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Chuvas castigam novamente RS e preocupam autoridades, vereadora é morta a facadas em Formigueiro, CPI da CEEE Equatorial e RGE ganha força na AL - tudo isso e mais, você lê aqui!

  • Chuvas voltam a castigar cidades gaúchas

O Rio Grande do Sul vive, mais uma vez, dias de profunda angústia. As fortes chuvas que atingem o estado nesta semana já deixam um rastro de destruição: municípios inteiros enfrentam alagamentos, deslizamentos e a dor de perdas irreparáveis. São dezenas de cidades em situação crítica, centenas de pessoas desalojadas ou desabrigadas — e, tragicamente, vidas perdidas em meio ao caos das águas.

Candelária e a Serra Gaúcha acrescentam mais dois nomes a uma estatística que não deveria crescer: uma mulher, vítima de afogamento, e um jovem, que morreu após a cabeceira de uma ponte ceder. Em Santa Maria, a UFSM suspendeu as atividades presenciais nos campi — medida de prudência que deveria servir de exemplo a outras instituições diante do cenário.

Infelizmente, esse tipo de situação tem se tornado recorrente. O Rio Grande do Sul vive sob um novo normal, marcado por eventos climáticos extremos que se repetem com frequência cada vez maior. A tragédia de maio ainda está viva na memória — o solo continua encharcado, as estruturas seguem fragilizadas, e o luto recente torna tudo ainda mais doloroso.

  • Câmara suspende sessão e prioriza atendimento à população

A sessão plenária da Câmara de Vereadores de Santa Maria, que ocorreria nesta terça-feira (17), foi suspensa por conta das fortes chuvas que atingem o município. Conforme nota oficial, parlamentares e assessores estão mobilizados em ações de apoio à população em diferentes pontos da cidade, o que inviabilizou a realização da atividade.

A decisão, acertada, demonstra bom senso. Em momentos como este, espera-se que o vereador cumpra seu papel de representante direto da comunidade, estando próximo dos moradores, ouvindo demandas e fazendo a ponte com o Executivo. O gesto de suspender a sessão para priorizar o atendimento emergencial é, portanto, mais do que justificável, é necessário.

A próxima sessão ordinária será realizada na terça-feira (24), após o feriado de Corpus Christi. Os processos previstos para a pauta desta semana devem ser incluídos automaticamente na próxima, salvo solicitação de retirada. Já as reuniões das comissões marcadas para esta terça e quarta-feira (18) também foram transferidas. O expediente no Legislativo segue inalterado.

  • Vereadora Elisane Rodrigues é morta a facadas no interior de Formigueiro

A morte brutal da vereadora Elisane Rodrigues dos Santos (PT), de Formigueiro, choca não apenas pela violência do crime, ela foi morta com ao menos dez golpes de faca, mas pelo impacto político e social que representa. Técnica em enfermagem e defensora ativa das comunidades quilombolas, Elisane era a única mulher no Legislativo municipal. Exercia seu primeiro mandato com forte atuação nas áreas da saúde e da assistência social.

Seu corpo foi encontrado por agricultores na manhã desta terça-feira (17), ao lado do próprio veículo, numa estrada da localidade de Rincão dos Machado. A Polícia Civil investiga o caso e o Instituto-Geral de Perícias já realizou a coleta de evidências. Nada foi levado da vítima, o que reforça o caráter ainda mais cruel do assassinato.

A comoção foi imediata. A Câmara decretou luto oficial de três dias e cancelou a sessão prevista para o dia 23. O diretório estadual do PT, movimentos sociais e o deputado estadual Valdeci Oliveira, que homenageou Elisane neste ano com o prêmio Mulheres de Luta, se manifestaram exigindo justiça. A perda é imensurável para a política local e para todas as vozes femininas que lutam por espaço nos parlamentos do interior.

