Por Reinaldo Guidolin
Diagnóstico alarmante
Foto: Samuel Marques (PMSM)
A audiência pública realizada ontem que apresentou o diagnóstico de cada município da Região Central para a atualização do Plano Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PIGIRS), nos dá a real dimensão dos desafios que temos pela frente. De acordo com Paulo Pithon, coordenador de Projetos de Concessões e PPPs da Caixa Econômica Federal, apenas 1,17% do lixo seco gerado nos municípios da região é reciclado. Um índice tão baixo como esse mostra que quase não existem políticas públicas relacionadas a esse tema que ao longo do tempo foi sendo empurrado para debaixo do tapete pelos gestores públicos. E a situação é ainda mais crítica no caso do lixo orgânico, que representa a maior parte dos resíduos gerados, e não é reciclado de maneira adequada. Atualmente, de todo o lixo gerado, apenas 0,44% é reaproveitado, enquanto a meta estabelecida para a Região Sul é reciclar 32% do total de resíduos nos próximos anos. O desafio é imenso, os recursos necessários, certamente, devem atingir valores altos, contudo, são investimentos indispensáveis para a preservação ambiental.
Próximas Etapas
Em julho, os estudos que embasam a criação do projeto de concessão devem ser concluídos, com a meta de lançar o edital para a concessão dos serviços de coleta e reciclagem no leilão da Bolsa de Valores, B3, em 2026. A grande meta é alcançar uma taxa de reciclagem de 50% do lixo da região nos próximos 20 anos, com a construção de galpões de reciclagem para cooperativas e o fim dos carrinhos de coleta manual nas ruas.
Perda do Registro Médico
O Conselho Federal de Medicina (CFM) cassou, nesta terça-feira, o registro profissional do médico Leandro Boldrini, condenado pela morte do filho Bernardo Uglione Boldrini. A decisão atendeu o pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul, após o Conselho Regional de Medicina (Cremers) absolver Boldrini no processo disciplinar. Atualmente, Boldrini cumpre pena em regime semi-aberto em Santa Maria e faz residência médica no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). Sua defesa afirmou que o processo está sob sigilo e avalia a possibilidade de recurso. Uma decisão mais do que acertada neste caso, acredito, imagine você sendo atendido por um profissional que carrega em suas costas um crime dessa magnitude, que confiança você teria de confiar a sua vida ou de um ente querido nas mãos de um médico que jurou defender a vida, mas tirou a vida de seu filho?
Exploração de petróleo na foz do rio Amazonas
A eleição de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) à presidência do Senado Federal é vista como uma decisão final sobre uma queda de braço entre os defensores da Petrobras na exploração de petróleo na foz do rio Amazonas. No primeiro encontro após a eleição do Senado, o presidente Lula (PT) sinalizou a Alcolumbre que a licença seria destravada. A autorização para pesquisas na região é uma das pautas defendidas pelo senador amapaense, em conjunto com o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP).
Licenciamento travado
Desde 2020, a Petrobras tenta aprovar o licenciamento da área, que recebeu no período negativas do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) cobrando adequações no projeto para poder liberar a exploração. Nos bastidores do governo, sabe-se que a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede-SP), tentou segurar ao máximo este assunto. Marina tem sido praticamente uma voz isolada no governo sobre o tema, e a chegada de Alcolumbre é vista como uma espécie de pá de cal nas intenções dela.
De olho nos recursos
Os deputados e senadores do Norte e Nordeste, estados que seriam beneficiados, estão de olho nos royalties que seriam gerados com a exploração. Conforme estudos preliminares, a Bacia Amazônica teria potencial de quase 10 bilhões de barris de petróleo. Próximo do Amapá, encontram-se dois países que têm se destacado pela grande reserva de petróleo e gás natural, Guiana e Suriname, aliás, ambos países têm se utilizado destes recursos para financiar sua infraestrutura.
Lula fez críticas abertas ao Ibama
Nesta quarta-feira (12), o presidente Lula fez críticas abertas ao órgão ambiental, acusando-o de dificultar o licenciamento que busca estudar a viabilidade técnica e econômica da exploração, antes de iniciar a produção de petróleo. “Se depois a gente vai explorar, é outra discussão. O que não dá é para a gente ficar nesse lenga-lenga. O Ibama é um órgão do governo, parecendo que é um órgão contra o governo”, disse Lula em entrevista à rádio Diário FM, de Macapá.
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