O envelhecimento é um fenômeno universal que vem sendo cada vez mais estudado devido ao crescimento da população idosa mundial. Tradicionalmente, a velhice foi entendida como um estágio homogêneo marcado pelo declínio físico e pela perda de autonomia. No entanto, tal visão não contempla as variadas experiências que compõem o processo de envelhecimento. O conceito de “diversas velhices” propõe uma abordagem que reconhece a pluralidade das trajetórias e das condições sociais, culturais e biológicas que influenciam a vida dos idosos. A perspectiva das diversas velhices afirma que não existe uma única forma de envelhecer, mas múltiplas experiências construídas ao longo da vida.Estudos nessa area,enfatizam que fatores como gênero, raça, classe social e saúde influenciam significativamente o envelhecimento, tornando-o singular para cada indivíduo. Nesse sentido, os determinantes sociais e culturais são fundamentais para compreender a diversidade da velhice. As desigualdades no acesso a recursos, redes de apoio e oportunidades de participação social refletem diretamente na qualidade de vida dos idosos. Gênero e raça, em especial, podem exacerbar vulnerabilidades e dificultar o acesso a cuidados adequados, reforçando a necessidade de políticas públicas que reconheçam essas diversidades. Compreender as diversas velhices é essencial para o desenvolvimento de práticas de cuidado e políticas sociais que respeitem as especificidades dos idosos, promovendo autonomia e protagonismo. A implementação de ações inclusivas e sensíveis às diferenças individuais contribui para um envelhecimento mais digno e ativo. Portanto, o conceito de diversas velhices amplia o entendimento sobre o envelhecimento, superando visões homogêneas e estigmatizantes. Valorizar a pluralidade das experiências no envelhecimento é um passo importante para a construção de uma sociedade inclusiva, que respeita e apoia esse processo ao garantir o direito à longevidade com qualidade de vida, o Estado e a sociedade reconhecem que envelhecer não é um problema a ser resolvido, mas uma conquista coletiva.
Tecnologia, Identidade e Futuro: Por que esses temas precisam estar na sala de aula?
Vivemos em um tempo em que a velocidade da mudança e das transformações tecnológicas supera a capacidade das instituições tradicionais de acompanhá-las. Para os estudantes do ensino médio, que estão em uma fase crucial de formação de identidade e escolhas profissionais, esse cenário representa tanto uma oportunidade quanto um desafio. Mais do que nunca, é essencial que a escola se abra para temas que cruzem tecnologia, identidade e futuro profissional, criando espaços de escuta e debate. A tecnologia já não é um acessório na vida dos adolescentes, ela é o próprio meio de convivência, de comunicação, lugar de fala, de construção de mundo. As redes sociais, a inteligência artificial, os algoritmos e os influenciadores digitais moldam opiniões, hábitos e até valores desses adolescentes em formação. Mas o que muitas vezes falta é um espaço crítico para entender o que tudo isso significa, tanto do ponto de vista ético quanto pessoal. Que tipo de identidade se constrói sob a lógica dos likes e dos filtros? Que profissões emergem nesse novo contexto digital? Ao mesmo tempo, os jovens são pressionados a escolher um caminho profissional cada vez mais cedo. Mas como decidir sobre o futuro se mal compreendemos o presente? Como projetar uma carreira se os próprios empregos do futuro ainda estão sendo inventados? É nesse ponto que o cruzamento entre tecnologia, identidade e projeto de vida se mostra fundamental. Mais do que ensinar conteúdos prontos, a escola precisa oferecer perguntas relevantes, discussões instigantes e autonomia para pensar. Neste sentido, no colégio Antônio Alves Ramos (Pallotti), estou trabalhando com as turmas do primeiro ano do ensino médio, com as chamadas profissões do futuro, como “especialista em implantes cerebrais”, “terapeuta de reabilitação digital”, “cirurgião de memória”, “designer de bebês” e “especialista em simplicidade”, para compartilhar alguns exemplos. Além disso, oferecer espaço para que os estudantes se expressem, exponham dúvidas, compartilhem experiências e debatam opiniões é um passo decisivo para torná-los protagonistas do próprio percurso. A escuta ativa, o diálogo respeitoso e a valorização das múltiplas vozes são estratégias pedagógicas que não apenas enriquecem o aprendizado, mas também fortalecem o senso de pertencimento e de responsabilidade. Em um mundo cada vez mais digital, veloz e incerto, educar para o futuro é, antes de tudo, educar para pensar criticamente, para conhecer a si mesmo e para imaginar novos caminhos. E isso só é possível quando a escola se conecta com o que realmente move e inquieta os jovens. Afinal, formar cidadãos preparados para o futuro é mais do que oferecer conhecimento técnico: é cultivar consciência, identidade, propósito, dar e ser exemplo. Prof. Dr. Mateus Frozza Economista. Professor Universitário. Ceo Frozza Consultores Associados
