A transparência é um dever público, e o diálogo, uma via obrigatória — especialmente quando o que está em jogo são os direitos de quem dedica a vida ao serviço público. Desde o início do ano, a Prefeitura de Santa Maria anuncia a necessidade de uma reforma previdenciária. Mas até agora, as informações sobre o conteúdo e os impactos dessa proposta seguem cercadas de silêncio e indefinições.
Na última semana, em meio a pressões e cobranças legítimas, o prefeito reuniu-se com representantes do Sindicato dos Professores. O que poderia ser uma oportunidade para construir pontes e esclarecer dúvidas acabou frustrando expectativas: mais uma vez, nenhuma informação concreta foi apresentada. No dia seguinte, veio o golpe mais duro — a publicação de um decreto que congela o reajuste salarial da categoria, sem qualquer diálogo prévio ou justificativa pública consistente. Uma manobra que, além de desrespeitosa, agrava a desconfiança e enfraquece qualquer tentativa de mediação institucional.
É nesse cenário que acontece, na próxima quarta-feira, 6 de agosto, no Plenarinho da Câmara de Vereadores, uma audiência pública que já estava previamente marcada, mas que agora assume uma importância ainda maior. Será o momento de colocar frente a frente os professores e diretores com o prefeito e a vice-prefeita, exigindo respostas, clareza e respeito.
Convocamos toda a categoria a comparecer em peso. A força coletiva se constrói com presença, voz e firmeza. Não aceitaremos que a educação — base de tudo o que sonhamos para Santa Maria — seja tratada com desdém ou submetida a decisões unilaterais.
Nosso compromisso é com a verdade, com a escuta e com a justiça. A educação merece respeito. E o servidor público, qualquer que seja sua função, tem o direito de saber — e participar — das decisões que afetam seu futuro.