A madrugada desta quarta-feira (14) entrou para a lista das sessões mais tensas e simbólicas da Câmara Municipal de Santa Maria. Em uma votação que começou à luz do dia anterior e só terminou após as 5h da manhã, os vereadores aprovaram o Projeto de Lei 9966/2025, de autoria do Executivo, que destina R$ 4 milhões em subsídio tarifário ao sistema de transporte coletivo urbano da cidade.
O projeto foi protocolado pela prefeitura na própria terça-feira (13), acompanhado de um requerimento de urgência assinado pelo líder do governo, Givago Ribeiro (PSDB). A justificativa do Executivo: evitar novas paralisações no serviço — como a ocorrida no dia 5 de maio pela Expresso Medianeira — e manter o valor da tarifa ao usuário em patamar “justo”, nas palavras do prefeito Rodrigo Decimo (PSDB). Durante a manhã, Decimo se reuniu com a Comissão de Representação Externa do Legislativo que trata do tema, numa tentativa de construir apoio político.
Mas a velocidade da tramitação acendeu o alerta na oposição, que tentou barrar ou pelo menos frear o avanço da matéria por meio de emendas e requerimentos. O projeto passou com folga na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por 5 votos a 2, apesar das objeções de Valdir Oliveira (PT) e Werner Rempel (PCdoB). A Assessoria Técnica da Câmara havia recomendado a retirada do parágrafo que autoriza o reforço do subsídio mediante disponibilidade financeira — ponto igualmente questionado pela Emenda Supressiva 1/2025, de autoria de Rempel.
Tubias Callil (PL) chegou a protocolar duas emendas condicionando o subsídio à não elevação da tarifa, sendo que uma delas incluía o congelamento por 12 meses. Ao fim do dia, no entanto, o próprio vereador pediu o arquivamento de uma delas. Ambas foram alvo de parecer contrário da Assessoria Jurídica, assim como a emenda de Rempel.
Ao final da longa jornada legislativa, o placar foi de 12 votos a favor e 8 contra. A base governista defendeu o projeto como medida emergencial e inevitável. “Não há outra alternativa neste momento”, afirmou Givago Ribeiro no plenário. A oposição, por sua vez, questionou a falta de debate, de transparência e de contrapartidas claras à população. “Ajudamos os empresários, mas não quem mais precisa”, criticou Helen Cabral (PT).
Mais do que o conteúdo da proposta, o rito da tramitação expôs um velho problema: a cultura de decisões apressadas, tomadas sob o argumento da urgência, mas sem o necessário debate público. Em meio à pressão social e ao risco de novas interrupções no transporte, a Câmara se viu dividida entre o dever de garantir o funcionamento do serviço e o direito de discutir, com responsabilidade, a destinação de recursos públicos.
A aprovação do subsídio, ainda que parcial frente ao rombo de R$ 7 milhões alegado pela Associação dos Transportadores Urbanos (ATU), resolve o problema imediato — mas não aponta soluções estruturais. O modelo de financiamento do transporte segue opaco, instável e dependente da boa vontade de turno do poder público.
A cidade acordou com a notícia de que o serviço continua. Mas a forma como se chegou a essa decisão deixa claro: Santa Maria ainda não encontrou um caminho transparente, sustentável e justo para seu transporte coletivo.
Sem surpresas, a corrida pela Reitoria da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) será uma disputa entre duas chapas, a primeira formada por membros da atual gestão e a segunda composta pela oposição. As candidaturas foram homologadas nesta terça-feira (13), e a eleição, em formato de consulta à comunidade, será realizada em 25 de junho, com voto de estudantes, técnicos-administrativos e docentes.
A chapa de situação é formada pela atual vice-reitora, Martha Adaime, que tem como vice o diretor do Centro de Tecnologia (CT), Tiago Marchesan. Do outro lado, a oposição aposta na experiência do ex-reitor Felipe Müller, que governou a universidade entre 2010 e 2017, acompanhado do professor Alessandro Dal’Col, diretor do Centro de Ciências Rurais (CCR).