Nem Todo Pai é Ausente, Nem Toda Mãe é Justa: O Complexo Universo da Parentalidade
Por Eizzi Benites Melgarejo – OAB/RS 86.686 – especialista em direito de família e sucessões – Sócia do escritório Urach, Jensen, Abaide, Melgarejo e Brum Neste Dia dos Pais, peço licença aos leitores habituais desta coluna. Hoje, não falarei apenas sobre maternidade, equidade de gênero ou os desafios que atravessam tantas mulheres na vida e no Judiciário. Hoje, o olhar será outro: o dos pais presentes, muitas vezes silenciados, invisibilizados ou rotulados. Um olhar que parte da minha experiência como filha, como mãe e como advogada. Sobre o título deste artigo: Nem todo pai é ausente, e nem toda mãe é justa. Duro? Talvez. Mas verdadeiro. Como mulher e profissional da área jurídica, aprendi que não podemos mais cair na armadilha de uma narrativa rasa que coloca todos os homens num mesmo estereótipo. Para mim, a generalização sempre é um risco. A maternidade não é, por si só, sinônimo de virtude. E a paternidade, ao contrário do que tantas vezes ouvimos, não é um favor. É um direito. É uma responsabilidade. É, sobretudo, um elo afetivo que forma identidades, referências e futuros. Importante dizer: defendo sim as mulheres. E como não defender? São elas, em grande parte, que ainda ocupam os espaços mais invisíveis, mais sobrecarregados e mais vulneráveis dentro da estrutura familiar. São elas que sustentam filhos sozinhas, que enfrentam jornadas múltiplas, que carregam culpas e cobranças desumanas. Mas justamente por reconhecer a complexidade da experiência feminina, não posso me furtar de ver que nem toda mãe é boa, assim como nem todo pai é ruim. Existem mães que maltratam, que alienam, que abusam emocionalmente. Existem mães que instrumentalizam os filhos e se negam a compartilhar o espaço afetivo com o pai. E existem milhares de pais, hoje, em todo o país, travando batalhas judiciais simplesmente para serem vistos. Para terem o direito de participar da vida dos seus filhos, algo que, em um mundo mais justo, deveria ser natural e garantido. Eu cresci com meu pai presente. Um homem íntegro, afetivo, que me ensinou mais pelo exemplo do que por qualquer discurso. Cresci observando a forma como ele tratava minha mãe, minha avó, minhas tias. Com respeito, gentileza e firmeza. Ele não é perfeito, ninguém é, mas sua maneira de ser homem me deu uma régua. Uma boa régua! Um parâmetro sobre como eu deveria ser tratada e, mais ainda, sobre como não aceitar ser tratada.Ter carinho e limites, escuta e presença, foi o que me ajudou a crescer com autoestima e discernimento. Me ensinou a me respeitar, a me proteger e a não tolerar relacionamentos abusivos. Meu pai foi, antes de tudo, um espelho, e isso moldou não só a mulher que me tornei, mas também a mãe e a advogada que sou hoje. Me deu valores que, hoje, passo aos meus filhos. Um outro exemplo de pai, é o pai dos meus filhos mais velhos, Pietro e Theo. Esse primeiro relacionamento durou anos. A relação, como tantas, teve seu ciclo, sua beleza, suas dores. Mas algo permaneceu: o respeito e compromisso mútuo com a parentalidade. Ele é um pai presente, responsável, amoroso. Temos diferenças, claro. Nem sempre foi simples, mas há algo maior que qualquer impasse: o respeito à função do outro na vida dos nossos filhos.Essa convivência me mostrou que, mesmo quando um casal se desfaz, a paternidade e a maternidade não devem acabar junto. Não é preciso que a relação seja perfeita, é preciso que o compromisso com os filhos seja preservado com dignidade. É preciso entender que cada um tem seu espaço e sua função na vida dos filhos e o amor nunca é demais. E meu terceiro exemplo de pai, é meu marido. Antes de sermos pais do Bento, meu marido me escolheu. Me escolheu já com dois filhos, com uma história, com uma carga emocional. E escolheu, junto comigo, amar duas crianças que não vieram do seu sangue, mas cresceram no seu coração.Esse amor é raro e é imenso. Não busca substituir ninguém. Ele sabe que é padrasto, e não busca substituir ninguém. Sabe seu espaço e respeita a minha maternidade e do pai dos meninos. E é com essa denominação de ser padrasto que ele escreve um papel tão importante na vida deles. Cuida, aconselha, protege, dá bronca, abraça, chora junto. E quando o Bento chegou, não foi surpresa vê-lo ser exatamente o pai que eu já sabia que ele seria. Carinhoso, presente, instintivamente protetor, responsável, participativo e cuidadoso. Ver esses três homens em diferentes