Em meio aos becos, vielas e ruas de Santa Maria, uma organização tem se dedicado a transformar vidas e resgatar sonhos. Desde 2017, a Central Única das Favelas do Rio Grande do Sul (CUFA RS) atua no município levando educação, esporte, cultura e assistência social para quem mais precisa. À frente desse trabalho na cidade está Abraão da Silva, um líder que conhece de perto as dificuldades — e também a força — das comunidades.
“A CUFA existe para empoderar as pessoas e fortalecer a cidadania”, resume Abraão. Criada no Rio de Janeiro e hoje presente em todo Brasil e também no exterior, a organização nasceu da necessidade de dar voz e oportunidades a quem, muitas vezes, é esquecido. Em Santa Maria, ela chegou para ficar — e para fazer a diferença.
Com o apoio de uma equipe de voluntários das mais diversas áreas, como educação, esporte e assistência social, a CUFA RS se enraizou em todas as regiões da cidade. O trabalho é construído lado a lado com lideranças comunitárias e conta com parcerias importantes do poder público, universidades, empresas, ONGs e até da Polícia Federal. “Essas parcerias são fundamentais para que a gente consiga fazer mais e melhor”, destaca o coordenador. Entre as ações que mais mobilizam as comunidades está a Taça das Favelas — o maior campeonato de futebol de favelas do mundo, que transforma sonhos em realidade dentro e fora dos campos. Mais do que uma competição esportiva, a Taça é um poderoso instrumento de inclusão social, visibilidade e fortalecimento dos talentos locais, e conta com o patrocínio da CEEE Equatorial, Banrisul e Farmácias São João, financiamento do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através do programa Pró-Esporte RS, da Secretaria de Estado do Esporte e Lazer, e apoio do Programa RS Seguro — dentro do âmbito esportivo também tem o edital Segue o Jogo, uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Esporte e Lazer, e operacionalizado pela CUFA RS, que entregou material esportivo para mais de 100 projetos em Santa Maria.
O trabalho vai além dos campos: iniciativas como o Comunidades Inovadoras, projeto da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT) com execução da CUFA RS, e o Emancipa Família Gaúcha, iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES) também operacionalizada pela CUFA RS, abrem portas por meio da capacitação profissional e do fortalecimento comunitário.
A CUFA RS também realiza a Expo Favela RS, um grande evento que conecta empreendedores das favelas e comunidades com o mercado, mentores, investidores e redes de apoio. O evento expõe os projetos, negócios e iniciativas locais a milhares de visitantes, promovendo oportunidades concretas de crescimento e inclusão produtiva. As inscrições para a edição 2025 já estão abertas no site www.expofavelariograndedosul.com.br.
A atuação da CUFA RS também foi fundamental durante as enchentes históricas que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024. Desde os primeiros dias da tragédia, a organização esteve na linha de frente realizando salvamentos, apoiando na limpeza de escolas, hospitais e casas, e mobilizando uma grande campanha humanitária. Com o apoio da rede da CUFA em todo o Brasil e no mundo, mais de 4 mil toneladas de doações foram arrecadadas e entregues às famílias atingidas, incluindo alimentos, água, kits de higiene, colchões e roupas. Em Santa Maria, assim como em diversas cidades gaúchas, a CUFA RS reforçou seu compromisso com a reconstrução, a dignidade e a retomada da vida nos territórios impactados.
Abraão fala com brilho nos olhos sobre os planos para o futuro:
“Nosso objetivo é abranger 5 mil pessoas de forma direta entre todas as ações realizadas em Santa Maria no ano de 2025. Estamos trabalhando muito para possibilitar essa ampliação.” O desafio, ele admite, é grande: alcançar ainda mais bairros, mais famílias, mais sonhos. Mas é justamente esse desafio que move a CUFA RS a seguir em frente, acreditando no potencial de cada jovem, de cada mãe solo, de cada trabalhador que luta para vencer a desigualdade.
Em Santa Maria, a CUFA RS é mais do que uma organização: é um abraço, é uma mão estendida, é a esperança viva de que, juntos, é possível construir um futuro melhor.
Por: Reinaldo Guidolin
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Cufa e uma parceria dos projetos que trás fomos vidas