da duplicação traria à região. Os materiais devem ser enviados até sexta-feira (7), e uma nova reunião do grupo foi marcada para o dia 11 deste mês. Um dia depois de se reunir com o presidente do PSD Nacional, Gilberto Kassab, em São Paulo, o governador Eduardo Leite (PSD) voltou a admitir a possibilidade de disputar a Presidência da República em 2026. Em entrevista à Rádio Gaúcha, ele citou a frase de Tancredo Neves “Presidência é destino” e reafirmou estar à disposição para construir uma candidatura de centro, alternativa ao lulismo e ao bolsonarismo. A chance de Leite ser o nome da centro-direita ao Planalto, antes considerada remota, ganhou força nos últimos dias. A mudança ocorreu após a informação de que o comunicador Ratinho teria dito a interlocutores do presidente Lula (PT) que o filho, Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná, não será candidato. No PSD, Leite ocupa a terceira posição na “fila presidencial”. À frente dele estão Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, e o próprio Ratinho Júnior, que ingressou no partido antes do gaúcho. Com o paranaense fora do páreo, o governador do Rio Grande do Sul passa a ser visto como uma opção viável para representar o campo moderado. Na entrevista, Leite afirmou que “faz política com sentido de missão” e destacou que o PSD oferece melhores
Novembro Azul — Um Chamado à Consciência e ao Cuidado com a Vida
Novembro é o mês em que o mundo se veste de azul para lembrar algo essencial: a importância da prevenção e do cuidado com a saúde do homem. O movimento Novembro Azul, criado na Austrália em 2003 e adotado em diversos países, busca conscientizar sobre o câncer de próstata e outras doenças que afetam o público masculino, muitas vezes negligenciadas por falta de informação, vergonha ou descuido com o próprio corpo. Mais do que uma campanha de saúde, o Novembro Azul é um apelo à responsabilidade com a própria vida. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Estima-se que mais de 70 mil novos casos sejam diagnosticados anualmente, e o mais preocupante é que muitos deles poderiam ser evitados ou tratados com sucesso se detectados precocemente. O grande desafio, entretanto, está no preconceito. Ainda é comum que muitos homens evitem procurar um médico ou realizar o exame preventivo por receio ou desinformação. Esse comportamento precisa ser transformado, e a conscientização é o primeiro passo. Cuidar da saúde não é sinal de fraqueza, é um gesto de amor à vida, à família e a todos que caminham ao nosso lado. O exame de toque retal e o teste de PSA (antígeno prostático específico) continuam sendo as principais formas de detectar precocemente o câncer de próstata. Ambos são simples, rápidos e podem salvar vidas. Além disso, a campanha também estimula uma reflexão mais ampla sobre os hábitos masculinos: manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas, controlar o peso e evitar o consumo excessivo de álcool e tabaco são atitudes fundamentais para uma vida longa e saudável. Em Santa Maria, as ações do Novembro Azul ganham força com o apoio das unidades de saúde, de instituições públicas e privadas, que realizam atividades informativas, exames e palestras voltadas ao público masculino. É uma mobilização que une poder público, profissionais da saúde e a comunidade, demonstrando que a prevenção é, sem dúvida, o melhor remédio. Como homem público e como cidadão, acredito que o Novembro Azul deve ser uma causa permanente, e não apenas uma campanha de um mês. Devemos cultivar durante todo o ano o hábito de cuidar de nós mesmos, de conversar sobre saúde e de quebrar tabus que já não têm lugar em uma sociedade moderna e consciente. Falar sobre prevenção é falar sobre amor. E quando um homem se cuida, ele protege não apenas a própria vida, mas também a felicidade de sua família e daqueles que o amam. Novembro Azul é mais do que uma cor. É um compromisso com a vida.
