- Corrida ao Piratini começa embolada, mas com Zucco na liderança

A primeira fotografia da sucessão estadual no Rio Grande do Sul mostra Luciano Zucco (PL) largando na frente. Na pesquisa Real Time Big Data divulgada nesta terça-feira (25), o deputado federal aparece numericamente à frente em quatro dos cinco cenários testados para o governo. No principal deles, Zucco soma 27% das intenções de voto.
Na segunda colocação, empatados tecnicamente, surgem Juliana Brizola (PDT) e Edegar Pretto (PT), ambos com 21%. Gabriel Souza (MDB) registra 13%, seguido por Covatti Filho (PP), com 3%, e pela ex-prefeita de Pelotas Paula Mascarenhas (PSDB), com 2%. Nulos e brancos somam 6%, e 7% não souberam ou não responderam.
- Leite e Manuela despontam na disputa ao Senado, aponta pesquisa

A nova pesquisa Real Time Big Data, divulgada nesta terça-feira (25), indica que Eduardo Leite (PSDB) e Manuela D’Ávila (sem partido) largam na dianteira da disputa ao Senado pelo Rio Grande do Sul. No primeiro cenário testado, o governador aparece com 19% das intenções de voto, contra 16% da ex-deputada. Pela margem de erro de três pontos percentuais, há empate técnico.
Na sequência, os deputados federais Paulo Pimenta (PT) e Marcel Van Hatten (Novo) dividem a terceira posição, ambos com 15%. Sanderson (PL) registra 12%, Luis Carlos Heinze (PP) soma 6% e Márcio Biolchi (MDB) fica com 3%. Brancos e nulos chegam a 7%, mesmo percentual dos indecisos.
Outras simulações mantêm Leite e Manuela na liderança, mas com variações internas no bloco intermediário — sobretudo entre Paim, Van Hatten e Pimenta. Em um cenário sem a presença do governador, Manuela assume a dianteira, com 19%, seguida de perto por Van Hatten, com 18%.
A pesquisa ouviu 1.200 eleitores gaúchos entre 21 e 24 de novembro. Em 2026, o Rio Grande do Sul elegerá dois senadores, e cada entrevistado pôde escolher até dois nomes. Índice de confiança: 95%.
- Santa Maria deve receber mais de R$ 30 milhões em obras de recuperação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva formaliza nesta quarta-feira (26), às 15h, no Palácio do Planalto, um novo pacote de investimentos para municípios gaúchos atingidos pelas enchentes. O evento, promovido pelos ministérios das Cidades e da Integração Nacional, prevê anúncios voltados à prevenção, à reconstrução de infraestruturas e aos programas Compra Assistida e Minha Casa Minha Vida.
Para Porto Alegre, estão previstos cerca de R$ 500 milhões do Firece, fundo federal criado para financiar obras de proteção contra cheias. O prefeito Sebastião Melo foi convidado e pretende participar da cerimônia. Já Canoas terá a assinatura da ordem de início para a construção de 1,5 mil apartamentos destinados a famílias que perderam suas casas na enchente de maio.
Santa Maria também estará representada no ato. A vice-prefeita Lúcia Madruga participa da formalização de mais de R$ 30 milhões em recursos federais para obras de recuperação no município. O pacote contempla a contenção da encosta e a recuperação da Estrada do Perau, a reconstrução da ponte de concreto na Rua Fontoura Ilha, no Bairro Presidente João Goulart, e a instalação de gabiões em diferentes localidades.
Segundo a Prefeitura, os processos licitatórios para essas intervenções já foram concluídos, com empresas contratadas e prontas para iniciar os serviços. A secretária municipal de Planejamento e Administração, Liana Ebling, também estará em Brasília para acompanhar o anúncio.
A articulação política e técnica dos municípios tem contado com acompanhamento do deputado federal Paulo Pimenta e do secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff Barreiros, que vêm vistoriando áreas atingidas e planos de trabalho apresentados ao governo federal.
- Municípios temem rombo com novas regras de aposentadoria para agentes comunitários de saúde

