Nesta semana, concluímos uma caminhada que nos encheu de aprendizado e reflexão: desde o início do ano, percorremos as 86 escolas da rede municipal de Santa Maria. Em cada uma delas, fomos recebidos com carinho e respeito pelas comunidades escolares, que abriram suas portas para compartilhar conquistas, dificuldades e esperanças. Nosso sincero agradecimento a todos. Mais do que visitas, foram encontros que mostraram que as comunidades escolares não são apenas receptoras de políticas públicas, mas protagonistas capazes de construir soluções coletivas mesmo diante da adversidade.
Mas, junto com a gratidão, levamos preocupações que não podem ser ignoradas. Encontramos crianças estudando em ambientes inseguros e desconfortáveis; professores dedicados, mas tolhidos pela falta de condições mínimas; comunidades invisibilizadas pela distância do centro; escolas do campo convivendo com precariedades ainda maiores — desde horários escassos ou inexistência de transporte escolar até a dificuldade de acesso pelas estradas. Vimos também a ausência de segurança, que expõe escolas a furtos constantes, comprometendo seus já escassos recursos. E a falta de espaços adequados para o esporte: quadras pequenas, mal estruturadas ou sem cobertura, além do pouco ou nenhum acesso a materiais básicos.
Diante disso, é preciso perguntar: até quando nossas crianças terão de aprender em salas com goteiras e mofo? Até quando nossos professores terão de improvisar sem as ferramentas necessárias para ensinar com qualidade? Até quando comunidades inteiras, especialmente as mais afastadas, permanecerão esquecidas — salvo em períodos eleitorais?
Da nossa parte, reafirmamos: seguiremos cobrando, propondo e trabalhando — doa a quem doer — por uma rede municipal que seja, de fato, e não apenas no discurso, motivo de orgulho para Santa Maria.
Porque investir em educação é investir em tudo aquilo que queremos de melhor para o futuro.
Por: Vereador Luiz Fernando