Sobre a partida dos nossos companheiros
Hoje, no Dia de Finados, muitas pessoas refletem sobre a perda daqueles que amaram. Para alguns, isso inclui também seus animais de estimação. Como veterinário, vejo diariamente o quanto esses seres especiais podem se tornar parte da vida de uma família: oferecem companhia, alegria e, muitas vezes, apoio silencioso em momentos difíceis. Para alguns tutores, a presença de um pet é tão significativa que a ausência deixa um vazio real e sentido. No entanto, é importante compreender uma verdade inescapável: o ciclo de vida dos animais é, naturalmente, mais curto que o nosso. Eles envelhecem mais rápido, adoecem e partem antes que possamos nos preparar completamente para a despedida. Essa é uma realidade biológica, não um reflexo de afeto ou de importância. Aceitar isso ajuda o tutor a lidar melhor com o luto e a valorizar o tempo que têm juntos. Cada animal tem seu próprio jeito de se conectar, de oferecer conforto e alegria. Um cachorro que espera ansioso pela hora do passeio, um gato que se aconchega no colo, ou até mesmo um coelho que observa o ambiente com curiosidade. Esses momentos simples, constroem uma relação intensa e significativa. Para muitos tutores, perder esse contato pode ser profundamente sentido, e compreender o ciclo de vida dos pets não diminui esse afeto, apenas prepara para o inevitável. Como veterinário, sempre recomendo que cuidemos com atenção, carinho e respeito desses companheiros enquanto estão conosco. Vacinar, alimentar corretamente, oferecer conforto e momentos de lazer são formas de garantir que a vida deles seja plena e feliz, mesmo que breve. Neste Dia de Finados, reflita sobre os pequenos amigos que passaram por sua vida. A saudade é natural, mas é também um lembrete de que a presença deles, ainda que curta, é valiosa. E, acima de tudo, que cada momento compartilhado merece ser vivido com consciência e amor.
“O Amanhã de Ontem” e “Chibo” são os grandes vencedores do 17º Santa Maria Vídeo e Cinema
Edição: Reinaldo Guidolin Foto: Alice Pozzobon Rodrigues Os vencedores da 17ª edição do Santa Maria Vídeo e Cinema (SMVC) foram conhecidos na noite de sábado (1º), em cerimônia realizada no Auditório da Cesma – Cineclube Lanterninha Aurélio. O evento marcou o encerramento de uma semana de exibições e debates, consolidando o festival como um dos principais espaços de difusão do audiovisual no Rio Grande do Sul. O grande destaque da noite foi o curta-metragem “O Amanhã de Ontem”, de Fabrício Koltermann, vencedor de Melhor Direção, Melhor Roteiro e Melhor Curta da Mostra Santa Maria e Região, entre outros prêmios. Na Mostra Nacional Competitiva, o troféu principal ficou com “Chibo”, de Gabriela Poester e Henrique Lahude, que também recebeu o Prêmio do Júri da Crítica e o troféu Metropolitano RS – Ecossistema Audiovisual. O júri oficial foi composto pelo cineasta Axel Monsú, o jornalista e presidente da ACCIRS, Daniel Rodrigues, o diretor de fotografia Giovane Rocha, a cineasta e professora Juana Miranda González e a atriz Manuela do Monte. Pela primeira vez, o festival contou com um Júri da Crítica, formado por Daniel Rodrigues e pela jornalista e crítica Bianca Zasso, fortalecendo o diálogo entre a crítica especializada e os realizadores. Bienal de Cinema de Santa Maria Durante a cerimônia, o curador e idealizador do SMVC, Luiz Alberto Cassol, anunciou a criação da Bienal de Cinema de Santa Maria, que estreia em 2027. O evento ocorrerá sempre nos anos ímpares, integrando o SMVC à programação e ampliando o espaço de reflexão sobre o audiovisual. “Queremos que outras artes também permeiem a arte cinematográfica. A Bienal permitirá essa ampliação do olhar e da experiência, oferecendo um espaço maior de encontro e reflexão sobre o cinema em Santa Maria”, destacou Cassol. A proposta prevê a inclusão de novas linguagens artísticas, como mostras de cartazes, apresentações de dança, música e intervenções cênicas. A Bienal também marca o processo de internacionalização do festival, que nesta edição exibiu uma seleção do cinema cubano e o longa argentino Por tu bien, de Axel Monsú, abrindo caminho para futuras mostras latino-americanas. Premiação e homenagens Principais prêmios da Mostra Nacional: Principais prêmios da Mostra Sinprosm (Santa Maria e Região): Entre os prêmios especiais, destacaram-se: Além dos troféus concedidos pelo júri técnico e da crítica, várias produções receberam menções honrosas, entre elas “Cartas de Felippe”, de Marcos Borba; “Morada”, de Neli Mombelli; e “O Churras”, de Maurício Canterle. O Troféu Vento Norte, entregue nas homenagens e premiações, é inspirado na obra eólica da artista Ana Norogrando, instalada no Largo da Locomotiva, junto à Biblioteca Pública Municipal Henrique Bastide. O nome faz referência ao primeiro longa-metragem do Rio Grande do Sul, dirigido por Salomão Scliar em 1951.