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) estima que o Projeto de Lei Complementar 185/2024, que flexibiliza regras de aposentadoria para agentes comunitários de saúde e de combate a endemias, pode gerar um impacto de R$ 103 bilhões aos cofres municipais. O texto, de autoria do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), está na pauta do plenário do Senado nesta terça-feira (25) e prevê aposentadoria integral, reajustes iguais aos da ativa e idades mínimas menores, 52 anos para homens e 50 para mulheres, com ao menos 20 anos de efetivo exercício.
A proposta avança em paralelo à PEC 14/2021, já aprovada na Câmara e parada no Senado, mas o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), optou por priorizar o projeto de Veneziano. Nos bastidores, a decisão foi interpretada como reação à indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal, que contrariou a preferência de Alcolumbre pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A CNM classificou o PLP como “populista”, motivado pela disputa eleitoral de 2026, e alertou que ele pode ampliar o déficit atuarial dos regimes próprios de previdência, hoje acima de R$ 1,1 trilhão. Para a entidade, o texto transfere integralmente aos municípios o ônus financeiro, sem apresentar mecanismos de compensação, uma conta alta para quem já enfrenta dificuldades fiscais.
- Piratini reage a declarações e afasta Hohlfeldt da Fundação Theatro São Pedro

Duas semanas após o alerta público sobre falta de pessoal e a possibilidade de suspensão das atividades em 2026, o governo do Estado demitiu, nesta terça-feira (25), o diretor-presidente da Fundação Theatro São Pedro, Antonio Hohlfeldt (MDB). As manifestações do dirigente, que denunciou o esvaziamento do quadro funcional e a situação delicada dos trabalhadores, causaram incômodo no Palácio Piratini. Interinamente, a instituição será comandada pelo secretário-adjunto da Cultura, Fabiam Thomas.
No auge da crise, o governo anunciou a criação de um grupo para discutir a reestruturação da fundação, enquanto o governador Eduardo Leite (PSD) reconhecia o desgaste, mas garantia a continuidade das atividades. Já o chefe da Casa Civil, Artur Lemos (PSD), negou retaliação e afirmou que, diante de problemas, cabe “trocar o método para resolver, não para fazer cena”. Hohlfeldt, no entanto, atribuiu o rompimento ao impasse de mais de dois anos para ampliar o quadro de pessoal — agravado quando o Executivo enviou projetos à Assembleia Legislativa sem incluir o da fundação.
No comando desde 2018, Hohlfeldt deixa uma gestão marcada pela entrega definitiva do Multipalco e pelo avanço das obras de modernização do Theatro São Pedro, que recebeu mais de R$ 50 milhões em aportes recentes. Jornalista, escritor, crítico teatral e ex-vice-governador, construiu uma trajetória histórica ligada ao teatro e à memória de Eva Sopher. Agora, o governo deve anunciar, nos próximos dias, um novo presidente da fundação — missão que começa em meio a uma crise ainda sem desfecho claro.
- Empate histórico define Eduardo Uhlein como novo presidente do TJ-RS

