Terça-feira, 22 de julho, na Câmara dos Deputados, bolsonaristas tremularam a bandeira com os dizeres “Trump, Make America Great Again”, transformando o Parlamento brasileiro em palanque da extrema-direita internacional e da sabotagem contra o próprio país. Essa não foi apenas uma demonstração de “apoio ideológico”. Foi um gesto de traição ao país.
Enquanto o Brasil sofre retaliações econômicas que atingem a indústria e a agricultura de nosso país, os aliados de Jair Bolsonaro celebram a submissão a um presidente estrangeiro que ameaça a economia nacional como moeda de troca para garantir impunidade ao ex-mandatário investigado por diversos crimes. Está claro: para salvar Bolsonaro da cadeia, os bolsonaristas não hesitam em sacrificar empregos, destruir cadeias produtivas inteiras e dobrar os joelhos diante do imperialismo.
Enquanto, parlamentares bolsonaristas protagonizaram uma das cenas mais humilhantes da história recente do Congresso Nacional.
No Rio Grande do Sul, mais de 145 mil trabalhadores e trabalhadoras do Rio Grande do Sul têm seus empregos ameaçados pelo tarifaço de 50% anunciado pelo governo dos Estados Unidos.
O estado exporta para os Estados Unidos cerca de US$ 1,84 bilhão ao ano, e setores como o de armas e munições têm 86% da produção voltada exclusivamente ao mercado norte-americano. A cadeia coureiro-calçadista emprega mais de 31 mil gaúchos; móveis, madeira e componentes automotivos também figuram entre os mais afetados. No total, 145,4 mil postos de trabalho estão em risco.
No centro da foto com a bandeira de Trump, o deputado Tenente-Coronel Zucco, do PL do Rio Grande do Sul, que ao invés de defender o emprego e a dignidade do povo brasileiro e do povo gaúcho, aplaude a bandeira de um país que, neste momento, atua abertamente contra os interesses do Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul. O povo gaúcho não esquecerá dessa vergonha.
A cena grotesca protagonizada na Câmara não é um ato isolado. Faz parte de uma ofensiva articulada entre o bolsonarismo e Trump, com o apoio das Big Techs e do capital financeiro internacional, para pressionar o Brasil a conceder anistia a Jair Bolsonaro e aos golpistas do 8 de janeiro. É uma chantagem internacional baseada no medo de ver a justiça triunfar sobre a impunidade. Os bolsonaristas, como sempre, escolhem o lado errado da história: preferem a bandeira estrangeira à defesa da pátria.
Em contraste com essa postura vergonhosa, o governo Lula tem atuado com firmeza e dignidade. Enquanto a extrema-direita se ajoelha a Trump, o presidente Lula defende nossa soberania, articula respostas diplomáticas e construtivas, dialoga com parceiros internacionais, busca apoio nos BRICS e na América Latina e já estuda planos emergenciais para proteger os empregos e a produção nacional. Lula demonstra, mais uma vez, o que significa governar com soberania, com compromisso popular e com responsabilidade diante das crises.
É hora de nomear com todas as letras o que está acontecendo: os bolsonaristas estão agindo como agentes de interesses estrangeiros dentro do Congresso Nacional. Estão mais preocupados em salvar Bolsonaro do que em salvar o emprego dos trabalhadores brasileiros. Estão dispostos a vender o país em troca da impunidade do seu líder político. Isso tem nome: traição.
O povo gaúcho e o povo brasileiro não esquecerão. A história cobrará caro daqueles que colocaram sua fidelidade a Trump acima do compromisso com a nação. O Brasil não se curva. Nem ao trumpismo, nem ao bolsonarismo, nem ao autoritarismo, nem à sabotagem daqueles que deveriam representar os interesses nacionais.
Seguiremos juntos e juntas, unidos com Lula, em defesa da soberania nacional, dos trabalhadores e trabalhadoras, da democracia e da justiça!