O Brasil está com medo
Hoje, a segurança pública já é citada como o maior problema do país. Segundo a Genial/Quaest, 30% dos brasileiros dizem que a violência é a principal preocupação nacional, à frente de economia, saúde e educação. De acordo com um levantamento nacional recente do Paraná Pesquisas, 46% da população afirma que a segurança pública piorou no terceiro governo Lula. Se o Brasil está imerso em um caos de segurança, o mínimo que se espera do presidente é clareza moral. Mas o que a gente viu, na semana passada, foi Lula dizer que “os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também”. Ele comentava sobre a ofensiva de Trump contra o narcotráfico venezuelano quando proferiu a “pérola”. É importante lembrar que tanto as pesquisas quanto a fala de Lula aconteceram antes da megaoperação nos complexos da Penha e Alemão, no Rio de Janeiro. Encabeçada pelo governo carioca, a investida para desarticular a logística do Comando Vermelho escancarou para o mundo o grau de colapso da nossa capacidade de garantir o básico. Vamos ser diretos: quando o presidente da República coloca traficante armado – que domina território, recruta adolescente e manda matar policiais – no lugar de vítima, ele embaralha o certo e o errado. Enquanto lá fora o combate ao tráfico é conduzido estrategicamente, aqui dentro o crime age como poder paralelo. Não é à toa que, todos os dias, somos bombardeados pelas notícias dos avanços de facções criminosas por todo o território brasileiro. É nesse contexto que o Executivo tenta vender a chamada PEC da Segurança Pública como grande solução. Na prática, o que essa proposta faz? Coloca na Constituição que vai existir um “sistema único” de segurança no país e que Brasília passa a mandar mais. O governo federal quer ter poder para dizer como os estados e municípios devem agir, criar conselhos e comissões, juntar polícia, guarda municipal e até agente de trânsito dentro do mesmo guarda-chuva. Também quer ter mais controle sobre os presídios. Traduzindo: nada disso garante que o criminoso armado seja preso e fique, de fato, na cadeia. O governo insiste em vender “gestão” como se fosse sinônimo de presença do Estado. Mas esquece que precisa buscar meios de aplicar a lei onde essa mesma lei já não entra. O projeto do governo evita um debate espinhoso, que é o combate ao crime real. Não é de se admirar, já que a própria base do governo vota, rotineiramente, contra propostas de penas mais duras, até mesmo em casos de crimes hediondos. Dentre os muitos erros que podemos apontar neste terceiro mandato do Lula, tratar a questão da violência como debate ideológico – em vez de direito básico – talvez seja o maior deles. A PEC se ocupa com a “organização administrativa” da segurança pública no país. A população se preocupa em continuar viva. A diferença de prioridades é nítida.