  • Suplência gera impasse e trava ida de Thiago Duarte ao governo

Uma indefinição jurídica envolvendo a suplência de deputado travou o plano do União Brasil de ampliar espaço no governo estadual. Cotado há meses para assumir uma secretaria no Palácio Piratini, o deputado Dr. Thiago Duarte segue na Assembleia Legislativa. A movimentação esbarra no risco de o partido perder uma das três cadeiras que ocupa no Parlamento gaúcho.

Isso porque a primeira suplente da sigla, Bárbara Penna, migrou para o Podemos após a eleição de 2022, em que somou 24,2 mil votos pelo União. O partido buscou uma tutela no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS) para garantir a vaga, caso Thiago Duarte se licenciasse. Mas o relator do caso, desembargador Francisco Thomaz Telles, extinguiu o processo sem julgamento de mérito, por entender que faltava um fato concreto.

Com isso, o União Brasil se vê num dilema: recua na indicação ao governo ou segue na tentativa de preservar a cadeira. A alternativa agora pode ser recorrer a medidas administrativas dentro da própria Assembleia Legislativa para assegurar o mandato à sigla.

  • CPI da CEEE Equatorial e RGE ganha força, mas impasse trava avanço

A possibilidade de criação da CPI da CEEE Equatorial e da RGE voltou a mobilizar a Assembleia Legislativa. Nesta terça-feira (17), o deputado Delegado Zucco (Republicanos) foi o 19º a assinar o requerimento apresentado há um ano e meio por Miguel Rossetto (PT), atingindo o número mínimo de apoios para que a comissão possa avançar. No entanto, a celebração da oposição e os trâmites regimentais esbarraram em uma dúvida jurídica: a validade da assinatura de Pepe Vargas (PT), feita quando ainda era deputado, mas que pode perder efeito por ele estar hoje na presidência da Casa.

Dois especialistas ouvidos pela coluna afirmam que, pelas regras internas, a assinatura de um integrante da Mesa Diretora não pode ser considerada. Com isso, a instalação da CPI pode depender de uma nova estratégia: levar o tema ao plenário, provocar a manifestação da Mesa ou até judicializar a questão. Em qualquer cenário, o governo pode ter que atuar para tentar conter o avanço da CPI, tarefa politicamente delicada, dada a ampla insatisfação da população com os serviços prestados pelas concessionárias.

O requerimento conta com assinaturas de 19 parlamentares de diferentes siglas, incluindo PT, PSol, PL, PCdoB e Republicanos, e expressa um raro consenso entre base e oposição: a de que o atendimento das empresas de energia no Estado está longe do aceitável.

  • Lula participa do G7 no Canadá e se reúne com Zelensky em meio a tensão diplomática

Lula e Zelensky em imagem de 2023 — Foto: Ricardo Stuckert/Planalto

O presidente Lula participa nesta terça-feira (17) da cúpula do G7 em Kananaskis, Canadá, como convidado. Durante a viagem, ele se reunirá com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a pedido deste, além de encontros com o premiê canadense, Mark Carney, e o novo chanceler alemão, Friedrich Merz.

Na pauta com Carney, estarão temas como segurança energética e meio ambiente. Lula também convidará os líderes para a COP 30, que ocorrerá em Belém, em novembro.

A relação entre Lula e Zelensky é marcada por atritos, devido a divergências sobre a guerra na Ucrânia. Lula critica o enfoque militar e propõe uma solução diplomática, enquanto Zelensky já o acusou de parcialidade pró-Rússia. Lula defende um diálogo direto entre russos e ucranianos, mas tentativas de mediação por Brasil e China ainda não avançaram. Ao final do dia, Lula retorna ao Brasil.

  • PF indicia Bolsonaro, Carlos e Ramagem por espionagem ilegal e obstrução na Abin

Carlos Bolsonaro (à esquerda) e Jair Bolsonaro (ao centro) em janeiro de 2024, durante operação do inquérito da Abin paralela. — Foto: Reprodução/GloboNews

A Polícia Federal concluiu a investigação sobre um esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro. O relatório final pede o indiciamento de 35 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu filho Carlos Bolsonaro (vereador), o deputado Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin) e até integrantes da atual gestão do órgão, por crimes como espionagem ilegal e obstrução de Justiça.