papéis de paternidade: meu pai, o pai dos meus filhos mais velhos e meu marido, é um lembrete vivo de que o afeto masculino existe, resiste e educa. Existe sim paternidade responsável, sensível e real. Só precisamos parar de ignorá-la. Na minha atuação profissional, já atendi inúmeras mães, muitas delas lutando com toda força para garantir os direitos dos filhos. Mas também atendi pais injustiçados, alienados, tratados como secundários ou até como ameaça e muitas vezes sem fundamento. Alienação parental é real, e não, ela não tem gênero. É exercida por quem usa o filho como ferramenta de vingança ou barganha emocional. Há pais que passam meses sem ver os filhos. Que precisam judicializar aniversários. Que choram em audiências ao falarem de uma rotina que foi arrancada à força do seu dia a dia. O que está em jogo não é o “direito do pai”. É o direito dos filhos de terem acesso à figura paterna, quando esta é saudável, amorosa, presente. A Constituição, o Estatuto da Criança e do Adolescente, e a jurisprudência mais moderna reconhecem que a convivência familiar equilibrada é um direito da criança, não uma concessão dos pais entre si. Paternidade não pode ser definida e generalizada por memes como “pai de fim de semana” ou por visões rasas que marginalizam todos os homens como se fossem, por definição, irresponsáveis. Existem maus pais? Sim, muitos. Mas também há bons homens sendo impedidos de exercer uma paternidade digna. E isso, como sociedade e como operadores do Direito, não podemos mais ignorar. O papel
A epidemia silenciosa: a violência contra a mulher como questão de humanidade
A violência contra a mulher é uma realidade global e histórica, uma “epidemia silenciosa” que ecoa por trás de portas fechadas em todas as partes do mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que uma em cada três mulheres já sofreu violência física ou sexual, um dado que se repete em diferentes geografias e culturas, evidenciando que a dor fala a mesma língua em qualquer lugar. Estatísticas chocantes transformam o cotidiano em um cenário de tragédia: a cada dez minutos, uma mulher é morta por alguém que a amava, um tempo breve para uma vida ser interrompida. No Brasil, o quadro é ainda mais grave, com 21 milhões de mulheres relatando algum tipo de violência em um ano. Isso significa que, a cada duas horas, uma mulher é vítima de feminicídio, o assassinato motivado por ela ser mulher, por tentar ser livre ou por se opor ao controle de alguém. O Cenário Local: Do Rio Grande do Sul a Santa Maria O drama nacional encontra reflexo no Rio Grande do Sul, onde quase 80% das vítimas de violência registrada entre 2018 e 2022 eram mulheres. Em 2024, 72 feminicídios foram registrados no estado, um número que, mesmo com uma leve queda, representa 72 vidas perdidas e 72 famílias destruídas. Em Santa Maria, uma cidade universitária que deveria ser um centro de esperança, a realidade é igualmente alarmante. Entre janeiro e fevereiro de 2024, mais de 1.300 medidas protetivas foram solicitadas. Desde 2019, pelo menos 43 mulheres foram vítimas de feminicídio na cidade e região, mostrando que o medo é palpável e a violência, uma ameaça constante. A violência contra a mulher não é um evento isolado, mas uma corrente que se manifesta de forma sutil — no olhar de controle, na piada machista — e evolui para a indiferença da sociedade e a lentidão da justiça, culminando no extremo do feminicídio. Além dos Números: Nomes, Rostos e a Luta por um Futuro Cada estatística é mais que um número; é um nome, um rosto, uma história única de uma mãe, irmã ou amiga. A violência corrói a liberdade e a autoestima, tornando o medo uma parte da rotina. Em todo o mundo, mulheres ajustam suas roupas, evitam ruas e vivem em alerta constante. No Brasil, e em Santa Maria, há mulheres que se veem obrigadas a transformar suas próprias casas em trincheiras, dependentes de medidas protetivas que muitas vezes não oferecem a segurança necessária. No entanto, há resistência. Mulheres se organizam em redes de apoio, criam coletivos e lutam para que as próximas gerações tenham um futuro diferente. Jornalistas, advogadas e defensores públicos dedicam-se a garantir que as vítimas sejam ouvidas, enquanto homens se unem à causa, repudiando o machismo e ensinando respeito. A luta contra a violência de gênero não se trata apenas de prender agressores, mas de mudar a lógica que permite que ela exista. O objetivo é criar um mundo onde a liberdade não seja um privilégio, mas um direito. A violência contra a mulher não é apenas uma questão de segurança pública, mas uma luta por humanidade. Que o momento da mudança seja agora, e que um dia os gritos de medo possam ser substituídos por gargalhadas, e as portas fechadas por janelas abertas.