VENENO NAS GARRAFAS ESCANCARA A URGÊNCIA DE PUNIR COM MAIS RIGOR
O Brasil enfrenta uma grave crise de saúde pública causada pela adulteração de bebidas alcoólicas com metanol. Só em outubro de 2025, o Ministério da Saúde registrou 108 casos de intoxicação, com 58 confirmados e 15 óbitos. A maioria no estado de São Paulo. O metanol, usado nas bebidas, é uma substância altamente tóxica. Os efeitos podem começar com sintomas leves, mas evoluem rapidamente para quadros graves, causando cegueira, danos neurológicos e até a morte. As operações das autoridades de saúde e da polícia têm conseguido apreender garrafas, interditar estabelecimentos e prender envolvidos, mas isso está longe de ser suficiente diante da dimensão do problema. Cada nova denúncia reforça a sensação de que ninguém está seguro. A falsificação de bebidas não é novidade no Brasil. Há muito tempo sabemos que esse mercado ilegal opera nas sombras. Mas o que as investigações revelaram agora é algo muito mais grave: a atuação de redes criminosas organizadas que, para reduzir custos e aumentar lucros, passaram a usar um componente altamente tóxico e letal. Não se trata mais apenas de fraude comercial, mas de um crime premeditado que coloca vidas em risco. Quando pessoas ficam cegas ou perdem a vida após consumir uma bebida, não é caso apenas de adulteração ou contaminação. O que acontece é envenenamento criminoso, praticado de forma consciente e deliberada. O caso escancarou duas faces do mesmo problema: a fragilidade da fiscalização e a sensação de impunidade no Brasil. O crime de adulteração de bebidas ainda não é considerado hediondo. As penas são brandas e, muitas vezes, os responsáveis respondem em liberdade. Essa impunidade enfraquece a confiança da sociedade na segurança sanitária e na Justiça. Enquanto os números de pessoas intoxicadas aumentam, fábricas clandestinas continuam operando e o mercado informal segue acontecendo. Diante de uma realidade tão grave, apresentei o Projeto de Lei 5381/2025, que classifica a falsificação e adulteração de bebidas e alimentos como crime hediondo. O texto foi apensado a outra proposta com o mesmo objetivo, aprovada pela Câmara dos Deputados na última terça-feira (28). O projeto aumenta a pena de reclusão e prevê multa, garantindo que quem coloca vidas em risco seja responsabilizado de forma mais rigorosa. Essa é uma resposta concreta à sociedade e uma vitória na luta por mais rigor contra quem coloca vidas em risco. Agora, é preciso garantir que o Senado e o governo transformem essa conquista em lei. Não é aceitável que alguém que mistura veneno em uma garrafa de vodca seja tratado como se tivesse cometido apenas um “delito econômico”. Estamos falando de um crime contra a vida, que exige punição à altura da ameaça que representa. Temos o dever de proteger nossos consumidores e garantir que cada garrafa ou alimento nas prateleiras represente segurança, e não risco de morte. Não podemos esperar mais vítimas para agir. O Brasil precisa mostrar que o crime não compensa.
Cemitérios de Santa Maria recebem manutenção e terão horários especiais no feriado de Finados
Edição: Reinaldo Guidolin Foto: João Alves (PMSM) No próximo domingo (2), feriado nacional de Dia de Finados, os cemitérios públicos de Santa Maria estarão abertos para visitação das 7h30min às 17h30min, sem fechar ao meio-dia. A data, dedicada à memória dos entes queridos, deve movimentar milhares de visitantes, especialmente no Cemitério Ecumênico Municipal, localizado entre as avenidas Liberdade e Dois de Novembro, no Bairro Patronato. Manutenção e limpeza Durante a semana, equipes da Secretaria de Serviços Públicos realizaram serviços de corte de grama, recolhimento de lixo, retirada de plantas secas e pintura dos corredores, com o objetivo de melhorar o acesso e a sinalização interna dos cemitérios. Já a Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade revitalizou a sinalização viária das avenidas Liberdade e Dois de Novembro, nas imediações do Ecumênico. O secretário de Serviços Públicos, Rui Fabbrin, destaca que servidores estarão no local para auxiliar o público. “Importante reforçar que, sempre que possível, pedimos que as pessoas procurem informações