Foto: Divulgação/Emater
As fortes chuvas e a frio excessivo vêm prejudicando diversas atividades agrícolas e pecuárias no Rio Grande do Sul. Segundo o Informativo Conjuntural divulgado na última quinta-feira (03/07) pela Emater/RS-Ascar, culturas como folhosas, brássicas, cebola, trigo e canola estão entre as mais afetadas, com perdas significativas em algumas regiões.
Na região de Passo Fundo, apesar da umidade elevada, a sanidade e o desenvolvimento das folhosas como alface e rúcula seguem satisfatórios. Já em Santa Rosa, os produtores relatam apodrecimento e estiolamento das plantas, além de danos causados pelas chuvas. Em Erechim, o excesso de chuva e a baixa luminosidade resultaram em podridões e dificultaram atividades como semeadura e transplante.
Nas regiões de Bagé e Caxias do Sul, a produção de sementes de hortaliças também enfrenta problemas. Em Candiota, a germinação de coentro está comprometida, e em Caxias, o plantio de cebola foi prejudicado por encharcamento do solo e erosão.
Já em Soledade, as lavouras de brócolis e couve-flor registraram perdas de até 50% por conta das chuvas. Apesar disso, não há falta dos produtos no mercado, mas a qualidade está reduzida. A cultura da cebola também sofre com o excesso de umidade, que atrasa o plantio e prejudica o controle de ervas daninhas. Em Pelotas, o plantio nas sementeiras foi finalizado, mas o transplante ainda não começou.
Em relação aos chamados grãos de inverno, a semeadura do trigo foi atrasada pelas chuvas, atingindo apenas 50% da área estimada. Mesmo assim, as lavouras implantadas apresentam bom desenvolvimento inicial. A previsão da Emater é de 1,19 milhão de hectares cultivados e produtividade média de 2.997 kg/ha.
Para a aveia-branca, 80% da área foi plantada, e a cultura está majoritariamente em fase vegetativa. A canola enfrenta dificuldades com a umidade, mas cerca de 95% da área já foi semeada. Já a cevada teve o plantio avançado nas janelas de tempo seco e apresenta bom desenvolvimento inicial.
Pecuária
As pastagens estão sofrendo com a alta umidade e baixa luminosidade, o que limita o crescimento das forrageiras e a alimentação dos rebanhos. Em algumas regiões, como Passo Fundo e Frederico Westphalen, a produção de leite caiu devido ao difícil manejo dos animais e das pastagens. Há também registros de mastites, lesões e piora na qualidade do leite, especialmente na região Celeiro.