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Chuva expõe falhas na gestão pública, Eduardo Leite assume liderança do PSD-RS, Zambelli é condenada a 10 anos de prisão - tudo isso e mais, você lê aqui!

  • Crônica de uma tragédia anunciada: o descaso diante da chuva que sempre volta

Mais uma vez, Santa Maria enfrenta o impacto das chuvas que castigam o Rio Grande do Sul. E mais uma vez o roteiro se repete: ruas intransitáveis, escolas fechadas, unidades de saúde alagadas e mais de 80 pessoas desalojadas. O cenário é trágico, mas nada disso é novo. Mudam os números, os nomes das ruas e dos bairros, mas a história continua a mesma, marcada pela repetição e pelo descaso.

Foram 257 milímetros de chuva em apenas 48 horas. É muita água. Mas o que mais pesa não é o volume pluviométrico. É o volume do abandono. A cidade já não suporta ver as mesmas pontes cedendo, as mesmas casas sendo invadidas pela água, a mesma ladainha das autoridades. A Defesa Civil cumpre seu papel com empenho, mas não pode sozinha sustentar a ausência de planejamento de gestões que se sucedem sem romper o ciclo da omissão.

Santa Maria já foi vítima da imprevisibilidade do clima. Hoje, é vítima da previsibilidade do poder público. Todo mundo sabe onde vai alagar, quais escolas e unidades de saúde têm problemas estruturais. Não é mais possível alegar surpresa. Os governos têm dados, têm estudos, têm conhecimento. O que falta é transformar informação em ação concreta.

A omissão, a lentidão nas respostas e a ausência de políticas públicas voltadas à resiliência climática penalizam sempre os mesmos: os que perdem comida, aula, atendimento. Os que perdem, acima de tudo, o direito básico de viver com segurança e dignidade.

Santa Maria não precisa de promessas futuras nem de decretos protocolares. Precisa de obras. De atitude. De prioridade. E precisa agora. Porque a próxima enchente, assim como a anterior, já está marcada no calendário invisível das tragédias anunciadas.

  • Mais deputados, mais distorção

A Câmara dos Deputados ganhou 18 cadeiras nesta semana, mas a distorção na representatividade segue intacta. São Paulo, com seus 70 deputados, o limite máximo permitido pela Constituição, continuará com a média de quase 500 mil eleitores por parlamentar. Enquanto isso, estados menores, como o Rio Grande do Norte, passam a ter um deputado para cada 265 mil eleitores. A desigualdade é flagrante e favorece justamente quem já se beneficia do modelo engessado. A conta não fecha, e a democracia fica desequilibrada.

Em 2004, a Consultoria Legislativa do Senado já apontava que São Paulo deveria ter 112 cadeiras na Câmara. Mas o debate não avança porque mexer nessa estrutura significa redistribuir poder. E quem tem vantagem no sistema atual não quer abrir mão dela. O resultado é um modelo que transforma o peso político dos estados em uma balança injusta, onde o voto de um paulista vale bem menos que o de um potiguar. Uma democracia que aceita isso está longe de ser, de fato, representativa.

  • Mãe de Isabella Nardoni, vereadora Ana Carolina assume comissão de defesa dos direitos da infância em SP

Ao centro, a vereadora Ana Carolina Oliveira

A vereadora Ana Carolina Oliveira (PODE), mãe de Isabella Nardoni, foi eleita por unanimidade presidente da Comissão Extraordinária de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude da Câmara Municipal de São Paulo. Com histórico pessoal ligado à causa, ela afirmou que sua missão é fortalecer a proteção à infância e garantir respostas eficazes a denúncias de violações. O colegiado, formado por cinco vereadores, tem como função investigar denúncias e fiscalizar programas governamentais voltados a esse público. As reuniões ocorrerão quinzenalmente, às quintas-feiras.

  • Crise do INSS vai às redes: governo articula contraofensiva após vídeo viral de Nikolas Ferreira

Deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) em vídeo nas redes sociais

O governo federal organizou uma força-tarefa com ministros e parlamentares governistas para conter o impacto negativo nas redes sociais sobre os descontos irregulares em aposentadorias do INSS. A mobilização foi motivada por um vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que viralizou ao chamar o caso de “maior escândalo de corrupção da história do País”. Em reunião no Planalto, liderada por Gleisi Hoffmann e Sidônio Palmeira, foi solicitado aos deputados que reagissem publicamente à narrativa bolsonarista. Segundo levantamento da consultoria Palver, grupos ligados à direita já vinham disseminando teorias e ataques ao governo, culminando em mensagens conspiratórias sobre suposto envio de dinheiro ao Vaticano.

  • Eduardo Leite troca de partido: agora no PSD, ele assume liderança no Rio Grande do Sul

Eduardo Leite filiou-se ao PSD nesta sexta-feira (9)

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou sua filiação ao Partido Social Democrático (PSD) na sexta-feira (9). Leite também assumirá a presidência da legenda no estado. Ao justificar sua decisão, destacou que busca um partido com bases sólidas de diálogo e respeito, com o objetivo de contribuir para um projeto de país. Ele estava no PSDB há 24 anos, mas deixou a legenda após o anúncio de uma fusão com o Podemos. Leite afirmou que a saída não foi simples e desejou sucesso ao PSDB, que lamentou sua saída, destacando que o movimento ocorre no momento de reconstrução do partido, que visa liderar um projeto nacional de centro.

  • STF suspende parcialmente ação penal contra deputado Alexandre Ramagem em caso de golpe de estado

Alexandre Ramagem, deputado federal

A Primeira Turma do STF decidiu suspender parcialmente a ação penal contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) no caso da tentativa de golpe de Estado em 2022. A Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (7), um projeto de resolução que suspende todo o processo contra Ramagem, que é réu no STF por cinco crimes. A maioria dos ministros do STF votou para manter a ação criminal por três dos crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, mas excluiu dois crimes relacionados a danos após sua diplomação como deputado. O voto do relator, Alexandre de Moraes, afirmou que a imunidade parlamentar é “personalíssima” e não se aplica a outros investigados ou crimes cometidos antes da diplomação. O ministro Flávio Dino, que acompanhou o relator, fez ressalvas, como o desmembramento do processo e a limitação da suspensão a esta legislatura.

  • Carla Zambelli é condenada a 10 anos de prisão por envolvimento em invasão ao CNJ

Moraes votou pela condenação da deputada federal Carla Zambelli

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, votou pela condenação da deputada Carla Zambelli a 10 anos de prisão por ser a mentora da invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em janeiro de 2023. Além disso, Moraes também pediu a perda de seu mandato, o que dependeria de um ato da Mesa Diretora da Câmara. Zambelli foi acusada de planejar a invasão junto com o hacker Walter Delgatti, com o objetivo de inserir um mandado de prisão falso contra Moraes, entre outras manipulações. A acusação também alega que a ação visava prejudicar a credibilidade do Judiciário e incitar atos antidemocráticos.

Moraes também votou pela condenação de Delgatti a 8 anos e 3 meses de prisão. A defesa de Zambelli nega as acusações, afirmando que Delgatti mentiu em sua confissão. Além disso, Zambelli enfrenta outra ação penal relacionada ao episódio em que sacou uma arma de fogo e perseguiu um jornalista em 2022. Esse julgamento está suspenso aguardando o retorno do processo para o plenário do STF.

Redação enFoco

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