- Comissão discute criação de centro de referência em autismo
Na manhã de sexta-feira (6), a Comissão Especial de Acompanhamento das Mães Atípicas deu mais um passo em busca de avanços na inclusão. Reunido no Plenarinho da Câmara, o colegiado debateu a criação de um centro de referência em autismo no município e formas de melhorar o acesso a atendimentos especializados.
Participaram da reunião os vereadores Rudys Confirmadíssimo (MDB), Guilherme Badke, o Manequinho (Republicanos), e Luiz Carlos Fort (Progressistas). O secretário municipal da Saúde, Guilherme Ribas, também esteve presente, assim como mães de crianças atípicas.
Segundo Ribas, a intenção é implementar ações concretas ainda neste ano, com foco na ampliação da estrutura de atendimentos e da rede de consultas. O grupo também deliberou pelo convite à secretária municipal de Educação, Gisele Bauer Mahmud, para tratar da presença — ou ausência — de monitores nas escolas, uma das principais reclamações das famílias.
A comissão ainda pretende se reunir com a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, e realizar visitas técnicas à APAE, à Associação Colibri e ao Colégio Antônio Francisco Lisbôa, instituições que atuam diretamente com pessoas com deficiência.
O tema da inclusão integra uma agenda mais ampla da Câmara, que tem se debruçado sobre demandas sensíveis da comunidade. Nos últimos meses, o Legislativo pautou questões como o reconhecimento da fibromialgia, o uso da cannabis medicinal em tratamentos de saúde e a própria licitação do transporte coletivo, temas que afetam diretamente a qualidade de vida da população.
- Leite empata com Lula no limite da margem e anima aliados
A pesquisa Quaest divulgada nesta semana caiu como um afago no núcleo político do governador Eduardo Leite (PSD). Pela primeira vez testado em cenário nacional, Leite apareceu com 36% das intenções de voto num eventual segundo turno contra o presidente Lula (PT), que marcou 40%, um empate técnico dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais.
O desempenho foi suficiente para animar a turma do Piratini. Leite figura como o único entre os principais nomes da oposição que não tem vínculos com o bolsonarismo, diferencial que agrada setores mais moderados. O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), com 38% contra 40% de Lula, teve desempenho semelhante, reforçando a disputa interna no partido.
Entre os oito nomes da oposição testados, Leite superou nomes de maior exposição nacional como Eduardo Bolsonaro, Romeu Zema e Ronaldo Caiado. O levantamento apontou que 53% do eleitorado ainda não conhece o gaúcho, o que, para seus aliados, representa um campo promissor a explorar até 2026.
Apesar de ainda sem definição oficial, Leite trabalha discretamente nos bastidores para viabilizar sua candidatura à Presidência. Com o PSD dividido entre diferentes perfis, os números da Quaest devem pesar nas conversas internas do partido nos próximos meses.
- Nomeações movimentam bastidores no Piratini
Foram publicadas no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (5) as nomeações de dois novos secretários adjuntos para o governo de Eduardo Leite (PSD). As indicações contemplam partidos da base aliada e ocorrem em secretarias estratégicas.
Na pasta do Trabalho e Desenvolvimento Profissional, quem assume é Thiago de Leon (PDT), ex-vereador de Gravataí e suplente de deputado estadual. Ele entra no lugar de Sérgio Guimarães, ligado ao deputado Tiago Cadó, que já havia ocupado o posto no início do atual governo. De Leon é visto como uma das apostas do PDT para a disputa à Assembleia Legislativa em 2026.
Já na Secretaria de Logística e Transportes, o nomeado é Clovis Magalhães (MDB), que atuava no gabinete do vice-governador Gabriel Souza. Com currículo técnico e experiência em gestão pública, Magalhães já passou por cargos como diretor da Metroplan, secretário de Gestão de Porto Alegre e conselheiro da Carris e da Trensurb. O posto estava vago desde o falecimento de Luiz Gustavo de Souza, em agosto do ano passado.
- Interpol inclui Carla Zambelli na lista de procurados a pedido da PF
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi incluída na lista de procurados da Interpol com difusão vermelha, a pedido da Polícia Federal, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou sua prisão preventiva. A medida foi motivada pela saída da parlamentar do Brasil, alegando tratamento médico nos EUA e intenção de se mudar para a Itália.
Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STF, por invasão ao sistema do CNJ, e também responde a outro processo por perseguição armada. Além disso, um novo inquérito foi aberto para investigar suposta coação e obstrução de investigações.
A deputada afirmou que, como cidadã italiana, não pode ser extraditada, mas especialistas apontam que há possibilidade de transferência de execução de pena ou extradição, conforme protocolos internacionais.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento hoje à Polícia Federal (PF), em Brasília, sobre duas investigações autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. A primeira apura a atuação de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, nos EUA, articula medidas contra Moraes, supostamente para interferir em processos judiciais que envolvem Jair Bolsonaro. A Procuradoria-Geral da República (PGR) vê indícios de crimes como obstrução de Justiça e coação.
A segunda investigação envolve a deputada Carla Zambelli (PL-SP), foragida após ser condenada pelo STF a dez anos de prisão por invadir o sistema do CNJ e tentar forjar um mandado de prisão contra Moraes. A PF incluiu Zambelli na lista vermelha da Interpol, a pedido de Moraes, que também determinou sua prisão preventiva e bloqueou seus bens. Zambelli afirmou estar na Itália e criticou a decisão judicial, chamando-a de “ilegal e autoritária”.