A campanha oficial começa em 21 de maio e vai até 24 de junho. É neste período que as chapas poderão apresentar suas propostas, fazer debates e dialogar com a comunidade acadêmica. A votação será totalmente eletrônica e ocorrerá das 7h às 22h do dia 25 de junho, com previsão de resultado preliminar no mesmo dia, às 22h30min. O resultado final será divulgado em 7 de julho, quando a pesquisa de opinião será encaminhada ao Conselho Universitário (CONSU), que é quem formalmente define a lista tríplice enviada ao Ministério da Educação. A campanha promete já que irá colocar em confronto de ideias, duas fortes lideranças da nossa universidade.
O ex-presidente do Uruguai José “Pepe” Mujica morreu nesta terça-feira (13), aos 89 anos. Conhecido por sua trajetória como guerrilheiro dos Tupamaros e por sua vida política marcada pela simplicidade e compromisso social, Mujica governou o país entre 2010 e 2015. Durante seu mandato, ampliou os gastos sociais e legalizou a maconha. Em 2024, revelou ter um câncer no esôfago e, nos últimos dias, estava em estado terminal. Passou 14 anos preso durante a ditadura uruguaia, foi torturado e, após a anistia, se tornou um dos principais nomes da esquerda uruguaia. Até o fim da vida, manteve um estilo modesto, dedicando-se ao cultivo de flores e à luta contra a pobreza.
O Ministério Público Federal (MPF) propôs usar valores já bloqueados judicialmente de associações e sindicatos para ressarcir aposentados e pensionistas do INSS vítimas de descontos indevidos. A medida foi apresentada por sua Câmara de Direitos Sociais em reunião com diversos órgãos públicos, incluindo INSS, CGU, DPU, TCU e AGU.
Atualmente, há 23 investigações em curso sobre fraudes em estados como São Paulo, Minas Gerais e o Rio Grande do Sul, e o número pode crescer. Entre os investigados estão o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e três ex-diretores que teriam recebido mais de R$ 17 milhões de associações suspeitas.
O MPF considera o caso prioritário e já iniciou o processo de restituição. Procuradores estão atuando em ações cíveis para acelerar a compensação dos prejudicados, além de buscar responsabilização criminal dos envolvidos. A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão também acompanha o caso e cobra informações sobre os prejuízos e medidas adotadas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que aceite a queixa-crime apresentada pela ministra Gleisi Hoffmann contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO), acusado de injúria e difamação. A PGR argumenta que as declarações de Gayer ultrapassam os limites da liberdade de expressão e não têm relação com o debate político legítimo. As ofensas foram motivadas por publicações do deputado no Twitter, que associaram Gleisi a comentários pejorativos sobre o presidente Lula. A defesa de Gayer afirma que suas publicações visavam defender Gleisi das falas de Lula e estão protegidas pela imunidade parlamentar. O caso aguarda decisão do STF.
A Justiça do Distrito Federal rejeitou o pedido do PT para que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, removesse publicações em suas redes sociais que associam o partido e o presidente Lula à fraude no INSS. A juíza Vanessa Trevisan entendeu que as declarações de Zema são protegidas pela liberdade de expressão no contexto do debate político. As postagens do governador, feitas em maio, tratam dos descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas, e incluem acusações de corrupção envolvendo o PT. O PT alegou que Zema estava propagando informações falsas e prejudicando sua imagem, mas a decisão judicial considerou a linguagem usada como parte do debate político atual. Zema reagiu à decisão afirmando que o PT tentava censurar suas publicações. O caso está relacionado à Operação Sem Desconto, que revelou um esquema de fraudes no INSS, com prejuízos estimados em até R$ 8 bilhões.
O vice-presidente Geraldo Alckmin representará o governo brasileiro na missa que celebra o início do pontificado do papa Leão XIV, no próximo domingo (18), no Vaticano. A cerimônia ocorrerá na Praça São Pedro, às 10h (horário local), e Alckmin embarcará para a Itália na sexta-feira (16), retornando no domingo. Ainda não se sabe se ele terá outras agendas durante a viagem. O embaixador brasileiro no Vaticano, Everton Vieira Vargas, também se reunirá com o papa na sexta-feira, junto com outros embaixadores. Durante o funeral do Papa Francisco, o Brasil foi representado por uma comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros membros do governo. Alckmin expressou sua honra em representar o Brasil e a expectativa de que Leão XIV siga o legado do Papa Francisco, especialmente em questões climáticas e sociais.
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