Que a eleição para a presidência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul seria apertada, ninguém duvidava. Mas o empate cravado, 80 a 80, que levou o desembargador Eduardo Uhlein ao cargo pelo critério de antiguidade surpreendeu até os mais experientes no plenário. A previsão mais próxima veio de Túlio Martins, aliado de Uhlein, que calculava cinco indecisos e imaginava uma vitória por margem mínima. O que ninguém antecipou foi o voto em branco, decisivo para o desfecho, cenário raro, repetido apenas uma vez na história recente do TJ.
A disputa expôs, mais uma vez, um tribunal dividido em dois grupos políticos que se revezam no comando da instituição. A noção de que qualquer voto poderia mudar o resultado fez desembargadores com viagem marcada insistirem no direito de participar à distância — como Jayme Weingartner Netto, que votou de um aeroporto em Riad, na Arábia Saudita. Mesmo assim, a composição do Órgão Especial confirmou a força da chapa vencedora, que levou sete das oito cadeiras em disputa.
Eleito, Uhlein afirma que seu maior desafio será “promover a unidade institucional”. A transição já começou, e o novo presidente sinaliza continuidade, ainda que parte de sua base defenda um “freio de arrumação” no uso da inteligência artificial no Judiciário. A IA, diz Uhlein, é irreversível, mas precisa de supervisão. A Ajuris, que divulgou nota de apoio, também cobra diálogo, valorização da magistratura e foco no que realmente importa: a prestação jurisdicional à sociedade gaúcha.
- Servidores do Samu reagem a proposta de corte de gratificação em Caxias

Servidores do Samu lotaram, na tarde desta segunda (24), a reunião pública da Comissão de Saúde da Câmara de Caxias do Sul. Com faixas e cartazes, o protesto mirou a proposta da Secretaria Municipal da Saúde de reduzir custos no serviço, especialmente a possibilidade de diminuição da gratificação paga aos profissionais, hoje entre 40% e 60% conforme o grau de insalubridade.
O secretário Rafael Bueno apresentou uma análise técnica da pasta e negou a terceirização das ambulâncias de apoio, hipótese que havia sido levantada pela vereadora Rose Frigeri (PT). A alternativa discutida prevê que o transporte siga vinculado ao Samu, com integração administrativa ao Centro Especializado em Saúde e a nomeação de dois técnicos de enfermagem e dois motoristas. Também entrou na mesa a reestruturação da farmácia do Samu, com redução de servidores e ajuste de horários.
Bueno defendeu que não haja terceirização, mas afirmou que a prefeitura precisa cortar gastos. Hoje, o município investe R$ 27 milhões no Samu, além de recursos federal e estadual, totalizando R$ 33,5 milhões mensais. Sobre a gratificação, o secretário disse que o tema está sendo analisado pelo Sesmt e por uma comissão que envolve o Sindiserv e outras áreas do governo.
Os servidores, porém, afirmam que qualquer redução significaria precarização do atendimento. Para eles, a gratificação é fundamental para manter profissionais em jornadas noturnas, finais de semana e situações de alto risco. Uma nova rodada de negociações entre Executivo e sindicato está marcada para quinta-feira (27) e, deve indicar se o impasse avança para a Câmara ou recua à prancheta.
- Caxias assina PPP de R$ 570 milhões para construir 31 escolas infantis

O contrato com o Consórcio Jope ISB, de Belo Horizonte (MG), vencedor do leilão da PPP para construção de 31 escolas de Educação Infantil em Caxias do Sul, será assinado nesta sexta-feira (28). No evento, que ocorre durante jantar no Salão da Comunidade de Nossa Senhora da Saúde, também serão anunciados os endereços das primeiras 11 unidades a serem erguidas.
A parceria público-privada prevê investimento de R$ 570 milhões ao longo de 25 anos, sendo R$ 300 milhões destinados aos três primeiros anos para a construção das escolas. Com cerca de mil crianças ainda aguardando vaga em creches, a prefeitura projeta que as novas estruturas, que somarão 7 mil vagas, sejam suficientes para zerar a fila no município.
Segundo o secretário municipal de Planejamento e Parcerias Estratégicas, Marcus Vinicius Caberlon, após a conclusão da fase de aprovação de projetos e licenciamentos, a expectativa é iniciar as obras em março de 2026, com entrega escalonada das 11 primeiras unidades ao longo do mesmo ano. O edital da PPP, estruturado com apoio do BNDES, foi publicado em abril, e o consórcio venceu o leilão realizado em julho na B3, oferecendo deságio de 19,13%.








