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Chuvas intensas atrasam plantio e afetam lavouras no estado 

Foto: Emater-RS/Ascar

As chuvas frequentes e de alto volume têm causado impactos na agricultura e na pecuária do Rio Grande do Sul. Segundo a Emater/RS-Ascar, o plantio do trigo avançou pouco na última semana, atingindo apenas 39% da área prevista de mais de 1,1 milhão de hectares. O excesso de água no solo causou erosão, encharcamento e perdas principalmente durante a germinação das sementes. Algumas lavouras precisarão ser replantadas, especialmente onde não foram adotadas práticas adequadas de conservação do solo.

Na Fronteira Oeste, em Manoel Viana, 65% da área de trigo foi semeada, mas muitas plantações foram severamente danificadas por enchentes, que arrastaram sementes, mudas e fertilizantes. Apenas lavouras com boa cobertura do solo apresentaram melhores condições. Em Ijuí, as perdas foram menores onde os produtores adotaram culturas de cobertura logo após a colheita da soja.

Outras culturas de inverno também foram afetadas. A aveia-branca teve o plantio atrasado, mas segue com bom desenvolvimento, apesar da coloração pálida das folhas pela falta de sol. A canola teve a semeadura quase finalizada, mas sofreu com dificuldades na emergência das plantas e perda de fertilidade do solo por erosão. Já a cevada, apesar da suspensão temporária do plantio em algumas áreas, apresenta bom desenvolvimento nas lavouras já estabelecidas.

Nas culturas de verão, a colheita da soja foi concluída, com produção estimada em 13,2 milhões de toneladas. No entanto, a colheita do milho foi interrompida pelas chuvas, e há aumento na incidência de grãos danificados e fungos. Já o feijão da segunda safra enfrenta perdas graves em cerca de 2% da área ainda não colhida, com germinação nas vagens e deterioração dos grãos.

Na pecuária, o clima chuvoso e frio tem exigido mais cuidados. O crescimento das forrageiras foi favorecido, mas a umidade e a falta de sol causaram apodrecimento das folhas inferiores, dificultando o pastejo. O gado de corte teve queda no ganho de peso e demanda por suplementação alimentar. Na produção de leite, houve redução na produtividade e aumento de problemas como mastite e doenças respiratórias.

Os rebanhos ovinos enfrentam dificuldades, principalmente na região de Bagé, com perdas por frio, enchentes e doenças nos cascos. Já na apicultura, a produção de mel caiu devido à redução na atividade das abelhas e à perda de colmeias. Em várias regiões, os produtores adotaram medidas como unificação de colmeias, suplementação e proteção contra a umidade para preservar os enxames durante o inverno.

Redação enFoco

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