prévias para já saberem se localizar no interior do cemitério, pois o número de visitas é grande no Dia de Finados. Dessa forma, as pessoas podem prestar homenagens com mais tranquilidade”, afirma. Estrutura e segurança O acesso de pedestres ao Cemitério Ecumênico será pelo portão principal, entre as avenidas Liberdade e Dois de Novembro, e a saída, pelo portão da Avenida Liberdade. Veículos que transportam pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida terão entrada pela Avenida Dois de Novembro.Embora o documento de identificação com foto não seja obrigatório, a Prefeitura recomenda que os visitantes o levem, pois facilita o atendimento em caso de necessidade. O local conta com mais de 50 câmeras de monitoramento conectadas ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), que opera 24 horas por dia. A Brigada Militar também realiza rondas diárias para prevenir vandalismo. Feira de Flores Uma Feira de Flores será promovida em quatro cemitérios municipais: Ecumênico, Santa Rita de Cássia, São José e Jardim da Saudade (Caturrita). A comercialização ocorre durante o feriado, com 23 vendedores credenciados, entre floristas e produtores locais. No Ecumênico, haverá bloqueio parcial na Avenida Dois de Novembro, no lado direito da via, no sentido Bairro–Centro, para acomodar os comerciantes. Transporte público Para facilitar o deslocamento da população, a Prefeitura organizou operação especial de transporte coletivo das 7h às 17h30min no domingo (2). As linhas Tancredo Neves, Prado, Nova Santa Marta, Alto da Boa Vista, 7 Dezembro, Boi Morto, Vila Rossi, Minuano, Passo das Tropas, Capivara e Pau a Pique terão itinerário adaptado, com parada em frente ao Hotel de Trânsito, na Avenida Liberdade, especialmente criada para o Dia de Finados.A linha Campestre também terá trajeto modificado, passando pela Avenida Liberdade e pela Avenida Dois de Novembro até o ponto de parada junto ao cemitério. Cemitérios abertos Além do Cemitério Ecumênico, outros cinco cemitérios municipais estarão abertos no mesmo horário (7h30min às 17h30min, sem fechar ao meio-dia): Os Cemitérios São José e Santa Rita de Cássia, administrados pelo Grupo L. Formolo, terão horários próprios de funcionamento.
Blues e folk “de cinema” encerram o SMVC 2025 no Old School Pub
Foto: João Pedro Ribas Edição: Reinaldo Guidolin A trilha sonora de um encerramento “de cinema” promete ecoar neste sábado (1º), a partir das 22h, no Old School Pub (Cel. Niederauer, 1613). O Cesma SMVC Folk Blues marca o encerramento oficial do Santa Maria Vídeo e Cinema (SMVC) 2025, reunindo duas gerações da música autoral santa-mariense: a recém-formada Ópera Chula e os veteranos da King Size Blues. Com ingressos a R$ 10 (e entrada gratuita para quem apresentar credencial do SMVC), a noite é uma parceria entre a Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (Cesma) e o festival, que chega à sua 17ª edição destacando o audiovisual brasileiro. Mais que uma festa de encerramento, o encontro celebra a memória viva da cena blueseira que marcou Santa Maria nos anos 2000, uma época em que bares e bandas locais faziam do gênero nascido no Delta do Mississippi um fenômeno urbano na cidade. Agora, o evento propõe um revival com nova roupagem, abrindo espaço para o folk rock contemporâneo da Ópera Chula. O sexteto surgiu a partir da Magical Mystery Band e é formado por músicos experientes: Renato Molina (voz), Marcus Molina (voz e baixo), Guilherme Barros (voz e guitarra), Diego Pignataro (violão e teclado), Eduardo Staudt (bateria) e Felipe Schroeder (teclados e baixo). O grupo retorna aos palcos após estrear na série Rock do K7, exibindo repertório autoral que inclui as faixas Canhões, Bonito e Longe do Fim. Na sequência, o palco recebe a King Size Blues, banda que carrega a bandeira do blues há décadas e é formada por Ninu Ilha, Vitor César, Paulo Noronha, Ricardinho e Cezar (sax). A apresentação segue o formato de jam session, com participações especiais de artistas convidados como Amanda Schereiner, Cristhian Gomes, Vinicius Nicolini e Cezão. O evento também reforça o papel cultural da Cesma, que desde 1978 fomenta a arte e a educação em Santa Maria, promovendo ações como o Cineclube Lanterninha Aurélio, o próprio SMVC, o Cesma in Blues e a Feira do Livro. 📅 Serviço:O quê: Cesma SMVC Folk Blues, com Ópera Chula e King Size BluesQuando: sábado, 1º de novembro, às 22hOnde: Old School Pub (Cel. Niederauer, 1613), Santa MariaQuanto: R$ 10 na hora (gratuito com credencial do SMVC)
