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Centro de Convenções da UFSM celebra 8 anos

Por Reinaldo Guidolin

Fotos: Marcos Oliveira

Inaugurado em 29 de maio de 2017, o Centro de Convenções da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) celebra oito anos como um espaço plural, acessível e essencial à promoção da cultura, da ciência e da integração entre universidade e sociedade. Mais que uma estrutura física, o Centro representa o cumprimento de um sonho coletivo: tornar a universidade ainda mais aberta, democrática e inclusiva.

Idealizado a partir de uma antiga demanda da comunidade universitária, o Centro de Convenções da UFSM foi concebido com um objetivo ambicioso: oferecer um espaço qualificado para eventos artísticos, científicos e institucionais, com destaque para as formaturas. “A criação de uma estrutura capaz de viabilizar colações de grau acessíveis e adequadas simbolizou a realização de um desejo coletivo”, afirma a professora Vera Lúcia Portinho Vianna, coordenadora de Cultura e Arte da UFSM. Segundo ela, hoje, todas as formaturas da instituição são gratuitas e inclusivas, assegurando equidade entre os formandos.

Desde a inauguração, o Centro de Convenções enfrentou desafios significativos. A partir de 2018, com sua integração à Coordenadoria de Cultura e Arte, foi necessário estabelecer rotinas administrativas, aprimorar a infraestrutura e lidar com demandas diversas. “Foi essencial elaborar um regulamento de uso, definir processos para agendamentos, formar equipes para recepção e estruturar o diálogo com produtores e coordenadores de projetos”, explica Vera.

A pluralidade dos eventos também exigiu versatilidade: o espaço acolhe desde atividades acadêmicas até grandes espetáculos artísticos. Entre os marcos mais lembrados, destaca-se a apresentação da companhia de dança Deborah Colker, com o espetáculo Nó, que passou por testes técnicos rigorosos e teve lotação máxima. Os concertos da Orquestra Sinfônica de Santa Maria também figuram entre os momentos mais emocionantes. “Ver o público lotando o Centro de Convenções para ouvir nossa Orquestra simboliza o acesso democrático à cultura, um dos pilares da nossa gestão”, ressalta Vera.

Para o maestro João Batista Sartor, diretor artístico da Orquestra Sinfônica da UFSM, o Centro de Convenções foi decisivo para o crescimento do grupo e para a valorização da música na universidade. “Inclusive, a nossa sala de ensaios é dentro do teatro. A orquestra cresceu muito com esse espaço”, afirma. Ele destaca que o teatro não só impulsionou a visibilidade das artes, mas também proporcionou uma experiência mais qualificada para o público. “Ter uma casa como essa fez toda a universidade crescer. Nós, das artes, sentimos um avanço intenso, e o público ganhou um espaço à altura, onde se sente bem acolhido”, afirma Sartor. 

Como celebração oficial pelos oito anos do Centro de Convenções, a Orquestra Sinfônica de Santa Maria apresentou, na terça-feira (27), o espetáculo “CineConcerto” – um concerto temático que levou o público a uma viagem pelas trilhas sonoras mais marcantes da história do cinema. Com clássicos como 2001: Uma Odisseia no Espaço, Star Wars, Indiana Jones, Psicose, E.T., Jurassic Park, O Gladiador, Titanic, Harry Potter, O Senhor dos Anéis e Piratas do Caribe, a apresentação uniu música e dramaturgia, com os músicos caracterizados como personagens dos filmes. Sob a regência da maestrina Jamile Padoin e com participações especiais da cantora Tiane Tambara e da violinista Regina Sachet Guerra, o concerto emocionou o público e reafirmou o papel do Centro como espaço de arte, memória e pertencimento.

A fonoaudióloga Lívia Ribas Radaelli, residente em Saúde da Família pela UFSM, compartilhou sua impressão sobre o espetáculo: “Trouxe muitas memórias afetivas dos filmes que assistimos em família. Venho de uma cidade menor, Osório, e fico pensando como seria importante que minha família pudesse ter acesso a esse tipo de vivência. A orquestra parece coisa de filme, de gente chique, mas poderia e deveria ser algo público. É maravilhoso que a UFSM proporcione isso”, conta Lívia.

Mais do que sediar eventos, o Centro de Convenções tem cumprido o papel de conectar a UFSM com a comunidade externa. Através de uma programação diversificada, frequentemente gratuita, o espaço funciona como ponto de encontro entre saberes, linguagens e públicos variados. “É um lugar de trocas, que reafirma o papel da universidade na formação cidadã e no fortalecimento dos vínculos sociais”, diz a coordenadora.

Sua contribuição, no entanto, vai além da cultura. Congressos científicos, seminários e eventos de extensão também encontram ali um palco moderno, preparado para acolher grandes públicos. Essa dinâmica também favorece a economia local, movimentando setores como hotelaria, alimentação e transporte. “O Centro de Convenções impulsiona o desenvolvimento regional ao ampliar o alcance das ações da UFSM”, pontua Vera.

Olhando para o futuro, a coordenadora enxerga um cenário promissor. Uma das melhorias em andamento é a substituição das placas acústicas do teatro. Já a médio e longo prazo, o plano é consolidar o Centro como referência nacional para produções culturais e eventos institucionais. “Acreditamos que ele ainda tem muito a crescer, conforme novas demandas surgirem”, projeta.

A equipe que faz tudo isso acontecer é enxuta, mas comprometida. Composta pelos servidores Edison Pavão Borges, Josieli Guidolin Rossi, Danusa Frazzon e Vera Vianna, além de bolsistas que se renovam anualmente, o grupo celebra os 8 anos do Centro com gratidão. “Temos orgulho da nossa trajetória. Que venham muitos outros anos de história, encontros e transformação”.

Vida longa ao Centro de Convenções da UFSM.

Reinaldo Guidolin

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