- Com fusão ao Podemos, PSDB tenta retomar protagonismo e evitar crise
A convenção nacional do PSDB aprovou, por ampla maioria (201 votos a 2), a incorporação do Podemos, com o objetivo de fortalecer o partido e recuperar suas bases históricas. A fusão será enviada ao TSE na próxima semana, com expectativa de aprovação até outubro, formando a nova sigla “PSDB+Podemos”, que poderá disputar a presidência em 2026.
Com a incorporação, o partido terá a sétima maior bancada da Câmara (28 deputados) e a quarta maior no Senado (7 senadores), além de acesso à sexta maior fatia de recursos públicos para campanhas.
A medida também evita riscos legais relacionados ao rompimento antecipado da federação com o Cidadania, que, por lei, só poderia ocorrer em 2026. Além disso, a fusão ajuda o PSDB a superar a cláusula de desempenho, essencial para manter acesso ao Fundo Partidário e à propaganda eleitoral.
O movimento busca reverter a trajetória de declínio do PSDB, que teve sua pior eleição desde 1990, perdeu força política e viu dois dos três governadores eleitos em 2022 migrarem para o PSD. Atualmente, o partido governa apenas o Mato Grosso do Sul.
- Presidente Lula cobra empenho da França para concluir tratado Mercosul-União Europeia
Durante encontro em Paris nesta quinta-feira(05), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao presidente francês Emmanuel Macron que “abra seu coração” para concluir o acordo entre Mercosul e União Europeia antes de deixar a presidência do bloco sul-americano, no fim deste ano.
Lula reforçou que deseja concluir as tratativas até o final de seu mandato no Mercosul e que Macron participe da assinatura do acordo. A França é o principal país europeu que resiste ao tratado, principalmente devido às preocupações de seus agricultores com questões ambientais e regulatórias.
Macron defendeu que acordos comerciais sejam “justos” e respeitem as normas ambientais europeias, criticando a diferença de regulamentação entre a União Europeia e os países do Mercosul. Segundo ele, é preciso proteger os agricultores locais e manter a coerência das políticas ambientais europeias.
Lula respondeu que falta “boa vontade” para concluir o acordo e sugeriu promover diálogo direto entre agricultores brasileiros e franceses. Também pediu que a União Europeia reconheça os esforços do Brasil para reduzir o desmatamento.
Além do acordo, Lula e Macron trataram de temas como a crise climática, destacando a cooperação amazônica, e discutiram a guerra na Ucrânia. Macron confirmou presença na COP30, no Brasil, enquanto Lula participará da Conferência da ONU sobre Oceanos, em Nice. A visita de Lula à França inclui também passagem pela Interpol, em Lyon, para tratar do combate ao crime organizado.
- Alckmin sanciona lei que agiliza auxílio a desastres climáticos e combate a incêndios
O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, sancionou uma nova lei que facilita o repasse de recursos para auxílio em desastres climáticos e combate a incêndios florestais, dispensando a necessidade de convênios para liberar verba do Fundo Nacional do Meio Ambiente. A lei, que reúne medidas provisórias anteriores do governo Lula, amplia as prioridades do fundo para incluir recuperação de áreas degradadas e prevenção de incêndios. Também autoriza a União a participar de um fundo privado, criado pela Caixa, para financiar a recuperação de infraestrutura afetada por eventos climáticos extremos. Durante a cerimônia, Alckmin criticou indiretamente o governo Bolsonaro, destacando avanços do atual governo no combate ao desmatamento e na defesa da democracia.
- Eduardo Leite desafia governo federal e fala sobre recursos para saúde no RS
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), evitou responder se usará recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), criado para reconstrução após desastres climáticos, para amenizar a crise na saúde dos municípios. Porém, cobrou maior empenho financeiro do governo federal na área da saúde, destacando a defasagem na tabela do SUS.
A proposta de usar o Funrigs para a saúde foi apresentada a prefeitos e gestores hospitalares e recebeu apoio, enquanto a Famurs reivindica R$ 771,6 milhões para o setor. Leite afirmou que espera anunciar novos investimentos na saúde já na próxima semana.
O governador também rebateu críticas da bancada do PT sobre o cumprimento do mínimo constitucional de 12% da receita estadual para saúde, dizendo que seu governo cumpre o que foi cumprido por gestões anteriores, apesar de haver debate técnico sobre os números. Ele reiterou a necessidade de o governo federal assumir sua responsabilidade e ampliar o orçamento para saúde pública.
As declarações foram feitas durante coletiva no Palácio Piratini, após o lançamento da reformulação do portal digital do governo do estado, que inclui uma assistente virtual baseada em inteligência artificial chamada GurIA.
- Davi Alcolumbre se posiciona contra reserva obrigatória de vagas para mulheres na política
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), manifestou-se contra a reserva obrigatória de vagas para mulheres nas eleições, medida em análise no novo Código Eleitoral. Ele defende incentivar a participação feminina por meio de legislação eficiente, sem impor cotas, pois acredita que a reserva pode prejudicar a representatividade e a qualidade da atuação das mulheres no Parlamento.
O projeto, em discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), propõe reservar 20% das vagas para mulheres no Legislativo municipal, estadual e federal (exceto Senado), além de acabar com a cota atual de 30% de candidaturas femininas, o que tem gerado críticas da bancada feminina. O texto aguarda votação na CCJ antes de ir ao plenário. Alcolumbre afirmou que o novo Código Eleitoral visa regularizar a legislação eleitoral, mas negou estar acompanhando de perto o projeto.