Recentemente, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) protocolou um pedido para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar os impactos das redes sociais sobre crianças e adolescentes. A iniciativa ganhou força após a trágica morte de Sarah Raíssa Pereira, de apenas 8 anos, vítima de uma tendência do TikTok conhecida como o “desafio do desodorante”.
Sarah foi encontrada sem vida em casa, com um frasco de desodorante ao lado. A principal hipótese é que ela tenha tentado reproduzir um vídeo que circulava na plataforma. Esse caso doloroso nos obriga a refletir: nossas crianças estão realmente seguras no ambiente digital?
Hoje, meninos e meninas interagem com telas desde muito cedo, muitas vezes antes mesmo de aprenderem a amarrar os próprios cadarços. E, embora a tecnologia possa ser uma aliada no processo de aprendizado, é preciso reconhecer seus riscos e estabelecer limites — com a responsabilidade compartilhada entre famílias, educadores, legisladores e as próprias plataformas digitais.
Estudos apontam diversas consequências do uso excessivo de telas: déficit de atenção, dificuldades na coordenação motora, atrasos no desenvolvimento afetivo e social, além de problemas físicos como obesidade e transtornos de ansiedade. Estamos falando de vidas em formação sendo constantemente expostas a algoritmos que não foram pensados para a infância.
Foi com esse olhar que, em fevereiro deste ano, protocolei a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Criança e do Adolescente na Câmara Municipal. Aprovada em plenário, essa frente visa reunir parlamentares de diferentes partidos, representantes do Executivo e do Judiciário, Conselhos Tutelares, especialistas e entidades da sociedade civil. O objetivo é um só: construir, de forma articulada com os demais entes federativos, políticas públicas que assegurem um desenvolvimento saudável para nossas crianças.
Sendo assim, regular o uso das redes sociais por crianças se faz necessário. Não é censura, é cuidado. É proteger vidas. É garantir que nenhuma outra criança tenha a infância interrompida por conteúdos nocivos ou desafios perigosos. É impedir que mais famílias passem pelo luto que hoje marca a história da pequena Sarah.
A atuação da Frente Parlamentar será fundamental para propor e fiscalizar políticas públicas locais voltadas à prevenção, ao cuidado e à justiça social. Que a morte de Sarah Raíssa nos convoque, para além do luto, à responsabilidade coletiva de construir uma sociedade que coloque a vida das crianças acima dos lucros das plataformas.
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