Batata-doce coloca o Rio Grande do Sul no topo da produção nacional
Já ouviu dizer que comida saudável não tem gosto bom? Pois no caso da batata-doce, isso é mito. Nutritiva e saborosa, com sabor adocicado, a batata-doce é usada em dietas esportivas, vegetarianas e em muitos pratos do dia a dia ao redor do mundo. O cultivo da raiz cresce em diversas regiões do país e coloca o Rio Grande do Sul na posição de destaque no ranking nacional de produção. O Estado chegou a liderar a produção brasileira de batata-doce, com 175 mil toneladas anuais, seguido por São Paulo, com 140,7 mil toneladas (PAM, IBGE 2020). No cenário internacional, o Brasil ocupa atualmente a 16ª posição entre os maiores produtores de batata-doce no mundo, com 805,4 mil toneladas e um valor estimado em R$ 886,6 milhões (dados de 2020). O país é o maior produtor da América Latina, sendo a China a líder global com impressionantes 53 milhões de toneladas. Desafios e oportunidades O crescimento da produção brasileira é visível, mas ainda há muito espaço para avançar. Um dos principais desafios é o baixo índice de produtividade em alguns estados. Sergipe, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Alagoas, por exemplo, apresentam rendimentos abaixo da média nacional, que é de 14,1 toneladas por hectare. Esse cenário reforça a importância da pesquisa agrícola e da assistência técnica para o desenvolvimento de sistemas de cultivo mais eficientes e adaptados aos diferentes biomas do país. Embora a produtividade média esteja em curva ascendente, com forte atuação de empresas públicas e privadas no melhoramento genético, o Brasil ainda ocupa apenas a 34ª posição mundial nesse indicador, segundo a FAOSTAT (2018), atrás de diversos países que utilizam tecnologias mais avançadas no campo. O que é necessário para crescer Para estimular a produção de batata-doce no Brasil, é preciso uma ação coordenada entre governo, produtores, universidades, iniciativa privada e instituições de pesquisa. Medidas como assistência técnica qualificada; capacitação de produtores; acesso facilitado a crédito rural; melhoria de infraestrutura; organização de cooperativas; apoio à agroindustrialização; programas de compras públicas como o PNAE e o PAA; e promoção de novos produtos, como farinhas, snacks, doces e itens funcionais não só ajudam a elevar a demanda, mas também fortalecem a cadeia produtiva de forma sustentável e competitiva. Olhar atento ao ambiente mercadológico O mercado da batata-doce, como qualquer outro da cadeia agroalimentar, está sujeito a diversas externalidades — fatores externos que influenciam direta ou indiretamente a produção, os preços e o consumo. Entre os principais, destacam-se os fatores climáticos – estiagens, enchentes, falta d’água, degradação do solo; econômicos – variação no preço de insumos, câmbio, inflação; infraestrutura – estradas, falta de armazenagem adequada; regulatórios – exigências sanitárias, barreiras comerciais; tecnológicos e organizacionais – acesso à inovação, rastreabilidade, organização de cooperativas. Antecipar-se a esses fatores é essencial para garantir estabilidade, segurança alimentar e desenvolvimento rural. Uma oportunidade para a região e para o Brasil Na região Central do Estado, a batata-doce tem uma representação não apenas produtiva mas também cultural. Em São Vicente do Sul a produção se destaca e o uso deste importante alimento sai das propriedades rurais e adentra na cultura gastronômica e na economia, culminando na Feira Estadual do Comércio da Batata-doce (FECOBAT). Em nível nacional, temos clima, solo e potencial de mercado para nos destacarmos na produção de batata-doce. Com ações integradas e investimentos certos, a cultura pode gerar renda, promover inclusão produtiva, diversificar as propriedades e fortalecer a Agricultura Familiar e empresarial. O desafio é grande, mas o resultado pode ser doce! Foto: Carla Timm Guilherme G. dos Santos Passamani Engenheiro agrônomo, doutor em Agronomia Gerente da Emater/RS-Ascar da região de Santa Maria e-mail: ggsantos@emater.tche.br