O renascer do samba em Santa Maria: um fim de semana histórico
Por Sérgio CechinVereador de Santa Maria e presidente da Frente Parlamentar pela Retomada do Carnaval de Rua O último fim de semana ficará marcado na história da nossa cidade. Santa Maria viveu intensamente o Seminário do Samba, um evento que foi muito além das rodas de conversa e oficinas: foi uma verdadeira celebração da nossa identidade cultural, da força das comunidades e do poder transformador da arte. Realizado no Lab Criativo, na Vila Belga, o seminário reuniu sambistas, carnavalescos, músicos, produtores e pesquisadores que compartilharam saberes, experiências e, sobretudo, paixão. Cada fala, cada batida de tamborim, cada canto de roda carregava o peso e a beleza de uma tradição que nunca se perdeu, apenas aguardava o momento certo para florescer novamente. Ao lado de grandes parceiros, a Frente Parlamentar pela Retomada do Carnaval de Rua, que tenho a honra de presidir, reafirmou seu compromisso com a reconstrução do nosso carnaval e com o fortalecimento das expressões culturais populares. O apoio da Prefeitura Municipal de Santa Maria, por meio das suas secretarias, foi essencial para que este encontro acontecesse com tamanha qualidade e representatividade. Saímos deste seminário com muito mais do que ideias. Saímos com uma rede fortalecida, um propósito coletivo e a certeza de que o samba voltou a ocupar o espaço que sempre lhe pertenceu: o coração da nossa cidade. O samba é resistência, é identidade, é alegria. E, em Santa Maria, ele voltou a ecoar com força, pedindo passagem e prometendo um carnaval inesquecível.
Desafios do Orçamento de Santa Maria para 2026, Conversa entre Lula e Trump, Michele Bolsonaro participa de evento em Soledade – tudo isso e mais, você lê aqui!
O Orçamento de 2026 chega à Câmara de Vereadores de Santa Maria em um momento de alta tensão fiscal e política. Com risco de atraso nos salários em dezembro e a Reforma da Previdência Municipal em pauta, o Executivo projeta um déficit de R$ 66 milhões, um alívio em relação ao rombo de R$ 91 milhões de 2025, mas ainda um número preocupante. A diferença entre receitas (R$ 1,62 bilhão) e despesas (R$ 1,69 bilhão) expõe o peso crescente do Instituto de Previdência (Ipassp), que deve consumir R$ 479 milhões do total, somando aposentadorias, pensões e cobertura do déficit atuarial. O documento enviado à Câmara traduz, em números, o dilema de uma administração que tenta equilibrar a folha de pagamento, manter serviços essenciais e sustentar algum nível de investimento. A Educação (R$ 336,8 milhões) e a Saúde (R$ 188,9 milhões) seguem como áreas prioritárias, mas o desafio está em atender demandas crescentes, como as de zeladoria urbana e assistência social, sem ampliar ainda mais o endividamento. A reserva de contingência, de R$ 170,9 milhões, funcionará como colchão para eventuais imprevistos e para garantir o cumprimento das emendas impositivas dos vereadores, que somam R$ 26,4 milhões. O pano de fundo político é inevitável. O debate sobre a Reforma da Previdência, que promete dividir o funcionalismo e a base aliada, tende a dominar as discussões sobre o Orçamento. A equação fiscal de 2026 dependerá, em grande parte, da capacidade do governo de ajustar as contas do Ipassp, hoje o epicentro do desequilíbrio. Sem uma reforma que reduza a pressão sobre a folha, qualquer previsão de superávit continuará sendo ficção orçamentária. Por ora, o projeto orçamentário é um espelho de um município que arrecada mais, mas gasta ainda mais rápido. A gestão do prefeito Jorge Pozzobom tenta demonstrar controle e planejamento, mas os números evidenciam um cenário de estagnação: pouca margem para investimento e muita dependência dos repasses estaduais e federais. A aprovação do Orçamento será apenas o primeiro capítulo de um 2026 que promete ser de ajustes duros e de embates intensos no