Segundo a PF, Ramagem estruturou o esquema, Carlos comandava o “gabinete do ódio” que usava as informações coletadas ilegalmente para atacar adversários nas redes sociais, e Bolsonaro sabia e se beneficiava da operação. A atual direção da Abin é acusada de tentar impedir as investigações.

A organização criminosa teria invadido celulares e computadores de autoridades dos Três Poderes e jornalistas, usando ferramentas adquiridas nos governos Temer e Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes, os ex-presidentes da Câmara Arthur Lira e Rodrigo Maia, e o senador Renan Calheiros estariam entre os alvos.

Diante das revelações, a PF defende uma ampla reforma na Abin, alegando que a agência opera de forma descontrolada e sem supervisão adequada.

  • Moraes autoriza acareações entre Braga Netto, Mauro Cid, Anderson Torres e general Freire Gomes no caso da tentativa de golpe

Braga Netto é interrogado por videoconferência sobre trama golpista — Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou duas acareações solicitadas pelas defesas de réus por tentativa de golpe: uma entre o general Braga Netto e Mauro Cid, e outra entre Anderson Torres e o general Freire Gomes. Os encontros ocorrerão no dia 24 de junho, na sede do STF. As defesas buscam esclarecer contradições nos depoimentos, especialmente sobre o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa ações extremas, incluindo assassinatos de autoridades. Braga Netto, preso no Rio, será levado a Brasília com tornozeleira eletrônica. Sua defesa pediu adiamento da acareação, ainda sem resposta.

  • Projeto contra alta do IOF avança com apoio da maioria dos deputados do RS

Grupo de pessoas sentadas

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A Câmara dos Deputados aprovou um requerimento de urgência para votar a suspensão do aumento do IOF proposto pelo governo federal, com 346 votos a favor e 97 contra. O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que a medida é um recado ao governo contra a estratégia de aumentar impostos sem cortar gastos. Ele destacou a necessidade de o Executivo participar de uma agenda de contenção de despesas e disse que a Câmara tem atuado com responsabilidade ao aprovar pautas do governo.

Mais de dois terços dos deputados federais do Rio Grande do Sul votaram a favor do regime de urgência para a análise do projeto que visa suspender o aumento do IOF, decretado recentemente pelo governo federal. Dos 31 parlamentares gaúchos, 23 votaram “sim”, 6 votaram “não” (todos do PT ou PSOL), e 2 não votaram.

  • Eduardo Leite indica Luiz Henrique Viana como ouvidor da Agergs

O governador Eduardo Leite indicou o ex-deputado Luiz Henrique Viana (PSDB) como ouvidor da Agergs, agência reguladora estadual. A nomeação precisa ser aprovada pela Assembleia Legislativa. Viana, advogado e ex-secretário do Meio Ambiente e da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo, será responsável por apurar denúncias e reclamações contra a agência, além de elaborar relatórios anuais. A remuneração será igual à dos conselheiros, cerca de R$ 29,5 mil mensais.

  • Trump endurece discurso contra o Irã e alerta para possível ofensiva

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que não há planos imediatos para matar o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, embora tenha dito que “isso pode mudar”, dependendo do rumo do conflito com Israel. Trump declarou saber onde Khamenei está escondido e o chamou de “alvo fácil”, exigindo rendição incondicional e criticando ataques contra civis e soldados americanos.

O confronto entre Irã e Israel chegou ao quinto dia, com 248 mortos no total. Explosões atingiram Teerã e instalações nucleares em Natanz, enquanto Tel Aviv também foi alvo de bombardeios. O Irã relatou 224 mortes, principalmente de civis, e Israel contabilizou 24 mortos.

O Irã estaria disposto a negociar um novo acordo nuclear caso Israel cesse os ataques. Enquanto isso, busca apoio de países como Omã, Catar e Arábia Saudita para intermediar um cessar-fogo. Trump deve discutir a situação com o Conselho de Segurança Nacional, e o Pentágono reforça a presença militar na região.

Reinaldo Guidolin

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