Ferrovia ligando Porto Alegre e Gramado será construída
O governador Eduardo Leite anunciou, nesta quinta-feira (7), um projeto inédito no Brasil: a autorização para implantação, operação e exploração privada de uma ferrovia de transporte de passageiros dentro de um Estado. A iniciativa prevê a ligação entre Porto Alegre e Gramado por trem, com trajeto estimado em apenas uma hora, operando em duas vias férreas – uma para cada sentido. O investimento, de R$ 4,5 bilhões, será totalmente privado, aportado pela empresa SulTrens, e deve gerar mais de 22 mil empregos diretos e indiretos. A previsão de início da operação é de sete anos, com concessão de 99 anos à companhia. O traçado vai conectar a capital a Gramado passando por 19 municípios e influenciando diretamente outros três, totalizando 22 cidades. Entre as estruturas previstas, estão 27 cruzamentos rodoferroviários, 15 pontes e viadutos — incluindo um sobre a FreeWay (BR-290) — e nove túneis. As estações ficarão próximas ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, e na Av. das Hortênsias, entre Gramado e Canela. A proposta foi resultado de um ano de estudos técnicos e pareceres jurídicos, que garantiram segurança regulatória e viabilidade econômica. O governo estadual, por meio da Secretaria de Logística e Transportes, será responsável por fiscalizar o contrato e receber relatórios trimestrais da concessionária.
Três Leis sancionadas: mais respeito, inclusão e dignidade em Santa Maria
A última semana foi marcada por conquistas importantes para Santa Maria. Três Projetos de Lei, de minha autoria, foram sancionados pelo prefeito Rodrigo Décimo e agora fazem parte do ordenamento legal do nosso município. São avanços concretos nas áreas da inclusão, da saúde da mulher e da proteção aos idosos. O primeiro projeto sancionado garante mais respeito às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A nova lei desobriga o uso de uniforme escolar para alunos com TEA, sempre que houver incompatibilidade com suas sensibilidades sensoriais. Uma medida que leva em conta a realidade de muitas famílias e promove um ambiente escolar mais acolhedor e respeitoso. Também foi sancionada a lei que institui o Dia Municipal da Endometriose, a ser celebrado em 13 de março. A endometriose é uma doença que impacta a vida de milhares de mulheres e, por muito tempo, foi invisibilizada. Com essa data no calendário oficial, buscamos promover conscientização, visibilidade e apoio para quem convive com essa condição. Por fim, tivemos a sanção da lei que institui o Junho Violeta em Santa Maria, mês dedicado à conscientização e combate à violência contra a pessoa idosa. A iniciativa visa ampliar o debate, promover o respeito e fortalecer ações de proteção à população idosa, que merece dignidade, cuidado e atenção. Seguimos trabalhando para transformar realidades com legislações que dialogam com as demandas da sociedade. Nosso compromisso é com uma Santa Maria mais humana, justa e inclusiva. Até a próxima semana! Fort abraço!