plenário. O encontro entre Lula e Donald Trump na Malásia marcou um raro momento de cordialidade entre dois líderes acostumados a discursos inflamados, mas não necessariamente alinhados. O tom moderado e pragmático da conversa, celebrado pela diplomacia brasileira, é um avanço em si. Ainda assim, o saldo concreto da reunião permanece incerto. A promessa de revisão das tarifas impostas aos produtos brasileiros não foi feita, e o próprio Trump tratou de colocar o pé no freio ao afirmar que “não sabe se alguma coisa vai acontecer”. O mérito, porém, está na retomada de um canal direto de diálogo com Washington. e num momento em que o Brasil busca reposicionar-se como parceiro confiável no tabuleiro global. O chanceler Mauro Vieira tem conduzido essa aproximação com sobriedade, sem ceder ao exibicionismo que marcou gestões anteriores. Lula, por sua vez, mostrou maturidade ao defender a soberania nacional sem confrontos desnecessários, o que fortalece a imagem de um Brasil pragmático e previsível. Num cenário em que gestos contam tanto quanto resultados, a diplomacia brasileira venceu a primeira rodada. O desafio agora é transformar boa vontade em ganhos econômicos. O corte das tarifas de 50% seria apenas o início de uma pauta mais complexa, que inclui terras raras, minerais estratégicos e cooperação energética, temas nos quais os Estados Unidos costumam jogar pesado. Para o ministro Geraldo Alckmin e sua equipe, os próximos meses exigirão equilíbrio entre firmeza e flexibilidade. Já para Fernando Haddad, o foco é garantir que qualquer acordo preserve a competitividade da indústria nacional, sem comprometer a autonomia fiscal do país. Há, no entanto, uma variável explosiva que ameaça contaminar o avanço das negociações: a crise na Venezuela. Ao se oferecer como mediador, Lula entrou em terreno minado. Trump tem interesse em manter a pressão sobre Nicolás Maduro, e um eventual confronto militar na região poderia pôr fim ao breve degelo diplomático. Entre a diplomacia e a pólvora, o Brasil precisa escolher com cuidado o tom da sua voz e, mais do que nunca, medir o peso de cada palavra. O embate entre o governador Eduardo Leite (PSDB) e o deputado estadual Felipe Camozzato (Novo) ganhou contornos judiciais. O parlamentar chamou de “autoritária” a decisão do governador de recorrer à Justiça após acusações de que haveria um suposto esquema de manipulação de notas na rede estadual de ensino. Leite ingressou com interpelação criminal contra Camozzato, que divulgou vídeos nas redes sociais sugerindo pressão sobre professores para inflar notas e melhorar indicadores educacionais. O caso, que tramita em segredo de Justiça, busca esclarecer as declarações antes de uma eventual queixa-crime. Camozzato, por sua vez, afirma ter apenas dado voz a denúncias recebidas de docentes e diz estar amparado pela imunidade parlamentar prevista no artigo 53 da Constituição. “A reação do governador é suspeita. Parece uma tentativa de intimidação para cessar a investigação”, afirmou o deputado, pedindo que o governo concentre esforços em apurar as denúncias, e não em processar quem as torna públicas. Leite, por outro lado, sustenta que não existe qualquer orientação para alterar notas e que as falas do deputado podem configurar calúnia. A interpelação também é assinada pela secretária estadual da Educação, Raquel Teixeira, e por representantes da PGE. Entre a liberdade de fala no plenário e os limites da responsabilidade pública, o episódio reacende um velho debate: até onde vai a imunidade parlamentar, e onde começa o dever de checar o que se divulga? O PL Mulher mostrou vigor no sábado (25), ao reunir cerca de 3,4 mil pessoas em Soledade durante encontro comandado por Michelle Bolsonaro. Cogitada como possível candidata à Presidência ou à vice em 2026, a ex-primeira-dama evitou falar sobre o tema e reforçou o discurso de fidelidade ao marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro, hoje em prisão domiciliar. Segundo a presidente estadual do PL Mulher, Adriane Cherini, Michelle foi provocada sobre a hipótese de disputar o Planalto, mas desconversou: “Ela apenas diz que quer voltar a ser primeira-dama do Brasil”. O evento também teve caráter