Feira do Livro de Santa Maria divulga 16 dias de programação
A 52ª Feira do Livro de Santa Maria será realizada de 22 de agosto a 6 de setembro, reunindo literatura, teatro, música e atividades formativas para todas as idades. As ações acontecem na Praça Saldanha Marinho, no Theatro Treze de Maio e na Biblioteca Henrique Bastide, com acesso gratuito. Para as atividades no teatro, os ingressos devem ser retirados na bilheteria, com regras específicas: no projeto Livro Livre, no próprio dia de cada apresentação, a partir das 14h; nos espetáculos infantis voltados a escolas, durante a semana e mediante agendamento; e nos espetáculos infantis para a comunidade, nos finais de semana, com retirada online no dia anterior. A abertura oficial ocorre no dia 22, às 18h, no Theatro Treze de Maio, seguida, às 19h, pela apresentação de A Sbornia Kontr’Atracka, dentro do Livro Livre. A programação literária e artística contará com bate-papos com personalidades nacionais como Letícia Wierzchowski, Nelson Motta, Jessé Souza e Thiago Lacerda. Também haverá espetáculos para o público infantil e shows musicais com artistas como Vitor Ramil e Mulheres em Movimento. Entre os espaços e atividades especiais, estão a Nave de Histórias, de 25 de agosto a 6 de setembro, com contação de histórias baseadas em obras de autores santa-marienses, voltada a crianças de 4 a 12 anos; o Conecta Mercado Criativo, de 29 de agosto a 6 de setembro, reunindo empreendedoras da Economia Criativa com artesanato autoral e design sustentável; e a exposição Juan Amoretti – Artista Além-Fronteiras, de 22 de agosto a 6 de setembro, que homenageia o artista peruano radicado em Santa Maria com fotos de obras públicas que marcam a cidade. A edição de 2025 também marca o lançamento do Programa Cidade Educadora, no dia 1º de setembro, que fará Santa Maria integrar oficialmente a Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE) e a Rede Brasileira de Cidades Educadoras (REBRACE). A proposta busca articular políticas públicas voltadas ao desenvolvimento humano em todas as áreas da cidade. O encerramento, em 6 de setembro, terá a apresentação de Incidente em Antares no Theatro Treze de Maio, coroando uma programação que une literatura, artes cênicas, música e ações formativas.
Sebrae RS lança XIII edição do Prêmio Prefeitura Empreendedora
O Sebrae RS lançou, em 5 de agosto, a XIII edição do Prêmio Sebrae Prefeitura Empreendedora (PSPE), iniciativa que reconhece projetos inovadores de gestão pública municipal voltados ao fortalecimento dos pequenos negócios e ao desenvolvimento econômico local. Criado em 2001, o prêmio já registrou mais de 14 mil iniciativas inscritas em todo o Brasil e mais de 1,4 mil práticas premiadas nos âmbitos estadual e nacional. A proposta é evidenciar o avanço das administrações municipais na criação de ambientes mais favoráveis ao empreendedorismo, estimulando a inclusão, a inovação e o fortalecimento dos territórios. Nesta edição, serão avaliadas práticas com resultados comprovados entre 12 de junho de 2024 e 28 de novembro de 2025, em nove categorias: Simplificação, Sala do Empreendedor, Compras Governamentais, Empreendedorismo na Escola, Inclusão Socioprodutiva, Turismo & Identidade Territorial, Sustentabilidade & Meio Ambiente, Empreendedorismo Rural e Gestão Inovadora. Além de reconhecer boas práticas, a premiação busca inspirar gestores a adotarem políticas públicas que simplifiquem processos, fomentem a inovação e promovam o desenvolvimento sustentável. Mais informações sobre a inscrição e participação estão disponíveis no site prefeituraempreendedora.sebrae.com.br. Foto: divulgação
Cultura, história e sabores se encontram na 43ª Noite Italiana de Antônio Prado
Com um olhar especial para os 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul, a cidade de Antônio Prado se prepara para viver duas noites de celebração intensa à cultura que moldou sua identidade. Nos dias 16 e 23 de agosto, o Centro de Eventos será palco da 43ª edição da Noite Italiana, promovida pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e reconhecida por unir tradição, gastronomia e hospitalidade. A festa integra o Calendário Oficial de Eventos do estado e, ao longo de mais de quatro décadas, consolidou-se como um dos principais atrativos culturais da Serra Gaúcha. Em 2025, o tema “Da Itália ao Brasil – 150 anos de Sonhos e Conquistas” homenageia a trajetória dos imigrantes que chegaram ao Rio Grande do Sul a partir de 1875. A proposta é não apenas festejar, mas também manter viva a memória das famílias que ajudaram a construir a cidade e suas tradições. O grande destaque do evento é a mesa farta, com mais de 30 opções gastronômicas preparadas pela própria comunidade, que mantém viva a tradição culinária transmitida entre gerações. Frango à menarosto, polenta mole com molho de frango, queijos, salames, doces caseiros, vinhos coloniais e cucas artesanais são apenas alguns dos itens do cardápio, servido à vontade em ambas as noites. A programação musical também é um ponto alto: no dia 16, sobem ao palco Dirceu Pastori, Grupo Q’Balanço e a Banda San Marino. Já no dia 23, a animação fica por conta de Dirceu Pastori, Grupo Q’Balanço e Banda Brilha Som, que encerra a noite com muito baile e interação com o público. Os ingressos já estão à venda pelos sites www.noiteitaliana.com.br e minhaentrada.com.br. Foto: divulgação
